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February 27, 2024

Nós somos os palhaços que paga estes circos

 


Novo Banco ‘perdoa’ mais 16 milhões de dívida ao Sporting

Frederico Varandas, presidente do Sporting, fechou acordo com a banca.


September 12, 2023

Democracias em perigo por causa dos democratas que as governam

 


A democracia continua a ser o sistema político preferido pela generalidade dos humanos, mas a sua atractividade parece ser hoje menor entre os jovens adultos, muitos dos quais não vêem com maus olhos uma liderança militar ou autoritária nos seus países.

Público, Simpatia por lideranças militares ou autocráticas cresce entre os jovens

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Talvez porque cresceram em democracias e assistem todos os dias aos espectáculo da inoperância, da incompetência, da mediocridade, da cobardia e da corrupção dos políticos da democracia, com o aumento dos problemas climáticos, da perda de dignidade humana com o aumento desmedido da pobreza, salários de miséria, exploração, etc. Por todo o lado a falência dos serviços públicos por conta da mercantilização total de todos os aspectos da vida humana. Por exemplo:


Third of medical students plan to quit NHS within two years of graduating - Research will prompt further alarm among medical leaders trying to tackle the spiralling workforce crisis

É o que vêem nos líderes das democracias: incompetência, ganância e hipocrisia. Mas Costa foi ao Chile dizer que a culpa das democracias estarem em perigo é do ódio das pessoas e da radicalização do discurso... 

World Bank spent billions of dollars backing fossil fuels in 2022, study finds - Campaigners estimate about $3.7bn in trade finance was supplied to oil and gas projects despite bank’s green pledges


April 05, 2023

Ahhh...

 


Então foi por isto que ela se demitiu. Está explicado. É claro que se fosse cá ninguém se demitia, ninguém ia detido e acabavam todos com medalhas da ordem de mérito mais alta do país.

Escócia. Marido de Nicola Sturgeon detido em investigação a finanças de partido


Emissora britânica BBC diz que Peter Murrell foi detido esta quarta-feira de manhã no âmbito de uma investigação a alegadas irregularidades nas finanças do SNP.

PÚBLICO e Reuters

March 11, 2023

O MO do PS é a desresponsabilização permanente da sua acção política

 


O problema da decadência ou doença da nossa democracia não está nos políticos que rastejam pelas cadeiras do poder desde o governo de Sócrates a governar para a famiglia alargada, atirando centenas de milhares ou meia dúzia de milhões a cada amigo enquanto cortam em todos os serviços públicos e perseguem os trabalhadores. Não, o problema, segundo este -outro- político do PS está em as pessoas não serem dóceis em relação ao seu próprio empobrecimento e fazerem pressão sobre o governo. LOL

 "... é sabido que o que a “destrói” é “a demagogia e é o populismo”? Se é assim, explique o que se está a passar na Tunísia ou o que acabou de passar-se na Georgia ou explique o nosso primeiro-ministro, que quando toma decisões unilaterais, mesmo contra a opinião da maioria do povo, diz, 'o país decidiu' ou 'eu é que sei o que é melhor para o povo', como se ele fosse a voz do país e encarnasse o espírito do país: não é essa a definição de populista?

Depois deste início de entrevista não vejo o interesse de ler o resto.

“A democracia só sobrevive se em cada político estiver um relojoeiro”


Sérgio Sousa Pinto garante que “é indisputável” que “a democracia é o regime das liberdades”. E alerta para o risco das redes sociais, a nova “rua”, onde o clima de “demagogia destrói a democracia”.

O deputado do PS Sérgio Sousa Pinto considera que a democracia vive riscos dos quais é preciso ser defendida, até porque é sabido que o que a “destrói” é “a demagogia e é o populismo” que classifica como “as doenças infantis da democracia”. Defendendo que só a democracia representativa tem legitimidade democrática, rejeita o recurso a instrumentos de democracia directa e participativa como o referendo a leis do Parlamento. E alerta para a toxidade da pressão da rua que hoje “escorre pelas redes sociais” e da pressão sobre os políticos, que têm de se assumir como líderes de facto e não apenas “nominais

February 09, 2023

"Não há só professores em Portugal"

 


Nas letras pequeninas lê-se: 

A remuneração líquida média em Portugal está praticamente estagnada, tendo avançado apenas 0,8% no final de 2022, o registo mais fraco desde a troika. Mas o embate da crise não chega a todos por igual. Políticos e dirigentes de topo estão a ganhar mais 9,6%, enquanto a classe dos profissionais de Saúde e Educação só subiu 1% no último ano. E os agricultores recuam 4,9%.

Os políticos e amigos dirigentes subiram 9.6% sem contar com as alcavalas das ajudas de custo, automóvel, gasolina, motorista, presentes, almoços e jantares à pala, que devem valer, pelo menos, uns 1500€ euros a mais por mês. Estamos em plena austeridade, ao nível da vida durante a troika para alimentar os políticos e a sua corte. 






Entretanto, percebemos que estamos a ganhar mesmo mal, pois o sindicato do futebol quer um ordenado mínimo de 2280€

conclusão: o problema de Portugal são os professores...



December 25, 2022

Quando precisas muito de 500 mil euros para as comprinhas de Natal




Sais amuada de uma empresa pública onde estavas entachada e pedes uma indemnização. Depois o chefe entacha-te em outra empresa pública para não interromperes a vilanagem. Não há problema: os amigos já fizeram as leis para se poder sacar o dinheiro público e enfiar no bolso e de qualquer maneira os palhaços dos portugueses pagam o circo.

PSD diz que indemnização de meio milhão a secretária de Estado é "assustadora"


Secretária de Estado foi indemnizada pela TAP depois da cessação antecipada do cargo de administradora executiva.

Alexandra Reis tomou posse como secretária de Estado do Tesouro na última remodelação do Governo, ingressando na TAP em setembro de 2017 e sendo nomeada administradora da companhia três anos depois.

Em junho deste ano, a governante renunciou ao cargo e em junho foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV).

November 22, 2022

Enfiar, encapotadamente, a autocracia na Constituição da República?



Coisas preocupantes.


Revisão constitucional inconstitucional?

Mário João Fernandes


Do catálogo de limites materiais explícitos ao poder de revisão constitucional constam os direitos liberdades e garantias dos cidadãos. Este limite deve ser lido como inviabilizando novas restrições permanentes de direitos que, de forma desproporcional, desnecessária e não fundamentada, atentem contra direitos fundamentais previstos simultaneamente no texto constitucional e na DUDH. A não ser assim toda e qualquer restrição ou até mesmo supressão de direitos seria admissível pela via na consagração no texto formal da CRP.

O processo de revisão constitucional em curso, nutrido por 8 projectos, oferece bons exemplos de tentativa de contrabando de normas cujo principal propósito é, à margem do telos constitucional, restringir direitos fundamentais.
O Chega propõe um novo nº 3 no artigo 25º (integridade pessoal): “Para efeitos do disposto no número que antecede, estão fora do seu âmbito de aplicação penas que digam respeito a tratamentos químicos que se considerem necessários para a prevenção de crimes de natureza sexual, cujo objectivo seja a redução ou inibição de libido.”

Já o PS acrescenta uma nova alínea i) ao nº 3 do artigo 27º (excepções à proibição de privação de liberdade): “Separação de pessoa portadora de doença contagiosa grave ou relativamente à qual exista fundado receio de propagação de doença ou infeção graves, determinada pela autoridade de saúde, por decisão fundamentada, pelo tempo estritamente necessário, em caso de emergência de saúde pública, com garantia de recurso urgente à autoridade judicial.”

Por sua vez o PSD propõe um novo nº 5 para o artigo 34º (inviolabilidade do domicílio, da correspondência e das comunicações): “A lei pode autorizar o acesso do sistema de informações da República aos dados de contexto resultantes de telecomunicações, sujeito a decisão e controlo judiciais.”

A projectada revisão constitucional de 2022 tem uma identidade clara: restrição de direitos, liberdades e garantias. A VIII revisão é, por desgraça, tristemente original.

September 09, 2022

Livrar o mundo de líderes corruptos e anti-democráticos

 

Ele foi preso por desvio de dinheiros. Se fosse cá ofereciam-lhe um lugar de administrador não executivo numa EDP qualquer e a Ordem do Infante.



Memória:



Next, please:
 "I would build a great wall, and nobody builds walls better than me, believe me, and I’ll build them very inexpensively. I will build a great great wall on our southern border and I’ll have Mexico pay for that wall"  Donald J Trump



August 22, 2022

SSDC - não interessa que os políticos sejam uns vendidos, o que interessa é que ganhem eleições para haver tachos




Minna Ålander

@minna_alander

Since there’s still some disbelief about this outside of Germany: yes, an “environmental foundation” founded by Minister President of Mecklenburg-Vorpommern, Manuela Schwesig (SPD), received €192 million from Gazprom via their subsidiary NordStream 2 AG, in Feb-Nov 2021

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Despite the debate about Nord Stream 2: Schwesig re-elected as SPD state leader


In Mecklenburg-Western Pomerania, Manuela Schwesig remains chairwoman of the SPD. Despite discussions about Nord Stream 2 and her previous pro-Russia course, she received 88.5 percent of the vote. Above all, the delegates give her credit for the brilliant result in the last state election.

August 09, 2022

Uma paz que não ofenda Putin?

 


Não entendo estas pessoas que propõem, usando a opinião de outros, uma paz que amordace a Ucrânia e lhe retire um terço do território para a gestão indirecta (ou directa) da Rússia, tudo para não ofender Putin, um fascista imperialista corrupto até à medula. E alegam que ceder a Putin a acabar com as sanções é uma questão de humanismo e racionalidade.
Das duas uma, ou não percebem que estabelecer na Ucrânia uma pax podre segundo a vontade de Putin é abrir a porta para que ele vá invadir outros países do Báltico à procura de outras pax podres - e servir de modelo para outros países imperialistas atacarem pequenos países fronteiriços que cobiçam; ou percebem mas não querem saber porque, afinal, vivia-se aqui muito bem no Ocidente durante a guerra fria quando a Rússia  estrangulava os povos de leste. Nem a primeira nem a segunda hipótese abonam a favor de uma pessoa que ocupa um cargo de importância no panorama cultural, económico e, por isso, político, do país. São os 'líderes' e as 'elites' que temos. Daí o estado a que chegámos. (este senhor com esta ideia de humanismo foi ministro da educação de Guterres)

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Poderemos escapar a esta lógica infernal e a este arrastamento para o abismo? Edgar Morin fala duma paz de compromisso que instaure e garanta a neutralidade ucraniana, para prevenção da independência e primado do direito. As regiões russófonas e a Crimeia deveriam obter regimes especiais. As condições dum compromisso são tão claras quanto os bloqueios. A radicalização e amplificação da guerra impede a lucidez. A situação geopolítica da Ucrânia e a sua riqueza económica em trigo, aço, carvão, metais raros atraem os grandes predadores e as grandes potências. A Ucrânia é vítima da Rússia, do agravamento das tensões leste-oeste, da Chechénia e da Geórgia, do médio oriente em geral. O objetivo da Ucrânia deveria ser libertar-se da invasão russa e da armadilha da nova guerra fria. Também a União Europeia necessita de se ver livre desta camisa-de-forças. Uma crise económica gerada por sanções e seu reflexo gerará regressões autoritárias e sociedades submetidas. O humanismo e a racionalidade obrigam à cabeça fria do compromisso, que não salvará a humanidade, mas pelo menos poderemos ganhar com trégua e com esperança.

Guilherme d'Oliveira Martins - Administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian

August 04, 2022

Em Portugal os políticos estão abaixo dos vendedores de automóveis, em termos de confiança

 


Só 1% dos portugueses confia neles. Os banqueiros vêm quase a seguir: 7%. O estudo revela ainda que a maioria não confia nos juízes.. Notável é os professores terem 78% da confiança dos portugueses tendo em conta as campanhas quase diárias de destruição, desde há mais de quinze anos, por parte dos políticos e seus satélites e jornalistas.


Desconfiança e desinteresse

Joaquim Jorge


Estou cansado de denunciar o que está a acontecer, mas sinto-me bastante sozinho, ou estou errado, ou os poucos que denunciam parece que são anti-democratas, mas não é assim.

Os partidos políticos são uma coisa muito pequena no universo de uma sociedade, se só se conta com os partidos o resultado conhece-se de antemão, está à vista a realidade que vivemos.

É preciso ampliar a democracia e mobilizar os cidadãos.

Os partidos são indispensáveis em democracia porque são o canal que temos para apresentarmo-nos a eleições, qualquer projecto que se tenha sem os partidos é difícil executá-lo.

O que é necessário é mobilizar os cidadãos e que tomem as rédeas do país. Actualmente, há uma brecha enorme entre a cidadania e a política, algo está a ser mal feito.

Quando nos esquecemos que a política se faz em contacto com a sociedade e não noutros locais em constantes lutas pelo poder. Como diz Baltazar Garzón ,"há uma burocratização do poder e do sistema democrático". Estamos a pagar as consequências do esquecimento do contacto com os cidadãos e um distanciamento em que há forças que aproveitaram.

O sistema democrático revela-se incapaz de combater a corrupção, degenerando na impunidade de políticos, banqueiros e empresários. Quebra-se a confiança e isso é grave. Os cidadãos não confiam ao verem tanta falta de castigo ou punição. O sistema não está a funcionar.

Na sociedade portuguesa há muita insensibilidade nestas questões pela teoria do facto consumado:há uma investigação, um processo, mas já se sabe que vai dar em nada. A maioria dos portugueses têm a percepção que a justiça não é eficaz.

Nesse caso é imprescindível uma reconciliação. Não podemos continuar a fingir que podemos continuar a tomar decisões sem saber o que as pessoas pensam delas, sem envolvê-las. A política atravessa uma série crise de confiança, os cidadãos deixaram de acreditar em parte, na sua utilidade. É necessário fazer ver que a política é necessária, mas existe para resolver os problemas concretos das pessoas e que muitos problemas só se resolvem mudando o contexto em que fazemos as coisas. De acordo com um estudo European Trust Brands divulgado pela revista Reader´s Digest, realizado há uns anos, só 1% declara ter muita ou bastante confiança nos políticos. Os portugueses em quem mais confiam por ordem decrescente são nos bombeiros (

93%) , pilotos de aviação (92%), farmacêuticos ( 90%) , médicos ( 84%) , agricultores ( 79%) , professores ( 78%) , policias ( 63%) , meteorologistas ( 59%) e sacerdotes ( 49%) . No fim do top 20 estão os vendedores de automóveis ( 9%) e políticos ( 1%). Recentemente, a situação não se alterou muito, na décima oitava edição do estudo conduzido pela revista Reader"s Digest, os banqueiros conseguiram, pela primeira vez, igualar os políticos no fundo da tabela, tendo recolhido apenas 7% de confiança. O estudo revela ainda que a maioria não confia nos juízes. Os sinais sentem-se na sociedade portuguesa, talvez se os políticos fizessem um exame de consciência e tirassem as devidas ilações da sua conduta. Uma das cicatrizes da nossa democracia é a tentação de utilizar a rede do poder para engendrar clientelas fiéis em função de um intercâmbio de voto.

A culpa é sempre dos outros. A classe política com os seus comportamentos e atitudes tem levado ao divórcio entre os cidadãos e os políticos. E a melhor forma de incutir confiança e respeito é "o exemplo do nosso poder tem que ser igualado pelo poder do nosso exemplo", as instituições públicas estarem ao serviço das pessoas e não aos interesses e objectivos particulares e partidários. Há muita gente que já perdeu a fé nos políticos e no país. Estão fartos de sorrisos brancos, fatos escuros, interesses obscuros, demagogia, broncas e insultos.

August 03, 2022

Mais um artigo de nos deixar perplexos

 


Fui dar com este artigo sobre um aspecto da entrevista a Magalhães e Silva, um histórico do PS que fala com orgulho da corrupção e clientelismo também históricos do partido.

A jornalista escreve o artigo para dizer que Sampaio era extraordinário e sofreu muito por ser presidente porque houve uma única vez naqueles dez anos em que não pôs o PS à frente das considerações do país; que Soares era muito esperto porque dedicava o tempo a sabotar o governo de Cavaco Silva a quem tratava, fosse onde fosse por, 'o gajo'; que Costa foi muito esperto em ter ido para o governo tendo perdido as eleições e, finalmente, acaba o artigo com um recado  a Marcelo acerca do que ele deve fazer no caso de Costa fugir como Guterres fugiu e Barroso fugiu.

Não percebo se a jornalista tem intenção de ser cómica ou se é só intelectualmente desinteressante. É que pinta um retrato dos máximos dirigentes do PS como se fossem todos uns canalhas vulgares que não fazem nada pelo país, só pelo partido e vão para os cargos para se engordarem e tramarem os da oposição.




July 31, 2022

Uma entrevista reveladora

 


Ontem li este artigo com perplexidade. A perplexidade veio de confirmar o que é a normalidade nos meios políticos e como as pessoas racionalizam os seus comportamentos para parecerem aceitáveis e até meritórios. 

Este indivíduo, Magalhães e Silva, que eu não conhecia mas que é um exemplo dos milhares de indivíduos que abundam nos meios políticos, era amigo de juventude de Jorge Sampaio. Sampaio, assim que foi para a presidência convidou-o logo para seu conselheiro e ofereceu-lhe salário, carro e motorista. Ele não aceitou o salário nem o carro mas aceitou o motorista, 'porque afinal o transito é infernal'.
Portanto, isto é o comum: um político assim que é eleito começa a distribuir cargos e presentes pelos amigos à conta do Estado. Não digo que este senhor não tenha feito um bom trabalho -na verdade, não sei-, mas não foi convidado por isso. Foi convidado por ser um amigo. Um conselheiro do Presidente penso que devia ser alguém com experiência nos assuntos de Estado e com uma especialidade útil para o discernimento do presidente em certas questões de Estado e não um amigo, por ser amigo. Um político tem de pensar no país e não nos amigos. Ninguém o elegeu para promover amigos.

É claro, como elegem os amigos, depois o trabalho reveste-se de uma falta de compostura que não dignifica as instituições. Magalhães e Silva conta como Sampaio sofreu em dar posse a Santana Lopes porque assim que Durão Barroso lhe disse que ia abandonar o país à sua sorte, toda a casa civil (amigos do PS) mais o partido inteiro pressionaram-no ao ponto de alguns serem mesmo ordinários e deixarem de lhe falar. Sampaio confessa logo o seu nervosismo por não dissolver ali o parlamento, dado que ia ser dramático "para os nossos amigos". 

Portanto, ninguém, excepto ele mesmo, pelo que conta, pensou no país. Apenas nos amigos e no partido: era hora de roubar o governo «à direita». Entretanto ele conta como foram as reuniões. Ele e os outros do PS tratam o presidente por, 'É pá, Jorge' e o presidente trata todos os políticos  por alcunhas nas suas conversas com os conselheiros, os amigos: é o 'Plot', o 'flopes', o 'bodero', o 'baronia'. Que desprimor... tudo uma mediocridade de gente vulgar... 

Uma pessoa quando se dirige ao Presidente, por muito amiga que seja, tem de ter noção de que está a dirigir-se ao representante do cargo e não ao, 'camarada, pá' e o facto de não fazer essa distinção diminui a dignidade do cargo e a noção que o Presidente tem dos seus deveres. o cargo de presidente da República é um orgão de soberania. Que respeito podem ter as pessoas que rodeiam o presidente pelos outros políticos depois de o ouvirem tratá-los por alcunhas, algumas depreciativas? E os do partido que o tratavam por, 'ó Jorge, pá', que respeito têm pelo cargo, se não diferenciam o amigo do presidente?

Não sou a favor de se tratar toda a gente por excesso de títulos ou de obrigar todos os deputados a ir de gravata para o parlamento, mas há um mínimo que deve ser observado para dignificar os cargos. Porém, em Portugal os políticos só percebem o poder e não as responsabilidades  do cargo: é o carro de 100 mil euros, o cartão de crédito à conta do Estado, as reformas ao fim de 12 anos, a lagosta no restaurante do parlamento... 

Bem, Sampaio acaba por dissolver o parlamento: os amigos do PS que o tratam por, 'ó Jorge, pá' deixaram de lhe falar e ele fez o favor aos amigos, digo eu, porque este senhor acha que ele fez grandes sacrifícios éticos em atirar o país para as mão de Sócrates. Estão preocupados com o que dizer ao país para que as pessoas engulam isto tudo. Entretanto, antes de dissolver o parlamento, liga ao Vítor Constâncio, num laivo de Pilatos e pergunta-lhe se a dissolução do parlamento vai ter repercussões económicas no país. Resposta desse passarão do PS que prejudicou imenso o país nos cargos todos em que esteve: '´Jorge, até se economiza dinheiro. Não tem importância nenhuma'. Que leviandade...

Depois foi ter com António Costa e pediu-lhe gente para ajudar no cargo que Sampaio lhe arranjou em Macau; Costa indicou-lhe um amigo de juventude -Cabrita...-, mais outros. Ele reúne-se com eles e destrata logo os funcionários públicos dizendo que são mangas-de-alpaca desprezíveis.
Bem, vai para Macau e o que fez, pergunta o jornalista. "Nada", responde. Aquilo era ingovernável (a maneira como as pessoas se desresponsabilizam da sua incompetência...) Então o que fez lá: de intermediário ou facilitador (não se percebe bem) de malas de dinheiro do crime de Macau, bem como do jogo e da prostituição, que são os negócios de Macau. Malas de dinheiro? Ah, sim, todos os partidos com excepção do PCP recebiam às malas cheias de dinheiro de Macau. Era normal, diz ele, a corrupção em Macau era normal. Em Macau? E em Portugal, que recebe às malas cheias de dinheiro, isso é o quê? Dinheiro limpo? Financiamento legal de partidos? Todos os partidos excepto o PCP recebiam malas de dinheiro... ele era o secretário adjunto de justiça e via as malas passarem.

A minha perplexidade cresce à medida que leio a entrevista. Ele, sendo secretário adjunto de justiça do território, recebe imensos presentes, entre eles um jarrão antigo de 800 contos (quase 8 mil euros, uma fortuna à época) de Stanley Ho. Não estamos a falar de uma lembrança de amizade, não. Fica com o jarrão e racionaliza este suborno dizendo que na China todos dão presentes 'por respeito ao poder' e que recusar era ofensivo. A maneira como falam da recondução de Rocha Vieira no cargo... Magalhães e Silva queria o cargo para si...

Enfim, lê-se a entrevista e percebe-se a vulgaridade com que os nosso governantes ocupam os cargos, a ganância de dinheiro e poder, os amigos e o partido acima de qualquer consideração pelos interesses do país. 

Não é possível desligar este modo de fazer política no país da situação em que estão os serviços públicos: são dirigidos por amigos dos amigos, gente impreparada que quer poder e quer mostrar poder, que espera que o partido pague favores à conta do Estado, gente que tem ambição de fazer um pezinho-de-meia de 3 milhõeszinhos à conta de passarem pelos cargos do Estado. Gente que trafica influências e que vulgariza os cargos por onde passam. Não falamos de jovens de vinte e tal anos sem noção dos problemas do país, falamos de adultos...

Lê-se este artigo num horizonte de desesperança pois os mesmos que aqui são referidos do passado, são os que nos governam no presente e não parecem ter aprendido nada.






July 26, 2022

A França está em polvorosa por causa da indumentária dos deputados

 


Eric Ciotti, do partido conservador, acha que a esquerda em particular vem desleixada para a AN e resolveu propor a introdução de um código de vestuário: a gravata. Só que a gravata é um acessório de moda masculina e as deputadas da França Insubmissa levantaram-se logo contra ele porque, como dizem, essa proposta mostra que os republicanos entendem a AN como um lugar masculino. Uns falam em respeito pelas instituições, outros contrapõem com arrogância vestimentária. Há já quem fale nos sans-cravate como herdeiros dos sans-culottes.
Não é só cá que o Parlamento se entretém com polémicas marginais em vez de resolver os problemas do país.

April 15, 2022

Sri Lanka ou, porque é que os países vão à falência

 

Negócios de políticos corruptos...

Sri Lanka avisa que falhará o pagamento da sua dívida externa no meio de uma crise.

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AnonymissSL

@AnonymissSl

As verdadeiras razões do apoio de Mahinda Rajapaksa (primeiro-ministro, no governo do Sri Lanka desde 2004, já ocupou várias cadeiras como ministro das finanças, etc. - não é só cá que estas vergonhas se passam...) a Arjun Mahendra (ex-Governor do Banco Central do Sri Lanka, em fuga à prisão), foram expostas.

Logo após o governo 'Yahapaalana' (uma palavra que significa 'boa governança' e que o governo exibiu como bandeira) ter tomado o poder a 08 de Janeiro de 2015, um gerente bancário no Dubai tirou três Print Screen dos saldos de três contas bancárias. A primeira pertencia ao deputado Namal Rajapksa (um dos três filhos do primeiro-ministro Mahinda Rajapaksa) O saldo da conta era de em 1,086 mil milhões de dólares americanos. 
A segunda era uma conta conjunta de Kudabalage Piyadasa (CEO da Rigid tyre Corporatione um confidente próximo da família Rajapaksa. O saldo era de 1,80 mil milhões de dólares norte-americanos. 
A terceira era a do ex-deputado do Parlamento, Sajin Vaas Gunawardena. Tinha 500 milhões de dólares norte-americanos.

Na altura em que estas contas do Dubai surgiram, Mahinda Rajapaksa (o primeiro-ministro) disse publicamente que cortaria a sua própria garganta se fosse provado que tinha uma conta no Dubai. De facto, o seu dinheiro estava em nome de Namal Rajapaksa, Kudabalage Piyadasa e Sajin Vaaas Gunawardena.

Estas imagens-prova foram entregues ao novo presidente Maithripala Sirisena por intermédio de um importante ministro do governo. Depois, o presidente Sirisena cometeu um erro. Mostrou-o ao então governador do Banco Central Arjun Mahendran, que ficou alarmado.

Estas quantidades de dinheiro eram inimagináveis, mas a família Rajapaksa tinha conseguido acumular esse dinheiro no Dubai durante os seus nove anos de governo.  Arjun geriu a riqueza de Mahinda até 11 de Janeiro do mesmo ano.

Isto porque era ele que tinha sido o chefe de investigação da divisão de gestão do património pessoal do NBD Bank of Dubai dos Emirados. Dito de forma simples, foi Arjun Mahendran quem geriu a "riqueza pessoal" acumulada pelos Rajapaksas, defraudando o erário público.

Lanka News Web conseguiu adquirir os Print Screen das três contas bancárias do Dubai. Contudo, a lei está actualmente a seguir o seu curso e não querendo interromper esse processo, abstemo-nos de publicar essas capturas de ecrã.

Até então, a oposição conjunta tinha levado Mahendran e a emissão de obrigações a cabo, mas no momento decisivo, Mahinda Rajapaksa interveio e silenciou-os. Isto porque Arjun lhe fez favores que ninguém mais fez por ele.
Foi à luz destes incidentes que Mahinda Rajapaksa, a 25 de Outubro, cancelou uma conferência de imprensa de Dinesh Gunawardena sobre a emissão de obrigações de Mahendran, e aconselhou que o governo fosse autorizado a resolver a questão da COPE relacionada com Mahendran.

Dito de uma forma simples, toda a política é um mar de acordos. Os facilitadores de negócios do passado foram afastados, apenas para dar lugar a outro grupo de facilitadores negociadores; no entanto, devido às ligações cruzadas, os acordos anteriores ainda estão em funcionamento.

Os agentes do FBI foram ao banco do Dubai com a esperança de se encontrarem com o seu gerente para obterem informações. Acontece que ele já tinha fugido e estava escondido. 

Mahinda mostra gratidão a Arjun.

April 09, 2022

Boris Johnson Foi a Kyiv tirar uma fotografia

 


Associar-se ao herói do momento. Uma tentativa de evitar ser despedido do cargo, já que andam a pedir a cabeça dele a toda a hora. Políticos...



@UkrEmbLondon