Vêem e seguem exactamente as mesmas redes sociais e as mesmas porcarias e lixo online.
Gritar às funcionárias e bloquear as portas: professores alertam para o aumento da misoginia e do racismo nas escolas do Reino Unido
Inquérito revela que as redes sociais são a principal causa de mau comportamento, com os alunos a imitarem Donald Trump e Andrew Tate *
Um inquérito realizado pelo sindicato NASUWT revelou que a maioria dos professores identificou as redes sociais como “a causa número um” do mau comportamento dos alunos, sendo as mulheres as mais afectadas. Os professores também manifestaram a sua preocupação com os pais que se recusam a aceitar as regras da escola ou a assumir a responsabilidade pelo comportamento dos seus filhos.
Um professor disse ao sindicato: “Muitos dos alunos são influenciados por Tate e Trump, fazem comentários racistas, homofóbicos, transfóbicos e sexistas em todas as conversas e não acreditam que haverá consequências”.
O secretário-geral do NASUWT, Patrick Roach, disse na conferência anual do sindicato na sexta-feira: Dois em cada três professores dizem-nos que as redes sociais são agora um factor crítico que contribui para o bullying e o mau comportamento dos alunos”.
“Os alunos que acreditam que têm o direito inalienável de aceder aos seus telemóveis durante todo o dia escolar e que os utilizam para interromper as aulas, intimidar os outros, fazer teatro ou para ganhar o respeito dos colegas”.
Uma professora primário disse: “Já tive rapazes que se recusaram a falar comigo porque eu sou mulher e eles seguem o Andrew Tate e acham que ele é fantástico com todos os seus carros e mulheres e seguem o que ele diz sobre como as mulheres devem ser tratadas. Eram miúdos de 10 anos”.
* Andrew Tate é um influenciador, violador de menores que se filma a espancar mulheres, um traficante de mulheres, um criminoso de lavagem de dinheiro, que foi trazido da Roménia, onde estava preso, para os EUA, em avião privado, por ordem desta administração.
theguardian.com
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São necessárias, urgentemente, regras novas e adaptadas aos tempos, para as escolas. As escolas têm de ser entendidas como locais sérios de educação e não de entretenimento. São precisas regras sérias para cortar este mal pela raíz, antes que cresça a um ponto de não retorno, entre as quais:
- proibição de os alunos terem telemóveis na escola;
- proibição de aceder a redes sociais até aos 16 anos;
- responsabilização dos pais e EE pelo acesso dos filhos às redes sociais identificadas como influenciados de comportamentos violentos a associais;
- multas na ordem das centenas de milhão para as empresas tecnológicas que deixam estes programas que incitam à violência, ao bullying, ao suicídio e à pornografia, em sinal aberto e acessível a todos - eventual bloqueamento das plataformas;
- Responsabilização dos pais e EE pela não obediência às regras da escola (é cada vez mais comum cada mãe/pai achar que pode impor as suas regras particulares à escola e aos professores dos filhos), pela violência contra professores: com multas pesadas e em última análise, impedimento de entrar na escola (deleguem a educação escolar dos filhos a um tutor) e obrigação de frequentar cursos de educação quanto a redes sociais e violência;
- responsabilização dos alunos pelos comportamentos agressivos, nomeadamente com a obrigação de frequentar programas de educação e impedimento de voltar à aula do professor que agrediram, verbal ou fisicamente - nenhum professor tem de ter dentro da sua sala de aula alunos que lhe chamam palavrões, que os ameaçam ou agridem fisicamente. Não somos guardadores de delinquentes juvenis e é um perigo, não apenas para os professores mas para os outros alunos também;
- impedimento de entrar na escola a alunos com comportamentos violentos - arranjem-se programas de alternativos de reeducação com psicólogos e terapeutas sociais. Violações, pancada, agressão com objectos ou o corpo, ameaças e bullying têm de ser sancionados imediatamente com expulsão; reencaminhem-nos para centros de reeducação - a escola não é um local de acolhimento e tolerância de criminosos e a profissão de professor não é um contrato de lidar com criminosos. Uma coisa é a irreverência e até alguma falta de educação própria de alguns alunos em certas idades, outra muito diferente é o crime;
- fim da possibilidade dos alunos poderem faltar às aulas indefinidamente sem consequências como acontece no básico onde chegam a ter 700 faltas com a anuência dos pais e do ME;
- fim da possibilidade dos alunos poderem passar de ano em ano sem nenhum trabalho/teste positivos e com excesso de faltas a todas as disciplinas com o apoio explicito do ME;
- contratação de psicólogos e terapeutas para as escolas.
- possibilidade de co-docência em turmas com alunos socialmente complicados;
- tutela de professores novos e inexperientes.
- Valorizar e dar poder e autonomia ao DT que é a pessoa mais importante na disciplina da turma -não só dos alunos mas dos EE- e, nessa medida, na possibilidade dos alunos terem experiências positivas de aprendizagem dentro das aulas.
Estes alunos com estes comportamentos são uma pequena minoria, mas basta um em uma turma para estragar a turma toda e muitas vezes a escola, porque estes delinquentes e proto-delinquentes levam os seus comportamentos para fora das aulas, para colegas de outras turmas, para os funcionários da escola e para toda a gente. São como um predador deixado à solta. Em tempos havia funcionários suficientes para vigiar os alunos nos intervalos e intervir. Agora não há funcionários. A minha escola já teve dois seguranças que faziam um bom trabalho -um deles era excelente- e agora não tem nenhum.
Não sei como se pensa que os problemas das escolas estão resolvidos só porque o Pestana e o Nogueira não organizam greves. Há problemas muito complexos e graves nas escolas.
Muita coisa tem se ser feita. A Associação de Pais e EE devia ser líder na formação dos pais e EE, mas existe apenas para dizer mal dos professores e não mostra nenhum interesse pela educação e consciencialização dos pais para o cumprimento das regras das escolas, para o perigo do vício dos telemóveis e das redes sociais, para a influência de plataformas de incentivo ao bullying, ao suicídio, à misógina, à pornografia (que é outra forma de violência misógina).
Os conselheiros dos ME e pseudo-pedagogos são pessoas que vivem em Marte com alunos imaginários.