August 31, 2020

Trying to be positive

 

“Infinite horizons belong to those who have infinite imagination!” 
― Mehmet Murat ildan

“Noone can attain infinite wisdom with finite horizons!” 
― Mehmet Murat ildan





O mundo é governado por gente mentalmente doente

 


Nos EUA, o indivíduo que advoga, em nome de Trump, a imunidade de grupo diz, a propósito da abertura das escolas sem segurança, que as crianças transmitirem o vírus aos adultos era a cereja no topo do bolo. 

Se calhar é o que pensam outros em muitos outros países, só que não dizem.


A menos de 15 dias de começarem as aulas, os excelentíssimos senhores, João Pôncio e Tiago Pilatos

 


... estão em abluções. Desinfectam-se continuamente da responsabilidade da tutela desses piolhos que são os professores. De tanto lavarem as mãos com o sabão da irresponsabilidade já a pele da vergonha lhes caiu há muito tempo. 


Pais, professores e diretores de agrupamentos de escolas exigem clareza do Ministério da Educação

Numa declaração conjunta, Confap, ANDAEP e FNE exigem clareza, coerência e precisão nas orientações e nos recursos do Ministério da Educação para garantir a confiança na abertura do novo ano escolar.


Destacando a importância de cumprir, fazer cumprir e vigiar as medidas de proteção contra a covid-19, as três associações apelam às autoridades de saúde, e particularmente à Direção-Geral da Saúde, "para que sejam rigorosas, claras, coerentes e exigentes na determinação das orientações essenciais de proteção da saúde pública e no acompanhamento e verificação do seu cumprimento".

Em relação ao Ministério da Educação, o discurso endurece. Pais, diretores de agrupamento e professores exigem que, dentro da clareza e do rigor, este defina, antes do início das aulas, os procedimentos de articulação entre os serviços de saúde, escolas e famílias, de forma que as escolas se reorganizem rapidamente em caso de deteção de focos de infeção em membros da comunidade escolar.

Entendem as três associações que a concretização da atividade letiva presencial segura "é essencial e que esta exige um investimento claro na contratação dos docentes e dos não docentes que permitam a resposta educativa adequada ao contexto especial e exigente que vivemos, designadamente na ágil substituição de professores e de assistentes operacionais, quando necessário".

Outra questão que gera preocupação é a da autonomia das escolas e dos seus profissionais "para as medidas que forem necessárias para adaptar o conteúdo do currículo, a definição dos grupos-turma, a metodologia e a avaliação conforme as circunstâncias, de forma que não se agravem ainda mais as desigualdades sociais e a distribuição desigual dos recursos".



Entretanto a filha do pai, aquela que trabalhou com a incompetente da Rodrigues, que basicamente é uma adida de imprensa com salário e mordomias de ministra, já veio com o mentiredo habitual (a quem sairá...? ), pois toda a gente sabe que não há condições para distâncias de metro e meio, nem um metro sequer, entre alunos... ... enfim, talvez para alguns escolhidos a dedo.

...  a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Segundo foi ainda divulgado, as novidades sobre o regresso às aulas deverão ser conhecidas nos próximos dias. Para já, o Ministério da Educação ainda está em reuniões com os agrupamentos escolares para decidir qual o modelo do próximo ano lectivo. A ministra lembrou, no entanto, que o Governo já aprovou um conjunto de regras que vigorarão “numa situação de estabilidade, como aquela que hoje vivemos”. Estas regras incluem o distanciamento de 1,5 metros entre os alunos;


 

Rir é o melhor remédio II 😁

 




Estou a ver a SIC notícias

 


Está um indivíduo a falar sobre o ano lectivo, que não sabemos quem é porque não o identificam... em baixo uma faixa de texto fala em alguém da India... enfim, o senhor, que deve ser um director de uma escola, diz que as escolas pouco podem fazer para além de desinfectar os espaços e ver se os alunos têm máscara; há escolas com poucos alunos e outras com muitos e sem espaço; a vigilância das regras de segurança está a cargo das próprias escolas, diz ele... (é a desresponsabilização total das entidades superiores). A entrevistadora: 'então é positivo as escolas decidirem, cada uma, o que fazer?' Hã... ?? Que diabo... depois, o senhor apela a que o ME e autarquias apoiem as escolas nas medidas que tiverem que tomar. A entrevistadora não lhe passa pela cabeça perguntar que apoio têm tido, que respostas têm do ME... nada. No passa nada, segundo ela. E assim se despede do senhor e ficamos sem saber quem é...  um lindo serviço. É por isto que não vejo isto e só fui ver porque uma colega me disse que estavam a falar das escolas  na SIC.


Rir é o melhor remédio 😁 'a ofensiva contra o PCP'

 


"A dimensão da ofensiva contra o PCP exige resposta. Uma resposta que deve ser assumida por cada um dos membros do Partido e de todos aqueles que prezam os valores democráticos, desde logo marcando presença na Festa e em particular no Comício de Domingo", diz PCP em comunicado.



LOL, o PCP pensa que ninguém percebe a táctica de se armarem em vítimas e desafiarem todos para a festa, mas todos percebemos:

Preço do bilhete - 35.00€
Nº de visitantes: 33.000
35€ x 33.0000= 1.155.000€.
Custos com trabalhadores: 0€ (12mil voluntários)
Custos com impostos diretos: 0€ (isenção de IVA)

O ministro do Ambiente ainda existe?

 


Está no defeso?? Quem diz o Algarve, diz o Alentejo.


Seca: nada fazer é condenar o Algarve

Cristovão Norte

Para os atuais patamares de consumo as reservas existentes garantem o abastecimento até ao fim do ano. As pessoas estão assustadas.


Almoço? Umas sardinhas bem regadas 😁

 



foto do FB

Acerca do 'enselvajamento' da sociedade



Em França, por estes dias, fala-se muito do enselvajamento da sociedade referindo-se ao aumento e endurecimento da violência nas cidades, particularmente em Paris, nas avenidas e quartiers de luxo como os Champs-Élysées. São sobretudo adolescentes que a polícia classifica de não-criminosos mas delinquentes, a maioria de baixa escolaridade e de meios socio-económicos desfavorecidos. Já no ano passado infiltravam-se nas manifestações dos Gilets Jaunes e aproveitavam para pilhar mas este ano, devido ao confinamento, pioraram: estão fora das escolas sem controlo, estão sem os empregos de Verão que costumam ter e lhes dão algum dinheiro, estão fora das colónias de férias que as municipalidades lhes costumam facultar, estão sem droga (pequenos traficantes) dada a escassez causada pelo confinamento e estão sem serviços sociais, dado o confinamento e a manutenção dos serviços em mínimos e sem contacto presencial.
Dito por outra palavras: a educação e as escolas servem, não para dar asas a estas populações, ferramentas que lhes permitam aceder a níveis de vida dignos e satisfatórios que diminuam o fosso das desigualdades, mas apenas para os manter ocupados fora das ruas e, à mínima perturbação desse equilíbrio tão precário, os adolescentes transformam-se em hordas de pilhantes - em França, fazem pequenos roubos: umas camisas para vestir, meia-dúzia de medicamentos, comida, algumas caixas de lojas. Sobretudo, vandalizam as grandes lojas de luxo das grandes avenidas.
É no que tem dado o desinvestimento na educação. Isto não é só em França. Em Inglaterra, estima-se que o nível de vida da população adolescente em idade escolar tenha caído mais de 40% e, como se lê aqui, headteachers talk of sidelining projects and making do with a fraction of what is required, os directores das escolas não têm dinheiro para fazer cumprir as regras de segurança sanitária.
Aqui em Portugal é a mesma coisa. O desinvestimento na educação tem sido de tal ordem (com a conivência activa de todos os partidos) que se vive sempre com a corda esticada no máximo e agora não há margem de manobra para regras de segurança mínima e mandam todos para a escola ao deus-dará, sem respeito pela saúde das pessoas. Nas escolas privadas todas as medidas de segurança são cumpridas. Mas a escola pública como sabemos, é o refugo da sociedade.
Hoje fui apresentar-me ao serviço e fiquei a saber que os alunos não vão ficar fechados nas salas de aula nos intervalos, o que já se previa pois é completamente impraticável. Dividiram-se ao meio e metade só lá está de manhã e a outra metade à tarde, mas como estamos a falar de 1500 alunos, são 750 em cada turno... misturados todos uns com os outros nos intervalos, no bar, nas casas de banho e nas salas de aula porque não há outra maneira, dadas as políticas que têm (des)orientado a escola pública.
Como a escola cada vez mais é um faz-de-conta para as estatísticas, cada vez menos cumpre o seu papel de elevador social o que induz revolta contra esta ordem injusta que aumenta o número de pobres ao mesmo tempo que aumenta a riqueza dos já ricos; dado este facto, talvez a revolução não venha num certo dia com grande estrondo, como se fazia noutros tempos, mas se dê ao longo de anos de pilhagens, de manifestações com violência, de um lento mas cada vez mais endurecido esboroamento dos pilares em que assentam as sociedades democráticas: o respeito pela ordem/lei, a justiça, a educação e a saúde.

Uma questão:

 


Os professores das escolas são os únicos trabalhadores que não têm direito a medicina do trabalho?

Isso é legal ou é mais uma excepção negativa aberta especialmente para professores das escolas?


Os jornais estão cada vez mais imbecis

 


... escritos por ignorantes com títulos bombásticos a apelar ao lado imbecil das pessoas.

Um artigo estúpido com um título ainda mais parvo. Em nenhum sítio do artigo se explica porque é que a Alemanha acha difícil amar Hegel. Aliás, nem se fala nisso. Depois, o artigo é quase todo uma síntese biográfica focada nos pontos que consideram o diminuem. 

Quer gostem ou não dele, a verdade é que Hegel foi um filósofo que influenciou, não só a filosofia, mas a política, o direito, o entendimento e construção da História, por exemplo. Nessa medida, influenciou-nos a todos, mesmo que não tenhamos consciência disso. Em vez de aproveitar esta data de 250 anos e um jornal de grande tiragem para fazer chegar essa consciência a um público mais vasto, o autor aproveita para diminuir Hegel, com o objectivo de...? Pois, não sei, não percebo esta maneira de pensar.

Alguém se admira que o jornalismo esteja em decadência? Quem quer ler imbecilidades vai às redes sociais, não precisa de comprar jornais e quem quer ler algo sério, já não o encontra nos jornais.


New books try to lighten up the intimidating reputation of Germany’s ‘most difficult’ philosopher


Original Artwork by Schlesinger. (Photo by Henry Guttmann/Getty Images)

Bertrand Russell described Hegel (above) as ‘the hardest to understand of the great philosophers. Portrait: Schlesinger.
Photograph: Henry Guttmann/Getty Images


A DGS publica as regras de funcionamento para todas as entidades excepto para o PCP, a quem entrega num envelope fechado

 


... e a medo, como se o PCP fosse, não um partido com responsabilidades públicas, mas uma seita que só obedece ao grande líder e faz tudo às escondidas. Ou o PCP tem direito a regras sanitárias especiais e pode ajuntar 30 mil pessoas em concertos de massas? E porque é que são especiais...? São uma espécie de igreja católica da política e têm concordatas secretas? São seres humanos de 1ª categorias e o resto do povo é de 2ª categoria? E, nesse caso, em que é que o PCP é diferente desses partidos demagogos que não respeitam o princípio de direitos iguais, deveres iguais das democracias? Pois, em nada.


DGS não vai divulgar parecer final com regras da Festa do Avante!

Autoridades de saúde justificam a demora na análise com a complexidade do evento e dizem que caberá ao PCP divulgar o documento.

August 30, 2020

Estranged

 


"A compreensão é uma atividade interminável, por meio da qual, em constante mudança e variação, aprendemos a lidar com nossa realidade, reconciliarmo-nos com ela, isto é, tentamos nos sentir em casa no mundo".
Hannah Arendt



Andrew Wyeth


Stargazing




The Heart of Night
by Bliss Carman

When all the stars are sown
Across the night-blue space,
With the immense unknown,
In silence face to face.

We stand in speechless awe
While Beauty marches by,
And wonder at the Law
Which wears such majesty.





directamente do fb


A Disney não inventou nada

 



A Draco Volans. 

Sobre a importância do Belo na paz e na preservação do ambiente

 



Há muitos anos, o zoólogo americano Gaylord Simpson rebateu aqueles que questionavam a realidade de um mundo exterior dizendo que o macaco que não reconhecia a representação correta do ramo para o qual pretendia pular não era um de nossos ancestrais. Hubert Markl observou acertadamente que aquele que não deseja perceber a realidade já falhou em fazê-lo. A qualificação da declaração um tanto provocativa de Beuys 'tudo é arte e todos são artistas' pode ser vista neste contexto. 

No prefácio do livro de Walter Schurin,  Pintura Austríaca após 1945, Hbert Ehalt escreveu: "Antigamente eram as aptidões artesanais que eram aprendidas e praticadas com muita perseverança; agora, há um fluxo constante de novas ideias e discursos sobre o que constitui a obra de arte. Desta maneira, as artes cada vez mais se separam das tradições e de critérios sólidos consensuais; tornaram-se mais intimamente ligadas ao contexto e ao tempo. Pode-se perguntar se, quando a ideia dessas obras relacionadas ao contexto estiver fora de moda, só restará um depósito de materiais e uma história intelectual de discursos.

Talvez haja mais qualquer coisa por detrás deste desenvolvimento. Apesar de em todas as épocas ter havido fraudes [na arte] que encontram um mercado, hoje em dia não é preciso grande esforço, basta ser um bocadinho esperto e desavergonhado. Pergunto-me se as mudanças no ambiente visual em que tanta gente cresce não desempenham um papel no gosto contemporâneo.

Poucas crianças hoje em dia passaram pela experiência de ver a maravilha de como as lagartas se transformam em borboletas, como as larvas da libelinha saem da água e sobem pelos juncos e como a libélula adulta emerge de suas costas. Raramente podem deitar-se de costas num campo de flores perfumado num dia ensolarado de início de Verão, quando os malmequeres e a sálvia estão em flor, para sonhar com as andorinhas que descrevem arcos no alto céu azul, ver os escaravelhos rastejar pelas arestas das folhas da erva, o enxame de insetos na extensão branca das flores e os zangões e outras abelhas na busca ansiosa do mel.

Não é possível que as pessoas que cresceram nos ambientes industriais artificiais das metrópoles modernas, que muitos considerariam feios, tenham sido alterados em resultado desses ambientes? E, sendo assim, isso não poderia, em parte, explicar a moda de montagens de objectos e materiais ignóbeis? Como consequência deste desenvolvimento o sentimento pelo belo da natureza diminui e é acompanhado por uma quebra de valores que ameaça a nossa relação com a natureza e, por arrasto, a preservação da comunidade de vida fundamental para a nossa sobrevivência.

Isto não quer dizer que a arte deva representar apenas o que é belo. Goia, ao representar as atrocidades da guerra, segura um espelho diante de nós que acorda o horror. Os artistas experimentam e provocam. No entanto, o valor pedagógico e pacifista do Belo não deve, como resultado, desaparecer no esquecimento.

Somos uma espécie tremendamente bem sucedida que num século apenas, progrediu da era mecânica para a electrónica e fez as primeiras viagens no espaço. Hoje, com mais de seis mil milhões de pessoas, povoamos os últimos lugares inabitados da Terra; com as nossas técnicas actuais entrámos no processo de destruir o ambiente que é a base da nossa existência.

Temos de adotar um ethos de sobrevivência que leve em conta, não apenas o nosso futuro, mas o dos nossos netos. A necessidade de desenvolver esse ethos de sobrevivência -calcular as consequências, para as futuras gerações, das nossas acções presentes- é-nos óbvia a um nível racional mas a implementação prática deste conhecimento é emperrada pela tendência fatal de competição no aqui e agora.

Aqueles que não experienciaram a natureza em toda a sua beleza e, por isso, não desenvolveram em si sentimentos de respeito por ela, serão os mais tentados a seguir os seus interesses egoístas e de vistas-curtas, sob o principio de depois de nós o dilúvio sem consideração pela natureza ou pelos nosso netos. 

Irenäus Eibl-Eibesfeldt


~Liberdade

 

In Berlin today [ontem], thousands demonstrated for the right not to wear a mask; in Minsk, thousands demonstrated for the right to free and fair elections. Half of Europe has forgotten what liberty means, the other half is still fighting for it. 
~Lucien Kim