E vou ficar à espera de quem mostre preto no branco a falsidade óbvia desta notícia. Gostava de saber se foi o governo que mandou publicar esta notícia.
E vou ficar à espera de quem mostre preto no branco a falsidade óbvia desta notícia. Gostava de saber se foi o governo que mandou publicar esta notícia.
Conflito Ucrânia-Rússia. Um impasse de difícil resolução
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Em primeiro lugar não é um conflito, é uma guerra e é uma guerra brutal. Em segundo lugar não é uma guerra Ucrânia-Rússia pois o país invasor que iniciou a guerra foi a Rússia, de maneira que é uma guerra da Rússia à Ucrânia. Em terceiro lugar não é de difícil resolução. Todos sabem o que é preciso fazer: deixar a Ucrânia defender-se eficazmente destruindo as armas do agressor. O problema único é os EUA e a Alemanha não querem arriscar nada dos seus interesses de energia e de riqueza e por isso, não terem interesse em que a Rússia perca a guerra.
⚡️The European Parliament has voted on a resolution calling for the lifting of restrictions on Ukraine's use of Western weapons on Russian territory.
— KyivPost (@KyivPost) September 19, 2024
425 deputies voted in favor, 131 against, and 63 abstained. pic.twitter.com/Twi1T53SLj
A justiça francesa acusa o dono da aplicação Telegram de promover uma insuficiente política de moderação dos conteúdos publicados na aplicação. Mas a detenção de Pavel Durov levanta questões mais abrangentes, como a da liberdade de expressão na Internet
Foram ouvidas 1207 pessoas sobre a sua opinião acerca da Justiça. Quem são os inquiridos? São conhecedores do assunto? Ou são pessoas como eu? Eu não me considero propriamente desinformada e inculta mas se me perguntassem quem é mais responsável pelos problema da Justiça não o saberia dizer. Nem sequer sei quais são os problemas que afectam o funcionamento interno e a orgânica da Justiça - desde a formação de juízes e técnicos, ao funcionamento dos tribunais, à legislação aplicável, aos problemas do dia-a-dia, aos problemas das diversas instâncias jurídicas e tribunais... O que sei disso é em termos muito gerais pela comunicação social - que como se vê por este artigo, não informa.
Sei que há governos que tentaram mandar na Justiça para estarem no país como reis, como o caso do governo de Sócrates, porque foi evidente. Como agora é evidente que há quem queira manietar a Justiça para nunca ser incomodado - querem reduzir todos os problemas de funcionamento da Justiça à PGR porque ela não é submissa. Mas isso não é perceber dos problema internos da Justiça. Estamos fora do meio. Portanto, fazer um inquérito a pessoas que sabem zero dos problemas da Justiça, produzir uns gráficos com percentagens e daí concluir que têm um estudo sobre o que vai mal na Justiça? O que está mal é o próprio 'estudo', não-estudo.
Isto é o que costuma acontecer na educação. Vai-se inquirir este e aquele e mais pessoas que não sabem um boi dos problemas da educação e das escolas e que só produzem chavões tirados de títulos e artigos de comunicação social e redes sociais e depois concluem que um estudo disse isto e aquilo.
Fui dar com este título do jornal SOL: Manuel Monteiro entrevista Paulo Portas. Achei o título curioso e fui ler a notícia.
Lá se diz, entre outras coisas:
A próxima revista do IDL-Instituto Amaro da Costa – que vai para as bancas em setembro – está carregada de novidades. Sendo o prato forte uma entrevista exclusiva de Paulo Portas ao presidente do instituto, Manuel Monteiro.
Catedráticos dão corpo a Dicionário Político
O Instituto Amaro da Costa conta com mais novidades. Uma delas é o Dicionário Político, cuja edição foi iniciada no final do passado mês de abril. Trata-se de um projeto «de formação coordenado por um Conselho Científico […] A sua liberdade e rigor contribuem para que o dicionário, independentemente das posições que nele se exprimem, possa ser uma fonte de conhecimento e uma sustentada forma de afirmação das diferenças que continuam a existir no pensamento político», defende o IDL.
Achei esta iniciativa de um novo Dicionário Político, não alinhado com a tradicional interpretação da esquerda, particularmente interessante. Quis saber se seria um Dicionário Político com alguma independência de pensamento e fui ver quem são as pessoas que constituem o tal Conselho Científico (faço colecção de dicionários e fiquei logo interessada).
São estes os nomes:
Do conselho científico fazem parte Alexandre Franco de Sá, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; António Cerejeira Fontes, professor convidado da Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho; Diogo Costa Gonçalves, professor associado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; Fernando Oliveira e Sá, professor da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa; Francisco Carmo Garcia, mestre em Ciência Política, pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica de Lisboa; Inês Neves, assistente convidada da Faculdade de Direito da Universidade do Porto; João Perry da Câmara, advogado e membro do Conselho Diretivo do IDL; Mafalda Miranda Barbosa, professora associada com agregação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; Manuel Carneiro da Frada, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade do Porto; Paula Ponces Camanho, assistente da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto e advogada; Paulo Otero, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; Pedro Barbas Homem, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e ainda Pedro Rosa Ferro, professor na AESE Business School (Lisboa) e diretor do Programa de Alta Direção de Empresas (PADE).Não sei quem são. Não são todos catedráticos como diz o sub-título. A maioria são advogados. Mesmo no fim, chamou-me a atenção (não interessa agora porquê) o apelido Rosa/Ferro de um professor da AESE Business School. De repente, fez-se uma associação na minha mente: Rosa/Ferro + Opus Dei + Manuel Monteiro. Assim que fiz esta associação disse com os meus botões, 'vai lá fazer uma pequena investigação para descartares a hipótese de estares a fazer uma triangulação ao modo esquizofrénico'.
Entram no quadro (na carreira) professores "sem nenhum tempo de serviço"? Nunca lecionaram? Quer isso dizer que entram no quadro professores que não têm formação para o ensino? Entram professores que não passaram por nenhum período de estágio? Entram professores que nem sequer têm formação académica nas áreas que vão lecionar?
Depois de lançar uma bomba destas, a notícia não esclarece o que significa este título, mas estas é que são as questões que importam, pois se um candidato tem formação académica e profissional, ter muito ou pouco tempo de serviço (experiência) é irrelevante, mas se não as tem, é muito preocupante - enfim, se estamos interessados na qualidade do ensino.
Ou a notícia está mal escrita? Ou quem a escreveu não percebeu o que disse? Ou percebeu mas quis deixar a dúvida no ar?
Será demais esperar que os jornais esclareçam o que noticiam?
Agora, é óbvio que se tivesse havido prevenção, em vez de total destruição da carreira docente, estas notícias nem existiam.
Desde quando os desejos de um ministro são notícia? Ele quer 600 vigilantes, ele quer que não haja falta de professores, ele quer que não haja violência nas escolas, ele quer o sucesso, ele quer que os professores não se queixem, ele quer, ele quer... que interessa o que ele quer? Interessa é o que faz. No dia em que abrir concurso para 600 vigilantes, então publiquem pois isso já é notícia. Publicam estas não-notícias para dar a impressão que o ME já fez alguma coisa mas não fez nada, só falou.
E já agora, tendo em conta que há mais de 5.500 escolas no país e que em todas elas faltam vigilantes no plural, 600 vigilantes contratados (não meramente desejados) também não é uma grande notícia.
Uma solidariedade concreta: precisamos de assinar. Se quem gere os títulos pudesse fazer um pack de assinatura das quatro marcas -- DN, JN, O Jogo, Açoriano Oriental - por 99 euros por um ano, talvez com 10 mil assinaturas conseguíssemos obter rapidamente um milhão de euros que ajudem a resolver estes pagamentos em atraso.
Daniel Deusdado DN
Deve ser bom viver no mundo do simplex: há os bons e os maus, os negros e os brancos, os puros e os impuros, os fascistas e os anti-fascistas, os racistas e os anti-racistas.
Leio isto e parece que estou a ouvir os alunos do 10º ano quando chegam às aulas de filosofia. Há um par de anos, no início do ano letivo, estávamos a contextualizar o nascimento da filosofia ocidental na Grécia Antiga (ajuda a perceber o que é e qual o seu propósito) quando uma aluna intervém: 'oh, professora, mas não é verdade que esses filósofos antigos eram todos machistas e homofóbicos? Porque interessam ainda?' Respondi-lhe, 'Bem, Platão era gay e foi amante de Sócrates (e de outros). Sócrates era bi-sexual. Foi amante de muitos dos seus discípulos mas era casado e tinha dois filhos. Segundo consta, era vítima de violência doméstica por parte de Xantipa, a sua mulher, que não gostava que ele passasse o tempo no Ágora a discutir filosofia em vez de sustentar os filhos. Já Aristoteles era muito machista, sim. Não sei se isto responde à sua questão. Já agora, quantos de vocês têm pais e tios machistas, homofóbicos, etc.? Vão deitá-los para o caixote do lixo dos que não interessam?'
Esta jornalista faz lembrar estes alunos. Quem a leia desprevenido ficará a pensar que o problema da violência são os polícias racistas e que, se se deitarem fora esses e forem buscar uns polícias não-racistas fica tudo resolvido. (o ME também. pensa que se substituirem os professores actuais por outros que vejam a sua Verdade absoluta, fica tudo resolvido).
Vejamos: em primeiro lugar, quando se diz, 'um consórcio de jornalistas', gostava de saber quem são porque às tantas podem ser do género desta jornalista. É que, enfiaram no mesmo saco racismo, xenofobia, apelos à violação de mulheres e simpatia pelo Chega, parece-me logo uma coisa pouco profissional e dogmática, porque não me parece credível que ser simpatizante do Chega transforme as pessoas em racistas e violadores - como se não houvesse, em todos os partidos políticos ou classes profissionais, pessoas racistas, misóginas e violadores. Portanto, a partir daqui, desconfio logo da seriedade desta investigação.
A única afirmação razoável de todo o texto desta jornalista é a que defende que Nada impede o Ministério Público de fazer uma investigação como fizeram os jornalistas do consórcio. Se o MP entende que a investigação é séria, apesar de ter obtido provas por meios ilegais (gravação de imagens...?) deve fazê-la e levar o assunto às últimas consequências. O que difere muito do que esta jornalista promove, pois logo a seguir a esta afirmação, a jornalista conclui, sem aduzir nenhuma razão ou fundamento:
todos temos o conhecimento de que existe um enorme problema nas polícias. Nem era preciso que fizessem a investigação jornalística. Estamos cientes da infiltração do partido de extrema-direita junto destes operacionais e do crescente racismo e xenofobia. É claro que uma coisa leva à outra e que a adesão ao Chega costuma levar a comportamentos racistas.Estas afirmações falaciosas e não fundadas são um incentivo ao ódio à polícia e aos simpatizantes do Chega, muito idênticas às que se vêem nas redes sociais. Não, nem todos pretendemos ter conhecimento de coisas que ignoramos e sim, é preciso investigação antes de se queimar uma classe inteira de profissionais na praça púbica.
Fui pesquisar à Pordata quantos polícias existem no país: cerca de 43 mil em 2021. Inclui polícias e outros organismos de apoio à investigação (PJ, PSP, GNR ou SEF).
Ora, segundo a tal investigação do consórcio, os polícias que têm comportamentos notoriamente racistas, misóginos, enfim, de violência, são cerca de 600. Sendo certo que só um já seria demais, não podemos, no entanto, olhar para o problema em termos absolutos. 600 polícias em 43,000 são 1.4%. Portanto, não se pode concluir que "existe um enorme problema nas polícias". Não me parece irrazoável supor que em todos os grupos profissionais haja 1.4%, ou mais, de pessoas racistas, misóginas, etc.
Mais: parece-me contra-producente darem-se estas notícias nestes termos que incentivam ao ódio e à desconfiança de toda a polícia. Certamente que os 42,400 polícias que não são racistas nem se revêm nestes comportamentos de racismo e violência dos colegas, ficam revoltados por estes jornalistas incendiários amanuenses de partidos políticos os queimarem, sem escrúpulos, na praça pública.
A delinquência e violência estão a aumentar no país e quem lida com isso são estas pessoas (nós professores também), de maneira que esta notícias de polícias individuais que foram racistas ou violentos, devem ser públicas, claro, e investigadas, mas dispensam-se estes artigos demagogos e de incentivo ao ódio que não ajudam a revolver os problemas nem a fortalecer a democracia, pelo contrário.
É tal qual o que faz o ME que foi a uma manifestação qualquer com um colega de governo e alguém empurrou o carro e agora diz que tem de andar com guarda-costas porque causa da violência de professores. Esta demagogia e incentivo ao ódio revolta muito e não ajuda a resolver os problemas nem a fortalecer a democracia, pelo contrário.
Fui ver quantos polícias há em França para ter um termo de comparação: cerca de 146 mil, numa população de quase 68 milhões. Daqui concluo que, pelo menos comparativamente com a França, não temos falta de polícias e estes problemas de violência têm que ver com formação e gestão. Estes são os problemas que as autoridades competentes devem atacar e, desde logo, investigar todos os casos de violência policial, seja racismo, misógina ou o que for, porque não o fazendo e mandando estas pessoas simplex incendiar todos os polícias nos jornais só contribui para agravar as tensões entre todos. É uma manobra de quem não tem capacidade/competência para revolver problemas.
O problema em França é diferente do nosso porque não temos grande comunidades de imigrantes com padrões culturais tão diferentes dos nossos - não se resume tudo a racismo. A não ser que esta jornalista acredite mesmo que do lado dos revoltados ou delinquentes só há pureza e nenhuma violência latente ou que a violência de uns é legítima porque estão revoltados - a destruição que se tem visto na França desmente esse maniqueísmo.
Lá como cá, não se resolvem os problemas a descarnar os serviços públicos sem os quais nenhuma comunidade consegue integrar-se. Mas o problema não é assim tão simples porque muitas comunidades de migrantes não querem a integração social e cultural. Quando vão para a França ou para a Alemanha, querem participar da riqueza do país mas não das suas regras sócio-culturais. Mais, por vezes, querem modificar os padrões socio-culturais dos municípios para onde migram. Passam-se situações de exigência de discriminação das raparigas nas escolas de Marselha, por exemplo, onde a presença islâmica é muito forte, completamente surreais. Há um ano ou dois um aluno decapitou um professor por ter falado de Maomé. É claro que um aluno ou é uma pessoa, não são todas, mas o problema do multiculturalismo é extremamente complexo e difícil e acredito que a maioria da polícia francesa, não se revendo nesssas acusações de racismo e violência gratuita, também esteja revoltada pelo modo como os jornais e os jornalistas, para venderem ou terem muitos likes, contribuem muito para o populismo, mas nada o desenvolvimento da democracia e a resolução de problemas.
Esta jornalista podia praticar a kenosis ideológica antes de escrever estes artigos de desinformação.
Arquivar o racismo nas polícias debaixo do tapete
António Filipe
Quanto é que o DN terá recebido para isto? Ridículo. É como comparar Júlio César com Marco Sálvio Otão. Não sabe quem é Marco Sálvio Otão? Foi um governador romano da Lusitânia, da época em que éramos uma província romana. Zelensky é um grande líder que uniu um povo e o dirige contra a invasão de um império; deixa uma Ucrânia renascida, mais forte, orgulhosa da sua história, respeitada pelo mundo inteiro e deixa obra nos princípios que regem a geopolítica mundial. Costa é um chefe de província que não deixa obra; deixa um país empobrecido com a saúde e a educação no desastre, os ricos mais ricos, os pobres mais pobres, as instituições públicas mais fracas e permeáveis ao suborno, os políticos mais corruptos.
Uma série de figuras públicas entre as quais o princípe Harry e Elton John puseram o Daily Mail em tribunal por violação grosseira de privacidade e outros crimes. Está toda a gente a torcer para que tenham o mesmo fim que o, The News of The World.