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March 29, 2025

Frase idiota do dia

 


"Testemunhei a competência dos profissionais do SNS": primeiro-ministro já saiu do hospital de Santa Maria."   -Luís Montenegro

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Como se o atendimento de um primeiro-ministro fosse bitola para ajuizar da qualidade do SNS. Como se o cidadão comum tivesse o atendimento de um primeiro-ministro.
Montenegro, de vez em quando, tem falta de discernimento. Esta semana vi o cartaz do Chega. É certo que é ofensivo mas acima de tudo é tão exagerado na sua óbvia falsidade, ao gosto das baixezas de Ventura, que só engana os que vivem de enganos. 
É um facto que Ventura, sendo um aldrabão encartado na sua actividade política, tem uma vantagem sobre os outros que têm limites à sua falta de ética. Por exemplo, nenhum partido da oposição fará um cartaz com Ventura e os dos seu partido acusados de abuso sexual de menores com o slogan, '10 anos de pedófilos no Parlamento'. 
No entanto, mesmo sendo o cartaz ofensivo, para quê levar o caso a tribunal? Para dar mais palco a Ventura? As pessoas que ocupam cargos de poder e os políticos em geral têm a mania de pensar que os outros são todos estúpidos e ignorantes.

March 26, 2025

Afinal não eram perceções ou como a ideologia cega

 


Afinal não eram perceções

Maria João Marques

A criminalidade em Portugal está a modificar-se. Menos crimes, mas mais graves e violentos. Afinal não era uma perceção.

Um dos fenómenos mais fascinantes na política é visível quando setores políticos escolhem ignorar, por preconceitos ideológicos, problemas que se avolumam na vida da população. A questão da segurança e o debate sobre criminalidade em Portugal quase pode ser um caso de estudo desta cegueira deliberada.

As notícias sucediam-se. Episódios de violência nas ruas – e não só os desacatos depois da morte de Odair Moniz. Violações – em Lisboa os violadores de quatro mulheres (só nos últimos meses), tanto quanto se sabe, estão a monte pela cidade. Agressões. Qualquer pessoa que passeasse por Lisboa percebia que em certas zonas, mesmo se centrais, o ambiente se tornara pesado e inseguro.

Porém, políticos de esquerda e comentadores alinhados explicavam-nos que as pessoas eram histéricas, que estava tudo bem, que não tínhamos nenhum problema de segurança, que falar de tal assunto era sintoma de pertencermos à extrema-direita.

Entretanto vieram os dados provisórios do RASI 2024 e há números preocupantes. A criminalidade, no total, desceu. Contudo, a criminalidade violenta e grave aumentou 3%. A criminalidade grupal e a violência juvenil também aumentaram, respetivamente 8% e 12% – e já tinha crescido em anos anteriores. Os crimes contra a propriedade aumentaram. Roubos contra bancos – porventura os mais aparatosos e com maior valor roubado – subiram 130%. O número mais grave: as violações – que também com crescimento em 2023 – aumentaram 10% em 2024, para o número mais alto numa década.

Esta negação que à esquerda se estendeu a todos os temas relacionados com insegurança crescente daria certamente para vários estudos académicos. Intelectualmente é muito interessante como pessoas politicamente motivadas apagam partes da realidade que não se encaixam na sua teoria sobre o mundo.

Contudo, em termos políticos e eleitorais é uma estratégia suicida. Os eleitores percebem que vivem e convivem com um problema que uma parte dos políticos lhes assevera, com ar professoral, que não existe, estão enganados. Por isso, os eleitores vão votar em quem reconhece a existência do problema, mesmo se o resto da retórica desses partidos, ou as soluções, lhes desagradam. Vota-se em pessoas que pelo menos compreendem factos básicos da realidade.

Como sempre acontece, os números chegam e a realidade impõe-se.

A esquerda recusou aumento da insegurança porque tal realidade colidia com os dogmas. Por um lado, pretenderam censurar o debate sobre as causas do crescimento da insegurança. Se tal se devesse aos imigrantes, isso chocaria de frente com o discurso sobre a imigração, recusando qualquer dificuldade de integração de todos os imigrantes, mesmo os provenientes das culturas retrógradas onde mulheres e gays existem para serem (de modos diferentes) torturados e mortos.

Por outro lado, se se verificasse aumento da insegurança por questões económicas ou sociais – por exemplo inexistência de habitação pública suficiente (porque não foi construída nos anos de governação PS) para a população mais pobre, e consequente degradação das condições de vida – tal seria um falhanço da esquerda, a tal que supostamente é mais benigna para os pobres.

Mas é ainda mais questionável que esta área política, que se proclama feminista, tenha ignorado os avisos que se faziam sentir de que a violência sexual contra as mulheres estava a aumentar. De facto, os contextos com maior insegurança trazem sempre consequências ainda mais castigadoras para as mulheres – por via da menor força física dos corpos femininos. Quanto maior o nível de insegurança, mais somos suscetíveis de sermos agredidas, violadas, sexualmente abusadas, roubadas.

Público (excertos)


March 22, 2025

Está na moda defender líderes autoritários

 


O efeito Putin-Trump já chegou a Portugal. Negrão diz que os portugueses já perceberam que o país precisa de um líder forte. Em primeiro lugar, não sei onde foi ele buscar essa ideia das pessoas quererem um líder forte. Sócrates era um líder forte. Costa também. Em segundo lugar, Pedro Passos Coelho é um grande autoritário sem respeito pelas pessoas, um retrógrado à maneira de Trump que queria inscrever na Constituição que o 'lugar' das mulheres é em casa a fazer filhos aos homens. Quem é que quer um líder com uma mentalidade islamita destas à frente do país? A seguir vão querer o quê? Prender as mulheres em casa tapadas com um véu? 

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Acredita no regresso de Passos Coelho?
Acredito. A sensação que fica é que Passos Coelho tem um projecto para o país. Quem tem um projecto verdadeiramente sólido para o país não quer ir para Belém, quer ir para São Bento. Vou só dizer que o PSD precisa dele. Mesmo como um militante activo. O que é importante é que ele escolha o momento que achar mais adequado para regressar.

O PSD quer que Passos Coelho volte. E o país?
Os portugueses já perceberam que o país precisa de um líder forte. Não de um líder autoritário.

Fernando Negrão em entrevista ao Público

March 09, 2025

Deixa ver se percebi bem

 


Estamos a abrir as portas a russos e a receber investimento russo? Como é que isso se concilia com os nosso compromissos com a Europa? E os jornais podem dizer ao certo, 1º, quem são os juízes que entendem ser de valor deixar russos virem para aqui só porque podem?; e 2º, quem foi o governo que assinou a ordem de receber investimentos russos, totalmente em sentido contrário aos compromissos com a UE e com os princípios básicos de moralidade, para eu saber em quem não votar nunca mais?


Investimento russo em Portugal subiu 49% desde a invasão da Ucrânia


O investimento russo tem vindo a crescer em Portugal e totalizou 450,6 milhões no final de 2024. “Vistos gold” voltaram a ser atribuídos a cidadãos russos.
Não foi possível apurar como é que têm sido aplicadas estas entradas de IDE russo, cujo stock subiu 50 milhões no ano passado, e que devem ser alvo de análise aprofundada pelas devidas autoridades, mas certo é que a concessão das autorizações para investimento (ARI), mais conhecidas por “vistos gold”, foi um dos alvos.


De acordo com Vera Chalaça, advogada da Valadas Coriel e Associados (VCA), desde “Agosto de 2024 já não há a suspensão de concessão de ARI a cidadãos russos por parte da AIMA”. O mesmo foi confirmado ao PÚBLICO por fonte oficial da AIMA, colocando o fim da suspensão “no segundo semestre”.

Para Vera Chalaça, sócia na área de Contencioso e Arbitragem da VCA, o fim da suspensão ocorreu depois de as “derrotas em tribunal quanto ao congelamento dos vistos pedidos pelos cidadãos russos com base numa recomendação da CE que não tinha carácter vinculativo, nem se podia sobrepor nem à lei de estrangeiros nem à Constituição”.

March 08, 2025

"Presidente da Câmara de Lisboa pediu responsabilidade a toda a classe política" - Concordo

 


Em entrevista à Now e CNN Portugal, presidente da Câmara de Lisboa pediu "responsabilidade a toda a classe política".
DN

Se está tudo explicado porque não fecham este saco de cobras e vão trabalhar? 
Porque é que a oposição tem de fazer mais inquisições? Para agradar aos extremistas?
E porque é que Montenegro tem de fazer cair o governo? Para tentar uma maioria absoluta?
Uns e outros são irresponsáveis. Criar instabilidade com tanta coisa por fazer no país e na Europa.


January 08, 2025

A riqueza digital catapultou-nos de novo para um mundo feudal

 



(...) a consolidação da riqueza digital catapultou-nos de novo para um mundo de senhores e príncipes: titãs cujas riquezas lhes conferem um estatuto mais semelhante a (digamos) um Lorenzo de Medici do que qualquer coisa a que o Ocidente tenha assistido desde as duas guerras mundiais.

Foram as acções de um desses príncipes - Elon Musk - que inclinaram as eleições presidenciais de Novembro passado para Trump, primeiro ao comprar o Twitter (agora X) e depois ao desencadear uma cascata de preferências que levou vários outros príncipes da tecnologia para o lado de Trump. 

Também é Musk quem está por detrás das críticas que chovem sobre Starmer em relação aos gangues de aliciamento [de crianças e adolescentes], uma campanha de perseguição que gerou tanto ruído e caos que parece ter estimulado Tate [ele próprio um convertido ao Islão e um dos aliciadores] a lançar o “BRUV Party” [Britain Restoring Underlying Values].

Este facto, por sua vez, realça outro aspeto da nova ordem feudal: o facto destes senhores e príncipes começarem a testar a sua força contra elementos do sistema político herdado. Afinal, quando o património líquido de um indivíduo é superior ao PIB de um Estado-nação de média dimensão, está longe de ser claro quem ocupa uma posição mais elevada: o plutocrata ou o primeiro-ministro? 

Este é o contexto mais amplo em que uma cadeia dominó de eventos na Internet levou Musk a trollar Starmer com o registo vergonhoso do Reino Unido sobre os gangues de violação, a um (alegado) “amante” de kickboxing a anunciar a sua intenção de se candidatar ao Parlamento e substituí-lo [Tate, atualmente em prisão domiciliária na Roménia].

Mary Harrington in unherd.com/

January 03, 2025

Pôr as coisas em perspectiva - não, os políticos, na sua esmagadora maioria, não ganham mal




David Dinis: “É uma ironia que os portugueses achem que os políticos são maus mas não queiram pagar melhor para ter melhores políticos”

Expresso

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Os políticos são uma minoria de funcionários públicos muito diferente das centenas milhar que constituem a maioria. Os políticos são funcionários públicos que recebem, em cima do salário, ajudas para todas as deslocações; outros subsídios chamados de representação; ajudas e crédito especial para compra de casa; automóvel, motorista e combustível gratuitos; secretários, assistentes, etc. Tudo isso, que é bastante, é acrescentado ao salário. Acrescenta-se a isso todos aqueles favores e prebendas, menores ou maiores que recebem, por esta e aquela razão... A maioria dos políticos, quando sai dos cargo, progride muito na vida, em termos de emprego e salário. É de tal maneira que hoje em dia se diz que o melhor emprego é ex-político e, entre esses, ex-ministro e ex-deputado estão no topo.

Portanto, não é verdade que os políticos ganhem mal como dizem. Talvez ganhem mal quando comparados com os políticos de outros países europeus, mas isso é válido para a quase totalidade dos portugueses que trabalham. Os políticos nem sequer podem dizer que têm mais formação, quer dizer, que estudaram mais que os outros. Uns sim e outros não. Aliás, nos dias que correm, cada vez mais o que conta para se ser político é estar matriculado num partido e ter aí os conhecimentos certos.

Os políticos podem fazer um péssimo trabalho que são à mesma condecorados, recebem louvores e promoções no Diário da República e resvalam para outro posto público para fazer o mesmo. Isto acontece, não porque sejam competentes mas porque se tornam profissionais em ficar sempre sentados na cadeira quando cessa a música. Controlam os meios de comunicação social para se promoverem e calarem os opositores e cobrem-se uns aos outros nesta dança. 

Se formos ver os políticos que nos têm liderado, vemos que a maioria fez um péssimo trabalho e destruiu mais que construiu: na administração local, na educação, na saúde, na justiça, nos serviços públicos, na administração interna, etc. Estamos cheios de problemas graves devido aos políticos terem feito muito mal o seu trabalho. Nestes casos, que são a maioria, os políticos receberam muito acima do que deviam, face ao que fizeram. Veja-se o caso exemplar de Costa que tanto mal fez a todos aqueles serviços acima citados e, no entanto, aí está ele promovido a Presidente do Conselho Europeu, depois de ter sido condecorado com o mesmo prémio de liberdade que deram a Nelson Mandela.

Por conseguinte, haverá pessoas que já terão dado provas, no seu percurso profissional, de serem extremamente competentes e eficazes. Essas, sim, deviam ser muito bem pagas, para irem fazer bom serviço em cargos públicos onde o desgaste e a exposição são brutais, mas sabemos que essas pessoas são uma pequeníssima minoria. De maneira que, subir o salário a todos os políticos que andam por aí a parasitar em cargos que alguém amigo lhes deu, como se isso, por milagre, os tornasse competentes, é pensamento mágico e um péssimo precedente.

November 14, 2024

Os alunos portugueses mostraram no PISA a virtude do anti-dogmatismo: Montenegro vai já destruí-la

 

O primeiro-ministro anunciou esta semana que pretende dar “a cada aluno um tutor educativo de inteligência artificial (…) para o ajudar a compreender o mundo”, no que parece ser uma visão de futuro, mas não passa de uma parolice. Não vem longe o tempo em que os envelhecidos professores de hoje, que alguns parecem querer ver partir, serão profissionais vintage invejados ou desejados, em especial pelos alunos que consigam perceber as diferenças, para além das aparências.

Paulo Guinote, dn


Os alunos portugueses destacam-se internacionalmente por terem espírito critico e entenderem que deve ouvir-se várias perspectivas antes de se comprometerem com uma. Atrevo-me a dizer que isso se deve aos professores portugueses e, talvez, à disciplina de Filosofia, uma disciplina onde se pensa sobre o ser humano, os seus problemas e o mundo e se aprende a compreender, investigando crenças e abordando várias perspectivas sobre os problemas. Pois, Montenegro vai destruir essa formação e substitui-la por uma aplicação digital que diz aos alunos o que devem pensar sobre cada coisa do ser humano e do mundo. Uma espécie de cidadania ideológica, mas vinda da direita.

November 05, 2024

Parece-me que PNS tem razão

 

Se é um padrão não sei, mas sei que os políticos não podem reduzir o contacto com as populações apenas aos períodos das campanhas eleitorais. É claro que não podem ir a correr em cada situação, mas os acontecimentos recentes foram suficientemente importantes e perturbadores da vida social para merecerem um cuidado particular. Vai-se muito longe na pacificação social apenas ouvindo as pessoas e estando presentes nos seus problemas. É necessário que os cidadãos sintam e vejam que os governantes não fogem deles e dos seus problemas e não se fecham nos seus gabinetes e reduzam a sua comunicação a declarações longínquas na imprensa. E isto não é demagogia. Estamos a ver o que aconteceu em Valência, onde existe uma grande revolta porque os políticos chegaram tarde e depois fugiram. Não é assim que se enfrentam os problemas. Há muitas populações nos bairros, ditos problemáticos, que querem ter uma oportunidade de vida e de trabalho normais e precisam de saber que o governo está atento aos seus problemas.


Pedro Nuno Santos critica Luís Montenegro por ainda não ter ido aos bairros


Secretário-geral do PS considera que já é "um padrão" a ausência do primeiro-ministro no terreno.

October 28, 2024

Não compreendo a ideia de demonizar a polícia



Helena Roseta diz que teve projectos e trabalhou em proximidade com o Bairro da Cova da Moura e outros. Porém, na realidade, nenhum projecto -ela própria o diz- teve sucesso. Ela não assume a responsabilidade desse falhanço e diz que o problema dos bairros é a polícia ser racista: toda a população destes bairros e, em particular, com as pessoas que são mais discriminadas porque têm uma 'corzinha' de pele. - mas talvez o problema esteja na incompetência dos políticos como ela que há mais de 40 anos que trabalha na política, nacional e local, com estes resultados medíocres de não mudar nada para melhor, pois as pessoas continuam presas a esses bairros. 

A mim, este discurso parece-me ignorante e, sobretudo, irresponsável, da parte de um político. Sendo verdade que há racismo na polícia como há noutras profissões, é preciso ver o problema de um modo global. Li que a polícia foi falsamente chamada a um desses bairros para supostamente resolver um conflito entre duas mulheres e caiu numa emboscada onde um grupo grande os atacou como vingança. O que diria HR se um grupo de pessoas prejudicadas por uma decisão de um político qualquer fosse a casa dela e lhe desse uma sova como vingança?

Esses bairros são problemáticos porque há lá violência e a polícia vai lá já em estado de alerta e à espera de ser agredida, como não vai a outros bairros não problemáticos. 

Porque é que há lá violência tem que ver com outras razões ligadas com as políticas públicas de desinvestimento, das quais HR é responsável, pois é uma política há, pelo menos, 40 anos. Ainda há pouco tempo dizia que se percebe que os políticos sejam corruptos porque ganham mal. Vive numa bolha.

Aliás, esta entrevista em que reduz o problema ao racismo da polícia e pouco mais, mostra as razões da sua incompetência: nem sequer é capaz de ter uma abordagem global do problema. É uma política mas não fala de políticas, apenas chama palavrões aos polícias. Queixa-se de não haver políticas para esses bairros. Que fez então nestes 40 anos em que anda pela política?

E tudo para quê? Para poder ir dizer mal do Chega. Se ela e os seus colegas de profissão tivessem feito o seu trabalho de parlamentares e políticos locais com competência, não teria havido oportunidade de aparecer um Chega. 

As políticas de educação do PS que HR apoiou de corpo e alma também são responsáveis por esta falta de recursos internos das pessoas para lutar por melhor condições de vida e para interferir nas políticas públicas de modo construtivo. São as políticas dos coitadinhos que não emancipam as pessoas. HR não tem uma palavra para as agressões indiscriminadas e desacatos das pessoas nestes últimos dias. Acha uma resposta normal. Mas não é. 


“Não é a primeira vez que a polícia mata sem explicação e a história é mal contada”


“Estado e autarquia não cumpriram o seu papel na Cova da Moura”, diz a ex-deputada, ex-vereadora da Câmara de Lisboa e arquitecta Helena Roseta, que promoveu o projecto “Bairros Saudáveis”.

Para já, o que sai desta marcha é uma onda de solidariedade para com Odair Moniz, para com a família de Odair, toda a população destes bairros e, em particular, com as pessoas que são mais discriminadas porque têm uma 'corzinha' de pele, digamos as coisas assim porque é assim que elas são. É importante, e é esse que tem sido o meu apelo, que isto não fique por aqui, que se aprofundem as causas deste mal-estar.

Tem de haver políticas para que as pessoas tenham o mesmo direito à cidade que existe no centro de Lisboa.

www.publico

July 14, 2024

Degradação da linguagem dos políticos reflecte o nível dos políticos?

 


“É gorda para cá, sapatona para lá”: esquerda queixa-se de “degradação sem precedentes” no Parlamento, direita fala em “excessos pontuais” Expresso


João Pina, assessor parlamentar do Partido Socialista (PS), disse que Marcelo Rebelo de Sousa “é um PULHA”, SOL

Presidente chama maquiavélica à actuação da PGR CNN

João Costa chama excrementos aos deputados do Chega: João Costa: “O Twitter é um esgoto a céu aberto, não é por acaso que deputados do Chega estão por lá; Expresso

July 09, 2024

É preciso não deixar Lisboa (e não só) chegar a este ponto

 


Em que o turismo se tornou tão destruidor da cidade que os idiotas acham piada atacar turistas. 


June 19, 2024

Pedro Norton: uma declaração de fé cega a A. Costa

 

Pedro Norton, um homem da Impresa (ver o CV) e não só, faz aqui uma profissão de fé a A. Costa, completamente cega. A mim o que me surpreende mais é ver o CV destes indivíduos que acabam todos no circuito administradores da CDG→Gulbenkian: andam por tudo o que é universidade a fazer pós-graduações, alguns acabam em altos cargos internacionais, mas não sabem fazer um simples raciocínio, um argumento.

Claro que pode acontecer não saberem argumentar a sua posição por a sua posição ser indefensável.

Neste artigo, Pedro Norton de Matos tem como argumento para ser a favor de Costa ir para a presidência do CE, chamar aos opositores à candidatura, "tribais"... é este o seu argumento... embora não apresente nenhum facto ou razão para classificar as pessoas dessa maneira e, pior, desenvolve em seguida o seu raciocínio de um modo tribal. 

Senão vejamos: nas suas palavras, o governo de Costa foi incompetente e em profundo deslassamento ético; no entanto, conclui desta afirmação muito grave, que Costa, o chefe do governo incompetente e em profundo deslaçamento ético, é um homem íntegro...e acrescenta logo a seguir que quem não lhe reconhece as qualidades é sectário...  mas, mais uma vez, não apresenta uma única razão, seja para chamar aos outros tribais e sectários, seja para defender que o chefe de um governo sem competência nem ética era um homem íntegro. E depois passa a qualificá-lo de inteligentíssimo!

Quem é aqui sectário e tribal? Pedro Norton de Matos, obviamente. Vejamos: se Costa é íntegro, então não pode ser inteligentíssimo, pois seria preciso ser muito burro para não perceber o que se passava no seu nariz todos os dias em tudo quanto era ministério; ou então, não era ele que definia as políticas do governo, escolhia os seus membros e os dirigia, mas uma personagem qualquer mistério, o que parece implausível. Se Costa, por outro lado, era mesmo quem governava, escolhia os membros do governo, etc. (o que é impossível negar porque escolhia-os e defendia-os até ao obsceno) então, não é possível que seja íntegro e simultaneamente inteligente.

Já nem falo de Costa ter vindo à TV matar publicamente um SE para defender um incompetente facilitador de negócios. Nem falo deste comportamento completamente canalha, não tem outro nome. Falo da total incoerência da pseudo-argumentação desde senhor, que faz uma declaração de fé em Costa apresentando razões contrárias ao que queria provar e acabando ele mesmo a evidenciar sectarismo e tribalismo.

Confesso que quando vou ver as escolas por onde este senhor andou -Universidade Católica, Kellogg School of Management, Universidade de Boston- fico mesmo mal impressionada com a qualidade destas escolas, se o melhor que produzem (Pedro Norton é administrador de tudo) são estas pessoas que não sabem desenvolver um simples raciocínio sem entrarem em contradição, meterem os pés pelas mãos e provarem que são o que chamam aos outros... 

Depois de chamar a Costa incompetente e profundamente não-ético diz que é íntegro, simpático, um fazedor de consensos - interpretei esta expressão como uma pessoa que tanto mete cunhas para a direita como para a esquerda. 

Se este artigo era um serviço a Costa, foi um desserviço. Pior que tudo, agora tenho muito receio pelo futuro da Gulbenkian, se é verdade que este homem tem lá poder.

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(...) devo dizer que não me entrincheiro em visões tribais, nem confundo nada disto com um julgamento de caráter. Reconhecendo, como sempre reconheci, a inevitabilidade, naquelas exatas circunstâncias, da sua demissão, estou convencido que presidiu a um governo incompetente e em profundo deslassamento ético sem deixar de ser, ele próprio, um homem íntegro. De igual forma, não fico paralisado numa incapacidade sectária de lhe reconhecer qualidades. Costa é um político experiente, profundo conhecedor de dossiers muito variados, inteligentíssimo e senhor de uma intuição política como haverá poucas. Agradável, empático, é, muito mais do que o estadista de ruturas que nunca será, um homem com quem é fácil simpatizar, um negociador exímio e um extraordinário fazedor de consensos. Porventura mais relevante, Costa é um democrata por intuição e um europeísta por convicção.

Pedro Norton in publico.pt/mau-primeiroministro-dar-bom-presidente-conselho-europeu-2094307

June 07, 2024

A sério que BPL insinua que von der Leyen é uma figura fantoche no bolso de alguém?

 

E que não tem pedigree político forte? E que António Costa, uma pessoa que se gaba de pôr os amigos à frente de tudo (portanto, do país, com aliás o vimos fazer, ao ponto do obsceno com Cabrita, por exemplo), e de facilitar cunhas a grandes negócios, ele é que tem?

Não me passa pela cabeça que o Governo português, tendo a hipótese de ter um presidente do Conselho Europeu português, não estivesse unanimemente à volta desse nome. Seria um tiro no pé. Seria contra o interesse nacionalNão percebo esta maneira de pensar, mas é típica dos "homens do sistema" que não querem que nada estrutural mude, verdadeiramente. Defendem o TINA. Estamos num momento crítico da Europa e pomos lá um português só por ser português? É do nosso interesse? Durão Barroso fez alguma coisa por nós? Nada. Fez pela sua vidinha, mas por nós, nada. E Guterres, um português na ONU, que tem feito de positivo? Nada, nem para nós nem para o mundo. Tem sido um facilitador de bandidos, um instrumento da descredibilização da organização. Enquanto os países votarem em pessoas por pensarem que são um portal para a cunha não andamos para a frente.

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Continuidade que é com Ursula von der Leyen.
Sim. Mas se depois, ao nível de chefes de Estado e de Governo mais da direita radical presentes no Conselho Europeu, ou na negociação para os top jobs, se a família política da primeira-ministra italiana tiver uma influência negocial, aí podemos dizer que haverá alguma alteração na correlação de forças. E é essa dinâmica que espelha mais a avaliação nacional, ou seja, cada ato, em cada país, é mais espelhado no Conselho Europeu do que propriamente no Parlamento Europeu. Depois, como o Conselho Europeu tem uma preponderância maior no processo europeu do que o Parlamento, aí pode dizer-se que há um respaldo, talvez diferente, nos equilíbrios à volta da mesa. E aí a figura do Presidente do Conselho não é irrelevante. Se for uma figura fantoche no bolso de algum chefe de Estado em particular, tende a expor mais a amplitude do atrito à volta da mesa. Se for uma figura com um pedigree político maior, com maior reconhecimento das várias famílias, e com um grau de diálogo mais ou menos igual entre todas, pode ditar uma agenda mais construtiva.

Esse perfil de uma figura com um pedigree político forte aplica-se ao ex-primeiro-ministro António Costa?
Adequa-se sim. Mas não significa que António Costa esteja na primeira linha para este cargo. A primeira linha pressuporia que ele tivesse o caminho desimpedido em função do handicap nacional que tem neste momento. Agora, é sempre um nome que gera uma expectativa generalizada nas principais famílias políticas. Mas essas principais famílias políticas do Parlamento Europeu podem não ser as principais do Conselho. Porque aqui entre não-alinhados e direita radical o peso é semelhante ao que tem o Partido Socialista Europeu.

Quando fala do handicap, está a falar do judicial, porque o facto de ser do Partido Socialista e este não estar no poder, não costuma afetar o apoio a altos cargos?
Não me passa pela cabeça que o Governo português, tendo a hipótese de ter um presidente do Conselho Europeu português, não estivesse unanimemente à volta desse nome. Seria um tiro no pé. Seria contra o interesse nacional. O handicap é meramente o judicial.


Bernardo Pires de Lima in dn.pt

February 27, 2024

Nós somos os palhaços que paga estes circos

 


Novo Banco ‘perdoa’ mais 16 milhões de dívida ao Sporting

Frederico Varandas, presidente do Sporting, fechou acordo com a banca.


September 12, 2023

Democracias em perigo por causa dos democratas que as governam

 


A democracia continua a ser o sistema político preferido pela generalidade dos humanos, mas a sua atractividade parece ser hoje menor entre os jovens adultos, muitos dos quais não vêem com maus olhos uma liderança militar ou autoritária nos seus países.

Público, Simpatia por lideranças militares ou autocráticas cresce entre os jovens

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Talvez porque cresceram em democracias e assistem todos os dias aos espectáculo da inoperância, da incompetência, da mediocridade, da cobardia e da corrupção dos políticos da democracia, com o aumento dos problemas climáticos, da perda de dignidade humana com o aumento desmedido da pobreza, salários de miséria, exploração, etc. Por todo o lado a falência dos serviços públicos por conta da mercantilização total de todos os aspectos da vida humana. Por exemplo:


Third of medical students plan to quit NHS within two years of graduating - Research will prompt further alarm among medical leaders trying to tackle the spiralling workforce crisis

É o que vêem nos líderes das democracias: incompetência, ganância e hipocrisia. Mas Costa foi ao Chile dizer que a culpa das democracias estarem em perigo é do ódio das pessoas e da radicalização do discurso... 

World Bank spent billions of dollars backing fossil fuels in 2022, study finds - Campaigners estimate about $3.7bn in trade finance was supplied to oil and gas projects despite bank’s green pledges


April 05, 2023

Ahhh...

 


Então foi por isto que ela se demitiu. Está explicado. É claro que se fosse cá ninguém se demitia, ninguém ia detido e acabavam todos com medalhas da ordem de mérito mais alta do país.

Escócia. Marido de Nicola Sturgeon detido em investigação a finanças de partido


Emissora britânica BBC diz que Peter Murrell foi detido esta quarta-feira de manhã no âmbito de uma investigação a alegadas irregularidades nas finanças do SNP.

PÚBLICO e Reuters

March 11, 2023

O MO do PS é a desresponsabilização permanente da sua acção política

 


O problema da decadência ou doença da nossa democracia não está nos políticos que rastejam pelas cadeiras do poder desde o governo de Sócrates a governar para a famiglia alargada, atirando centenas de milhares ou meia dúzia de milhões a cada amigo enquanto cortam em todos os serviços públicos e perseguem os trabalhadores. Não, o problema, segundo este -outro- político do PS está em as pessoas não serem dóceis em relação ao seu próprio empobrecimento e fazerem pressão sobre o governo. LOL

 "... é sabido que o que a “destrói” é “a demagogia e é o populismo”? Se é assim, explique o que se está a passar na Tunísia ou o que acabou de passar-se na Georgia ou explique o nosso primeiro-ministro, que quando toma decisões unilaterais, mesmo contra a opinião da maioria do povo, diz, 'o país decidiu' ou 'eu é que sei o que é melhor para o povo', como se ele fosse a voz do país e encarnasse o espírito do país: não é essa a definição de populista?

Depois deste início de entrevista não vejo o interesse de ler o resto.

“A democracia só sobrevive se em cada político estiver um relojoeiro”


Sérgio Sousa Pinto garante que “é indisputável” que “a democracia é o regime das liberdades”. E alerta para o risco das redes sociais, a nova “rua”, onde o clima de “demagogia destrói a democracia”.

O deputado do PS Sérgio Sousa Pinto considera que a democracia vive riscos dos quais é preciso ser defendida, até porque é sabido que o que a “destrói” é “a demagogia e é o populismo” que classifica como “as doenças infantis da democracia”. Defendendo que só a democracia representativa tem legitimidade democrática, rejeita o recurso a instrumentos de democracia directa e participativa como o referendo a leis do Parlamento. E alerta para a toxidade da pressão da rua que hoje “escorre pelas redes sociais” e da pressão sobre os políticos, que têm de se assumir como líderes de facto e não apenas “nominais

February 09, 2023

"Não há só professores em Portugal"

 


Nas letras pequeninas lê-se: 

A remuneração líquida média em Portugal está praticamente estagnada, tendo avançado apenas 0,8% no final de 2022, o registo mais fraco desde a troika. Mas o embate da crise não chega a todos por igual. Políticos e dirigentes de topo estão a ganhar mais 9,6%, enquanto a classe dos profissionais de Saúde e Educação só subiu 1% no último ano. E os agricultores recuam 4,9%.

Os políticos e amigos dirigentes subiram 9.6% sem contar com as alcavalas das ajudas de custo, automóvel, gasolina, motorista, presentes, almoços e jantares à pala, que devem valer, pelo menos, uns 1500€ euros a mais por mês. Estamos em plena austeridade, ao nível da vida durante a troika para alimentar os políticos e a sua corte. 






Entretanto, percebemos que estamos a ganhar mesmo mal, pois o sindicato do futebol quer um ordenado mínimo de 2280€

conclusão: o problema de Portugal são os professores...