August 27, 2024

Mais um inútil filho de um pai que nos há-de sorver os dinheiros públicos para fazer vidinha



A ascensão política e mediática de Pedro Tadeu Costa

Vejamos o currículo. Pedro Costa tem 34 anos e foi presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, que venceu por 25 votos em 2021. Saiu em Abril, antes do final do mandato, por entender que era “tempo de fechar um ciclo”. Abandonou o cargo para que foi eleito dando a entender que Carlos Moedas estava a prejudicar a freguesia por ele ser filho de quem era – e entrou pela porta grande no sector privado, como director-geral do grupo de comunicação GCI, um desafio que abraçou “com muito entusiasmo”. O entusiasmo não durou: três meses depois já está a assinalar o seu desejo de regressar à política autárquica em 2025.

Pedro Tadeu Costa não foi secretário de Estado, não foi deputado, não foi sequer chefe de gabinete. Foi presidente de junta e saiu antes do fim do mandato. É director de um grupo privado e mal entrou está a dizer que quer sair. Isto não é currículo que justifique a atenção que a comunicação social lhe dedica. Não justifica as entrevistas individuais. Não justifica os espaços de comentário. E não justifica que se leve a sério que Pedro Costa seja, como o Expresso noticiou, um dos nomes equacionados pelo PS, a par de Alexandra Leitão e Mariana Vieira da Silva, para concorrer contra Moedas em Lisboa.

“É sempre simpático ver que há um crédito na opinião pública associado às minhas hipóteses para a vida autárquica”, disse Pedro Costa ao Observador. Só que não há crédito nenhum, e a opinião pública não tem nada a ver com isto. O que há, isso sim, é a criação de uma nova personagem política por osmose familiar – o rei António partiu para terras distantes e deixou-nos o príncipe Pedro –, com a comunicação social eternamente fascinada com a Monarquia Socialista Portuguesa, e sempre disponível para a promover. O país continua a ter Casa Real. Só não é a de Bragança.

JMT in publico.pt

No comments:

Post a Comment