August 27, 2024

A voz humana




Vinny Marchi and Bobby Bass


Nadia Nadim

 

Masih Alinejad e Kosar Eftekhari, a rapariga a quem o Estado Islâmico iraniano tirou um olho por não usar o pano na cabeça

 

As raparigas e mulheres ucranianas têm muita bravura e sabem exactamente o que querem.


O Hamas é o braço armado do ISIS na Palestina

 


As mulheres afegãs devem a Guterres o endurecimento das suas condições de escravatura




Todos nos lembramos de Guterres dizer que ia para a ONU para defender os direitos das mulheres. Só que tem feito o oposto. Tem apoiado os estados islâmicos contra as mulheres. Há dois meses aceitou que a conferência sobre o Afeganistão excluísse as mulheres e não se referisse ao assunto dos direitos das mulheres, condições exigidas pelos talibãs a quem obedece. Passados dois meses os talibãs endureceram as condições de escravidão das mulheres. Agora nem sequer podem comunicar em público. Se a voz das mulheres for ouvida fora de casa são punidas. Os talibãs são esclavagistas terroristas. De cada vez que no Ocidente apaziguam terroristas, eles escalam os termos do terrorismo e a violência - veja-se Putin. 
Pessoalmente considero Guterres responsável pela escalada do terrorismo contra as mulheres em vários países islâmicos e ainda pela descredibilização das Nações Unidas. Quando ouço que o PS quer o nome dele para Presidente da nossa República até me dá vómitos e espero que ele tenha a decência de não aceitar. E já devia ter-se demitido do lugar que ocupa, nomeadamente depois de se descobrir que a ONU é um ninho de terroristas do Hamas.

Os talibãs têm que ser apanhados com mandatos de captura do TPI e não recebidos com honras pela ONU e Guterres não percebe isto.

Maryam Marof Arwin, uma destacada ativista dos direitos das mulheres e líder do movimento Purple Saturdays, condenou veementemente as recentes acções dos Talibãs. Segundo ela, os Talibãs estão a utilizar o pretexto da aplicação da Sharia para justificar as numerosas atrocidades e crimes contra a humanidade que cometeram desde o seu regresso ao poder no Afeganistão, há três anos.



A traição das mulheres afegãs na conferência da ONU para apaziguar os talibãs


Grupo de homens afegãos exige que a participação afegã na reunião de Doha sobre o Afeganistão, deste mês, (Junho de 2024) seja limitada aos homens e que os direitos das mulheres sejam excluídos da agenda.

A exclusão das mulheres afegãs da próxima conferência da ONU sobre o Afeganistão seria uma “traição” às mulheres e raparigas do país, afirmam grupos de defesa dos direitos humanos e antigos políticos.

Os talibãs terão exigido que nenhuma mulher afegã seja autorizada a participar na reunião da ONU em Doha, a partir de 30 de junho, criada para discutir a abordagem da comunidade internacional ao Afeganistão. Também exigiram que os direitos das mulheres não estejam na ordem do dia.

Desde que tomaram o poder no Afeganistão, em agosto de 2021, os talibãs restringiram o acesso das mulheres à educação, ao emprego e aos espaços públicos. Em março, foi noticiado que iriam reintroduzir a flagelação pública e o apedrejamento de mulheres por adultério.

Os talibãs não participaram nas conversações da ONU no início deste ano, tendo o chefe da ONU, António Guterres, afirmado na altura que o grupo apresentou um conjunto de condições para a sua participação que “nos negavam o direito de falar com outros representantes da sociedade afegã” e que eram “inaceitáveis”.

Tirana Hassan, diretora executiva da Human Rights Watch, afirmou “Ao excluir as mulheres, corre-se o risco de legitimar os abusos dos Talibãs e de provocar danos irreparáveis na credibilidade da ONU enquanto defensora dos direitos das mulheres e da sua participação significativa”.

Ao tentar trazer os Talibãs para a mesa das negociações, a ONU está a ceder às suas exigências de exclusão dos direitos das mulheres, afirmou a antiga ministra afegã dos assuntos das mulheres, Sima Samar.

“Esta situação é uma submissão indireta à vontade dos Talibãs. A lei, a democracia e a paz duradoura não são possíveis sem a inclusão de metade da população da sociedade, que é constituída por mulheres. Não creio que tenhamos aprendido nada com os erros do passado.

“Como uma das principais mudanças, o povo do Afeganistão deve protestar contra a discriminação, especialmente contra as mulheres. Porque não se trata apenas de um problema das mulheres, mas de um problema de todas as famílias e de todos os pais, irmãos, filhos e maridos”, afirmou Samar

Habiba Sarabi, outra antiga ministra dos assuntos das mulheres no Afeganistão e a primeira governadora do país, afirmou que a comunidade internacional estava a dar prioridade ao envolvimento com os Talibãs em detrimento dos direitos das mulheres.

“Infelizmente, a comunidade internacional quer lidar com os Talibãs e é por isso que a sua própria agenda sempre foi mais importante do que as mulheres do Afeganistão, a democracia ou qualquer outra coisa”, afirmou.

Heather Barr, da Human Rights Watch, disse: “O que está a acontecer no Afeganistão é a crise mais grave dos direitos das mulheres no mundo e a ideia de a ONU convocar uma reunião como esta e não discutir os direitos das mulheres e não ter mulheres afegãs na sala é inacreditável.

“A única explicação plausível é que estão a fazer isto para levar os Talibãs a sentar-se à mesa das negociações, mas para quê? Três anos de empenhamento diplomático já não produziram nada e tudo o que isto faz é criar um precedente terrível, encorajar e legitimar os Talibãs e dar-lhes uma enorme vitória política. É uma traição não só às mulheres afegãs, mas a todas as mulheres do mundo”.

A ONU foi contactada para comentar o assunto, mas em resposta a uma pergunta sobre o envolvimento de representantes da sociedade civil afegã, terá dito que os preparativos para a conferência estavam a decorrer.


Atropelar peões na passadeira aqui nesta terra é um desporto local

 


Agora ia sendo passada a ferro por um carro mesmo em frente ao hospital. Isto é o pão nosso de cada dia. Há um par de meses ia a caminho do mercado, parei antes de me meter na passadeira -como faço sempre- e o carro mais perto de mim, que era um carro da polícia, abrandou e fez-me sinal para passar. Começo a passar e o carro da faixa contrária, deve ter pensado que tinha tempo de passar antes de eu lá chegar e acelerou para cima de mim. Só travaram porque a polícia deu-lhes uma apitadela valente. Então então lá pararam para me deixar completar a passadeira, mas nem desculpe nem nada. Se não estivesse ali a polícia tinham-me morto. Atropelar peões na passadeira aqui nesta terra é um desporto local. No ano passado uma funcionária da escola foi atropelada na passadeira perto da escola. Nem o facto de ser perto de uma escola os faz parar e todos os anos há ali atropelamentos.

🇺🇦 Se a Rússia ainda acredita que pode ganhar é porque os EUA e a Alemanha não apoiam a Ucrânia como é preciso

 


Os russos estão sossegados na sua terra a viver as suas vidinhas porque a guerra não chega lá e eles estão-se nas tintas para que os ucranianos morram todos. 


Mais um inútil filho de um pai que nos há-de sorver os dinheiros públicos para fazer vidinha



A ascensão política e mediática de Pedro Tadeu Costa

Vejamos o currículo. Pedro Costa tem 34 anos e foi presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, que venceu por 25 votos em 2021. Saiu em Abril, antes do final do mandato, por entender que era “tempo de fechar um ciclo”. Abandonou o cargo para que foi eleito dando a entender que Carlos Moedas estava a prejudicar a freguesia por ele ser filho de quem era – e entrou pela porta grande no sector privado, como director-geral do grupo de comunicação GCI, um desafio que abraçou “com muito entusiasmo”. O entusiasmo não durou: três meses depois já está a assinalar o seu desejo de regressar à política autárquica em 2025.

Pedro Tadeu Costa não foi secretário de Estado, não foi deputado, não foi sequer chefe de gabinete. Foi presidente de junta e saiu antes do fim do mandato. É director de um grupo privado e mal entrou está a dizer que quer sair. Isto não é currículo que justifique a atenção que a comunicação social lhe dedica. Não justifica as entrevistas individuais. Não justifica os espaços de comentário. E não justifica que se leve a sério que Pedro Costa seja, como o Expresso noticiou, um dos nomes equacionados pelo PS, a par de Alexandra Leitão e Mariana Vieira da Silva, para concorrer contra Moedas em Lisboa.

“É sempre simpático ver que há um crédito na opinião pública associado às minhas hipóteses para a vida autárquica”, disse Pedro Costa ao Observador. Só que não há crédito nenhum, e a opinião pública não tem nada a ver com isto. O que há, isso sim, é a criação de uma nova personagem política por osmose familiar – o rei António partiu para terras distantes e deixou-nos o príncipe Pedro –, com a comunicação social eternamente fascinada com a Monarquia Socialista Portuguesa, e sempre disponível para a promover. O país continua a ter Casa Real. Só não é a de Bragança.

JMT in publico.pt

Acerca da falta de professores: pôr os pontos nos is

 


O envelhecimento dos profissionais de educação, a pouca atractividade da carreira e os custos de deslocação e habitação, fez com que, de ano para ano, aumentassem os casos de escolas com dificuldades em encontrar professores para preencher os horários.

publico.pt

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Não há falta de professores. Andam por aí quase 30 mil professores formados e com especialização para o ensino. Estão a trabalhar em empresas. Trabalham em informática, estão em empresas de publicidade, estão a trabalhar em imobiliárias e em outros sítios. São os cerca de 30 mil professores, na época contratados, que Crato despediu nos anos da troika com o argumento de que em cinco ou 10 anos não haveria jovens a estudar em Portugal. Como se tivéssemos decidido que em dez anos deixávamos de existir como país... é o que dá pôr gente que não pensa à frente dos cargos.

Portanto, eles existem e andam por aí, só que não voltam para o ensino porque melhoraram de salário e de vida. Ontem li no jornal que segundo esta nova tutela, cativar professores não tem que ver com salário mas com mostrar a importância da carreira. Esta afirmação mostra bem a incompreensão do problema.

A carreira de professor dos Liceus, como se dizia antes, tinha importância e prestígio porque não estava massificada e era uma carreira onde os docentes podiam desenvolver actividade intelectual e criativa. Muitos escritores e artistas portugueses eram professores de escolas públicas: Irene Lisboa, Damião Peres, Pedro Homem de Melo e Vergílio Ferreira, só para citar alguns.

Esses eram tempos em que a actividade dos professores era uma actividade apenas docente com mais uma ou outra actividade escolar. Os professores tinham duas ou três turmas e muito tempo livre para estudar, escrever, investigar, criar. Há muitas colecções de livros de historia, de literatura, ensaios, etc. do século XX, muitos boas e difíceis de encontrar, escritas por professores de escolas. Muitos artistas plásticos eram professores. Hoje em dia seria impossível. Os professores têm trabalho até ao pescoço, estão soterrados em burocracias e em métricas de tudo e mais alguma coisa, em escolas transformadas em fábricas de 'dar aulas', fazer babysitting e entregar certificados. Não é só cá. Quando olhamos para França, por exemplo, os grandes nomes da Filosofia do século XX, foram quase todos professores de Liceus. Hoje-em-dia? Zero.

Portanto, a importância e o prestígio da profissão não se afirmam por decreto. Existiam na sequência do trabalho intelectual, de investigação e artístico que os professores faziam e quando o ME diz que vai recuperar o prestígio e a importância da profissão fala de modo inconsequente. Há muitos professores nas escolas, já com alguma idade, que escrevem, têm obras publicadas, faziam investigação, têm obra no domínio das artes plásticas: da fotografia, da cenografia, da escultura, etc. Agora? Zero.

Isto que se passa nas escolas, está já desde há uns anos a fazer o seu percurso nas universidades, onde os novos professores contratados têm trabalho até ao pescoço, excesso de aulas, obrigação de publicar, nem que sejam porcarias ou o mesmo trabalho superficial escrito em dez versões diferentes, todos os 3 meses: Qualquer um que leia trabalhos de mestrado e doutoramento apercebe-se da quantidade de publicações que são de baixo nível. Não porque os professores não tivessem capacidade para mais, mas porque não os deixam: os reitores querem é ter cada vez mais alunos a pagar propinas de mestrados e doutoramentos e para ter o ensino superior massificado tem de se baixar o nível dos alunos, das aulas, da investigação e dos professores. 

Hoje-em-dia seria impossível haver um Kant, que esteve 10 anos sem publicar, enquanto pensava e preparava as Críticas e os 100 livros que se lhe seguiram - ou um Newton ou um Higgs e muitos outros às dezenas, que tinham licenças sabáticas e tinham poucas aulas para terem tempo de investigar com profundidade e produzir trabalho significante.

A proletarização das profissões tem custos. Quando comecei a trabalhar os professores podiam tirar uma licença sabática por dois anos para fazer um mestrado, quando os mestrado era a sério. Agora vão ter até dez horas extraordinárias em cima do excesso de trabalho que já têm. 

Portanto, repito: quando o ME diz que vai recuperar o prestígio e a importância da profissão em vez de valorizar economicamente a carreira, fala de modo inconsequente porque a única valorização possível actualmente é mesmo a económica. A outra dependeria de criar condições que nem nas universidades já existem.

É tudo uma pena. Quando comecei a trabalhar, nos anos 80 do outro século, estávamos nesta situação de ter excesso de alunos e falta de professores: tive horários com 24 horas lectivas, só com turmas; tive turmas de 45 alunos; tive colegas que tinham acabado o 11º ano, no ano anterior e estavam a ensinar a turmas do secundário, etc. Milhares de alunos foram sacrificados nessa caldeirada trituradora e caos. Durante 20 anos, fez-se um enorme esforço para resolver o problema e resolveu-se. Aí pelo ano 2003, 2004, era muito difícil entrar na carreira de professor ou até conseguir uma colocação de professor provisório e entravam nas escolas apenas os que estavam no topo das listas de espera: professores com notas de licenciatura muito altas, com mestrados, já começavam a entrar com doutoramentos. Os alunos que saiam das escolas e depois das universidades eram muito bem vistos no estrangeiro e todos os queriam. Depois veio a burra da Lurdes Rodrigues que se gabou de sacrificar a carreira dos professores para poupar dinheiro - é o que dá pôr gente que não pensa à frente dos cargos e deixá-las destruir um capital que foi tão difícil de construir. Daí até hoje foi sempre a descambar até esta catástrofe actual. 

Estamos outra vez nos anos 80 do século passado mas com problemas maiores, como o dos alunos imigrantes cuja língua não é o português, problemas de integração cultural, problemas de indisciplina, problemas de ansiedade e depressão por conta da falta de perspectivas de emprego, da falta de dinheiro para tirar um curso superior, para alugar uma casa, etc. Muitos milhares de alunos vão novamente ser sacrificados nesta nova trituradora de caos. E não é que não haja professores. Eles existem, andam por aí a trabalhar, mas nem mortos voltarão a esta escola.

Soluções

 


Na Coreia do Sul, a água da chuva é armazenada para posteriormente limpar as ruas e regular a sua temperatura através de um sistema hidráulico.



AngoUniverso

Acordar no planeta

 


Costa da Namíbia

AngoUniverso



August 26, 2024

Just saying

 




🇺🇦 Isto não é o metro de Londres durante o Blitz de 1940

 


É o metro de Kyiv hoje mesmo, durante o ataque de mísseis da Rússia a civis. O que andam Biden e Kamala a fazer que não vêem isto? Ou não tem importância por não serem americanos?



@IneBackIversen

🇺🇦 Rebentem com tudo o que armazena e transporta petróleo até não terem nem uma gota para fazer andar um carro

 

Porque as reticências dos alemães e dos americanos em dar ok a que os ucranianos atinjam bases militares russas na Rússia está na esperança de voltarem a ter, os alemães gás e petróleo de borla e os americanos, abundância de petróleo e dinheiro para os parceiros americanos dos russos que devem ser legião.


🇺🇦 Não sei quem é este Merz mas já gosto dele

 


Mariska den Eelden 🇪🇺🇳🇱

@eeldenden

Friedrich Merz, que irá suceder a Scholz no próximo ano, anunciou que irá entregar mísseis Taurus e pôr fim aos ataques contra civis e infra-estruturas ucranianas. O alcance para já é confidencial, mas os Taurus podem atingir os centros de comando em Moscovo. Isto é que é dissuasão! 

O que faz Biden não apoiar a Ucrânia? Palavras só não chegam

 




Estratégias de descredibilizar um jornal

 

A justiça francesa acusa o dono da aplicação Telegram de promover uma insuficiente política de moderação dos conteúdos publicados na aplicação. Mas a detenção de Pavel Durov levanta questões mais abrangentes, como a da liberdade de expressão na Internet

“Pavel Durov deixou a Rússia quando o governo tentou controlar a sua empresa de redes sociais, o Telegram. Mas, no final, não foi Putin que o prendeu por permitir que o público exercesse a liberdade de expressão”, escreveu na rede social X o apresentador e comentador conservador norte-americano Tucker Carlson. “Foi um país ocidental, aliado da Administração Biden e membro entusiasta da NATO, que o prendeu.”
Expresso in https://expresso.pt/internacional/-fundador-do-telegram-foi-detido-em-paris-quem-e-pavel-durov-porque-foi-preso-e-que-tem-isto-a-ver-com-liberdade-de-expressao-
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Publicar uma notícia deixando de fora a parte que contraria o título populista de estarem a matar a liberdade de expressão, para criar polémica. Pavel Durov foi preso por permitir que a rede Telegrama esteja inundada de material pedopornográfico que tem sido usado por criminosos pedófilos. Ora, há leis que proíbem a publicitação de material pedófilo. Portanto, é disso e não de violar a liberdade de expressão, que ele foi acusado.

O coração acelerado

 


Acabo de sentir aqui um terramoto. Foi forte. Abanou tudo.


August 25, 2024

Elol comprou o Twitter com dinheiro de filhos de oligarcas russos sancionados, ligados a Putin




A questão é: com que intenção o comprou? Fazer a propaganda de Putin, minar a oposição ucraniana, fazer a campanha por Trump e minar os adversários? 


Um fundo de investimento ligado aos filhos dos oligarcas russos Petr Aven e Vadim Moshkovich ajudou Elon Musk a adquirir o Twitter, agora com o nome X.

A revelação é feita por um documento do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia, segundo o The Washington Post.

Em 2022, Musk finalizou a compra do Twitter por uns impressionantes 44 mil milhões de dólares, com a ajuda de uma variedade de instituições financeiras, bancos e fundos. Entre os investidores identificados em 2024 através de divulgações obrigatórias pelo tribunal, a empresa de capital de risco 8VC destaca-se como um dos 100 maiores apoiantes da aquisição. 

A 8VC, um fundo sediado nos EUA, inclui entre os seus membros os filhos dos oligarcas russos Aven e Moshkovich, ambos objeto de sanções ocidentais devido às suas associações com a elite política russa. Segundo a Forbes, o 8VC investe em empresas que cumprem contratos com o Departamento de Defesa dos EUA e a NATO.

As figuras-chave por detrás do 8VC

Vadim Moshkovich e Petr Aven são figuras proeminentes no panorama empresarial e político da Rússia. Moshkovich fez fortuna no sector agrícola da Rússia, fundando a Rusagro, uma das maiores empresas de agronegócio do país. Também foi membro do Conselho da Federação, a câmara alta do parlamento russo, de 2006 a 2014. No entanto, os seus laços com o governo russo tornaram-no alvo de sanções por parte da União Europeia, impostas em resposta à guerra da Rússia na Ucrânia.

Petr Aven, outro oligarca proeminente, é o presidente do Grupo Alfa, um dos maiores consórcios financeiros e industriais da Rússia. Tal como Moshkovich, Aven tem sido alvo de sanções ocidentais, devido à sua estreita relação com o regime russo. Ambos os filhos, Jack Moshkovich e Denis Aven, obtiveram sucesso nos Estados Unidos, trabalhando para a 8VC, apesar das ligações dos pais à elite russa. 

De acordo com a Forbes, Jack Moshkovich juntou-se ao fundo de capital de risco em 2018, após o que obteve residência permanente nos EUA em 2024. Denis Aven entrou para o fundo em 2022, depois de inicialmente ter enfrentado dificuldades em conseguir emprego devido à inclusão do seu pai nas listas de sanções ocidentais.

Uma parceria polémica

Joe Lonsdale, o fundador da 8VC, defendeu a sua decisão de contratar Jack Moshkovich e Denis Aven, sublinhando que foram contratados com base nas suas capacidades profissionais e não nos seus laços familiares. Lonsdale declarou que, apesar dos antecedentes controversos dos seus pais, nem Jack nem Denis estão envolvidos nos negócios dos pais ou em assuntos políticos na Rússia.

Lonsdale desenvolveu esta questão numa publicação no X (antigo Twitter), explicando que Jack Moshkovich não estava envolvido no império agrícola do pai. Sugeriu que mesmo os oligarcas na Rússia têm por vezes de interagir com o governo, independentemente das suas opiniões pessoais, devido à natureza dos negócios no país.

Também abordou a controvérsia em torno do emprego de Denis Aven, revelando que Denis tinha inicialmente planeado trabalhar para uma empresa privada, mas que essa empresa retirou a sua oferta depois de descobrir o estatuto de sanções do seu pai. A Lonsdale, depois de consultar os seus mentores e de refletir sobre a sua relação de longa data com Jack, decidiu contratar Denis apesar destas preocupações.

Ao defender as suas práticas de contratação, Lonsdale descreveu Jack Moshkovich como uma “superestrela” e expressou confiança nas capacidades de Denis. De acordo com Lonsdale, ambos os jovens construíram as suas carreiras independentemente dos legados controversos dos seus pais na Rússia.

As sanções e o impacto nas empresas

A presença de Jack Moshkovich e Denis Aven num importante fundo de investimento americano levanta questões sobre a extensão da influência russa nos círculos financeiros ocidentais, particularmente no sector tecnológico. Ambos os jovens estão ligados a oligarcas que foram sancionados devido à guerra que a Rússia está a travar na Ucrânia, um conflito que tem vindo a criar tensões nas relações entre a Rússia e o Ocidente e que resultou em numerosas restrições económicas contra indivíduos e empresas russas.

No entanto, como sugerem as declarações de Lonsdale, estas ligações familiares não desqualificam necessariamente os indivíduos de participarem em empreendimentos comerciais ocidentais. A defesa de Lonsdale baseia-se no argumento de que os indivíduos devem ser julgados pelos seus próprios méritos e não apenas pelas acções dos seus familiares.

O quadro geral

O envolvimento da 8VC, com o seu pessoal ligado à Rússia, na aquisição do Twitter por Elon Musk suscitou interesse devido ao crescente escrutínio da influência russa nos mercados globais. Tendo em conta as sanções ocidentais, que visam isolar as elites russas e limitar o seu acesso às redes financeiras ocidentais, a presença dos filhos de Aven e Moshkovich numa grande empresa de investimento americana levanta questões éticas e geopolíticas.

O acordo Musk-Twitter foi, por si só, uma grande história empresarial, com a liderança controversa de Musk na plataforma e as suas mudanças radicais a fazerem manchetes em todo o mundo. No entanto, esta nova revelação sobre o apoio financeiro russo acrescenta uma nova camada de complexidade, especialmente numa altura em que as nações ocidentais procuram reduzir o poder e a influência dos oligarcas russos.

Musk, que afirmou que a plataforma era um instrumento fundamental para a liberdade de expressão, enfrenta agora um potencial escrutínio pela sua associação, ainda que indireta, com interesses oligárquicos russos.


eutoday.net

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Representative of Ukraine's Defense Intelligence Yusov: Kyiv has developed a plan to de-occupy Crimea and destroy the Crimean Bridge.