"Testemunhei a competência dos profissionais do SNS": primeiro-ministro já saiu do hospital de Santa Maria." -Luís Montenegro
Público (excertos)
O efeito Putin-Trump já chegou a Portugal. Negrão diz que os portugueses já perceberam que o país precisa de um líder forte. Em primeiro lugar, não sei onde foi ele buscar essa ideia das pessoas quererem um líder forte. Sócrates era um líder forte. Costa também. Em segundo lugar, Pedro Passos Coelho é um grande autoritário sem respeito pelas pessoas, um retrógrado à maneira de Trump que queria inscrever na Constituição que o 'lugar' das mulheres é em casa a fazer filhos aos homens. Quem é que quer um líder com uma mentalidade islamita destas à frente do país? A seguir vão querer o quê? Prender as mulheres em casa tapadas com um véu?
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Acredita no regresso de Passos Coelho?
Estamos a abrir as portas a russos e a receber investimento russo? Como é que isso se concilia com os nosso compromissos com a Europa? E os jornais podem dizer ao certo, 1º, quem são os juízes que entendem ser de valor deixar russos virem para aqui só porque podem?; e 2º, quem foi o governo que assinou a ordem de receber investimentos russos, totalmente em sentido contrário aos compromissos com a UE e com os princípios básicos de moralidade, para eu saber em quem não votar nunca mais?
O primeiro-ministro anunciou esta semana que pretende dar “a cada aluno um tutor educativo de inteligência artificial (…) para o ajudar a compreender o mundo”, no que parece ser uma visão de futuro, mas não passa de uma parolice. Não vem longe o tempo em que os envelhecidos professores de hoje, que alguns parecem querer ver partir, serão profissionais vintage invejados ou desejados, em especial pelos alunos que consigam perceber as diferenças, para além das aparências.
Se é um padrão não sei, mas sei que os políticos não podem reduzir o contacto com as populações apenas aos períodos das campanhas eleitorais. É claro que não podem ir a correr em cada situação, mas os acontecimentos recentes foram suficientemente importantes e perturbadores da vida social para merecerem um cuidado particular. Vai-se muito longe na pacificação social apenas ouvindo as pessoas e estando presentes nos seus problemas. É necessário que os cidadãos sintam e vejam que os governantes não fogem deles e dos seus problemas e não se fecham nos seus gabinetes e reduzam a sua comunicação a declarações longínquas na imprensa. E isto não é demagogia. Estamos a ver o que aconteceu em Valência, onde existe uma grande revolta porque os políticos chegaram tarde e depois fugiram. Não é assim que se enfrentam os problemas. Há muitas populações nos bairros, ditos problemáticos, que querem ter uma oportunidade de vida e de trabalho normais e precisam de saber que o governo está atento aos seus problemas.
Helena Roseta diz que teve projectos e trabalhou em proximidade com o Bairro da Cova da Moura e outros. Porém, na realidade, nenhum projecto -ela própria o diz- teve sucesso. Ela não assume a responsabilidade desse falhanço e diz que o problema dos bairros é a polícia ser racista: toda a população destes bairros e, em particular, com as pessoas que são mais discriminadas porque têm uma 'corzinha' de pele. - mas talvez o problema esteja na incompetência dos políticos como ela que há mais de 40 anos que trabalha na política, nacional e local, com estes resultados medíocres de não mudar nada para melhor, pois as pessoas continuam presas a esses bairros.
A mim, este discurso parece-me ignorante e, sobretudo, irresponsável, da parte de um político. Sendo verdade que há racismo na polícia como há noutras profissões, é preciso ver o problema de um modo global. Li que a polícia foi falsamente chamada a um desses bairros para supostamente resolver um conflito entre duas mulheres e caiu numa emboscada onde um grupo grande os atacou como vingança. O que diria HR se um grupo de pessoas prejudicadas por uma decisão de um político qualquer fosse a casa dela e lhe desse uma sova como vingança?
Esses bairros são problemáticos porque há lá violência e a polícia vai lá já em estado de alerta e à espera de ser agredida, como não vai a outros bairros não problemáticos.
Porque é que há lá violência tem que ver com outras razões ligadas com as políticas públicas de desinvestimento, das quais HR é responsável, pois é uma política há, pelo menos, 40 anos. Ainda há pouco tempo dizia que se percebe que os políticos sejam corruptos porque ganham mal. Vive numa bolha.
Aliás, esta entrevista em que reduz o problema ao racismo da polícia e pouco mais, mostra as razões da sua incompetência: nem sequer é capaz de ter uma abordagem global do problema. É uma política mas não fala de políticas, apenas chama palavrões aos polícias. Queixa-se de não haver políticas para esses bairros. Que fez então nestes 40 anos em que anda pela política?
E tudo para quê? Para poder ir dizer mal do Chega. Se ela e os seus colegas de profissão tivessem feito o seu trabalho de parlamentares e políticos locais com competência, não teria havido oportunidade de aparecer um Chega.
As políticas de educação do PS que HR apoiou de corpo e alma também são responsáveis por esta falta de recursos internos das pessoas para lutar por melhor condições de vida e para interferir nas políticas públicas de modo construtivo. São as políticas dos coitadinhos que não emancipam as pessoas. HR não tem uma palavra para as agressões indiscriminadas e desacatos das pessoas nestes últimos dias. Acha uma resposta normal. Mas não é.
Em que o turismo se tornou tão destruidor da cidade que os idiotas acham piada atacar turistas.
Imagine traveling to Europe to spend your hard-earned money in their dying economy
— @levelsio (@levelsio) July 7, 2024
And you end up getting sprayed with water guns by angry degrowth protesters pic.twitter.com/HllUVmOGzH
Pedro Norton, um homem da Impresa (ver o CV) e não só, faz aqui uma profissão de fé a A. Costa, completamente cega. A mim o que me surpreende mais é ver o CV destes indivíduos que acabam todos no circuito administradores da CDG→Gulbenkian: andam por tudo o que é universidade a fazer pós-graduações, alguns acabam em altos cargos internacionais, mas não sabem fazer um simples raciocínio, um argumento.
Claro que pode acontecer não saberem argumentar a sua posição por a sua posição ser indefensável.
Neste artigo, Pedro Norton de Matos tem como argumento para ser a favor de Costa ir para a presidência do CE, chamar aos opositores à candidatura, "tribais"... é este o seu argumento... embora não apresente nenhum facto ou razão para classificar as pessoas dessa maneira e, pior, desenvolve em seguida o seu raciocínio de um modo tribal.
Senão vejamos: nas suas palavras, o governo de Costa foi incompetente e em profundo deslassamento ético; no entanto, conclui desta afirmação muito grave, que Costa, o chefe do governo incompetente e em profundo deslaçamento ético, é um homem íntegro...e acrescenta logo a seguir que quem não lhe reconhece as qualidades é sectário... mas, mais uma vez, não apresenta uma única razão, seja para chamar aos outros tribais e sectários, seja para defender que o chefe de um governo sem competência nem ética era um homem íntegro. E depois passa a qualificá-lo de inteligentíssimo!
Quem é aqui sectário e tribal? Pedro Norton de Matos, obviamente. Vejamos: se Costa é íntegro, então não pode ser inteligentíssimo, pois seria preciso ser muito burro para não perceber o que se passava no seu nariz todos os dias em tudo quanto era ministério; ou então, não era ele que definia as políticas do governo, escolhia os seus membros e os dirigia, mas uma personagem qualquer mistério, o que parece implausível. Se Costa, por outro lado, era mesmo quem governava, escolhia os membros do governo, etc. (o que é impossível negar porque escolhia-os e defendia-os até ao obsceno) então, não é possível que seja íntegro e simultaneamente inteligente.
Já nem falo de Costa ter vindo à TV matar publicamente um SE para defender um incompetente facilitador de negócios. Nem falo deste comportamento completamente canalha, não tem outro nome. Falo da total incoerência da pseudo-argumentação desde senhor, que faz uma declaração de fé em Costa apresentando razões contrárias ao que queria provar e acabando ele mesmo a evidenciar sectarismo e tribalismo.
Confesso que quando vou ver as escolas por onde este senhor andou -Universidade Católica, Kellogg School of Management, Universidade de Boston- fico mesmo mal impressionada com a qualidade destas escolas, se o melhor que produzem (Pedro Norton é administrador de tudo) são estas pessoas que não sabem desenvolver um simples raciocínio sem entrarem em contradição, meterem os pés pelas mãos e provarem que são o que chamam aos outros...
Depois de chamar a Costa incompetente e profundamente não-ético diz que é íntegro, simpático, um fazedor de consensos - interpretei esta expressão como uma pessoa que tanto mete cunhas para a direita como para a esquerda.
Se este artigo era um serviço a Costa, foi um desserviço. Pior que tudo, agora tenho muito receio pelo futuro da Gulbenkian, se é verdade que este homem tem lá poder.
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(...) devo dizer que não me entrincheiro em visões tribais, nem confundo nada disto com um julgamento de caráter. Reconhecendo, como sempre reconheci, a inevitabilidade, naquelas exatas circunstâncias, da sua demissão, estou convencido que presidiu a um governo incompetente e em profundo deslassamento ético sem deixar de ser, ele próprio, um homem íntegro. De igual forma, não fico paralisado numa incapacidade sectária de lhe reconhecer qualidades. Costa é um político experiente, profundo conhecedor de dossiers muito variados, inteligentíssimo e senhor de uma intuição política como haverá poucas. Agradável, empático, é, muito mais do que o estadista de ruturas que nunca será, um homem com quem é fácil simpatizar, um negociador exímio e um extraordinário fazedor de consensos. Porventura mais relevante, Costa é um democrata por intuição e um europeísta por convicção.
Pedro Norton in publico.pt/mau-primeiroministro-dar-bom-presidente-conselho-europeu-2094307
E que não tem pedigree político forte? E que António Costa, uma pessoa que se gaba de pôr os amigos à frente de tudo (portanto, do país, com aliás o vimos fazer, ao ponto do obsceno com Cabrita, por exemplo), e de facilitar cunhas a grandes negócios, ele é que tem?
Não me passa pela cabeça que o Governo português, tendo a hipótese de ter um presidente do Conselho Europeu português, não estivesse unanimemente à volta desse nome. Seria um tiro no pé. Seria contra o interesse nacional. Não percebo esta maneira de pensar, mas é típica dos "homens do sistema" que não querem que nada estrutural mude, verdadeiramente. Defendem o TINA. Estamos num momento crítico da Europa e pomos lá um português só por ser português? É do nosso interesse? Durão Barroso fez alguma coisa por nós? Nada. Fez pela sua vidinha, mas por nós, nada. E Guterres, um português na ONU, que tem feito de positivo? Nada, nem para nós nem para o mundo. Tem sido um facilitador de bandidos, um instrumento da descredibilização da organização. Enquanto os países votarem em pessoas por pensarem que são um portal para a cunha não andamos para a frente.-------------------
Continuidade que é com Ursula von der Leyen.
Frederico Varandas, presidente do Sporting, fechou acordo com a banca.
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Talvez porque cresceram em democracias e assistem todos os dias aos espectáculo da inoperância, da incompetência, da mediocridade, da cobardia e da corrupção dos políticos da democracia, com o aumento dos problemas climáticos, da perda de dignidade humana com o aumento desmedido da pobreza, salários de miséria, exploração, etc. Por todo o lado a falência dos serviços públicos por conta da mercantilização total de todos os aspectos da vida humana. Por exemplo:
É o que vêem nos líderes das democracias: incompetência, ganância e hipocrisia. Mas Costa foi ao Chile dizer que a culpa das democracias estarem em perigo é do ódio das pessoas e da radicalização do discurso...
World Bank spent billions of dollars backing fossil fuels in 2022, study finds - Campaigners estimate about $3.7bn in trade finance was supplied to oil and gas projects despite bank’s green pledges
Nas letras pequeninas lê-se:
A remuneração líquida média em Portugal está praticamente estagnada, tendo avançado apenas 0,8% no final de 2022, o registo mais fraco desde a troika. Mas o embate da crise não chega a todos por igual. Políticos e dirigentes de topo estão a ganhar mais 9,6%, enquanto a classe dos profissionais de Saúde e Educação só subiu 1% no último ano. E os agricultores recuam 4,9%.
Os políticos e amigos dirigentes subiram 9.6% sem contar com as alcavalas das ajudas de custo, automóvel, gasolina, motorista, presentes, almoços e jantares à pala, que devem valer, pelo menos, uns 1500€ euros a mais por mês. Estamos em plena austeridade, ao nível da vida durante a troika para alimentar os políticos e a sua corte.Aquele mundo visto assim à distância de 40 anos parece tão simples.