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December 18, 2024

Derrotar Putin: combater a desinformação com a informação acerca da Grande Mentira

 


Não há dúvida que os homens com propensão para o autoritarismo e narcisismo têm uma enorme atração por outros homens que percepcionam como fortes e cuja associação lhes traz mais força e projecção de poder e estatuto. Foram educados na admiração dos grandes imperadores e dos grandes militares. É essa a história que se ensina às crianças e jovens. Como diz o ditado, "Dos fracos não reza a História". 

É por esta razão que tantos homens políticos e militares no Ocidente têm uma atração, quase juvenil e homoerótica, como diz Johnson, por Putin. A imoralidade e depravação de Putin afasta pessoas de bem, mas não tem impacto na admiração que homens imorais têm por ele e pelo tipo de autoridade que vêem nele e invejam - como sabemos, Trump inveja a autoridade de Kim Jon de ter o povo calado e a tremer de medo diante de si.

Putin foi muito hábil, nestes anos todos, a forjar de si mesmo uma imagem de homem forte, uma espécie de herdeiro das virtudes dos homens fortes da Rússia, todos eles grandes depravados e/ou assassinos, desde os Czares aos sovietes, diga-se de passagem - é preciso notar que a Rússia, em toda a sua história, nunca viveu em democracia, excepto durante três curtos anos, entre 1990 e 1993, quando Ieltsin tentou democratizar e reformar a Rússia. Não conseguiu e logo em 1994, dissolveu o Soviete Supremo e mudou a Constituição para dar a si mesmo poderes quase absolutos. Esses três curtos anos, foram anos de dificuldades financeiras para os russos e de embaraço por terem um líder sempre bêbedo, de maneira que não deixaram boa memória.

Portanto, os russos não sabem, nem nunca souberam o que é uma democracia e, para eles, a vida sob um líder autoritário e ditator, mesmo que corrupto e ladrão ou assassino, é o seu normal. Não conhecem outra vida e entendem as democracias, onde tudo leva tempo a ser discutido e decidido, como é próprio de regimes que assentam na força da argumentação em vez de, na força das armas, como sistemas fracos com líderes fracos. É claro que fraqueza é a incompetência de só se saber impor com uma pistola apontada aos outros.

Acresce a isso que Putin é um KGB, logo, especialista em espalhar desinformação, em manipular informação, chantagem, recrutar com subornos, intimidar, etc.

De maneira que é necessário combater a sua imagem de homem forte com a realidade dos factos: Putin é um homem que não é capaz de sobreviver numa democracia, que é um sistema que requer mais inteligência que força de armas. Putin tentou ser um ocidental liberal e democrata, mas não foi capaz. 

Putin é um KGB incompetente enquanto líder político e é por isso que precisa da força das armas para se aguentar no poder. Putin tem assassinado e aprisionado todos os seus opositores políticos porque é incompetente para os vencer nas urnas.

Putin é um homem à frente do maior país do mundo e um dos mais ricos. O país dele tem tudo quanto é recurso natural e em abundância, mas ele não foi capaz de o tornar próspero. Pelo contrário, a maioria dos russos vive na pobreza e se sairmos das cidades, nem saneamento básico têm. É um incompetente. 

Putin não é capaz de fazer acordos comerciais pacíficos com outros países. É um KGB que só conhece os métodos do KGB: ou subornar -toma lá petróleo de borla e ficas às ordens- ou usar a força para colonizar.

Putin destruiu o seu país, expôs todas fraqueza da Rússia, tem um povo deseducado, atrasado a recuar aos tempos soviéticos, que vive na pobreza, numa sociedade militarizada. 

Putin é um KGB incompetente e fracassado que recorre à guerra para que as suas insuficiências e incompetência enquanto líder não fiquem completamente expostas. Mesmo na guerra, que poderíamos pensar ser o seu ponto forte, ele tem mostrado ser fraco e incompetente. Já percebemos, em virtude do brilhantismo e extrema competência dos ucranianos, que Putin teve sucesso nas outras invasões porque o Ocidente tinha essa visão dele como homem que não vale a pena confrontar dada a sua superioridade. Pois, os ucranianos expuseram a Grande Mentira de Putin e hoje só os cegos não vêem que o segundo maior exército do mundo é um grande bluff.

A Rússia de Putin lembra-me o livro de Le Carré, "A Casa da Rússia", onde um cientista russo passa um segredo para os espiões do Ocidente, que é o da investigação científica e infraestruturas russas estarem na decadência total e ninguém no Ocidente acredita nele porque contraria a crença dogmática que têm da Rússia como uma grande potência científica e militar.

É preciso que o Ocidente combata a desinformação de Putin, com a informação dos factos acerca da sua incompetência, da sua fraqueza enquanto líder político, do estado em que deixou o seu país, a sua economia, de como tudo o que faz é para esconder a Grande Mentira e poder continuar no poder sendo um zero à esquerda. É preciso que os lideres autoritários e proto-autoritários ocidentais interiorizem a ideia de que a associação a Putin os mancha com uma nódoa de incompetência, desinteligência e fraqueza.


December 10, 2024

"Putin e Assad são os que merecem ser presos"





Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський

@ZelenskyyUa

O “corajoso” Assad fugiu para Putin. Para onde é que Putin vai fugir?

O Dia dos Direitos Humanos deste ano é marcado por imagens desoladoras de prisões sírias e câmaras de tortura, que foram abertas depois que Assad fugiu. Há muitos anos que as pessoas são aí humilhadas. Homens e mulheres. Foram espancados, torturados, violados. Milhares e milhares de pessoas passaram por esta fábrica de violência.

Durante décadas, o regime de Assad baseou-se exclusivamente na violência. E é assim que todos os regimes apoiados por Putin se parecem. Já vimos este tipo de prisões, câmaras de tortura, violência indescritível, humilhação, espancamento, tortura, violação e outros crimes no nosso território, em todos os locais ocupados por invasores russos.

A Rússia é um Estado-prisão e só consegue manter o controlo da terra roubada de outrem colocando aí as suas prisões e câmaras de tortura.

Desde o início da ocupação russa, os tanques têm sido seguidos de repressão e tortura. Vimo-lo pela primeira vez na nossa terra, na Crimeia, em 2014, quando a ocupação russa resultou na repressão da população indígena, da maior comunidade muçulmana da Ucrânia, os tártaros da Crimeia, bem como de jornalistas e figuras políticas. Depois, a Rússia continuou as suas horríveis violações dos direitos humanos no Donbas ocupado, incluindo a famosa prisão de Izolyatsia. 

Desde fevereiro de 2022, a Rússia alargou estas práticas ao resto dos territórios ocupados. As atrocidades aumentaram em termos de alcance e brutalidade. 

É por isso que nós, ucranianos, nos sentimos tão comovidos quando vemos sírios a sair das prisões e câmaras de tortura de Assad.

Assad e Putin são mais do que simples vassalos e senhores. São cúmplices da violência. Ditadores como Assad não podem sobreviver sem ditadores como Putin. E Putin vai tentar vingar-se da queda de Assad.

É por isso que precisamos de unidade e força para enfrentar regimes que apenas semeiam humilhação e não deixam nada para além de sofrimento, dor e ruínas no seu rasto. Ao ajudar a Ucrânia na sua luta contra a ditadura de Putin, a comunidade internacional está a ajudar muitas outras regiões a restaurar a segurança e a proteção contra a violência.

Tem de haver justiça para as atrocidades horríveis e as violações dos direitos humanos. De facto, Putin e Assad são os que merecem ser presos, não as pessoas inocentes que têm vindo a prender há anos.

December 07, 2024

É preciso não dar nenhum soro vital a Putin que o deixe recuperar



Garry Kasparov

@Kasparov63

“Sem plano” = ‘sem recursos’. O império terrorista russo foi degradado até ao ponto de ruptura pela Ucrânia e entrará em colapso total, a menos que o Ocidente volte a dar uma ajuda a Putin com negociações e acordos. Não desistam em lado nenhum. Aumentem a pressão. Acabem com ele.


Citação

Mazen Hassoun
@HassounMazen
BREAKING: Bloomberg, citando uma fonte próxima do Kremlin: A #Rússia não tem qualquer plano para salvar #Assad, e não esperamos qualquer plano enquanto o exército abandonar as suas posições.

November 30, 2024

Russia murders everywhere

 

November 28, 2024

Porque é que a NATO ou os aliados que o podem fazer não fecham imediatamente os céus da Ucrânia aos ataques russos?

 

A Rússia ameaça toda a gente com armas nucleares. A resposta tem que ser mais apoio e inequívoco à Ucrânia.


November 26, 2024

Passos na direcção certa

 


November 20, 2024

Zelenskyy's update

 


November 16, 2024

Quando os ditadores imperialistas ficam impunes, outros sentem-se encorajados

 


October 21, 2024

O Ocidente tem de agir já, enquanto ainda é possível

 


A Rússia é uma ameaça à paz mundial e incentiva países ao belicismo.


October 18, 2024

Mesmo sabendo que Putin está a instilar caos e a desagregar o Ocidente, os aliados não deixam que a Ucrânia o pare

 


Putin está por detrás de todas as guerras a decorrer, directa ou indirectamente e quando o pararem as outras guerras também param. E se não o pararem outras guerras vão crescer.



Os espiões de Vladimir Putin estão a conspirar para o caos global

A Rússia está a pôr em prática um plano revolucionário de sabotagem, fogo posto e assassínio

“Vimos fogo posto, sabotagem e muito mais: acções perigosas conduzidas com crescente imprudência”, disse Ken McCallum, chefe do mi5, a agência britânica de segurança interna e de contraespionagem, numa rara atualização sobre a ameaça representada pela Rússia e pelo gru, a sua agência de informação militar. 

“O gru, em particular, está numa missão sustentada para gerar o caos nas ruas britânicas e europeias”, afirmou a 8 de outubro.

A guerra da Rússia na Ucrânia tem sido acompanhada por um crescendo de agressão, subversão e ingerência noutros locais. Em particular, a sabotagem russa na Europa aumentou dramaticamente. “O nível de risco mudou”, afirmou em setembro o vice-almirante Nils Andreas Stensones, chefe dos serviços secretos noruegueses. “Vemos agora actos de sabotagem a acontecer na Europa”. 

Sir Richard Moore, chefe do mi6, a agência britânica de informações externa, foi mais direto: “Os serviços secretos russos tornaram-se um pouco selvagens, francamente.” 

Os mercenários do Kremlin expulsaram os rivais ocidentais de vários Estados africanos. Os seus piratas informáticos, segundo os serviços de segurança polacos, tentaram paralisar o país nas esferas política, militar e económica. Os seus propagandistas injectaram disinformação em todo o mundo. As suas forças armadas querem pôr numa arma nuclear em órbita. A política externa russa há muito que se deixa levar pelo caos. Agora, parece ter como objetivo pouco mais que isso.

A começar pelo verão da sabotagem. Em Abril, a Alemanha prendeu dois cidadãos germano-russos por suspeita de planearem ataques a instalações militares americanas e outros alvos em nome do gru

No mesmo mês, a Polónia prendeu um homem que se preparava para passar ao gru informações sobre o aeroporto de Rzeszow, um centro de distribuição de armas para a Ucrânia, e a Grã-Bretanha acusou vários homens de um ataque incendiário a uma empresa de logística de propriedade ucraniana em Londres. Os homens foram acusados de ajudar o Grupo Wagner, um grupo de mercenários actualmente sob o controlo do gru

Em junho, a França deteve um cidadão russo-ucraniano que ficou ferido depois de tentar fabricar uma bomba no seu quarto de hotel em Paris. Em julho, soube-se que a Rússia tinha conspirado para matar Armin Papperger, o patrão da Rheinmetall, a maior empresa de armamento da Alemanha. 

A 9 de setembro, o tráfego aéreo no aeroporto de Arlanda, em Estocolmo, foi interrompido durante mais de duas horas depois de terem sido avistados drones sobre as pistas. “Suspeitamos que se tratou de um acto deliberado”, afirmou um porta-voz da polícia. As autoridades americanas alertam para o facto de os navios russos estarem a fazer o reconhecimento de cabos submarinos.

Mesmo nos casos em que a Rússia não recorreu à violência, procurou agitar os ânimos de outras formas. Os Estados bálticos prenderam uma série de pessoas por aquilo que dizem ser provocações patrocinadas pela Rússia. 

Os serviços secretos franceses dizem que a Rússia foi responsável pelo aparecimento de caixões cobertos com a bandeira francesa e com a mensagem “soldados franceses da Ucrânia” deixados na torre Eiffel em Paris, em junho. 

Muitas destas acções têm como objetivo fomentar a oposição à ajuda à Ucrânia. Mas outras têm simplesmente o objetivo de aumentar as divisões na sociedade de todos os tipos, mesmo que tenham pouca ou nenhuma ligação com a guerra. 

A França diz que a Rússia também esteve por detrás do graffiti de 250 Estrelas de David em muros de Paris, em novembro, um esforço para alimentar o anti-semitismo, que aumentou desde o início do conflito Israel-Hamas.

Grande parte da actividade da Rússia tem sido virtual. Em Abril, piratas informáticos com ligações ao gru parecem ter manipulado sistemas de controlo de centrais hídricas na América e na Polónia. 

Em setembro, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Ucrânia e vários outros países publicaram detalhes de ciberataques da Unidade 29155 do gru, um grupo anteriormente conhecido por assassinatos na Europa, incluindo um esforço fracassado para envenenar Sergei Skripal, um antigo oficial dos serviços secretos russos. 

Os esforços cibernéticos do gru, que estavam em curso desde pelo menos 2020, não visavam apenas a espionagem, mas também “danos à reputação” através do roubo e fuga de informações e “sabotagem sistemática” através da destruição de dados, de acordo com a América e os seus aliados.

Para além da Europa, oficiais do gru estiveram no Iémen ao lado dos Houthis, um grupo rebelde que atacou navios no Mar Vermelho, ostensivamente em solidariedade com os palestinianos. 

A Rússia, irritada com o fornecimento de mísseis de longo alcance à Ucrânia por parte dos Estados Unidos, esteve perto de fornecer armas ao grupo em julho, de acordo com funcionários americanos que falaram com a CNN, mas inverteu o curso no último momento, após forte oposição da Arábia Saudita. 

O facto de Vladimir Putin, o presidente da Rússia, estar disposto a alienar Muhammad bin Salman, o governante de facto do reino que ele cortejou durante anos, é uma indicação de como a guerra da Rússia canibalizou a sua política externa mais ampla. 

“O que Putin está a tentar fazer é atingir-nos em todo o lado”, argumenta Fiona Hill, que trabalhou anteriormente no Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Compara a estratégia ao filme vencedor de um Óscar: “Tudo em todo o lado ao mesmo tempo”. 

Em África, por exemplo, a Rússia utilizou mercenários para suplantar a influência francesa e americana na sequência de golpes de Estado no Mali, Burkina Faso e Níger. Cerca de 100 conselheiros do Corpo Africano, um sucessor do Grupo Wagner, chegaram ao Níger em Abril. Os Estados Unidos foram obrigados a encerrar a sua última base privilegiada no país.

A ingerência da Rússia na América assume uma forma muito diferente. Em Maio, Avril Haines, Directora dos Serviços Secretos Nacionais dos EUA, considerou a Rússia “a ameaça estrangeira mais activa às nossas eleições”, acima da China ou do Irão. 

Não se tratava apenas de tentar influenciar a política americana em relação à Ucrânia. “Moscovo encara muito provavelmente estas operações como um meio de derrubar os Estados Unidos como o seu principal adversário”, afirmou, ‘permitindo à Rússia promover-se como uma grande potência’. Em julho, as agências de informação americanas afirmaram que estavam “a começar a ver a Rússia a visar grupos demográficos específicos de eleitores, a promover narrativas de divisão e a denegrir políticos específicos”.

Estes esforços são geralmente grosseiros e ineficazes. Mas são prolíficos, intensos e por vezes inovadores. Em setembro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou dois funcionários da RT, um meio de comunicação controlado pelo Kremlin, que regularmente divulga os pontos de discussão russos e teorias da conspiração sinistras, de pagar 10 milhões de dólares a uma empresa de comunicação anónima do Tennessee.

A empresa, que se pensa ser a Tenet Media, publicou cerca de 2.000 vídeos no TikTok, Instagram, x e YouTube. (Os comentadores pagos pela empresa negaram ter cometido actos ilícitos, dizendo que foram “vítimas deste esquema”). O departamento também apreendeu 32 domínios de Internet controlados pelo Kremlin, concebidos para imitar sites de notícias legítimos.

Os propagandistas russos também estão a fazer experiências com a tecnologia. A CopyCop, uma rede de sítios Web, pegou em artigos noticiosos legítimos e utilizou o Chatgpt, um AI model, para os reescrever. 

Mais de 90 artigos franceses foram modificados com o seguinte pedido: “Por favor, reescreva este artigo assumindo uma posição conservadora contra as políticas liberais da administração Macron a favor dos cidadãos franceses da classe trabalhadora”. 

Outro artigo reescrito incluía provas das suas instruções, dizendo: “Este artigo... destaca o tom cínico em relação ao governo dos EUA, à NATO e aos políticos dos EUA”.

As campanhas de desinformação russas não são novas, reconhece Sergey Radchenko, um historiador da política externa russa, apontando para episódios como o memorando Tanaka, uma alegada falsificação soviética que foi utilizada para desacreditar o Japão em 1927. 

As guerras por procuração e os assassínios também não são uma novidade. As tropas soviéticas já combatiam no Iémen, disfarçadas de egípcios, no início da década de 1960, observa. Os antecessores e sucessores da KGB mataram muitas pessoas no estrangeiro, desde Leon Trotsky ao ex-espião Alexander Litvinenko.

A parte genuinamente nova, diz o Sr. Radchenko, “é que enquanto anteriormente as operações especiais apoiavam a política externa, atualmente as operações especiais são a política externa”. 

Há dez anos, o Kremlin trabalhava com a América e a Europa para combater o programa nuclear do Irão e da Coreia do Norte. Essa cooperação é agora fantasiosa. “É como se os russos já não sentissem que têm interesse em preservar o que quer que seja da ordem internacional do pós-guerra”, diz Radchenko. 

Este período lembra-lhe mais a política externa niilista de Mao durante a Revolução Cultural da China do que o pensamento da União Soviética na Guerra Fria, que incluía períodos de pragmatismo e cautela. Hill coloca a questão de outra forma: “É Trotsky contra Lenine”.

Putin abraça estas ideias. “Estamos a viver, provavelmente, a década mais perigosa, imprevisível e, ao mesmo tempo, mais importante desde o final da Segunda Guerra Mundial”, afirmou no final de 2022. “Para citar um clássico”, acrescentou, invocando um artigo de Vladimir Lenin em 1913, ‘esta é uma situação revolucionária’. 

Essa crença - de que a ordem do pós-guerra está podre e precisa ser reescrita, pela força se necessário - também dá à Rússia uma causa comum com a China. “Neste momento, há mudanças como não se viam há 100 anos”, disse Xi Jinping a Putin, no ano passado, em Moscovo, ‘e somos nós que estamos a conduzir estas mudanças em conjunto’.

A estratégia de política externa da Rússia, publicada em 2023, oferece a garantia branda de que “não se considera inimiga do Ocidente... e não tem más intenções”. Uma adenda confidencial obtida pelo Washington Post de um serviço de informações europeu sugere o contrário. Propõe uma estratégia de contenção abrangente contra uma “coligação de países hostis” liderada pela América. Isso inclui uma “campanha de informação ofensiva” entre outras acções nas “esferas político-militar, económico-comercial e psicológico-informacional...”. O objetivo final, observa, é “enfraquecer os adversários da Rússia”.

Isto não significa que a Rússia seja imparável. É cada vez mais um parceiro júnior da China. A sua influência diminuiu em alguns países, como a Síria. Nem sempre apoia os seus próprios representantes - dezenas de combatentes Wagner foram mortos numa emboscada pelos rebeldes do Mali, ajudados pela Ucrânia, em julho. 

A subversão russa pode ser interrompida, diz Sir Richard, pelo “bom e velho trabalho de segurança e de informação” para identificar os agentes dos serviços secretos e os criminosos por detrás dela. O facto de a Rússia estar cada vez mais dependente de criminosos para levar a cabo estes actos, em parte porque os espiões russos foram expulsos em massa da Europa, é um sinal de desespero. “O facto de a Rússia recorrer a representantes reduz ainda mais o profissionalismo das suas operações e - na ausência de imunidade diplomática - aumenta as nossas opções de perturbação”, afirma McCallum.

A ingerência russa destina-se a exercer pressão sobre a NATO sem provocar uma guerra. “Também temos linhas vermelhas”, diz Hill, ‘e Putin está a tentar senti-las’. Mas se ele é verdadeiramente movido por um espírito revolucionário, convencido de que o Ocidente é um edifício podre, isso sugere que mais linhas serão ultrapassadas nos próximos meses e anos. ■


September 24, 2024

Agora mesmo a Rússia está a bombardear edifícios residenciais em Kharkiv

 

Neste momento, a Rússia está a bombardear Kharkiv com bombas planas - dois edifícios residenciais atingidos, pessoas presas sob os escombros. No entanto, as discussões sobre o contra-ataque da Ucrânia continuam a argumentar que a Rússia afastou as armas para longe. Não, não afastou.

September 22, 2024

Coisas boas

 

September 21, 2024

Os russos, quando lhes cai a ficha, como se costuma dizer


 ... e percebem que Putin e todos os putinistas não passam de cães raivosos.


September 15, 2024

"You can't have solidarity and expect not to suffer! That is not solidarity"

 


September 13, 2024

Trudeau: Canada fully supports Ukraine using long-range weaponry



September 10, 2024

Do it now!

 


September 04, 2024

🇺🇦 EUA, Inglaterra, França e Alemanha, podem escolher salvar a Ucrânia ou deixá-la morrer

 

E estamos todos a ver a vossa escolha.


August 31, 2024

Coisas que não se percebem na administração Biden

 


Porque razão a administração Biden dá mais valor às bases militares russas de onde saem os ataques à Ucrânia que às vidas dos civis ucranianos? Que valor podem ver em manter Putin, um indivíduo com uma mentalidade leninista-estalinista, como interlocutor? Não consigo perceber, a não ser que haja acordos secretos de negócios de petróleo -ou outros- de que não sabemos.









August 26, 2024

🇺🇦 Rebentem com tudo o que armazena e transporta petróleo até não terem nem uma gota para fazer andar um carro

 

Porque as reticências dos alemães e dos americanos em dar ok a que os ucranianos atinjam bases militares russas na Rússia está na esperança de voltarem a ter, os alemães gás e petróleo de borla e os americanos, abundância de petróleo e dinheiro para os parceiros americanos dos russos que devem ser legião.


🇺🇦 Não sei quem é este Merz mas já gosto dele

 


Mariska den Eelden 🇪🇺🇳🇱

@eeldenden

Friedrich Merz, que irá suceder a Scholz no próximo ano, anunciou que irá entregar mísseis Taurus e pôr fim aos ataques contra civis e infra-estruturas ucranianas. O alcance para já é confidencial, mas os Taurus podem atingir os centros de comando em Moscovo. Isto é que é dissuasão!