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November 10, 2023

E vivam as mulheres complicadas que não facilitam a vida aos corruptos




Aparelho do Estado foi manobrado, diz MP, mas houve quem resistisse ao grupo de Galamba

Ana Henriques|Público

Na sequência de uma notícia do jornal Nascer do Sol sobre o assunto no Verão de 2021, o então secretário de Estado João Galamba entrou em contacto com o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária. Para, segundo o Departamento Central de Investigação e Acção Penal, o instar a convencer o primeiro-ministro a intervir na situação, forçando a alteração dos limites geográficos da zona protegida.

Tratava-se de uma questão delicada, pedia-lhe para não falar nisso a ninguém. “Só há aqui uma solução (…) que é o ICNF rectificar a zona, como fez no Freeport e noutras zonas. Não é preciso comunicar à Comissão Europeia, é um decreto regulamentar do Governo”, dizia ao chefe de gabinete. Dois dias depois, Galamba informava o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, que o assunto já tinha chegado aos ouvidos do chefe do Governo: “Epá isto já chegou ao PM. O Siza [Vieira, ministro da Economia] falou comigo e acho que o PM pediu ao Siza para ver isso com o Matos Fernandes [ministro do Ambiente] para resolver este problema”.

A Agência Portuguesa do Ambiente – cujo presidente, Nuno Lacasta, também foi constituído arguido neste processo – facilitou como pôde o licenciamento do empreendimento. Isso fica claro numa escuta de um telefonema realizado na Primavera de 2022 em que Lacasta fala com o presidente do Instituto da Conservação da Natureza (ICNF), Nuno Banza: “Nós estamos já completamente organizados com o promotor, há um ano e tal, eles têm sete módulos, desses sete módulos estão agora a construir dois, foram isentados de Avaliação de Impacte Ambiental. Já está resolvido esse tema, percebes? Há um compromisso do promotor que depois fará uma Avaliação de Impacte Ambiental para o resto da coisa, mas são sete módulos é uma coisa gigante, são não sei quantos hectares, portanto isso está tudo resolvido, está tudo feito, está tudo tratado, está tudo tranquilo”.

O presidente do ICNF bem tenta argumentar: “Aquilo tem lá umas espécies prioritárias e uns habitats prioritários”. Mas o seu interlocutor insiste: “E tu não consegues fazer uma espécie de compensação (…) ali perto?”. Banza responde-lhe que não: “Tu consegues fazer isso para os habitats da directiva, desde que não sejam prioritários. Aquela merda é quase intocável, tás a ver? Vou ter de dar parecer desfavorável”.

Horas depois Banza recebe um telefonema do próprio João Galamba, e parece já ter claudicado: “Tens que me ajudar a meter na cabeça desta gente que a solução não é eu ir perguntar nada à Bruxelas. A solução é eu fazer o o processo de avaliação de impacto ambiental, e se houver necessidade propor as medidas compensatórias, fechar o processo, licenciá-lo e deixar lá estar a Zona Especial de Conservação na maior, tás a ver?”.
(...)

Porém, nem todos os interlocutores de Galamba e do seu grupo claudicaram. Há diversas referências feitas pelos procuradores que lideram a investigação à resistência de uma vereadora da Câmara de Sines, Filipa Faria, e de uma chefe de divisão, a arquitecta Fátima Guiomar Matos, às pressões de que foram alvo para licenciar o que não parecia ser licenciável.

“É uma pessoa muito complicada... Epá, que os gajos têm medo, claramente têm medo dela, claramente têm medo dela, epá, e ela faz-lhes a cabeça em água e os gajos... epá não consigo perceber!", diz o vice-presidente da comissão executiva da AICEP Global Parques, Miguel Gama sobre a arquitecta, que não está a facilitar.


Do lado de lá do telefone, o CEO do consórcio do centro de dados, Afonso Salema, tem uma ideia e pergunta-lhe a que partido pertence a teimosa técnica. Será comunista, alvitra o outro. São boas notícias, reage Salema: “Temos apoio do PCP também, o PCP gosta muito de nós. Então se calhar vou pedir ao Diogo, que já se ofereceu várias vezes, para ter uma conversa no comité central”.

Mas no despacho de indiciação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal os capítulos em que fica mais patente a manipulação do aparelho de Estado pelos arguidos relacionam-se com o fabrico de legislação à medida dos interesses dos seus alegados cúmplices no sector privado. Entre os vários diplomas legais que o Ministério Público garante terem sido redigidos ou ajudados a redigir por advogados que não pertencem aos quadros do Estado ganha especial destaque o chamado Simplex Industrial, aprovado em conselho de ministros em Outubro passado. Com o objectivo assumido de desburocratizar o licenciamento de projectos industriais, este decreto-lei terá nascido para beneficiar o empreendimento de Sines.

"Antes de ser submetido a conselho de ministros, o diploma foi preparado, do ponto de vista jurídico por João Tiago Silveira, sócio da sociedade de advogados Morais Leitão”, pode ler-se no despacho de indiciação. Este antigo secretário de Estado socialista e agora também arguido já reagiu às suspeitas que sobre ele recaem: "Há uma nota comum em toda a minha carreira, no sector público e no sector privado: a honestidade e o estrito respeito pela legalidade.”

Outro diploma apontado como tendo favorecido os interesses do mesmo grupo foi publicado em Setembro passado e destina-se a atribuir a capacidade de ligação à rede de instalações de consumo de electricidade em zonas de grande procura. Ou seja, este decreto-lei regula os leilões de atribuição de capacidade. "Dele resulta um expresso favorecimento a projectos com estatuto de Potencial Interesse Nacional, bem como o estabelecimento de procedimento excepcional quanto à área territorial de Sines", diz o Ministério Público. Nas escutas, os arguidos referiam-se-lhe com especial apreço: chamavam-lhe o despacho do bar aberto.

October 08, 2022

Os negócios do Estado fazem-se à mesa de família dos ministros e o dinheiro público é o mealheiro da família

 


Estado fez contrato com empresa de Pedro Nuno Santos e do seu pai

A posição da empresa e o cargo político, enquanto ministro das Infraestruturas e da Habitação, constitui uma “incompatibilidade“ que deve ser sancionada à luz da atual lei.

December 03, 2021

Parece que o Cabrita vai dizer coisas

 


Estamos à espera...

Entretanto vão postando o senhor a dizer que o motorista ser condenado é o Estado de direito a funcionar e que as notícias em torno disto é que são repugnantes. Não ele. Ah, e é preciso ver as condições do atravessamento da estrada pela vítima que talvez seja, portanto, o culpado. Ele era só um passageiro.

Queixou-se do trabalho ser difícil. 

Por causa dele Portugal tem uma imagem de segurança. 

Por causa dele Portugal tem os melhores resultados do século em incêndios. 

Por causa dele Portugal é um dos países mais seguros do mundo e deve-se a ele.

Por causa dele Portugal tem o melhor sistema de acolhimento de migrantes.

En passant lá fala do acidente, 'a viatura que me transportava, diz ele', como se ele fosse um pacote ou uma encomenda em vez de dizer 'a viatura em que seguia', para se distanciar do acontecimento.

Agora acusa os outros de serem repugnantes por não o deixarem em paz quando atropela um homem mortalmente, em serviço e não tem a decência de se demitir, sabendo que ia em situação ilegal. 

O homem, ou é burro, ou alucinado, não se percebe como ainda se faz de vítima e de coitadinho.

Finalmente vai-se embora. Agora é tarde. Já devia ter ido. Logo a seguir ao acidente, porque a responsabilidade é dele. Ele é que é o ministro. 

Diz que o seu ministério é difícil. Isso é verdade. A Administração Interna está sempre na berlinda: são as polícias, os bombeiros, a protecção civil, as calamidades naturais... está sempre nas TVs e é preciso uma pessoa com cabeça e ombros para um cargo destes. Coisas que ele não tem e por isso nunca devia ter sido nomeado para o cargo. 


"Eu era só um passageiro"

 



Carro de Cabrita envolvido em acidente seguia a 166km/hora. Motorista acusado de homicídio por negligência



Cabrita sublinha que era "só um passageiro" no carro acidentado

June 18, 2021

Denunciar manifestantes foi uma pratica corrente durante anos

 


Medina chama-lhe inadequada, como se estivesse a falar a maneira adequada ou inadequada de pendurar um candeeiro. Inadequada... uma pulhice é o único nome que se pode dar a essa prática.

Exonera o coordenador da unidade, mas exonera-se a si da sua demissão do seu cargo. Quem é que acredita que Medina não sabia disto, se era uma prática corrente e não foi um episódio isolado?

O que é necessário para que os responsáveis políticos se responsabilizem? Matar alguém e ser apanhado em flagrante delito? Ou nem mesmo assim?


Russiagate. CML enviou dados pessoais de manifestantes para embaixadas em 52 protestos


Fernando Medina apresentou as conclusões da auditoria ao caso do envio de dados pessoais de três activistas anti-Putin da Câmara de Lisboa para a embaixada russa. Vai ser oferecida uma avaliação de segurança aos activistas e será exonerado o encarregado de protecção de dados e coordenador desta unidade.

De 2012 até 2021, houve um total de 7.045 manifestações, uma média de três a quatro protestos por dia. Foram comunicadas 180 manifestações às embaixadas, sendo que 52 das vezes foram transmitidos dados pessoais desde que entrou em vigor o Regime Geral de Protecção de Dados, em 2018.

“Foi uma prática inadequada que não devia ter acontecido”, lamentou o presidente da CML. “Levou a um sentimento de insegurança de pessoas que já se manifestaram nesse sentido”, nomeadamente os três activistas em causa.

April 14, 2021

Os jornais de hoje estão cheios de sumo II

 


A minha pergunta é: em que escola é que andam a formar-se os juizes aqui do burgo...? Este senhor foi para Palmela desafiar a lei e a ordem, como se costuma dizer.  Queria ir preso para ter palco nas TVs. Com juizes assim é difícil não se fulanizar o cargo e a própria justiça. Leia-se o artigo e veja-se como falam uns dos outros: as polícias para o juiz e o juiz para as polícias. Tudo de uma grande vulgaridade.







April 09, 2021

Este juiz Ivo Rosa goza connosco todos

 


Dá ideia que o Sócrates é um coitado, uma vítima do MP. Um sacrificado, um perseguido, um abnegado. 

É como eu dizia. Vai ser acusado de ter passado um sinal vermelho e safa-se com uma multa. 


justica/ao-minuto/ivo-rosa-decide-quem-vai-a-julgamento-na-operacao-marques

April 06, 2021

Todos os dias nos servem um ladrão ao almoço e a conta para pagar

 





O Carlos Santos Silva devia ser beatificado

 


É um benfeitor, um amigo dos necessitados...  ... deixou como herança 34 milhões a um primo do Socas, fiduciário do dito cujo... ... ele dá tudo o que tem ao Socas e família. Ao pé dele os três parolinhos de Fátima empalidecem. E o Garganta Funda nunca está longe.






March 10, 2021

Epá, ó Rodrigues, orienta aí mais um amigo

 


O polvo da fulana Rodrigues. Tudo pessoal do PS.

A Rodrigues passou de professora primária a professora universitária do ISCTE enquanto o diabo esfrega um olho. É marida de Rui Pena Pires, catedrático de longa data do ISCTE (onde ela é agora reitora); Rui Pena Pires é muito amigo de Costa e Silva (convidado por Costa para esbanjar o dinheiro que aí vem ou já chegou); Costa e Silva é casado com Mª Luísa Araújo, amiga da fulana Rodrigues (eram todos amigos em Angola) e que também aterrou no ISCTE pela mão desta última que foi júri na sua tese de doutoramento (Mª Luísa também foi do gabinete de Cabrita, esse gigante da inteligência mundial). 

Portanto, no gabinete da reitora Rodrigues, para além da amiga Mª Luísa, estão, João Miguel Sintra Nunes (presidente da Parque Escolar entre 2009-11 -$$$ corrupção) e Paulo Feliciano, doutorando no ISCTE (pula da sua consultora, Quaternaire, para cargos públicos que fazem contratos com ela de centenas de milhares de euros).

Quem coordena o gabinete de comunicação do ISCTE é João M. Fernandes, ex-subdirector do DN, ex-acessor do ministro Mário Lino e de Sócrates. João Rodrigues, da JS é analista de conteúdos sociais. Nuno Saraiva saiu há uns meses para adjunto do grupo parlamente do PS.

Fazendo parte do Conselho fundador de curadores do ISCTE é o facilitador de negócios, de seu nome Vitorino, outro alçado sem mérito e Carlos Ferreira (outro PS); no segundo Conselho esteve Medina, essa onça, a acumular com funções na autarquia (recorde-se que o ISCTE tinha uma proposta de construção de equipamento hoteleiro em terrenos da Câmara de Lisboa). A ex-secretária de Estado PS, Ana Benavente também esteve no Conselho.

O ISCTE é uma universidade com muitas licenciaturas e algumas muitos boas, mas os cursos de sociologia, políticas e educação, mais as estruturas de organização estão manchadas e emporcadas por esta mulher e amigos que dão mau nome à casa, na minha modesta opinião.


Os orientados ISCTEanos PS mais proeminentes :

-Mariana Silva, AKA, a filha do pai, doutoranda, ex-acessora da fulana, agora orientada por ela na tese.

- Valter Lemos, AKA, o mãozinhas de veludo, saiu do governo de Socas onde foi secretário de Estado da fulana Rodrigues que lhe orientou a tese de doutoramento na casa.

- João Torcato da Mata, ex-secretário de Estado do PS, agora acessor do presidente, também orientado pela fulana.

 


- Graça Fonseca, ministra da cultura, orientada no doutoramento pelo marido da fulana, Rui Pena Pires.

- Cláudia Pereria, secretária de Estado do governo PS e prof. no ISCTE.

- Hugo Mendes, actual secretário de Estado, também orientado pela fulana Rodrigues.

- Pedro Soares, da juventude socialista, outro orientado por ela



estas imagens não são minhas


resumindo: grande fulanagem que ali vai... ... isto é só rir, como dia o Bordalo.

March 04, 2021

Hoje-em-dia somos conhecidos no mundo todo pelas razões erradas - incompetência, desperdício de dinheiro, clientelismo ...

 


A presidência 'fantasma' de Portugal da UE aumenta as despesas presenciais

Lisboa equipou um centro de imprensa vazio, desbaratou milhares de euros para bebidas e encomendou centenas de fatos.

A COVID-19 pode ter relegado Portugal a ter uma "presidência fantasma" pouco provável de realizar cimeiras cintilantes - mas isso não impediu Lisboa de gastar como se estivesse à espera que eventos presenciais fossem a norma durante os seus seis meses de liderança do Conselho da UE.

Desde que tomou as rédeas da presidência rotativa do Conselho em Janeiro, Portugal assinou contratos no valor de centenas de milhares de euros para adquirir equipamento, bebidas e mesmo vestuário para eventos que dificilmente se realizarão pessoalmente.

A presidência gastou 260.591 euros para equipar um centro de imprensa em Lisboa - embora as sessões de informação da presidência estejam a ser realizadas online e os jornalistas estrangeiros não estejam a viajar para a capital portuguesa. Concordou em pagar a uma empresa vinícola 35.785 euros por bebidas - numa altura em que poucas pessoas estão a reunir-se. E assinou um contrato de 39.780 euros para a compra de 360 camisas e 180 fatos - numa altura em que muitas pessoas estão a trabalhar a partir de casa.

Para além das despesas, grupos de vigilantes manifestaram mal-estar perante os patrocínios empresariais que a presidência portuguesa assinou com várias empresas, incluindo algumas que parecem ir contra as políticas comunitárias assinadas e uma que é conhecida como uma plataforma de aterragem suave para os políticos portugueses.

"A presidência parece ser menos sobre reuniões de trabalho e mais sobre a venda de Portugal ao mundo exterior", disse Susana Coroado, presidente da Transparência e Integridade, a ala portuguesa da Transparência Internacional.

A presidência portuguesa disse que estava simplesmente a fazer a devida diligência, preparando-se para o potencial das reuniões presenciais dentro de alguns meses.

Apesar da pandemia, não podia "simplesmente ignorar a possibilidade de realizar reuniões físicas num futuro próximo", disse a porta-voz da presidência, Alexandra Carreira, numa declaração por correio electrónico. Devido a isso, acrescentou, a presidência tinha empreendido "preparativos adequados e oportunos".

Por exemplo, disse Carreira, as camisas e os fatos tinham sido adquiridos para os motoristas que tinham sido postos sob escuta para conduzir qualquer delegação oficial que pudesse visitar Portugal durante os seis meses de mandato do país à frente do Conselho.

No entanto, a presidência não explicou porque é que os fatos - uma despesa invulgar mesmo quando comparados com as presidências em anos não pandémicos - tinham sido adquiridos para os motoristas, que são funcionários do Estado português e que presumivelmente já estariam vestidos com o vestuário necessário para o desempenho das suas funções.

E embora a rotação da presidência seja uma visão familiar dentro da bolha de Bruxelas, as despesas invulgares de Portugal têm levantado sobrancelhas.

Um diplomata veterano recordou que os governos nacionais tinham anteriormente distribuído "gravatas da presidência, cachecóis, alfinetes, bolsas, canetas, cadernos, guarda-chuvas, roll-ups, alguns produtos alimentares, bolas de neve, toalhas, discos de música, bancos de energia, paus de memória, bilhetes de transporte, livros de cozinha, máquinas fotográficas digitais, etc.".

No entanto, os fatos completos para motoristas eram novos.

Um momento na ribalta

A presidência rotativa do Conselho pode oferecer aos países da UE muitas vezes esquecidos um momento raro para brilhar.

Os governos nacionais tentam normalmente aproveitar a oportunidade para tocar para as suas audiências nacionais e divulgar a sua própria importância, organizando grandes eventos que atraem os líderes internacionais para os seus países.

Na era da COVID, contudo, as soirées presenciais que atraem comissários visitantes e delegações de deputados europeus foram largamente substituídas por cimeiras virtuais austeras que não deslumbram bem os eleitores nacionais. De facto, os funcionários em toda a UE adaptaram-se rapidamente a eventos e reuniões em linha.

Mas nos últimos meses, Portugal tem demonstrado a sua determinação em ignorar essa realidade.

Para os observadores, uma das decisões mais desconcertantes que a presidência tomou foi gastar centenas de milhares de euros a fornecer o centro de imprensa em Lisboa, uma cidade que experimentou um aumento dramático de novos casos de coronavírus este ano.

O projecto público foi confiado a uma empresa que não obteve um contrato público desde 2011, e cuja experiência anterior em contratos do sector público envolvia a organização de entretenimento para festivais de aldeia. [quem será o primo??]

Os jornalistas baseados em Lisboa que falaram à POLITICO na condição de anonimato descreveram o centro de imprensa como uma "cidade fantasma".

Embora tenham reconhecido que havia mesas e cadeiras dispostas para jornalistas num "espaço grande e vazio", disseram que poucos jornalistas - principalmente fotógrafos e equipas de televisão - utilizavam o espaço regularmente.

"Estamos no meio de uma pandemia e podemos seguir conferências de imprensa e fazer perguntas sobre Zoom - porque iria alguém ao centro de imprensa?" disse um membro do corpo de imprensa de Lisboa. "Estremeço ao pensar no que o governo gastou com isso".

Carreira, porta-voz da presidência, argumentou que um centro de imprensa precisava de estar disponível para oferecer condições de trabalho padrão a qualquer jornalista que aparecesse na sede.

Patrocínios questionáveis

Há acordos com duas empresas portuguesas de bebidas - o produtor de café Delta Cafés e o grupo de refrigerantes Sumol + Compal - e um acordo com o gigante português de pasta e papel The Navigator Company.

Num momento em que Bruxelas está a lançar o Acordo Verde da UE, a estratégia Farm to Fork e o Plano Europeu contra o Cancro, Suzy Sumner, activista da organização europeia de consumidores Foodwatch, disse que Portugal estava errado ao usar a sua presidência para promover activamente "refrigerantes cheios de açúcar" que têm "efeitos directos na saúde e no ambiente".

Os activistas ficaram ainda mais perturbados com o acordo com Navigator, uma empresa que no ano passado recebeu um empréstimo de 27,5 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento, e que historicamente tem sido conhecida por servir de porta giratória para os políticos portugueses.

Da mesma forma, a organização portuguesa de justiça climática Climáximo, Manuel Araújo, questionou porque é que a presidência se ligaria a uma empresa cujas vastas plantações de eucalipto foram ligadas a incêndios florestais mortais em Portugal e a garras de terras em Moçambique.

"É completamente inaceitável que os governos da UE estejam a assinar acordos de patrocínio com empresas, muitas das quais têm agendas ambiciosas de lobbying da UE, e cujos produtos estão em contradição directa com as políticas que estão a ser desenvolvidas", disse Araújo.

Numa declaração, Navigator defendeu as suas práticas de gestão florestal e de prevenção de incêndios em Portugal e rejeitou todas as acusações de práticas de apropriação de terras em Moçambique. Acrescentou que não tinha tido políticos a juntarem-se à empresa como directores, nem ex-directores a juntarem-se ao governo português, desde a privatização da Navigator no início dos anos 2000.

Navigator também notou que não era a primeira vez que trabalhava com uma presidência portuguesa do Conselho, e disse que o tinha feito "com a única consideração de imprimir o logótipo nos materiais escolhidos pelo governo".

Carreira, a porta-voz da presidência, disse que os patrocínios tinham "como objectivo satisfazer as necessidades correntes do dia-a-dia" relacionadas com eventos presenciais que ainda se realizam na sede da presidência e em que participam "membros do governo, o seu pessoal e outros funcionários públicos".

"Não existe um quadro legal europeu que impeça as Presidências de utilizar tais contratos", acrescentou, insistindo que os acordos estavam em conformidade com a legislação europeia e nacional.

Presidência do Conselho ou junket turístico?

Coroado, o chefe da Transparência e Integridade, disse que os contratos e patrocínios reflectiam um país que carece de um controlo adequado da despesa pública e que tem o mau hábito de "tentar utilizar cenários internacionais de alto nível para se promover".


Coroado salientou que, apesar do número recorde de novos casos de coronavírus em Lisboa em Janeiro, a presidência tinha insistido em acolher reuniões presenciais com vários membros da Comissão na capital portuguesa apenas semanas após o novo ano.

Embora essas reuniões tenham terminado com três comissários em quarentena depois de interagirem com um ministro português que deu positivo para o coronavírus, o governo não está a recuar. Na semana passada, a ministra portuguesa do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social Ana Mendes Godinho disse a uma comissão do Parlamento Europeu que a presidência estava determinada a assegurar a "maior participação possível" numa cimeira social presencial que o seu país pretende realizar este mês de Maio no Porto.

"O governo está a comportar-se como a orquestra do Titanic, determinada a colocar em eventos cinco estrelas, mesmo quando é claro que não deveriam estar a decorrer", disse Coroado.

A presidente da Transparência e Integridade disse que embora pudesse compreender a determinação do governo em assinar contratos na esperança de que os eventos presenciais pudessem ainda acontecer, os acordos específicos eram, na melhor das hipóteses, "muito estranhos".

"Isto é muito típico em Portugal, onde o nosso sistema de contratos públicos é muito problemático", disse Coroado. "Não há justificação de despesas, não existe nenhum mecanismo para evitar conflitos de interesses, e os contratos são frequentemente adjudicados a 'empresas amigas' favorecidas pelo governo".

"Infelizmente", acrescentou ela, "é muito difícil provar a corrupção porque a falta de profissionalismo no sistema de contratos públicos é tal que a má utilização dos fundos se deve frequentemente à incompetência e não a uma fraude pura e simples".


Em Setembro passado, a Comissão Europeia apreendeu essa questão no seu Relatório sobre o Estado de Direito 2020, castigando Portugal por não fazer o suficiente para combater a corrupção.

Na altura, o Comissário Didier Reynders disse que embora o país tivesse criado um quadro legal para promover a transparência, não tinha conseguido reservar os recursos para levar a cabo essa missão de forma adequada.

"Temos muitos fundos de recuperação da UE à nossa frente, e muitas pessoas estão preocupadas com a forma como vamos garantir a boa utilização desse dinheiro", disse Coroado.

"No ano passado, ficámos muito ofendidos quando alguns países do norte disseram que estavam relutantes em nos dar esse dinheiro porque íamos utilizar mal os fundos", acrescentou ela. "Mas quando [a presidência] faz coisas como esta, é normal que outros manifestem cepticismo em relação a nós".


Paul Ames contribuiu com relatórios.


January 30, 2021

Porcos, feios e maus

 


Porcos, feios e maus é um filme de Ettore Scola - Sinopse: Num bairro de lata em Roma vive a família de Giacinto. Uma vintena de pessoas entre filhos, filhas, noras, genros e netos para além da matrona da mulher e da mãe inválida e senil de cuja pensão a família se apropria todos os meses. Vivem apertados numa barraca miserável rodeados pelo lixo dos outros que vivem nos arranha-céus que os cercam. Giacinto dorme de arma na mão para proteger o seu tesouro, um milhão de liras que recebeu de indemnização por ter perdido um olho, e que muda constantemente de lugar, certo da cobiça da sua familia. O dia a dia desta amoral, feroz e incontrolável família entra em aceso conflito quando um dia Giacinto leva para a barraca uma divertida e gorda prostituta. A família "em pé de guerra" tenta envenenar Giacinto durante o batizado de um neto. Este sobrevive ao raticida e por vingança deita fogo à barraca, vende o terreno a outra família e no fim acabam todos, os novos locatários e a família de Giacinto, por partilhar a velha e decrépita barraca. (rtp.pt)

É isto, este filme, que me faz lembrar todo este processo de roubo de vacinas por governantes, deputados, autarcas, juízes. Não falo dos outros todos que roubam às escondidas porque só o fazem por estes, os que dirigem o país, promoverem esta 'porcaria'. 

Estes títulos de hoje mostram a família de Giacinto que nos governa. Senão vejamos:

Planeamento? Ainda nem têm designados locais de vacinação... o que andam a fazer os nomeados políticos, primos, filhos, amigos e por aí fora? A roubar vacinas...? 

A seguir o que vemos é que apesar de toda a conversa, em Maio do ano passado, acerca de preparar o ano lectivo para uma eventualidade de novo confinamento, só há 7 dias o ministro da educação se deu ao trabalho de fazer contrato para fornecimento de computadores. E a entrega tem um prazo de quase um ano. Anda ele e o SE com conversas de tanga e não fazem nada de nada que ajude a educação. Nada.

Depois vêm as notícias do roubo de vacinas. Fora o presidente da AR, mais ninguém (ou talvez um ou dois) podia estar naquela lista a não ser que fizessem parte dos grupos prioritários da DGS e não das prioridades deste governo de Giacintos e amigos. Fazem lembrar aqueles que em tempos arranjavam pretextos para ilegalizar judeus porque lhes cobiçavam os bens.  

Vou acabar de tomar o pequeno-almoço e destressar disto. Hoje vou fazer uma cirurgia e nenhum médico, enfermeiro ou auxiliar está vacinado porque as vacinas andam a ser roubadas por políticos e amigos. Reconfortante...

Locais de vacinação contra a Covid-19 em Portugal ainda por definir

Centros de saúde ainda não sabem se as vacinas para a Covid-19 serão dadas nas suas instalações ou fora delas.


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Covid-19: Parlamento indica 50 deputados com funções na organização da AR para o processo de vacinação


Neste grupo seleccionado entre os 230 parlamentares, estão o presidente da Assembleia da República, deputados do PS, PSD, PCP, PEV e uma das duas deputadas não inscritas.


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January 26, 2021

Sou só eu que acho isto uma pouca-vergonha das piores possíveis?




Uma coisa é vacinar o presidente, o primeiro-ministro e outros políticos principais de orgãos de soberania, outra coisa é pôr os autarcas, que são aos milhares de primos e amigos à frente de pessoas que em termos de saúde, são prioritárias e de pessoas que têm empregos de grande risco. Passarem-se à frente de todos, sem vergonha... é por isso que também se passam à frente com o dinheiro do povo...

Somos um país de políticos sem ética, sem vergonha, sem escrúpulos e, qualquer diz, como já nos apontam a dedo na UE, sem leis. Um Estado de coronéis à brasileira.

Mas alguém se admira ainda do Ventura ter tantos votos, com os políticos miseráveis que temos?


Vacinação de titulares de órgãos de soberania começa na próxima semana


Os autarcas vão também estar envolvidos no lote de titulares de órgãos de soberania a vacinar já na próxima semana, não se restringindo aos cargos mais altos do país, como o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República ou o primeiro-ministro.


os políticos e o povo...


January 08, 2021

Eu estou nessa situação de ainda não ter visto um cêntimo

 


É vergonhoso que este governo ande por aí a anunciar aumento do salário mínimo e dos salários inferiores a 700 e tal euros e deixe os restantes funcionários públicos sem aumento. ( é para os motivar)

Defende-se, o governo, com as subidas de escalão remuneratório nas carreiras, mas isso é uma falácia hipócrita. A perda de rendimentos é real e acentua-se há quase duas décadas. (queres ver que o custo devida estará mais barato…)

É vergonhoso que docentes que subiram de escalão a 1 de junho de 2020 ainda não tenham visto um cêntimo a mais no ordenado por não lhes ter sido concedida a devida cabimentação.

E ninguém fala disto?


December 28, 2020

Foi para sustentar parasitas, com o nosso dinheiro, que nacionalizaram a TAP?





Que pouca-vergonha. Vão cortar salários e despedir pessoal e atribuem-se salários de 35 mil euros. Estou eu com a carreira parada a pagar a pulhice destes gajos. Somos um país de medíocres e merdosos que arruinam tudo em que metem as mãos, só roubam. Por menos que isto os franceses enfiaram uma data de gente na guilhotina.

Ramiro Sequeira quase duplica salário na TAP em reestruturação


Ramiro Sequeira subiu a CEO interino e passa assim a ganhar 35 mil euros brutos por mês. Também houve subida para Miguel Frasquilho e Alexandra Vieira. Plano de reestruturação prevê corte salarial até 30%.

CEO interino da TAP Ramiro Sequeira viu a Comissão de Vencimentos da TAP aprovar a subida do seu salário mensal para 35 mil euros brutos por mês, que é quase o dobro do valor que auferia antes como COO a empresa, indica o Eco. A alteração tem mesmo efeitos retroativos desde meados de setembro, quando assumiu o novo papel na empresa que está em reestruturação profunda.

A aprovação acontece ao mesmo tempo que é desenhado o plano de reestruturação com despedimentos e redução de salários e o Governo terá dado mesmo aval aos novos ordenados na liderança da empresa.

Quem também teve um aumento foi o presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, que subiu dos 12 mil para os 13,5 mil euros brutos mensais, e Alexandra Vieira Reis, uma nova entrada para a comissão executiva que lhe permitiu passar dos 14 mil para os 25 mil euros de salário bruto.

O salário passa agora para 35 mil euros brutos, com efeitos retroativos a 17 de setembro (ou seja, a data à qual teve efeito a nomeação como CEO interino). Fazendo as contas, o total anual sobe de 238 mil euros para 490 mil euros brutos. Estas informações estavam presentes em documentos internos a que o ECO teve acesso e que não referiam se acresce ainda rendimento variável a este montante.

August 31, 2020

A DGS publica as regras de funcionamento para todas as entidades excepto para o PCP, a quem entrega num envelope fechado

 


... e a medo, como se o PCP fosse, não um partido com responsabilidades públicas, mas uma seita que só obedece ao grande líder e faz tudo às escondidas. Ou o PCP tem direito a regras sanitárias especiais e pode ajuntar 30 mil pessoas em concertos de massas? E porque é que são especiais...? São uma espécie de igreja católica da política e têm concordatas secretas? São seres humanos de 1ª categorias e o resto do povo é de 2ª categoria? E, nesse caso, em que é que o PCP é diferente desses partidos demagogos que não respeitam o princípio de direitos iguais, deveres iguais das democracias? Pois, em nada.


DGS não vai divulgar parecer final com regras da Festa do Avante!

Autoridades de saúde justificam a demora na análise com a complexidade do evento e dizem que caberá ao PCP divulgar o documento.

August 11, 2020

Isto ainda mete mais nojo

 

Estes porcos andam a lavar dinheiro? O que se passa aqui e porque é que ninguém os mete na cadeia e pára com isto? Nem o PR, nem o governo, nem o GDP, ninguém...



August 06, 2020

"Faria rir se não fosse obsceno"



Nós somos os palhaços que ainda havemos de pagar isto quando ficarem a dever a bancos. Estes da bola e não as escolas ou os hospitais é que têm o apoio dos governos.


do blog delitodeopiniao.blogs.sapo.pt - /faria-rir-se-nao-fosse-obsceno

Faria rir se não fosse obsceno

por Pedro Correia, em 06.08.20

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Esta imagem mostra o requintado interior do Bombardier Global 5000, o jacto privado com 16 lugares utilizado por Luís Filipe Vieira para ir buscar ao Brasil a mais recente equipa técnica contratada para o futebol do seu clube. 

Este "saltinho" ao Rio de Janeiro - por mero capricho do presidente encarnado, em desespero perante a perspectiva de ser derrotado nas urnas em Outubro - terá custado a Vieira a módica quantia de 230 mil euros. Ou antes: terá custado ao clube, pois a verba há-de ser inscrita numa qualquer rubrica do orçamento chumbado pelos sócios da agremiação encarnada. 

Transformado em mordomo do novo técnico, Vieira promete pagar-lhe - apesar do chumbo orçamental - uns modestos 7 milhões de euros só em salário bruto anual, acrescidos de pelo menos 100 milhões de euros em jogadores que constam da lista de compras do treinador, sempre extensa e muito dispendiosa. Tudo isto, note-se, em tempos de grave crise pandémica e num cenário de abrupta quebra de receitas geradas pelo futebol, num país mergulhado na maior queda do PIB alguma vez registada em ciclo trimestral.

Mesmo assim, Vieira ainda se atreve a proclamar que o Benfica «é um clube do povo», em jeito de slogan eleitoral. Daria até para rir se não fosse obsceno.