E já confirmei os meus dados de recuperação de tempo de serviço.
E já confirmei os meus dados de recuperação de tempo de serviço.
(isto vem a propósito da Polícia Inglesa ter alertado que a misoginia extremista está em franco crescimento na Inglaterra através de influencers das redes sociais)
A verdade sobre a misoginia extremista
Hoje li um artigo no caderno de economia do jornal suíço, letemps.ch. O artigo é uma longa melúria sobre o desaparecimento da marca Made in Switzerland, a propósito da deslocalização da produção da Hero, uma marca centenária de produtos agro-alimentares, nomeadamente compotas (que todos já comemos ao pequeno-almoço em hotéis) para Múrcia, em Espanha. Isto, depois de outras marcas centenárias, totalmente Made in Switzerland terem fugido da Suíça: a Toblerone para a Eslováquia, a Sugus (que saudades...) para França e China, a Suchard para Estrasburgo, a Milka para a Alemanha.
O patrão da Hero, Rob Versloot, explica que o franco suíço está muito alto de maneira que a mão-de-obra é muito mais cara que em outros países. E o artigo fica-se por aqui e não levanta questões a esta explicação.
A minha questão é: e então? Porque razão a mão-de-obra estar mais cara na Suíça que em outros países é motivo para deslocalizar as fábricas, despedir pessoas e perder tecido industrial? A resposta todos a sabemos: por que estes patrões não abdicam das suas margens de lucro de 300% ou 500% ou 2000%. Não estão para partilhar as perdas da sociedade. Exigem que os seus lucros se mantenham num crescimento constante, mesmo que à custa do empobrecimento dos trabalhadores e do prejuízo do país. Exigem poder fugir ao fisco, exigem benefícios com o argumento de que criam postos de trabalho, mas na verdade o que criam são condições para manterem as suas margens de lucro sempre a crescer.
Tal como os bilionários que há pouco pediam ao governo norte-americano que os taxassem em 2%, porque pagam 0,5% de impostos e isso põe em causa a democracia. Um deles queixava-se até de a empregada doméstica pagar de impostos mais que ele. Que descaramento. Esses bilionários têm uma opção evidente: pagar os devidos impostos que são na ordem dos 50%, em vez de fugir ao fisco com manigâncias e depois dizer que são tão bonzinhos que querem ser taxados em 2%.
Ou seja, não abdicam das suas margens de lucro obscenas na ordem dos biliões (americanos) mesmo que isso torne toda a sociedade mais injusta e menos democrática.
Enquanto esta mentalidade não mudar ou enquanto os políticos não tiverem a coragem de regular as deslocalizações massivas de dinheiro e produções e cobrar os devidos impostos, não vejo que possa haver mudanças na economia que beneficiem os países e não cinco ou seis pessoas dentro deles e, por maioria de razão, não vejo possibilidade de evolução na democratização dos países. Pelo contrário: mais pobreza, mais revolta, mais insegurança, mais populismos e extremismos.
Legisladores ucranianos aprovam lei que proíbe grupos religiosos ligados à Igreja Ortodoxa Russa
Os ucranianos rebentaram com a mama por onde os russos forneciam leite de peito aos alemães a preço de chuva? Fizerem eles bem. Foram invadidos e estavam (e estão) a ser mortos e destruídos numa guerra bárbara e só ouviam os alemães dizer que não podiam envolver-se porque precisavam do petróleo e do gás russos. Os alemães que se vão encher de pulgas... Duas aberrações, Hitler e Estaline, forjaram a Alemanha de hoje e muitos alemães não conseguem desmamar-se desses tristes founding fathers. Portanto, acho muito bem que a Polónia não entregue o homem e a Alemanha deve é desmamar-se dos sovietes.
E porque é que só agora é que a Alemanha pede o tal indivíduo? Já deve saber diso há muito tempo. Porque quer ter um pretexto para não ajudar a Ucrânia. A Alemanha, infelizmente, ainda está cheia de sovietes e ainda não se 'desmerkelizou' e Scholz é um grande herdeiro de Merkele.
Aquela ideia que Merkele fazia passar a toda a Europa que só eles eram competentes e que a abundância de dinheiro se devia a trabalharem muito e serem melhores que os outros, vê-se agora que era falsa. O que se passava era que tinham tudo à borla de todos os lados: o gás e o petróleo russos, os EUA a financiar a defesa, a mão-de-obra barata do sul da Europa. Agora que perderam as borlas, já não querem ir a jogo. E estão a arranjar pretextos em vez de assumir responsabilidades.
Polish authorities have refused to extradite to Germany a Ukrainian suspected of undermining Nord Streams and offered to reward him, the WSJ has reported
— NEXTA (@nexta_tv) August 20, 2024
Officially, the Polish prosecutor's office initially denied the existence of the case and the arrest warrant for the suspect,… pic.twitter.com/icJ2CzH0va
Não só à Europa de Leste, mas ao Norte de África, ao Médio Oriente e outros locais. É altura de a fazer parar. Tem que acabar agora e não há outra oportunidade como esta em que estamos. Basta dar à Ucrânia o apoio que precisa: armas e autorização para usá-las. Há 80 anos que a Rússia leva a destruição e a morte ao mundo inteiro.
21 August 1968 the Soviet tanks rolled into Prague and then Czechoslovakia to crush all attempts at reform in the Communist system. The invasion initiated a long process of repression and rolling back of all reform efforts. pic.twitter.com/NIBXPMbI0d
— Carl Bildt (@carlbildt) August 21, 2024
Antes do folclore dos jogos, Lundberg et al publicaram no Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports, este ano, o estudo The International Olympic Committee framework on fairness, inclusion and nondiscrimination on the basis of gender identity and sex variations does not protect fairness for female athletes, constatando-o. A vantagem desportiva existe a partir do momento em que se passa pela puberdade masculina – que é o caso dos homens com DSD no desporto feminino.
Por tudo isto, foi com perplexidade (e horror) que vi tanta gente abandonar critérios científicos para aplaudir corpos masculinos dando olimpicamente socos em mulheres. Nem sequer pediam mais dados físicos sobre Lin Yu-tang ou Imane Khelif antes de subirem para o ringue para bater em mulheres.
Por azar, todos os indícios vão no sentido de Imane Khelif e LinYu-tang terem corpos masculinos. O grego ex-chefe do departamento médico da IBA afirmou publicamente em conferência de imprensa que Khelif e Lin eram homens biológicos segundo dois testes em dois laboratórios reputados em dois países diferentes. Nenhum recorreu para o tribunal arbitral do desporto da desqualificação pela IBA com base no resultado dos testes. Um vice-presidente da World Boxing(aceite pelo Comité Olímpico), então na IBA, também já afirmou que Khelif e Imane tinham cromossomas XY.
O jornalista americano de desporto Alan Abrahamson viu os testes e confirmou os resultados. Os comités olímpicos da Argélia e de Taiwan ameaçaram a IBA caso divulgasse os resultados. O preparador físico de Imane Khelif, George Cazorla, assumiu ao Le Point que Khelif e a sua equipa sabia da "anormalidade" cromossomática há anos e tomou medicação para baixar a testosterona. A boxer nigerianp-búlgara Joana Nwamerue também relatou que a equipa de Imane lhe disse que a vida nas montanhas alterara a argelina biologicamente (além de que Khelif tem força e técnicas de homem). Imane Khelif processou um rol de gente por ciberbullying, mas curiosamente não processou os que afirmaram institucionalmente os resultados dos testes da IBA.
Do outro lado tivemos o presidente do Comité Olímpico defendendo Khelif e Lin com os argumentos bestialmente científicos de assim estar no passaporte, viverem como mulheres e terem competido nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Além de sugerir genialmente que não há definição científica do que é uma mulher.
O selecionador espanhol Rafa Lozano falou à Marca da injustiça de ter Khelif e Lin no boxe feminino e como Khelif era um perigo a combater mulheres. De facto, foi um bom indicador da tolerância da violência sobre mulheres aplaudir corpos masculinos a bater em mulheres como desporto olímpico. Foi um momento escuro de que não se sai.
Mas não é só uma questão de boxe e segurança. É também sintoma de como se despreza o desporto feminino. Desde logo, por que diabo o desporto feminino não está reservado a mulheres? Porque é só uma brincadeira, afinal, e é o local para despejar quem não se qualifica para a excelência do desporto – masculino, claro.
Público
Agora tive uma discussão com um taxista. Quando entrei no carro estava a passar na rádio uma notícia de pessoas velhas que são despejadas das suas casas e o taxista indignou-se e disse que devia ser proibido subir rendas a idosos e que isso acontece porque os proprietários antigos morrem e os filhos herdeiros querem subir a renda, o que o Estado devia proibir. Eu disse-lhe que as coisas são asssim simples porque é preciso também levar em conta os direitos dos proprietários. Acusou-me imediatamente de ser uma pessoa da direita, com casas arrendadas e adiantou que de certeza já devo ter despejado algum idoso...
Não sou de direita nem de esquerda. Sou a favor de se respeitarem os direitos das pessoas e em cada situação ter um olhar global que beneficie o maior número de pessoas com justiça, sem espezinhar os direitos de outras. Isso é difícil e não se faz com soluções a cuspo.
Mas a ideologia quando se torna dogma, cega as pessoas. Vejamos, um proprietário tem que pagar os custos da casa, que sobem brutalmente todos os anos; tem que fazer obras de melhoramento na casa e as obras estão a um preço exorbitante. Se uma pessoa não tem nenhuma autonomia no destino daquilo que é seu, então aquilo não é seu. 'Ah', dizia ele, 'mas os velhos têm reformas miseráveis, está tudo mais caro e não se pode subir brutalmente as rendas'.
Os velhos têm reformas miseráveis? Pois têm e estou de acordo em que não se pode subir brutalmente as rendas (nem as rendas nem outras coisas todas que sobem aos 300% de cada vez), mas o custo de vida também subiu para os proprietários. E há muitas situações dúbias: há o caso dos filhos que vão viver com os pais para ficarem a pagar rendas baixas quando estes morrerem; há o caso dos velhos que sub-alugam a casa por rendas muito maiores do que as que pagam aos senhorios; há o caso das pessoas que nunca pagaram impostos -declaram aquele mínimo obrigatório- e sempre receberam em dinheiro vivo e agora têm reformas miseráveis e querem que sejam os outros a suportar-lhes os custos de vida. Sim, ninguém quer que os velhos sejam despejados, mas é preciso ver a situação por todos os lados porque não se pode proteger uns à custa de roubar os outros de todos os seus direitos.
Pois, dizia ele, de facto é complicado, mas temos que proteger os que menos têm.
Temos que parar a especulação imobiliária descontrolada, regular o turismo que faz subir os preços de tudo e acima de tudo, construir sociedades não russas ou brasileiras, onde uns têm muito dinheiro e o resto são pobres e faltam os do meio que deviam ser a esmagadora maioria.
(resposta a Vladimir Kara-Murza, dissidente russo que defende que a Rússia deve fazer parte da UE.)
I just want to remind everyone that Germany and the US have tried very hard to integrate Russia into Europe – even forcing it on us – and Russia answered with invading Transnistria, Chechnya, Georgia, Ukraine, Syria and again Ukraine.
So fuck no. Fuck Russia.-------
(Só quero lembrar a todos que a Alemanha e os EUA tentaram arduamente integrar a Rússia na Europa - mesmo forçando-nos a aceitar isso - e a Rússia respondeu com a invasão da Transnístria, Chechénia, Geórgia, Ucrânia, Síria e novamente Ucrânia.
Portanto, não. A Rússia que se lixe.
Ela e os seus facilitadores...)
Neste vídeo o que me impressiona não são as palavras de Michelle Obama. Nem sequer penso que ela tenha razão no que diz. Trump não é racista contra negros ou latinos, é racista contra pobres. Detesta pobres. Países pobres, pessoas pobres. Identifica-os como fracos. Trump ficou parado nos seus preconceitos e vê os negros e os latinos com a mentalidade de há um século: gente de pé descalço com certo tipo de empregos. Da mesma maneira, vê as mulheres com os preconceitos de há um século: como objectos de compra e venda (são a maioria das suas relações com mulheres) e, portanto, inferiores e fracas. Trump divide o mundo em dois grupos: os fracos e os fortes (que são os ricos com poder), aos quais ele pensa pertencer mais Putin, XI e Kim Jong.
Portanto, o que me impressiona neste vídeo e penso que é o legado de Obama -que também inclui Michele, muito respeitada entre os americanos- é a composição da assistência: negros, brancos, latinos, asiáticos, novos e velhos todos juntos, lado a lado, a lutar pelas mesmas ideias de um país livre, mais igual em direitos e mais justo. Isto não se via antes de Obama. Não desta maneira e com esta força.
BREAKING: Michelle Obama just laid into Donald Trump like no one has before. Retweet to make sure all Americans see this takedown. pic.twitter.com/j8lIF9tCIC
— Kamala’s Wins (@harris_wins) August 21, 2024
O lobby dos pedófilos e pederastas é muito forte. A seguir à normalização da pornografia infantil vem a normalização da prostituição infantil. Daqui até termos casamentos ao modo islâmico com velhos a casar, «consensualmente» com raparigas de 12 e 13 anos vai um pequeno passo.
A UE apoia a legalização de algumas formas de pornografia infantil na ONU
Alegam que os vídeos de sexo consensual com crianças não são crime
🇻🇪 | URGENTE
— UHN PLUS (@UHN_Plus) August 19, 2024
Andrés Villavicencio, testigo de mesa en las elecciones, tras leer los resultados de su centro y ser hostigado por el régimen, ha tenido que huir de Venezuela ante la confirmación de su detención. pic.twitter.com/QRNkBEZifZ
I’m in tears 😭 😭😭
— Morgan J. Freeman (@mjfree) August 20, 2024
If this 3m+ standing O for Joe doesn’t bring goosebumps, you aren’t human!
Wow!!!! Raise your hand if you love Joe!!!! ✋pic.twitter.com/X6oQrp7b8x
Ontem apanhei este filme na TV, The Pledge, que em português traduzem por, 'A Promessa'. Não conhecia. O filme é sobre um polícia que no dia da sua reforma promete a uma mãe encontrar o assassino da sua filha de 7 anos. A partir daí e com algumas pistas que a miúda deixou num desenho, vai viver para a zona onde pensa que estará o assassino, faz amizade com uma mulher que tem uma filha de 7 anos, acabam a viver juntos e ele, a certa altura, resolve usar a miúda como isco para apanhar o assassino.
O filme é muito bom e só tem bons actores. Jack Nicholson é o polícia reformado. À primeira vista o filme é um policial de suspense, mas na verdade o filme é sobre o próprio polícia. Desde o início que vemos perfeitamente que ele é um bom polícia, um indivíduo que leva o seu trabalho muito a sério. Aquele tipo de pessoa que não larga um caso e persiste até encontrar o criminoso. É muito respeitado pelos seus pares. Porém, esse seu foco, que é a sua força, ao evoluir para uma obsessão que toma conta de toda a sua realidade, torna-se a sua fraqueza. É exactamente o que acontece no filme. Aquilo que era a sua maior virtude e força, levada até ao exagero, tornou-se a sua perdição.
Nós próprios, ficamos presos ao ecrã com o mesmo tipo de foco que ele vive interiormente, a seguir a sua argúcia na caçada ao assassino -Jack Nicholson é muito bom a mostrar-nos como vive focado nesse fim, desde o início do filme- até que a certa altura percebemos que há algo errado no modo como ele vive a sua caçada e como submete todas as sua relações a meios de atingir aquele fim.
O que constituía a sua grandeza é também o que constitui a sua pequenez. Fez-me lembrar Platão, quando diz que as virtudes, quando não são temperadas pela razão tornam-se meros simulacros e são comandadas pelo descomedimento. A virtude é apenas uma moeda de troca por outros prazeres, neste caso a obsessão que o domina e comanda.
Ontem, por exemplo, que sai de casa para ir aqui muito pertinho cortar o cabelo e por isso não andei fora de casa mais do que 1000 passos, ao fim do dia tinha feito 11 119 passos. São 8 km! A desfazer estantes, mudar os livros, fazer sacos de livros para dar... 8km!!
One the most impactful and powerful speeches the United Nations ever had to hear. And when @MosabHasanYOSEF finished, the entire auditorium was speechless. This man is simply spectacular. pic.twitter.com/1KLDPCus49
— Cheryl E 🇮🇱🇮🇱🇮🇱🎗️ (@CherylWroteIt) August 19, 2024
Quando ouvimos os alemães recusarem-se a aceitar a Ucrânia na NATO porque parte do seu território está ocupado pela Rússia, pensamos na Alemanha semi-ocupada pela Rússia ter sido aceite na NATO apenas 10 anos depois de ter massacrado dezenas de milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial.
Serão todos normalizados como agora os porcos ou os frangos, calibrados e feitos à medida do consumidor. Uma versão digital da lobotomia. (Este vídeo tem aqui problemas éticos e interessantes para discutir nas aulas.)
The Prison of the future- Cognify
— Interesting STEM (@InterestingSTEM) August 19, 2024
pic.twitter.com/VmZytJskjL