November 23, 2022

Pensamentos de dois melréis

 


Segunda-feira saí da escola pelas cinco da tarde. Vinha andando a remoer a cena de um problema de um aluno quando já perto de casa, passo por uma rapariga que me diz olá. Confesso que fiquei a olhar para ela, percebendo muito bem que devia ser uma ex-aluna, mas sem saber quem, até que ela sorriu e vi logo quem era. Uma rapariga da idade do meu filho que foi minha aluna aí há quase 20 anos. Uma pessoa muito focada, estudiosa e voluntariosa que sabia o que queria. Ela é psicóloga. Então contou-me que a filha mais velha, que vai fazer sete anos, aos quatro apareceu-lhe um linfoma, assim do nada. Anda desde então em tratamentos, já teve que interrompê-los porque teve um AVC como reação a um dos medicamentos da quimioterapia. Entrou este ano para a escola, mas tem problemas de concentração, compreensão e memória por causa da químio. Perdeu o cabelo todo. Tem problemas de imagem, inseguranças que não são próprias daquela idade. Entretanto teve outro filho. A vida dela tem sido um inferno. Disse-me que está no trabalho mas desconcentrada e sem vontade, Uma pessoa que adora a profissão, mas está sempre numa grande angústia pela filha.. Disse-me que ela e o marido também tiveram o cancro, por vicariação. Uma miúda tão nova e com estes problemas todos às costas. Abalou-me. Acabei esta semana o tema da filosofia da religião com o problema do mal - o mal moral e o mal natural, como este do cancro da filhinha da S. Nenhum argumento a favor da existência de Deus nos convence da coexistência do mal como possibilidade e muito menos da sua utilidade. É claro que podia haver um Deus maligno, ao modo cartesiano. Pelo menos faz mais sentido quando se olha para estes sofrimentos inúteis. Enfim, cheguei a casa curvada com o problema daquele aluno, mais o do outro que ainda é pior, mais o desta rapariga cuja filha tem um cancro desde os quatro anos. Passei o o dia de ontem com uma nuvem na cabeça por causa destes problemas. Hoje um amigo disse-me que talvez a realidade seja relacional. Talvez não existam substâncias, objectos no sentido da física tradicional, mas interações quânticas, filosóficas e talvez sejamos apenas em função dos outros, do modo como nos afectam e os afectamos a eles. Ao modo do Sofista de Platão: se interages comigo e me afectas és real. E vice-versa.


Aproximação de tempestade

 


@DreadlockTvlr

They are doing it their way

 

O dia a dia de uma ditadura teocrática

 

This is huge!

 


Quer dizer que já ninguém tem dúvida do destino dele, só não sabem quando.


Para os que dizem que a liberdade é um conceito ocidental




O que se passa no Irão infirma-o.

Um ex-preso político recordou Ebrahim Raisi exercendo o seu poder "livremente em milhares de casos durante o massacre de prisioneiros políticos naquele Verão".


Enquanto o Irão emite as suas primeiras sentenças de morte por causa dos recentes protestos, um dos sobreviventes do massacre de 1988 recordou o prazer que Ebrahim Raisi teve enquanto membro da "comissão de morte" que supervisionou as execuções dos presos políticos nessa época.

No ano passado, o ex-preso político Mahmoud Royaei escreveu uma op-ed publicada pela CNN que marcou o 33º aniversário do dia em que Raisi, que era então procurador-adjunto de Teerão e membro chave da comissão de morte de 1988, decidiu o destino de Royaei.

Ao escrever sobre estar na sala com Raisi nesse dia, Royaei lembrou-se de como o agora presidente "se revelou, com o prazer em em ter poder de vida e de morte sobre os prisioneiros e como o usou em milhares de casos, durante o massacre de prisioneiros políticos naquele Verão".

Durante o Verão de 1998, milhares de dissidentes políticos foram mortos por funcionários iranianos agindo sob a ordem do Ayatollah Ruhollah Khomeini, o então líder supremo que morreu em 1989. O Irão nunca reconheceu as execuções em massa e os recentes acontecimentos desencadearam apelos para que as Nações Unidas abrissem uma investigação sobre os assassínios e o papel de Raisi. Ele está actualmente sob sanções dos EUA pelo seu alegado envolvimento.



Acima, o Presidente do Irão Ebrahim Raisi fala durante um comício fora da antiga embaixada dos EUA em Teerão, a 4 de Novembro de 2022. O ex-prisioneiro político Mahmoud Royaei recordou o papel de Raisi nas "comissões de morte" dos massacres de 1988, numa op-ed publicada no ano passado. (Getty  Images)


Para aqueles que lidaram com ele pessoalmente, Raisi simboliza a morte da esperança", escreveu Royaei. "A sua 'eleição' tem sido amplamente descrita como tendo sido manipulada e orquestrada pelo Líder Supremo Khamenei, que sem dúvida escolheu Raisi porque a sua visão sombria para o país é semelhante".

Na terça-feira, o Irão emitiu a primeira sentença de morte relacionada com a agitação, declarando o réu culpado de "inimizade contra Deus", de acordo com os meios de comunicação estatais. O grupo, "Irão Direitos Humanos", uma organização sem fins lucrativos com sede na Noruega, disse que os relatórios oficiais sugerem que há pelo menos 20 pessoas a enfrentar acusações puníveis com a morte. O grupo disse que pelo menos 326 manifestantes foram mortos como parte da repressão violenta contra as manifestações.

A Newsweek contactou o gabinete de Raisi para comentários.

Para os que dizem que a liberdade é um conceito ocidental

 


O que é bem pensado e bem feito perdura

 



A Cisterna Portuguesa de El Jadida, em Marrocos, Património da Humanidade pela UNESCO.
Trata-se de uma grande sala quadrada, cujo tecto está formado por 36 abóbadas que se sustentam sobre 25 colunas. A
 sua estrutura possui um óculo central (ou clarabóia), que permite a entrada de luz. O seu estilo é único no Norte de África. No início do século XVI, os portugueses ocuparam várias praças do Atlântico como bases estratégico-militares. Uma dessas praças foi Mazagão, na qual construíram um castelo fortificado aproveitando um antigo sítio almóada. Quase quarenta anos depois, o castelo foi reforçado com paredes e a sala de armas convertida numa cisterna de grande capacidade para resistir aos longos cercos.

Um dos arquitetos responsáveis por esta obra, foi Francisco de Arruda, arquitecto da Torre de Belém.
[Cortesia: Mustapha Bounouader/ Acheology, news, Art & Ancient Wonders.]

- via Portugal, Terra e Mar

Pois, mas os seis milhões são precisos para comprar carros de 70 mil euros para gestores...

 


Mais de dois mil médicos de família estão fora do SNS. Mil bastavam para pôr fim a carências


Ex-ministro Correia de Campos diz que permitir que os privados constituíssem USF modelo C seria “cuspir na universalidade” do Serviço Nacional de Saúde.
Alexandra Campos

Hope

 


Um pássaro que se pensava extinto desde 1882.


Campos verdes de aveia semeados de papoilas

 


"Field of Oats at Grez", 1885, oil on canvas - Karl Nordström, Swedish (1855 - 1923)


November 22, 2022

Not surprised




A military court in Moscow has sent a colonel from the General Staff of Russia's Armed Forces to pretrial detention for two months on a charge of demanding a washing machine as a bribe from the chief of a local enlistment center responsible for the recruitment of soldiers for the ongoing war in Ukraine. Colonel Ivan Mertvishchev was detained as he received the household appliance from the officer, who had alerted the Federal Security Service (FSB) about the deal. Mertvishchev, who had threatened a bad review of the officer, faces up to 12 years in prison and a hefty fine. To read the original story from Kommersant, click here. (https://www.rferl.org/a/russia)

Is he planning something or is he just an idiot...?




Hungarian Prime Minister Viktor Orban appeared in public with a scarf depicting a map of "Greater Hungary". This map includes the current territories of Austria, Slovakia, Romania, Croatia, Serbia and Ukraine.

@nexta_tv



Atenção Casaquistão: quando os russos perderem a guerra na Ucrânia vão vingar-se em vocês

 


Dinheiro há, mas é para os amigos

 

Seis milhões aqui (para ajudar os coitados dos gestores que precisam de carros de 70 mil euros para viver), dez milhões acolá. Para a educação é que não há dinheiro.

Lema de campanha do PS: diga sim ao nepotismo.




O trilema de Epicuro aplicado ao ministro da educação

 


O trilema de Epicuro é um ataque à existência do Deus dos teístas (o criador omnipotente, omnisciente e omnibenevolente) a partir da existência do mal. Diz o seguinte: 

- Se Deus é omnipotente e é omnisciente, então, pode acabar com o mal e sabe de todo o mal. Mas o mal existe, logo, Deus não quer acabar com o mal - Deus não é omnibenevolente.

- Se Deus é omnipotente e é omnibenevolente, então, pode acabar com o mal e quer acabar com o mal, pois é absolutamente bom. Mas o mal existe, logo, Deus não sabe como acabar com o mal - Deus não é omnisciente.

- Se Deus é omnisciente e é omnibenevolente, então, Deus sabe de todo o mal e quer acabar com o mal, pois é absolutamente bom. Mas o mal existe, logo, Deus não consegue acabar com o mal - Deus não é omnipotente.

Aplicamos este trilema ao nosso ME, tirando-lhe o carácter absoluto, naturalmente:

- Se o ME tem o poder e tem o conhecimento para resolver o problema da falta de professores, então pode resolvê-lo. Mas não o resolve, logo, o ME não quer o bem dos alunos e dos professores: vá-se embora...

- Se o ME tem o conhecimento e quer o bem dos alunos e dos professores, mas não o resolve, então, não tem poder para conseguir resolver o problema da falta de professores: vá-se embora...

- Se o ME tem o poder para resolver o problema da falta de professores e quer o bem dos alunos e dos professores, mas não o resolve, então, não sabe como se resolve o problema da falta de professores: vá-se embora...

Alterar o modelo de recrutamento não resolve o problema da falta de professores

 

E cria outros problemas.




Enfiar, encapotadamente, a autocracia na Constituição da República?



Coisas preocupantes.


Revisão constitucional inconstitucional?

Mário João Fernandes


Do catálogo de limites materiais explícitos ao poder de revisão constitucional constam os direitos liberdades e garantias dos cidadãos. Este limite deve ser lido como inviabilizando novas restrições permanentes de direitos que, de forma desproporcional, desnecessária e não fundamentada, atentem contra direitos fundamentais previstos simultaneamente no texto constitucional e na DUDH. A não ser assim toda e qualquer restrição ou até mesmo supressão de direitos seria admissível pela via na consagração no texto formal da CRP.

O processo de revisão constitucional em curso, nutrido por 8 projectos, oferece bons exemplos de tentativa de contrabando de normas cujo principal propósito é, à margem do telos constitucional, restringir direitos fundamentais.
O Chega propõe um novo nº 3 no artigo 25º (integridade pessoal): “Para efeitos do disposto no número que antecede, estão fora do seu âmbito de aplicação penas que digam respeito a tratamentos químicos que se considerem necessários para a prevenção de crimes de natureza sexual, cujo objectivo seja a redução ou inibição de libido.”

Já o PS acrescenta uma nova alínea i) ao nº 3 do artigo 27º (excepções à proibição de privação de liberdade): “Separação de pessoa portadora de doença contagiosa grave ou relativamente à qual exista fundado receio de propagação de doença ou infeção graves, determinada pela autoridade de saúde, por decisão fundamentada, pelo tempo estritamente necessário, em caso de emergência de saúde pública, com garantia de recurso urgente à autoridade judicial.”

Por sua vez o PSD propõe um novo nº 5 para o artigo 34º (inviolabilidade do domicílio, da correspondência e das comunicações): “A lei pode autorizar o acesso do sistema de informações da República aos dados de contexto resultantes de telecomunicações, sujeito a decisão e controlo judiciais.”

A projectada revisão constitucional de 2022 tem uma identidade clara: restrição de direitos, liberdades e garantias. A VIII revisão é, por desgraça, tristemente original.

Um vislumbre sobre uma realidade

 


Às vezes uma pequena notícia, muito de repente, dá-nos uma entrada para a realidade de uma certa situação ou pessoa. É o caso desta notícia. A situação na Roménia é de tal ordem que os que lutam contra a corrupção têm de pedir asilo político em outros países.

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Cristi Danileț, um juiz reformista romeno expulso do sistema judicial romeno por razões políticas, bem como o antigo chefe do Gabinete Nacional Anti-Corrupção, Daniel Marius Staicu, receberam a cidadania moldava, do presidente Sandu. Provavelmente irão juntar-se ao sistema judicial da Moldávia.

Paula Erizanu

A proposta de novo modelo de contratação de professores do ME





Estão todos contra a nova proposta de novo modelo de contratação de professores do ministro nepotista da educação como diz o título? Bem, todos menos o representante dos directores (e talvez muitos outros directores), apesar de não perceber porque não podem os directores escolher sozinhos os professores amanuenses e tem de ser um conselho de diretores. Eu explico: é para evitar processos de queixas de nepotismo. Se a escolha fosse feita por 1 director haveria milhares de queixas dos lesados, mas sendo um conselho de directores as possibilidades de as queixas irem adiante são quase nulas, porque a responsabilidade não é individual e cobrem-se uns aos outros... de maneira que isso é para defender o nepotismo dos directores. É um presente/cenoura que o ME dá aos directores.
De maneira que os professores estão contra esta proposta, os directores não sabemos porque não foram ouvidos e esse indivíduo, Finto Lima, fala por si próprio.

A própria ideia de professores com um perfil para uma escola não faz sentido nenhum no geral. As escolas têm professores de todas as formações: de ciências, de humanidades, de artes e de técnicas. A minha escola, por exemplo, tem cerca de 140 professores. Alguém imagina termos todos o mesmo perfil, sendo pessoas de formações tão diversas? E para quê? Para fazer da escola um lugar singular em vez de plural, exclusivo em vez de inclusivo, autocrata em vez de democrata? 
Os projectos educativos de escola não são metodologias de trabalho. São princípios muito gerais, como por exemplo, 'melhorar a relação entre os alunos e os professores' ou 'educar para a participação democrática' - exactamente para que a enorme diversidade da comunidade escolar se possa desenvolver dentro deles, de maneira que qualquer pessoa, com qualquer perfil, possa fazer o seu trabalho particular de ensinar inglês ou biologia ou geografia e, ao mesmo tempo, enquadrá-lo no tema geral. Portanto, a ideia de escolher um professor de química ou de história com perfil para o projecto educativo de uma escola não faz sentido nenhum, a não ser que o projecto seja, 'os professores terem cabelo comprido' ou 'nariz arrebitado' ou, ser uma escola com meia dúzia de professores e terem um objectivo muito particular, como nas escolas TEIP, mas nessas isso já acontece.

Lema da campanha do PS: diga sim ao nepotismo!

Diretores contra proposta de novo modelo de contratação de professores



Ministério da Educação pretende criar conselhos locais de diretores, que vão decidir a colocação de professores. Responsáveis das escolas criticam e lamentam ainda não terem sido ouvidos.

O ministro da Educação reuniu nas últimas semanas com os sindicatos de professores que se manifestaram contra a proposta de novo modelo de contratação de docentes. Em causa está a "transformação" dos concursos nacionais em listas municipais. A escolha dos professores, na proposta do Ministério da Educação (ME), passará a ser decidida por conselhos locais de diretores. Nesta matéria, Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), lamenta que os diretores não tenham sido ainda ouvidos. "Até ao momento, o ME apresentou um projeto de alteração ao modelo de contratação de professores aos sindicatos. A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas já pediu uma audiência ao Sr. Ministro para tratar deste e de outros assuntos que preocupam as equipas diretivas das escolas públicas. A proposta do ME envolve diretamente a ação dos diretores, e estes até ao momento não foram chamados ou auscultados", sublinha.

Perante as críticas de sindicatos que dizem temer o recurso à "cunha" na escolha de professores, o presidente da ANDAEP diz lamentar "a forma como tratam os diretores e as equipas diretivas, que também são professores, pois em vez de os defenderem duvidam da capacidade de liderança, colocam em causa a idoneidade de profissionais de excelência, seus colegas, alguns até sócios dos sindicatos que representam. Talvez por isso seja enorme a estupefação relativamente à possibilidade em atribuir a um conselho local de diretores a tarefa que julgavam ser de cada escola. Apanhados de surpresa, que argumentos válidos irão apresentar os sindicatos para rejeitar a proposta?", questiona.


"O concurso deveria continuar a ser centralizado"


Já Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio e autor do blogue ArLindo (um dos mais reputados no setor da educação), afirma que os receios de favoritismos são legítimos. "No curto tempo da nossa democracia, ainda se verifica que a cunha é um enorme fator de compensação, porque não existem muitos mecanismos que a impeçam. E é o próprio poder político que continua a dar o exemplo de que a cunha é algo tão natural que é normal os docentes temerem essa possibilidade", salienta. Desconhecendo ainda a forma como a transferência para os conselhos locais de diretores será feita, Arlindo Ferreira afirma discordar de "uma contratação descentralizada, porque a história recente da BCE (Bolsa de Contratação de Escola) demonstrou os erros desse tipo de contratação, fazendo com que o mesmo professor ficasse colocado em inúmeras escolas, e, como só poderia aceitar uma escola, atrasaria todo o processo de colocações".

Luís Sottomaior Braga, professor de História e especializado em gestão e administração, partilha a mesma opinião, afirmando estar em vigor um sistema de contratação "transparente". "O sistema proposto vai aumentar a litigância e os problemas de tipo corruptivo (porque é opaco e propenso à intervenção humana de favorecimento). Fui diretor de um agrupamento e tenho funções de gestão. Nas escolas onde fui diretor sempre preferi um sistema de graduação. Além de simples e eficaz para os curtos tempos de seleção, tem as virtudes da transparência e clareza", esclarece. O também subdiretor do Agrupamento de Escolas da Abelheira, em Viana do Castelo, mostra-se totalmente contra a proposta do ME, afirmando tratar-se de "reformismo".

"Na verdade, é subversão dogmática de um instrumento de política pública que prestou bons serviços ao país durante décadas e com o pano de fundo de visar atacar direitos legítimos dos professores. E, pelo meio, exercita o dogma, que se vê falhar todos os dias, da municipalização. A atribuição da gestão das mobilidades de pessoal docente a um inventado conselho local de diretores (que só é conhecido, como será, por uns PowerPoints muito vagos) é uma medida péssima, que só quem conhece mal a história do sistema de ensino e de colocação de professores acha possível. O governo está a pensar em arranjar um mecanismo que facilite a desorçamentação, que é a sua linha política na gestão da educação, em que só há dinheiro para despesa desde que caiba nos fundos comunitários", explica.

Luís Sottomaior Braga também relembra o "falhanço" da BCE. "As colocações em oferta de escola e a chamada BCE, no passado, quando se afastaram os critérios de graduação, deram origem a muitos casos de preferências ilegítimas e ilegais. Chegou a ser critério para escolher um professor o sítio onde morava (algo que nada tem a ver com "perfil")", recorda. E não acredita serem necessárias alterações ao modelo atual de seleção de professores e apenas se mostra satisfeito com a redução de Quadros de Zona Pedagógica, também proposta pelo ME.