December 12, 2019

Eu, hoje



Final de período...



Mesmo planeta, outro mundo




Ser condenado a anos de cadeia por tirar um lenço da cabeça e distribuir flores... há países onde sair à rua sendo-se mulher é um acto de coragem.


Silencio de Europa ante la condena a 55 años de cárcel de tres activistas iraníes por negarse a llevar velo

“Os haré sufrir a todas”, dijo el magistrado que las condenó. Al menos doce mujeres han sido condenadas por realizar actos de protesta contra la obligatoriedad de llevar 'hijab'.

En abril, Yasaman Aryani, su madre Monireh Arabshahi, Mojgan Keshavarz fueron detenidas por haberse quitado el velo y repartido flores en el metro de Teherán, en concreto en el vagón reservado sólo a las mujeres, con motivo de la celebración del 8 de marzo, día internacional de la mujer. El vídeo en el que aparece repartiendo flores se hizo viral en las redes sociales.


Amnesty International condemns the arrest of brave women's rights defender Mojgan Keshavarz. Here she is peacefully protesting Iran's degrading forced veiling laws by handing out flowers to women on 8 March, International Women's Day.

As coisas são e o sentido delas é serem





photo: Hirsty

Ferro Rodrigues o censor do regime




Quem é aqui o autoritário ofensivo? Quanto mais estes socráticos autoritários, que foram mais longe que os que foram mais longe que a troika, tentarem calar o Ventura, mais votos ele ganhará porque todos percebem que o PS detesta o Ventura porque ele diz-lhes muitas verdades na cara, sem filtro nenhum. Não está institucionalizado. O que Ferro Rodrigues não aceita é que muito povo se reveja no Ventura quando ele fala contra o governo PS.


Ferro Rodrigues repreende André Ventura no plenário
Ferro Rodrigues acusou, esta quinta-feira à tarde, André Ventura de ofender o Parlamento, incluindo o próprio deputado do Chega, por usar "com demasiada facilidade" a palavra "vergonha" nas intervenções durante os plenários.


“Temo que em breve haja muitas dificuldades em ter professores para dar aulas”




É preciso dizer que nós falamos com colegas de outras escolas e também vão parar à escola colegas que vêm de escolas de outros pontos do país e sabemos que voltou a haver um clima de perseguição nas escolas como não se via desde o tempo da Lurdes Rodrigues. Perseguição, atropelo dos direitos mais básicos e verdadeiras insanidades.
Temo que esta tutela, com a sua política de terra queimada, destrua de um modo definitivo, todas as virtudes da escola pública. A escola pública continuará a existir mas será completamente irrelevante.

Há mal-estar entre os professores, milhares a reformarem-se antes do tempo e poucos a querem seguir a carreira. 

Portugal, you gotta love it




Enquanto o governo se preocupa e cria grupos para estudar a corrupção o marido da ministra responsável vai ganhando ajustes directos de 40.000 euros para trabalhar... 1 dia! UAU!

A Leitão vai aumentar os funcionários públicos 0% e diz que em 2020 é que é a sério.

Costacenteno anuncia 800 milhões de reforço para a saúde, sendo que a quase totalidade do dinheiro é para pagar as dívidas...

Portugal, you gotta love it... todos um anos um novo Sócrates no governo...



Que horas são? São 14h de balança 🌞











relógio astronómico em Veneza

Mapas estranhos




Os holandeses são os europeus mais porquinhos. Vão à casa-de-banho e não lavam as mãos. Lavar as mãos reduz a mortalidade infantil em várias doenças entre 25% a 50%.

Os mais asseados são os países de maioria muçulmana à conta da obrigação de se lavarem 5 vezes por dia antes das orações. A Bélgica é um dos piores mas isso eu já sabia...


Insomnia





Blue December







Georg Trakl

December 11, 2019

Hoje foi um dia bom




Fizeram-me o tratamento 👍 foi o penúltimo 🙂 já só falta um 😜 o jantar foi óptimo 🍗 a caminho de casa estava lua cheia 🌝 o céu de um azul noite brilhante 💙 tudo o que fiz hoje correu bem 🙂devia ter jogado no totomilhões... 🙂



Porque razão os jovens e não jovens se mobilizam com activistas do ambiente?




Porque os políticos dão um triste espectáculo de dizer que sim, que se preocupam mas depois não fazer nada a não ser discutir e produzir grupos de discussão e papéis, mesmo em face da evidência, como tão bem mostra esta obra de arte.
Porque os jovens são radicais quando se mobilizam por causas em que acreditam.
Porque as pessoas, jovens e não jovens, estão fartas de observar a ignorância, cupidez e cobardia dos políticos e ela (Greta) é um martelo que usam para lhes bater na cabeça.

E  porque é que tantos homens detestam a activista Greta Thunberg? Porque obviamente não aceitam lições de miúdas (Bolsanaro indignado por a imprensa dar espaço a uma pirralha). Alguns nem acreditam que aquelas ideias sejam dela, pois uma miúda é um ser duplamente inferior (sendo adolescente e rapariga) e têm teorias da conspiração em que defendem que há adultos, homens, que a manipulam. É patético.

Escultura de Issac Cordal (Berlim) - políticos discutindo o aquecimento global.

Leituras pela manhã - "You can’t have everything: ‘freedom for the wolves has often meant death for the sheep"




Isaiah Berlin’s lecture on political liberty ‘Two Concepts of Liberty’ (1958) created a new standard for understanding the individual and society. It has become a classic work.



Berlin’s seminal essay on liberty – which, like so many of his essays, began as a lecture – starts by differentiating between two notions of political freedom. The first of these is described as ‘negative liberty’, since it refers to the extent to which I am free from the interference of other individuals or authorities. Being negatively free, according to Berlin, does not mean that I am free from physical or psychological constraints. It simply refers to the degree of freedom from human interference or coercion such as the freedom to be left alone from engaging in politics. Contrasted with it is ‘positive liberty’, so-called because it is the freedom to do something rather than the freedom from something: eg, the freedom to stand for election to parliament. In many ways, this is a far richer, if more nebulous, notion that ‘derives from the wish on the part of the individual to be his own master’.

So far, one could be forgiven for thinking that we are being presented with a rather obvious distinction between two sides of the same coin. Berlin doesn’t dissent, acknowledging that both concepts appear at ‘no great logical distance from each other’. But what distinguishes his account is that he treats each of these concepts realistically and historically, showing not only that there is a substantively significant – not merely a logically valid – distinction to be made between negative and positive liberty, but also that the failure to recognise its significance can cause far more harm than mere conceptual confusion. The key point here is that Berlin switches the default understanding of things by making theory more answerable to reality rather than the other way around. This bold move means that history and realism can take centre-stage in making sense of things. And what history and our current experience reveal is that negative and positive liberty respond to real and legitimate human needs and ideals. Negative freedom has been the beating heart of political liberalism, with its insistence that individuals be left alone to their own devices, so long as their actions do not unduly harm others. Similarly, positive liberty has lain at the heart of emancipatory theories of politics from democratic and republican doctrines to those of nationalism and communism.

In this vein, Berlin shows that one of the major insights of modern history and contemporary reality is just how catastrophically the concept of positive liberty is vulnerable to, or exploitable by, the most atrocious types of totalitarianism. The 20th century, in particular, has shown just how tragically brief the leap can be from a desire for self-realisation to the sense of having discovered a real or rational self and ending in the embrace of oppressive and murderous forms of despotism. One of the key factors that has brought about such a deformation over the past 200 years is the hugely influential assumption that harmony among social values is not merely desirable but possible.

So, for example, if I know in my heart of hearts or by the light of unaided reason that my true self is a manifestation of what my political party or my nation or humanity as a whole can or should be, the historical record reveals that it can be a short skip and jump before we find ‘the wise’ or ‘the party leaders’ or ‘the chosen few’ having to force the rest of us to be free to bring about the so-called ‘radiant tomorrow’. The history of the Soviet Union in the previous century has shown how potent this Rousseauian urge can be when it is coupled with the widespread, if tacit, belief that the genuine goals of all rational human beings must fit into a single, universal and all-embracing system, a kind of cosmic jigsaw where everything, or at least everything worthwhile, eventually finds its natural, preordained place and fits without remainder.
...
Isaiah Berlim, philosopher of the human by Johnny Lyons - edited by  Nigel Warburton

December 10, 2019

Notícias insuportáveis




Na Grécia, crianças refugiadas tentam suicidar-se para escapar às condições da vida nos campos.
A situação dos requerentes de asilo encurralados nas ilhas gregas é trágica e desumana nas palavras de Christos Christou, presidente internacional dos médicos sem fronteiras.

"As pessoas vivem em tendas, à chuva e na lama. O campo de Moria, em Lesbos, que devia ter 3.100 pessoas tem 9.000. As crianças tornam-se agressivas, deixam de comer, de brincar, algumas voltam a fazer xixi na cama com 10, 12 e 14 anos. As crianças mutilam-se. Há uma casa-de-banho para 65 pessoas, um duche para 90. Isto não é uma catástrofe natural como uma epidemia. É uma escolha política da União Europeia que obriga as pessoas a viver nestas circunstâncias."

Não foi para isto que se construiu a União Europeia. Uma pessoa já não se reconhece nesta Europa.

"La situation des demandeurs d'asile coincés sur les îles grecques est tragique, inhumaine", constate le Dr Christos Christou, le président international de Médecins Sans Frontières (MSF).

SOS Sado - dragagens não vão avançar para já




Justiça volta a parar dragagens no Sado
Depois de o Supremo ter chumbado uma providência cautelar, podendo os trabalhos ter início, tribunal de Almada aceitou providência cautelar e obra não avança esta quarta-feira, como anunciado.

Or not...




ottocentesca.
Dottrina dell'Architettura
Architetto David Napolitano

Keep it simple





























Gary Akers

Isto depende muito da quantidade de biscoitos com que o acompanhamos...




Those who drink tea regularly have healthier brains, research shows

O que pensa o secretário de Estado da educação e porque nunca terá solução para qualquer problema que seja




A meio da entrevista, quando a entrevistadora o confronta com factos como, falta de professores, más condições das escolas, etc., a resposta dele é: há escolas que têm esses problemas de falta de meios e recursos e, no entanto, são eficientes; ou seja, há escolas que fazem tudo sem recursos; logo, porque é que os outros não se prestam ao mesmo? Porque não são competentes, porque se fossem não olhavam às dificuldades e comiam o pão que o diabo amassou, se fosse preciso - como já o primeiro-ministro um dia disse, os professores têm é que motivar-se com os alunos e com mais nada.

Esta maneira de ver os outros (porque estas políticas não as querem eles para si mesmos) faz-me lembrar, salvo as devidas distâncias, mas a lógica é a mesma, uma história que Solzhenitsyn conta no 'Arquipélago do Gulag'. O grande líder Estaline e os outros chefes tinham como modo de conseguir aumentar a produção das fábricas sem subir salários ou melhorar a vida dos trabalhadores, fazer concursos entre eles. Por exemplo, qual é a fábrica de parafusos, que consegue bater o record de produzir 250 parafusos numa hora que pertence ao camarada x da fábrica y? Havia sempre uns sicofantas que só para aparecerem numa fotografia com um dos chefes e poderem almejar a uma hipotética migalha, se prestavam a bater o record e passavam-no para 300 parafusos por hora, por exemplo. A partir daí, todos que estivessem abaixo de 300 parafusos era castigados com diminuição de salário, pois se uns podem, os outros também podem ou, se não podem, é porque são incompetentes e não merecem mais.

Percebemos claramente que é isso que ele quer dos professores: que calem e comam o que houver, sem queixas.

É, aliás, esse espírito evangélico de auto-flagelação que diferencia os professores competentes. Porque a única liberdade que se dá às escolas é a de inventarem modos de poupar dinheiro. Para além disso, a mão do secretário de Estado é que manda e todos os princípios de boa práticas se podem sacrificar, como se viu na greve de há dois anos,se estiver em causa a obediência que lhe devem.

O exemplo que ele dá é uma evidência disso. Numa escola foram competentes porque pouparam nas horas de DT e atiraram esse trabalho (de borla, quer dizer, sem tempo lectivo, calculo, com o argumento de serem poucos alunos) para cima de professores que muito certamente não tiveram opinião no assunto, desconjuntando as turmas em termos de dinâmica, unidade e eficiência.

Mas isso que interessa ao secreto de Estado...? Ele disso ele nem fala, quer dizer, da medida ser, ou não, um ganho pedagógico, que é a única coisa que interessa verdadeiramente... não fala porque não percebe do assunto, como aliás ele próprio o diz na entrevista, "quando soubemos que tinham acabado com o DT ficámos espantados porque sempre ouvimos dizer que o DT é importante". Ouviram dizer... pois o que ele sabe do trabalho das escolas é apenas o que lhe dizem e ouve dizer e ele rodeia-se de pessoas que lhe dizem o que ele quer ouvir. E que quer ele ouvir? Que numa escola agora produzem-se os mesmos 200 parafusos mas com menos trabalhadores ou, até, que passaram a produzir 300. Ora, se uns podem, porque é que os outros incompetentes não podem?

Para além de poupar dinheiro e professores (porque carrega com mais turmas cada professor), acabar com o DT ainda tem o mérito, calculo, de apagar uma estrutura intermédia (o DT) e ficar tudo mais directamente dependente do director que, por sua vez, depende dele, secretário, para impor com mais força e menos resistência a sua ideologia.

É por isso que nada será resolvido, nunca, por ele: porque ele pensa que o único problema da educação são os professores e a sua falta de espírito de sacerdócio.

Por acaso, todos que damos aulas há um tempo, sabemos que o DT é uma peça fundamental no trabalho que uma turma consegue fazer, não só quantitativa, mas qualitativamente, também. E sabemos, nas escolas, quem são os DT com quem queremos trabalhar e quem são os outros DTs de cujas turmas fugimos, se pudermos, porque o modo como o DT mantém uma turma orientada, focada, com respeito pelos professores e ao mesmo tempo mantém os pais também focados no trabalho dos filhos em vez de se focarem em conflitos, faz de umas, turmas positivas e de aprendizagem e, de outras, turmas negativas de acumulação de conflitos de todos com todos.

Mas isto sou eu a falar... que sei eu de trabalhar numa escola com alunos, pais e de direcções de turma...? Quem sabe é ele na sua vasta experiência de trabalhar nas escolas com alunos e pais.

Se numa turma, cada professor ficar responsável por 10 alunos e seus encarregados de educação, passa a haver grupos dentro da própria turma e multiplicam-se as probabilidades de conflito entre alunos, entre pais e no próprio conselho de turma (que é o orgão, por excelência, da colaboração inter-pares para o benefício dos alunos), porque cada professor tem o seu estilo de exercer a orientação/coordenação de alunos e pais. Isto é o oposto de qualquer pedagogia positiva. Não digo que não possa resultar num caso qualquer particular em condições especiais numa escola qualquer mas alargar uma prática destas seria o desastre em termos de clima de escola, um factor que tanto afecta os alunos.

É evidente que em vez de acabar com a DT, se querem que cada DT tenha menos alunos para orientar, o que me parece bem, o que se deve fazer não é partir a unidade da turma mas diminuir o número de alunos por turma... ficava o DT com menos alunos e mais margem de eficiência sem se comprometer a unidade da turma e do seu conselho de professores. Mas é claro que isso nunca será feito porque implica custos e a educação existe para ser o cofre socrático do Costacenteno.

É por isso que nunca nada há-de ser resolvido por esta equipa, em quem o secretário manda depois da outra ter saído: porque a ideia que ele tem dos problemas da educação é os professores serem incompetentes e não estarem todos dispostos (como muitos directores e seus satélites completamente aminhocados) a bater o record dos 300 parafusos.


E se-as-escolas-deixassem-de-ter-diretor-de-turma

A Leitão vai oferecer uma esmolinha aos professores às ordens do Costacenteno




O Centeno, com o acordo óbvio do primeiro-ministro, mandou a ceifeira-mor, esta fulana cheia de vaidade como, aliás, também os outros dois e de competência meramente destrutiva, negociar a subida de salários em...  0%... isto é a gozar?? Dá vontade de os mandar àquela parte...
E ainda, mandar professores que estão, na maioria, no 4º e 5º escalão ou por aí, quer dizer, a meio da carreira que esta própria ajudou a destruir, para a pré-reforma, a receber menos do que 25% do salário (o ordenado mínimo ou menos, uma esmolinha) para depois chegarem à reforma com o salário mínimo... conhecendo como conhecemos estes três da vida airada, este será o objectivo desta palhaçada, onde os palhaços somos nós que pagamos a vidinha destes incompetentes pseudo-esquerdistas e dos primos todos que têm por aí.


Pré-reforma facilitada para os professores

Governo vai definir critérios mais objetivos para permitir a efetivação da pré-reforma de docentes e outras carreiras em 2020.






... na suspensão da prestação do trabalho, o montante inicial da prestação é fixado por acordo entre o empregador público e trabalhador e pode variar entre 25% e 100% do ordenado-base.

As novas regras poderão reduzir este intervalo do salário a pagar na pré-reforma,
para permitir a efetivação desta medida em 2020. Na reunião de segunda-feira com os sindicatos, estiveram presentes Alexandra Leitão e José Couto, secretário de Estado da Administração Pública, mas na reunião de amanhã estará já secretário de Estado do Orçamento, João Leão.

Esta quarta-feira, o Governo apresentará a proposta de atualização dos salários em 2020: a intenção é atualizar os ordenados com base na taxa de inflação de 0,4% prevista para este ano.