O trilema de Epicuro é um ataque à existência do Deus dos teístas (o criador omnipotente, omnisciente e omnibenevolente) a partir da existência do mal. Diz o seguinte:
- Se Deus é omnipotente e é omnisciente, então, pode acabar com o mal e sabe de todo o mal. Mas o mal existe, logo, Deus não quer acabar com o mal - Deus não é omnibenevolente.
- Se Deus é omnipotente e é omnibenevolente, então, pode acabar com o mal e quer acabar com o mal, pois é absolutamente bom. Mas o mal existe, logo, Deus não sabe como acabar com o mal - Deus não é omnisciente.
- Se Deus é omnisciente e é omnibenevolente, então, Deus sabe de todo o mal e quer acabar com o mal, pois é absolutamente bom. Mas o mal existe, logo, Deus não consegue acabar com o mal - Deus não é omnipotente.
Aplicamos este trilema ao nosso ME, tirando-lhe o carácter absoluto, naturalmente:
- Se o ME tem o poder e tem o conhecimento para resolver o problema da falta de professores, então pode resolvê-lo. Mas não o resolve, logo, o ME não quer o bem dos alunos e dos professores: vá-se embora...
- Se o ME tem o conhecimento e quer o bem dos alunos e dos professores, mas não o resolve, então, não tem poder para conseguir resolver o problema da falta de professores: vá-se embora...
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