Não resolve nada. Os russos têm as bases militares em Kursk? É daí que lançam os ataques como o de hoje...? O ataque de hoje deve-se aos telefonemas de Trump e de Scholz - espero que alguém lhes faça ver isso. Quanto a esta autorização para salvar a face in extremis, vem tarde e é pouco. Não resolve nada.
"I think that the United States has had an excessive fear of escalation on the part of Russia and as a result, has not provided sufficient weapons and given permission to use them in a fully effective way."
Hoje é difícil respirar. Estas belas almas - Yevhenia, Yaryna, Daria e Emilia Bazylevych - foram mortas pela Rússia em Lviv. E não, não é apenas Putin; são todos os russos que montam mísseis Kinzhal, que os lançam contra cidades adormecidas, que apoiam a guerra e que se mantêm em silêncio.
Estão lá descansados nas suas vidas a ver a guerra pela TV enquanto Biden e Scholz os protegem mais às suas armas. Uma lástima.
This is Ukrainian Pokrovsk today. As I visited it three weeks ago, it looked quite different. Damaged, but not eradicated. This is how @POTUS and @Bundeskanzler betrayed Ukraine. And: without thousands of donors, Pokrovsk would’ve fallen months ago. pic.twitter.com/Q0JRb2LjGA
Se Biden continuar a ignorar a Ucrânia ficará para a História como o presidente que algemou a Ucrânia enquanto estava a ser massacrada.
Today, during our meeting with Dutch Prime Minister, we focused our discussion on strengthening Ukraine’s air defense, including new air defense systems and the missiles for them. We also talked about F-16s for Ukraine and all the necessary weapons for our defense against the… pic.twitter.com/IYaUdV3aQY
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) September 2, 2024
É o metro de Kyiv hoje mesmo, durante o ataque de mísseis da Rússia a civis. O que andam Biden e Kamala a fazer que não vêem isto? Ou não tem importância por não serem americanos?
@ColbyBadhwar A administração Biden é obrigada por lei (5º Suplemento à Ucrânia) a apresentar ao Congresso uma estratégia pormenorizada que defina a forma como os Estados Unidos apoiarão a Ucrânia para derrotar a Rússia. A estratégia ainda não foi apresentada, mais de 10 semanas após o fim do prazo de entrega. O Congresso não está satisfeito.
“O 'apoio' da administração Biden-Harris à Ucrânia deu-lhe apenas o suficiente para sobreviver, mas não o suficiente para vencer”, disse o presidente do Comité dos Negócios Estrangeiros da Câmara @RepMcCaul numa declaração fornecida à Foreign Policy.
@SenatorWicker, membro do ranking do Comité de Serviços Armados do Senado,
Uma e outra vez, armas consideradas pela administração como demasiado provocadoras foram posteriormente fornecidas. Sem uma estratégia clara para a vitória na Ucrânia, a administração provavelmente continuará no mesmo caminho, prolongando a guerra de agressão de Putin e sinalizando a fraqueza dos EUA para nossos outros adversários, incluindo a China comunista. Esta abdicação da liderança, combinada com inúmeras oportunidades perdidas para capitalizar os erros da Rússia no campo de batalha, custou vidas desnecessariamente e prolongou a guerra.
Todos os dias a Ucrânia demonstra que pode derrotar a invasão ilegal de Putin. É hora de o presidente tirar as algemas da nossa ajuda. O Congresso pode fornecer os fundos e a autorização, mas só o comandante-em-chefe pode preencher o atual vazio de liderança.Aqueles de nós que apoiam a ajuda à Ucrânia não o fazem cegamente. Desde os primeiros dias da guerra de Putin contra a Ucrânia, pedimos à Administração Biden-Harris uma estratégia sobre como os EUA e os nossos aliados podem ajudar a Ucrânia a vencer a guerra. O presidente Biden e o vice-presidente Harris devem uma estratégia não apenas a nós, mas ao povo americano, e sua negligência sugere que eles não têm uma ou têm medo de compartilhá-la. - @SenatorRisch, membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Vladimir Vladimirovich Kara-Murza é um político da oposição russa e protegido do falecido Boris Nemtsov. É vice-presidente da Open Russia, uma ONG fundada pelo empresário russo e ex-oligarca Mikhail Khodorkovsky, que promove a sociedade civil e a democracia na Rússia.
É o autor de dois documentários, They Chose Freedom e Nemtsov. Em 2021, atuou como membro senior do Raoul Wallenberg Center for Human Rights. Foi agraciado com o Civil Courage Prize (Prémio Coragem Civil) em 2018.
Em 26 de maio de 2015, Kara-Murza foi alvo de uma tentativa de homicídio por envenenamento. Em 2 de Fevereiro de 2017 foi novamente envenenado.
Em abril de 2018, o senador dos Estados Unidos John McCain, que havia trabalhado com em questões sobre a Rússia, escreveu-lhe sobre o diagnóstico de cancro no cérebro e pediu-lhe servisse como portador do caixão no seu funeral. McCain morreu em 25 de agosto; Kara-Murza juntou-se a quatorze outros escolhidos pelo próprio McCain, incluindo o ex-vice-presidente Joe Biden, como portador do seu caixão no funeral, em Washington. A escolha de Kara-Murza por McCain foi descrita pelo jornal Politico como um "ataque final" a Putin, de quem McCain era um crítico e a Donald Trump, pela sua proximidade com o presidente russo. Em Abril de 2023, foi acusado de traição, de "espalhar desinformação" sobre os militares russos, e condenado a 25 anos de prisão. Wikipédia
Grande discurso de Biden sobre o seu legado, a profunda crise que afecta os EUA e os seus conseguimentos, que foram muitos. Uma característica que diferencia os EUA de outros países é o critério de valor do seu líder máximo. Em outros países, geralmente os chefes (Presidentes ou Reis) que são admirados e reverenciados pelo povo, são os grandes ditadores, os grandes guerreiros, os que forjaram impérios à força, os que trouxeram a miséria a tantos: os Napoleões e os Lenines. Porém, nos EUA os Presidentes que são admirados por todos são os libertadores, os forjadores da democracia, os que acabaram com a escravatura, os que deram grandes passos nos direitos civis e humanos, os que lutaram pela justiça social, os que deram um exemplo internacional de respeito pela lei e não pela força - é por isso que Trump destoa tanto. Outros países também tiveram líderes dessa categoria, mas não são eles quem o povo admira e isso diz qualquer coisa da fortaleza do sistema democrático americano. Aé agora, porque Trump é um grande destruidor de instituições democráticas, como todo o ditador. Biden will focus on Ukraine and the Middle East in the last months of his presidency, - Financial Times.
Se Biden deixar estes dois assuntos resolvidos decididamente entra na curta galeria dos grandes presidentes americanos.
Vai ficar para a História como um grande Presidente. Pena que não tenho decidido mais cedo, mas é melhor tarde que nunca porque o mais importante é que Trump não chegue a Presidente. É preciso coragem e muito sentido de dever para largar um cargo destes.
Ukraine now lacking air defense, Russians are just destroying the country's power grid to force the majority of the population into Europe, massacre those that remain, then call it all Russia.
The control room of a power plant previously supplying electricity to 700,000 people pic.twitter.com/gw0YgnScGU
E será que tem influenciado negativamente Biden? É por isso que de repente Biden ficou silencioso e perdeu o ímpeto para ajudar a Ucrânia?
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O Kyiv Post descobriu que Samuel Charap, um dos mais proeminentes cépticos em relação à Ucrânia entre os analistas de política externa americanos, tem sido um visitante regular do Conselho de Segurança Nacional (NSC) da Casa Branca durante os últimos três anos da Administração Biden. Charap tem sido um defensor intransigente das negociações de Kiev com Moscovo desde os primeiros dias da invasão russa em 2014 e uma voz frequente nos meios de comunicação social e nos círculos políticos internacionais que questiona a lógica de armar a Ucrânia.
O NSC, que funciona a partir da Ala Oeste da Casa Branca, é chefiado por Jake Sullivan, que é o homem de contacto de Biden para a Ucrânia, sob o qual Charap trabalhou anteriormente no Departamento de Estado dos EUA, na equipa de planeamento de políticas, antes de se tornar cientista político na Rand Corporation, financiada em grande parte pelo governo dos EUA.
Eis alguns exemplos dos seus escritos mais recentes, especialmente desde 24 de fevereiro de 2022. Demonstram claramente uma oposição contínua ao armamento da Ucrânia e apelam, em vez disso, a negociações com a Rússia:
Enquanto centenas de milhares de tropas russas se acumulavam ao longo da fronteira ucraniana em janeiro de 2022, Samuel Charap publicou um artigo para a Foreign Policy intitulado The West’s Weapons Won’t Make Any Difference to Ukraine, argumentando que "o equipamento militar dos EUA não ajudaria realisticamente os ucranianos - ou intimidaria Putin", o que ecoou de perto as declarações anteriores de Charap.
Em 2014, meio ano depois de a Rússia ter iniciado a sua invasão e ocupação ilegais da Crimeia e do Donbas, no Leste da Ucrânia, Charap escreveu um artigo para a Foreign Policy intitulado Why Ukraine Must Bargain for Peace With Russia(Porque é que a Ucrânia deve negociar a paz com a Rússia): "O momento de 'vamos fazer um acordo' chegou para Kiev [sic] e Moscovo. Mas, ao insistir numa agenda de linha dura contra Putin, os Estados Unidos e a Europa só estão a piorar as coisas para a Ucrânia", disse ele, afirmando que "a Ucrânia precisa de fazer um acordo com a Rússia se quiser sobreviver a esta crise".
Em 2016, após a invasão inicial, Charap e Jeremy Shapiro escreveram How to Avoid a New Cold War(Como evitar uma nova guerra fria) para o Brookings Institute, no qual aparentemente culpam o Ocidente pelas acções ilegais de Putin: "A resposta até agora tem parecido mais focada em punir a Rússia e os seus líderes pelas suas transgressões morais do que em abordar os problemas nas relações entre o Ocidente e a Rússia que levaram a este impasse".
No verão de 2023, enquanto o Presidente Zelensky agradeciaà Dinamarca por se ter comprometido a enviar F-16 para a Ucrânia, Charap publicou outro artigo de opinião, An Unwinnable War: Washington Needs an Endgame in Ukraine, criticando o Ocidente por estar mais concentrado em fornecer ajuda militar e assistência económica do que numa resolução diplomática.
Em Should Ukraine Negotiate with Russia, publicado pela Foreign Affairs em julho de 2023, Charap argumentou: "Mas na política internacional, não se pode escolher os interlocutores. E não existe um caminho plausível para acabar com a guerra que não implique o envolvimento de Moscovo. Por isso, Washington, Kiev, Berlim e outros terão de tentar. Não seria a primeira vez que os Estados Unidos falariam com um regime nefasto, com um historial de enganos, para impedir uma guerra".
O artigo The Case for Negotiating with Russia, publicado pela revista The New Yorker em agosto de 2023, cita Charap: The Case for Negotiating with Russia, mas "não vejo alternativa a que isso acabe por acontecer". Entretanto, no outono de 2023, o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, afirmava que a Ucrânia tinha libertado com êxito mais de 54% da Ucrânia ocupada pela Rússia e que continuava a manter a iniciativa estratégica.
Por último, Charap tem sido um defensor acérrimodo tipo da Guerra da Coreia, em que não há um fim ou uma vitória declarados. É de notar, no entanto, que um conflito em curso impediria a Ucrânia de se qualificar para se tornar membro da NATO, um objetivo central do governo do Presidente Zelensky.
Dada a natureza controversa dos comentários de Charap ao longo dos anos, há muitos motivos de preocupação, uma vez que se sabe que o registo de visitantes da Casa Branca mostra que ele visitou o pessoal um total de três vezes em 2021 e nove em 2022. Em 2023, visitou a Casa Branca pelo menos oito vezes, mas nem todos os registos de 2023 foram ainda publicados pelo Governo Federal.
No registo de visitas da Casa Branca, disponível ao público, uma das visitas mais recentes de Charap, em 17 de julho de 2023, foi registada como um encontro com Jonathan Finer, conselheiro adjunto para a segurança nacional sob a direção de Sullivan.
A maioria das reuniões foi de pequena dimensão. No entanto, uma reunião em agosto de 2022 teve 86 participantes registados na lista do governo, incluindo o Presidente Biden.
Não se sabe ao certo que mudanças na política externa dos EUA Charap influenciou. No entanto, à medida que abundam os murmúrios de que os EUA abandonaram a promessa "pelo tempo que for necessário", potencialmente numa tentativa de coagir Kiev a uma postura negocial, o papel que Charap, firmemente pró-negociação, desempenhou ficará ainda mais sob o microscópio. Quando o Kyiv Post contactou o gabinete de Samuel Charap com um conjunto de perguntas, ele ignorou-nos, com excepção de algumas respostas como estas:
Kyiv Post: Tendo em conta os sucessos e os fracassos de Putin em acordos internacionais, porque é que acha que um acordo com a Ucrânia seria eficaz? E o que considera ser um mecanismo eficaz para punir o incumprimento do contrato?
Charap: Não é possível avaliar a eficácia de um acordo hipotético antes de as negociações terem começado. Há uma série de mecanismos que têm sido utilizados para resolver o incumprimento de acordos internacionais. As cláusulas de snapback do JCPOA são um exemplo.
Kyiv Post: Atualmente, para os EUA, é prioritário encorajar e apoiar as negociações sobre o fornecimento de armas à Ucrânia? Como é que os seus pensamentos sobre esta questão mudaram desde fevereiro de 2022? Desde 2014?
Charap: Por favor, veja [referência a um artigo no Foreign Affairs], que diz, em parte:
"Iniciar conversações não implica parar a luta. Conduzir negociações não é o oposto de aplicar pressão coerciva. De facto, as negociações são o meio pelo qual os Estados podem transformar essa pressão em alavanca para atingir os seus objectivos. Como Thomas Schelling escreveu no seu clássico "Arms and Influence": "O poder de ferir é o poder de negociação. Explorá-lo é diplomacia - diplomacia viciosa, mas diplomacia". As conversações são um instrumento que permite a um Estado beligerante promover os mesmos objectivos que procura atingir no campo de batalha. Historicamente, têm tido frequentemente lugar durante períodos de combates intensos. Em nenhuma parte do meu artigo sugiro que a Ucrânia teria de parar de lutar - ou que o Ocidente teria de deixar de apoiar essa luta - para iniciar conversações".
O Kyiv Post pediu a Tomasz Nadrowski, apresentador do podcast "Tyranny Today", para comentar as respostas de Charap.
"O problema das duas respostas de Charap é que fazem demasiadas suposições gerais sobre as negociações geopolíticas em geral e, certamente, demasiadas suposições quando se trata do triângulo de relações entre os EUA, a Ucrânia e a Rússia", afirmou.
Em primeiro lugar, Charap parte do princípio de que Putin está disposto a negociar de boa fé. Em segundo lugar, parte do princípio de que os ucranianos querem negociar. Também parte do princípio de que a Rússia está disposta a comprometer-se com um conjunto de objectivos exequíveis para as negociações, o que constitui um problema, uma vez que os objectivos declarados publicamente pela Rússia para o conflito mudaram vezes sem conta, desde a eliminação do neonazismo até à luta contra o domínio ocidental e aos planos expansionistas para avançar para a Europa Oriental. A Ucrânia, por outro lado, tem sido firme na declaração dos seus objectivos com o bem documentado plano de paz de 10 pontos do Presidente Zelensky".
Nadrowski, conclui: "Finalmente, direi que é ingénuo, tendo em conta tudo o que disse acima, pensar que a Ucrânia e a Rússia devem ou podem participar em negociações formais sérias hoje. Mas existem certamente meios de comunicação para que as duas nações mantenham discussões que possam preparar o terreno para futuras negociações.
De facto, ficaria espantado se essas conversações de bastidores não estivessem a decorrer no momento em que escrevo isto. Por outro lado, se essas conversas de bastidores estiverem a decorrer, as opiniões expressas por Charap sobre as negociações entre a Ucrânia e a Rússia, em particular quando também são expressas em publicações de prestígio como a Foreign Affairs e a New Yorker, podem fazer muito mais mal do que bem".
Não foi possível contactar com a Casa Branca para comentar o assunto.
O Presidente dos EUA, em vez de alinhar com os bilionários em esquemas contra os trabalhadores, alinha com os trabalhadores, mesmo que tenha de comprar uma guerra com os bilionários. Ora, aqui está uma coisa que não se vê todos os dias, ou melhor, nem sei se alguma vez vi. Infelizmente, porque estar a favor de salários decentes e uma vida digna da classe média devia ser a norma e não o favorecimento de meia-dúzia de pessoas gananciosas com excesso de poder e dinheiro.
O nosso ME, que tanto odeia sindicatos e diz amiúde que devia impedir-se os trabalhadores de fazer greve, e que está convencido que é de esquerda, vá-se lá saber porquê, dado os seus tiques ditatoriais, cada vez mais óbvios, podia aprender alguma coisa aqui.