Showing posts with label refugiados. Show all posts
Showing posts with label refugiados. Show all posts

November 08, 2023

Alguém se lembra de como os países vizinhos da Ucrânia receberam refugiados?

 


Alguém se lembra de como os muçulmanos criticaram os europeus dizendo que, se fossem refugiados muçulmanos ou negros, não tinham sido recebidos? Agora, que há refugiados de guerra de Gaza, quantos países muçulmanos abriram as fronteiras para receber refugiados de Gaza? Quantos refugiados de Gaza foram acolhidos pelas populações vizinhas?


October 17, 2023

"Falar da Arménia, uma questão de justiça"



Falou-se pouco do desastre humanitário dos arménios que tiveram de fugir de Nagorno-Karabakh.


Falar da Arménia, uma questão de justiça

Margarita Correia

Arménia é um país da Ásia Ocidental, delimitado a norte pela Geórgia e, no sentido horário, por Azerbaijão, Irão e Turquia. Foi independente entre 1918 e 1922; entre 1922 e 1991, foi uma República Socialista e Soviética. Atualmente, a Arménia é um país independente. Entre o séc. XVI e 1918, a Arménia fez parte do Império Otomano, sob cujo domínio sofreu um primeiro genocídio, entre 1894 e 1896, no qual terão morrido mais de 300 mil arménios, e um segundo, considerado o primeiro grande genocídio do séc. XX, a partir de 1915, causando a morte de mais de um milhão e meio de arménios e a fuga de muitos outros. Estes assassínios em massa não foram até hoje reconhecidos pela Turquia como genocídio, apesar de 29 países (como Alemanha, França e Estados Unidos) o terem vindo recentemente a fazer, assim como ONU e a UE. O termo "genocídio" foi cunhado por Raphael Lemkin, em 1943, com base nestes massacres.

Da longa e complexa História da Arménia é impossível falar em pouco espaço, mas ela é tão rica e fascinante que merece estudo e reflexão. Destacaremos que a Arménia foi o primeiro país do mundo a adotar o cristianismo como religião oficial, em 301 e que, embora hoje seja um estado laico, a sua população segue maioritariamente a Igreja Apostólica da Arménia. A população tem vindo a decrescer significativamente e, dados preliminares do censo de 2022 situam-na nos 2 689 438 habitantes. No entanto, estima-se que a diáspora arménia, presente em mais de 100 países, seja de mais de oito milhões de pessoas, sobretudo na Rússia, Estados Unidos, França e Geórgia, mas também nos Balcãs, Europa Ocidental e antigas repúblicas soviéticas da Ásia.

A língua arménia constitui um ramo independente da família das línguas indo-europeias. A origem do arménio perde-se na noite dos tempos, mas os seus primeiros vestígios estão datados do IV milénio a.C. Em 405, São Mesrobes Mastósio criou o alfabeto arménio, constituído por 36 carateres, em uso até hoje, que constitui um dos grandes símbolos nacionais do povo arménio. A língua arménia moderna apresenta duas variedades linguísticas estandardizadas, mutuamente inteligíveis: o arménio oriental, que constitui a língua oficial da Arménia e é também falado na Geórgia, e o arménio ocidental, outrora dominante, que é hoje falado por pequenas comunidades na Turquia, Síria, Líbano, assim como pela diáspora, constituindo uma língua ameaçada.

Embora a sociedade portuguesa muito deva a um senhor chamado Calouste Sarkis Gulbenkian (arménio nascido em 1869 (em Uscudar, perto de Istambul, então parte do Império Otomano) e à Fundação que nos legou, em Portugal o silêncio sobre a Arménia, a sua história, cultura e língua é ensurdecedor. A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) teve, no final da década passada, cursos presenciais de língua e cultura arménia, mas cancelou-os em 2021, anunciando no seu site oficial, cursos assíncronos online, de oito ou 16 semanas, fornecidos pelo Armenian Virtual College, a começar no primeiro semestre de 2022. Coincidência ou não, estes cursos começaram ao mesmo tempo que António Feijó, antigo diretor da FLUL, se tornou presidente da Fundação Calouste Gulbenkian. Atualmente, quem quiser estudar presencialmente língua e cultura arménias terá de o fazer na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (UNL).

Oxalá a Arménia deixe de ser falada só por causa de desgraças, como o recente êxodo da população de Nagorno-Karabakh, e se torne assunto interessante entre nós. Seria no mínimo justo.
Estima-se que a diáspora arménia, presente em mais de 100 países, seja de mais de oito milhões de pessoas."


September 29, 2021

Coisas boas

 


Uma família que ajudou Snowden a esconder-se quando fugia dos americanos teve autorização de asilo no Canadá.


March 09, 2020

Receber refugiados menores desacompanhados é o mínimo dos mínimos



Resta ver se não seguem o percurso dos miúdos e eles acabam em redes de pedófilos e traficantes. Já muitos refugiados menores entraram no país e desapareceram sem deixar rasto.

Cinco países da UE vão acolher menores desacompanhados dos campos de refugiados gregos. Portugal é um deles
Nos próximos dias os países anunciam a sua capacidade de acolhimento.

Correcto mas incompleto



Faltam aqui os EUA (a observar impávidos enquanto capitalizam petrodólares/petroeuros), que foram quem desencadeou esta crise de refugiados com a invasão do Iraque e tudo o que se lhe seguiu.












By Joep Bertrams

December 10, 2019

Notícias insuportáveis




Na Grécia, crianças refugiadas tentam suicidar-se para escapar às condições da vida nos campos.
A situação dos requerentes de asilo encurralados nas ilhas gregas é trágica e desumana nas palavras de Christos Christou, presidente internacional dos médicos sem fronteiras.

"As pessoas vivem em tendas, à chuva e na lama. O campo de Moria, em Lesbos, que devia ter 3.100 pessoas tem 9.000. As crianças tornam-se agressivas, deixam de comer, de brincar, algumas voltam a fazer xixi na cama com 10, 12 e 14 anos. As crianças mutilam-se. Há uma casa-de-banho para 65 pessoas, um duche para 90. Isto não é uma catástrofe natural como uma epidemia. É uma escolha política da União Europeia que obriga as pessoas a viver nestas circunstâncias."

Não foi para isto que se construiu a União Europeia. Uma pessoa já não se reconhece nesta Europa.

"La situation des demandeurs d'asile coincés sur les îles grecques est tragique, inhumaine", constate le Dr Christos Christou, le président international de Médecins Sans Frontières (MSF).