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March 31, 2024

O país que o governo PS nos deixou

 


Uma mulher grávida que mora em Alcântara teve de ser transportada, no sábado, para o Hospital do Barreiro, que fica a 30 quilómetros de distância, segundo indicações do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), revelou a TVI. A Direcão Executiva do SNS admitiu que, nestes dias, está a haver uma procura atípica.

"O aumento de procura e, consequentemente, o excesso de ocupação, num ou noutro SUO levou o INEM a acionar o modelo de referenciação hospitalar, transferindo grávidas para as unidades mais libertas", acrescenta a fonte, refutando que, "contrariamente ao que tem vindo a público, todas as grávidas encontraram a resposta de que necessitavam".
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'Uma procura atípica'... o quê? Duas grávidas em vez de uma? Porque nós somos um país onde nascem bebés em barda. 
A capital do país não consegue atender uma grávida. É este o estado em que António Costa e seus parceiros, Centeno e Medina se gabam de ter deixado o país. 
Leio que agora quer ir para o Conselho Europeu estragar aquilo com cunhas para incompetentes como ele.

March 30, 2024

Da herança do governo PS

 

Desinteresse pelas pessoas. Costa interessava-se por Costa. Centeno por Centeno. Medina por Medina. Etc.


Milhares de doentes à espera de um atestado multiúsos

Nos últimos anos a Provedora de Justiça recebeu mais de 1500 queixas, o que diz bem da dimensão do problema. Muitos doentes batem à porta

March 10, 2024

Um ajuste directo de 25 milhões de euros e já nem sequer são governo



Obriga? Alguém estava obrigado a ser incompetente e desperdiçar dinheiro público?

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SEF falha financiamento europeu e obriga a fazer ajuste direto de 25 milhões de euros

Portugal vai ter de devolver a Bruxelas cerca de 10 milhões de euros de financiamento que o SEF não executou em projetos relacionados com a segurança das fronteiras, como é o caso do sistema ETIAS, que deverá estar operacional no próximo ano. Por motivo de “urgência” o Governo autorizou neste mês um ajuste de direto.

O governo em gestão autorizou um ajuste direto de 25 milhões de euros para adquirir um novo sistema de segurança para as fronteiras, cujo financiamento estava aprovado pela Comissão Europeia mas não foi executado pelo extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

A decisão foi aprovada numa Resolução de Conselho de Ministros (RCM) publicada em Diário da República na segunda-feira, 4 de março, depois de ter sido assinada pelo primeiro-ministro em funções, António Costa, a 22 de fevereiro, autorizando “a despesa com a aquisição de hardware e software necessários à implementação do projeto Smart Boarders”.

March 07, 2024

Como é que se pega numa instituição que gerava rios de lucros e se transforma num poço de dívidas e prejuízos?



Governo PS?

Santa Casa arrisca processos de milhões no estrangeiro por incumprimento de contratos


Estado do Rio de Janeiro já notificou empresa no Brasil para responder em tribunal por seis milhões de euros. Sócios no Reino Unido decidem esta a semana se pedem indemnização de 18 milhões.



March 04, 2024

Onde António Costa e o seu ministro João Costa nos trouxeram



Nem nos anos 70 e 80 se chegou a este estado lastimoso. Pois nem mesmo assim mudam as políticas para atrair e segurar professores e legislam para a profissão ser cada vez manos qualificada e repelir todos que queiram uma carreira digna. Estamos nas mãos de gente que só sabe cobrar impostos e destruir. 


Diretora escolar pede a pais que sejam eles a cumprir programa de ensino. Motivo? Não consegue substituir professora de Português



Situação aconteceu numa escola do Norte do país. Responsáveis escolares frisam que esta situação decorre de uma falta "dramática" de professores que "já não afeta só algumas regiões do país e alguns grupos disciplinares"

O filho de Pedro Gomes está no 5º ano, na Escola Maria Manuela de Sá em Matosinhos. Não tem professor de Português desde novembro. A professora meteu baixa por doença e a substituição não tem sido fácil. Os sucessivos concursos não tiveram candidatos e nem nas contratações de escola tem sido possível arranjar um professor para lecionar as 14 horas semanais de Português às três turmas do 5º ano.

February 19, 2024

"O que é que não funciona?" PNS

 


Lisboa em risco: neonatologia sem médicos e enfermeiros


Hospitais de Lisboa e Vale do Tejo com falhas na neonatologia causam insegurança nos profissionais e risco para os bebés.

No início do ano a Direção Executiva do SNS (DE-SNS) elaborou «um plano estratégico, em rede, numa abordagem sistémica, que permite soluções sustentadas, com segurança e qualidade para as grávidas, crianças e suas famílias», lê-se na deliberação 215/2023 de 31 de dezembro. Para fazer face à falta de médicos especialistas em obstetrícia e ginecologia e para responder à indisponibilidade dos médicos para assegurar serviços de urgência para além das 150 horas de trabalho extraordinário anual, a DE-SNS reorganizou a rede em todo o país. No entanto, na zona de Lisboa e Vale do Tejo, não assegurou que essas alterações fossem acompanhadas com um reforço ou reorganização dos serviços de neonatologia. E o resultado é que o hospital Beatriz Ângelo, em Loures-Odivelas, assim como outros hospitais da zona de Lisboa e Vale do Tejo, estão sem elementos suficientes na equipa de neonatologia para responder e assistir bebés prematuros.

(...) preocuparam-se com a parte da unidade de obstetrícia, em reforçar os médicos e fazerem equipas para não fecharem à população, e não se preocuparam se havia lugar para os bebés», contou ao Nascer do SOL uma fonte hospitalar. E acrescentou: «Andamos sempre aflitos a prever onde é que vamos conseguir colocar os prematuros, porque na verdade não temos vagas para todos». Além disso, não é aconselhável que «os prematuros andem a passear de um lado para o outro como sistema».

Muitas vezes apenas está ao serviço um elemento das equipas de neonatologia, quando é obrigatório que estejam dois. «Felizmente, na maioria dos casos estão dois elementos. Mas há dias só com um. E basta um ou dois dias sozinhos e já é demais», relatou ao Nascer do SOL outra fonte de um hospital da região de Lisboa. A risco é eminente: «Alguma coisa pode correr mal e se só tivermos um neonatologista de presença física é uma insegurança e um risco para a saúde desse bebé. Estamos de mãos atadas porque, enquanto os obstetras fecham a admissão quando não têm equipas, a neonatologia não pode fechar. E temos de rezar para pedir que nada corra mal», declarou a mesma fonte.

Enquanto não se resolve esta situação, os médicos especialistas sentem que estão todos os dias a trabalhar no fio da navalha. Além do risco para os bebés, há ainda a responsabilidade em termos legais caso alguma coisa corra mal e com isso arriscam a própria carreira por estarem sozinhos a assegurar um serviço que exige dois elementos. Havendo duas urgências, é provável acontecer «ter de assistir a um bebé que esteja em estado grave e ter de ir para a sala de partos para salvar outro e não há como estar dois sítios ao mesmo tempo», advertiu um médico ao Nascer do SOL. Para agravar a situação, verifica-se ainda a transferência destes médicos para os privados, que estão com maior movimento e necessidade em contratarem segundos elementos de neonatolgia.

Também com as equipas de enfermagem, o rácio não é cumprido. Nos cuidados intensivos destas unidades deveria ter, pelo menos, um enfermeiro por duas crianças e em cuidados intermédios um enfermeiro para quatro crianças. No entanto, são muitas as vezes em que o rácio é de quatro bebés em cuidados intensivos para um enfermeiro. Com o novo de regime, que prevê contratos de 40 horas com ordenados de 35, houve várias enfermeiras com experiência que também saíram para o setor privado. Tornado ainda mais complicado responder a esta nova organização. «Vive-se todos os dias com o credo na boca. São raros os dias em que se pode dizer que está tudo bem, que não há problemas», contou um responsável ao Nascer do SOL.

February 18, 2024

Como é bom ser amigo do PS




Bué milhões por ajuste directo.

Consultor da Global Media acumula 3,3 milhões em contratos públicos



Contabilista de Luís Bernardo é dono da F5C, uma das maiores concorrentes do antigo assessor de Sócrates e patrão da WL Partners, que tem autarquias lideradas por socialistas como principais clientes.

(...)
Assumido maçom, iniciado no Grande Oriente Lusitano (GOL), onde integra a loja “Lusitânia”, João Tocha [socialista] é a cara da F5C, fundada em Setembro de 2007. Entre Dezembro de 2008 e Novembro de 2023, esta consultora foi escolhida para 127 contratos públicos, onde acumulou receitas de 4,9 milhões de euros. Destes, 99 foram por ajuste directo e 16 por consultas sem concorrentes. Em oito, concorreram com a WLP.
(...)

No total, estas sete empresas – WLP; F5C; Remarkable; JTINN; 29º Entertainment Experience and Events; Tocha Global Consulting e Sentinelcriteron – realizaram 291 contratos públicos, no valor de 10,6 milhões de euros. Destes, 249 foram através de adjudicação directa ou por consulta prévia sem concorrentes (186 + 63). Ou seja, 85,6%. Isto sem referir as consultas públicas em que as únicas entidades convidadas a apresentar propostas saíram apenas deste grupo de sociedades. Entre todas estas adjudicações, apenas uma foi feita através de concurso aberto.


February 13, 2024

"O que é que não funciona?" PNS

 


No cancro do pulmão estamos na estaca zero na luta contra o cancro do pulmão

O cancro do pulmão foi o mais comum, em todo o mundo, em 2022, sendo a principal causa de morte por doença oncológica, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).


Porque estamos na estaca zero? Porque o governo PS não faz e inviabiliza a possibilidade de outros fazerem 👇
No passado sábado, o presidente da associação dos centros de Responsabilidades Integrados (CRI), João Varandas, adiantou que o Governo, permitiu que se encerrasse, em 2023, a linha de financiamento europeia que permitia avançar com rastreios do cancro do pulmão.

“Tivemos conhecimento disso numa reunião que a associação teve a pedido da associação de rastreio do cancro do pulmão (…). Não se pode desperdiçar estas linhas de financiamento europeu” lamentou o responsável.

“Estamos a falar de um rastreio que tem uma eficácia de redução de 20% da mortalidade. Isto é muito significativo. Este ano temos duas situações que diminuem muito a nossa ação em termos de saúde pública neste contexto. Tivemos uma lei de alteração do tabaco que não chegou a ser aprovada. Foi uma lei que ficou parada dada a dissolução do parlamento. E o rastreio que não avança” explicou o presidente da SPP.

A lei do tabaco, para António Morais, “ia de encontro da prevenção do maior fator de risco do cancro do pulmão” e explica que “para se ter um programa nacional de rastreio, tem de haver uma avaliação, projetos-piloto, estudos e financiamento”.

“Nada disto está feito. E, pelo menos do nosso conhecimento, não há nenhuma comissão para tratar deste objetivo. E perdeu-se o financiamento para arrancarmos com projetos-piloto tendo em vista um programa nacional e neste momento temos um problema de saúde pública, mas não temos nada previsto”, criticou o responsável.

Esta frase refere-se a...?

 


“É normal que metade do país tenha ficado nas mãos de um par de famílias? Penso que não.” (Peter Magyar, ex-marido de Judit Varga)
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Não, não é a Portugal, é à Hungria onde a Presidente, a ministra da Justiça, (Judit Varga) e o seu ex-marido (dirigente de várias empresas públicas) se demitiram na sequência de perdoarem pedófilos presos, sob pressão -ao que se diz- do primeiro-ministro e do seu ministro adjunto, Antal Rogán.

Porém, aquela frase poderia ser aplicada ao nosso país que tem estado nas mãos de uns pares de famílias, desde que o PS de Costa é governo.

February 11, 2024

Aprovar leis de maneira que possam não ser cumpridas




O retrato é o seguinte: mulheres que percorrem quilómetros, reencaminhadas, especialmente nos casos de residentes nas regiões do Centro, Alentejo e Açores, para procurarem uma alternativa nos centros urbanos com maior oferta de serviços de saúde, um percurso que termina, em muitos dos casos, em Lisboa, com recurso ao privado", descrevem.

A APF e A Coletiva acusam o Estado de não assegurar que "o direito ao aborto seja efetivado no Serviço Nacional de Saúde sem boicotes e reencaminhamentos".
No comunicado, os dois movimentos pedem o fim do período de reflexão obrigatório e da obrigação de intervenção de dois médicos/a para a realização da IVG e que seja alargado o prazo de limite gestacional até às 12 semanas, acompanhando as legislações da maioria dos países europeus.

"Garantir que todas as unidades de saúde preparadas para a prática da IVG, asseguram o direito efetivo à mesma, não podendo a objeção de consciência constituir-se como obstáculo ao cumprimento da lei", reivindicam ainda.


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A que propósito obrigam as mulheres a um período de reflexão? Porventura uma mulher que decide fazer uma IVG não reflectiu já nesse passo? E são precisos dois médicos porquê? Então para um parto defendem que nem médico é preciso e que um enfermeiro qualquer de serviço serve, mas para uma IVG exigem dois médicos? É para aumentar exponencialmente as probabilidades de haver, pelo menos um, que seja objector de consciência e assim não se fazer a IVG? 

A chatice dos factos - até ao fim do ano, menos 5281 professores



O governo de Costa (Costa, Centeno, Medina e o outro Costa) pôs a educação nesta situação e depois lavou as mãos e agora PNS diz que está tudo bem, que este ministro é do melhor que há e as pessoas é que gostam de dizer mal. E há quem considere ir votar nestes indivíduos.

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Até março vão reformar-se mais de mil professores e educadores

Fenprof estima que até final do ano se reformem 5281 profissionais.

A Caixa Geral de Aposentações (CGA) revelou a lista de professores e educadores que se vão reformar em março e os dados confirmam um aumento do número de saídas este ano, agravando o problema da falta de docentes. Só nos primeiros três meses de 2024 mais de um milhar de profissionais passam à aposentação.

CM

A chatice dos factos - Pobreza: 12% das raparigas já faltou às aulas por não conseguirem comprar produtos menstruais

 


Uma quarto das raparigas em Portugal admite que já recorreu a produtos alternativos por não conseguir comprar produtos menstruais.

Entre as alternativas citadas surgem lenços, tecidos de algodão, cuecas, meias ou roupa velha, revela uma estudo que avalia o impacto da pobreza menstrual na assiduidade escolar. Avança o trabalho que quase 12% das raparigas inquiridas afirmam já ter faltado às aulas por não conseguirem comprar este tipo de produtos.

E 25,5% das raparigas questionadas disseram que já tiveram amigas que lhes pediram produtos de proteção menstrual por não os conseguirem comprar.

February 10, 2024

"As coisas correm bem na saúde, as pessoas é que gostam de dizer mal" PNS (citação de memória)




O PS é especialista em prometer que faz e depois não fazer mas dizer que foi feito e o problema são as pessoas, 'bota-abaixo' que gostam de dizer mal.


Governo deixou fechar linha de financiamento europeu para rastreio do cancro pulmão



Ministro Manuel Pizarro anunciou, em Dezembro de 2022 o alargamento do programa de rastreios oncológicos aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago. A promessa não chegou a ser cumprida.

O presidente da associação dos Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) denunciou este sábado que o Governo deixou encerrar em 2023 a linha de financiamento europeia que permitia avançar com rastreios do cancro do pulmão.

"Tivemos conhecimento disso numa reunião que a associação teve a pedido da associação de rastreio do cancro do pulmão", indignou-se João Varandas Fernandes. Em declarações à agência Lusa, o especialista lembrou que, neste caso, "há um trabalho empenhado de uma equipa de especialistas, maioria das vezes pro bono, e acaba por não haver consequências".

Já em Novembro do ano passado, o alargamento dos programas de rastreio oncológico aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago acabou por ser incluído no Orçamento do Estado para 2024.

Frisando que "não se podem desperdiçar estas linhas de financiamento europeu", Varandas Fernandes insistiu que "na prevenção precoce do cancro, quanto mais precoce melhor e tudo o que seja investimento nesta área vai trazer menos despesa mais tarde".

February 04, 2024

O governo PS estraga tudo em que mexe





Simplex do urbanismo foi “longe demais” e cria risco de insegurança jurídica


A simplificação no licenciamento das câmaras para construir mais casas era desejada por todos. Mas juristas, notários, mediadores e até promotores dizem que alterações vão trazer insegurança jurídica.

Luísa Pinto

“O notário não pode exigir mais do que a lei obriga, mas nada o impede de, como jurista qualificado e oficial público, contribuir para uma redacção de contratos mais equilibrados entre as partes”. É desta forma que a Ordem dos Notários apela a todos os seus associados para passarem a redigir escrituras em que fique clara a advertência, por exemplo, de que um determinado imóvel que vai ser transaccionado não dispõe dos títulos urbanísticos necessários para a sua utilização ou construção.

E na escritura deve estar mencionada a “advertência referente ao crime de falsas declarações e, desta forma, conferir uma maior solenidade jurídica ao acto, assim como realçar a diferença entre documento particular e documento autêntico”, lê-se ainda na nota informativa enviada a todos os notários. Jorge Batista da Silva, bastonário da Ordem dos Notários explica que esta foi a forma mais expedita de tentar colmatar “os vários perigos a que abre as portas” a redacção Decreto-Lei n.º 10/2024, de 8 de Janeiro.

O bastonário refere-se ao pacote legislativo do chamado Simplex no urbanismo, inserido no pacote Mais Habitação e que pretende simplificar os procedimentos administrativos com o objectivo de promover a habitação e reduzir encargos das empresas. Este pacote assentou em 26 medidas que vêm trazer alterações profundas aos regimes em vigor, sempre na perspectiva de facilitar o licenciamento da construção e transacção de imóveis. E entre elas, e “com surpresa para toda a gente”, garante o bastonário, aparece uma norma que revoga, com efeitos a partir de 1 de Janeiro deste ano, o diploma que exigia que numa escritura pública para transmissão de propriedade (compra de prédio, ou casa) fosse necessário provar que o imóvel tinha licença de utilização ou ainda a ficha técnica de habitação, no caso de imóveis construídos a partir de 2004.

“É surpreendente que em 2024, quando ainda estamos a resolver os problemas que existiram nos anos 80 e 90 de casas ilegais, basta lembrar nas Áreas Urbanas de Génese Ilegal, se abra agora a porta a que estes casos voltem a aparecer”, critica o bastonário dos Notários, sugerindo que, com esta lei, um consumidor que compra um frigorífico pode ter mais garantias do que alguém que vai comprar uma casa.

Francisco Bacelar, presidente da Associação dos Mediadores do Imobiliário em Portugal (ASMIP), diz que o princípio de simplificar é bom, mas teme que venha a ser aproveitado “para se fazerem negócios que mais tarde sejam um pesadelo para os compradores”. E deu um exemplo pessoal: “Nos anos 80 comprei um apartamento e fiz a escritura sem licença de habitabilidade, pois na altura era possível fazer-se só com licença de obras. Por causa disso passei semanas sem luz, pois o fornecedor desligou o contador da obra e não podíamos pedir um novo sem a licença de habitabilidade. Acabei por ter contador por cedência da operadora, mas a licença de habitabilidade demorou anos a conseguir. Não sei porquê, mas parece-me que vão começar a acontecer casos destes”, adivinha Bacelar.

Hugo Santos Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, uma das organizações que mais se tem batido pela simplificação, e feito as contas aos custos que a morosidade nos licenciamentos traz ao negócio imobiliário, também já assumiu publicamente que “a desburocratização não pode ser feita a todo o custo”, sublinhando que em alguns aspectos deste diploma talvez o legislador tenha ido “longe demais”. Afinal, a insegurança jurídica também pode penalizar os promotores, defende.

Lapsos e incongruências

O diploma foi publicado a 8 de Janeiro e tem normas que vigoram desde o dia 1 de Janeiro e outras que vão entrar em vigor a 4 de Março.

E, nota a professora de direito administrativo da Universidade de Coimbra, Fernanda Paula Oliveira, a legislação está "redigida numa forma acintosa para com as câmaras municipais”. “É uma forma estranha de se escrever uma lei, dizendo, por exemplo, que as câmaras ficam proibidas de solicitar pareceres em matéria de património cultural, incluindo os seus serviços internos”, notou a jurista, num debate organizado pela Associação dos Trabalhadores da Administração Local. Estes trabalhadores são, na verdade, os primeiros a ter de acomodar todas as alterações trazidas por esta lei.

A jurista avisa que o decreto está “cheio de lapsos, incongruências, altera-se um artigo, não se altera o outro artigo correspondente”. “Não sabemos exactamente as consequências do diploma, porque também ainda falta um conjunto de portarias”. O que já se sabe é que, de uma assentada, se alteraram normas de vários regulamentos - como o regime jurídico da urbanização e da edificação (RJUE), o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) e o Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU). E até se mexe numa Lei de Bases (ver texto relacionado).

Foi por essa via que se eliminaram obrigações que vinham a ser reclamadas há muito pelos promotores - deixa de ser obrigatório haver bidés na casa de banho, e pode haver duches em vez de banheiras (alterações ao RGEU), por exemplo. Ou também, se previu a criação de uma Plataforma Electrónica dos Procedimentos Urbanísticos, de uso obrigatório a partir de 5 de Janeiro de 2026, ou que, a partir de Janeiro de 2030, todos os projectos de arquitectura sejam apresentados com a metodologia Building Information Modeling (BIM), o que permitirá uma confirmação quase automática dos parâmetros definidos por lei. Desde que as regras estejam claras e definidas, e se o projecto cumprir as regras, ele é automaticamente aprovado. Esta tem sido a principal reivindicação dos promotores.

Fernanda Paula percebe que o legislador esteve preocupado em simplificar de imediato os processos da perspectiva de quem quer intervir, de quem quer fazer operações urbanísticas. A legislação prevê, por exemplo, a isenção de controlo prévio de intervenções que aumentem áreas ou pisos mas dela não resultem aumento de altura da fachada, prevendo deferimentos tácitos quando os licenciamentos não são decididos nos prazos previstos. Fernanda Paula diz que ao serem “dispensados actos de verificação e um conjunto de formalidades” se vai criar uma maior insegurança no consumidor que vai comprar a fracção, ou no banco que vai ter que financiar. “Já se começa a falar que há riscos associados e na necessidade de haver seguros que cubram estes riscos. E isto só é desfavorável porque estamos a onerar mais os projectos, quando a ideia é ter habitação mais barata”, avisa a jurista.


Isto não é aceitável num país civilizado (ou não civilizado)

 


O hospital de Santa Maria é um hospital de referência. Um hospital não recusa receber uma doente a esvair-se em sangue. Temos um hospital público especializado em obstetrícia -a Maternidade Alfredo da Costa- que já nem é opção para enviar grávidas...? Este é o preço das políticas financeiras de Centeno e Medina. Gabarolices de estarem cheios de dinheiro custam às pessoas a vida.

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Uma grávida, de 29 anos, com sinais de aborto espontâneo, hemorragia abundante e febre viu o atendimento ser recusado em dois hospitais, Barreiro e Santa Maria, em Lisboa, e esteve quase cinco horas com os bombeiros até dar entrada no hospital de Cascais.

“A grávida deu entrada na Urgência Geral, passou pela triagem, onde foi indicado aos bombeiros que a levassem para o Serviço de Urgência de Obstetrícia”, conta Acácio Coelho. Aqui, uma obstetra, de acordo com o comandante, acusou os bombeiros de “extrapolar as suas funções e que não ia receber a utente porque a Urgência estava fechada”.

A grávida tinha uma hemorragia abundante e febre. "Tinha a maca cheia de sangue. Não sei porque a obstetra disse aquilo, os elementos receberam indicação para a levar ao Serviço de Urgência pela Triagem do hospital, não são os bombeiros que entram pelo hospital e decidem o que fazer”, considera Acácio Coelho.

A grávida voltou para a ambulância dos bombeiros e partiu para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. 
Acácio Coelho conta que, em Lisboa, os bombeiros depararam-se com um Serviço de Urgência de Obstetrícia fechado, em obras. “Só pode ser uma falha de comunicação da parte do INEM para enviar a doente para estes serviços”. De volta à ambulância, os bombeiros receberam indicação para transportar a mulher para o Hospital de Cascais, onde deu entrada no Serviço de Urgência de Obstetrícia perto das 21 horas, mais de quatro horas depois da chamada inicial ao INEM.

O JN tentou, sem sucesso, saber o seu estado de saúde junto do Hospital de Cascais. Questionamos, também, o Hospital do Barreiro e o INEM sobre o sucedido, mas até agora não obtivemos respostas.

January 13, 2024

Mais uma estrutura fundamental do Estado depauperada de pessoas e condições - obrigada governo Costa




Trabalhadores das Finanças pedem a demissão da directora-geral

Sindicato alerta para “ruptura” nas repartições do fisco, vê falta de pessoal e contesta inspecção excessivamente “centralizada”.

Pedro Crisóstomo

Há muito descontente com a liderança da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) veio esta sexta-feira pedir a demissão da directora-geral da administração fiscal, Helena Borges, por considerar que a administração fiscal está a ser “destruída por uma gestão de recursos humanos sem visão e sem estratégia”.

Borges dirige o fisco desde Março de 2015, quando o Governo de Pedro Passos Coelho, confrontado com demissões de topo no fisco por causa das revelações da famosa “lista VIP” de contribuintes, fez subir a número um a então directora da direcção de Finanças de Lisboa, que viria a ser nomeada em definitivo já pelo Governo de António Costa em Janeiro de 2016 e reconduzida em Janeiro de 2021 para um último mandato de cinco anos, que só termina em Janeiro de 2026.

Há vários anos que o STI está descontente com a liderança de Helena Borges, sendo este pedido o culminar de críticas que cresceram ao longo de 2023, levando a uma tomada de posição votada por unanimidade no conselho geral do STI, o órgão onde estão representadas as várias direcções distritais do sindicato.

A reivindicação foi formalizada no início de Dezembro, mas só foi divulgada agora em Janeiro, nesta sexta-feira, dias depois de a nova direcção do sindicato tomar posse. O novo presidente, Gonçalo Rodrigues, foi eleito em Novembro e assumiu funções na última segunda-feira, sucedendo a Ana Gamboa, cuja direcção já integrava.

A proposta de exigir a demissão de Helena Borges partiu da delegação de Faro e foi aprovada por unanimidade na reunião de Dezembro (com 366 votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção), coincidindo com a vontade actual e da anterior direcção nacional do sindicato.

Numa nota à imprensa, o novo presidente do STI cita três problemas centrais para justificar o pedido de saída de Borges: serviços de finanças “em ruptura”, falta de pessoal (em particular nas alfândegas), e uma inspecção tributária “centralizada e moribunda”.

A deliberação aprovada no conselho geral, a que o PÚBLICO teve acesso, enumera alguns riscos que os trabalhadores vêem se não houver um reforço de pessoal, de meios e de organização: “Não há uma política de recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos que permita um funcionamento eficaz dos serviços, estando os mesmos reduzidos às suas funções mínimas. A falta estrutural destes recursos impede o combate à fraude, à evasão e restante criminalidade fiscal, pondo em risco a arrecadação de receita e o combate à economia paralela. A falta destes recursos impede o combate à contrafacção, ao tráfico de droga e ao tráfico de armas, pondo em risco a segurança dos que vivem em Portugal e da fronteira externa da União Europeia. Sem receita fiscal não há Serviço Nacional de Saúde, não há educação pública, não há Segurança Social, não há justiça nem segurança pública. Uma Autoridade Tributária e Aduaneira sem recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos implica um desequilíbrio nas contas públicas, que põe em causa a redistribuição da riqueza, alicerce fundamental do Estado Democrático e de Direito que Portugal é.”

O PÚBLICO sabe que, durante a discussão da proposta, a direcção distrital de Viseu do STI chegou a sugerir que o sindicato colocasse outdoors a pedir a demissão da directora-geral, mas não é claro se essa ideia ganhou apoio interno para avançar.

Para Gonçalo Rodrigues, citado na nota de imprensa do STI, os recursos humanos da AT “têm de ser geridos por alguém com formação na área da gestão e que pertença às carreiras especiais inspectivas da AT” e, neste momento, diz, o fisco “navega ao sabor de estados de alma, de invejas e de egos, e os resultados estão à vista”.

No ano passado, o STI convocou protestos e mobilizou os trabalhadores para greves contra o que dizia ser a “degradação das condições de trabalho” (decorrente da saída de trabalhadores que se aposentam, por exemplo), contra a “degradação das instalações” e contra a falta de meios para “promover o eficiente combate à fraude e evasão fiscal”.

Ainda em Novembro, quando a AT assumiu que até 2025 enfrentará uma vaga de aposentações, com a previsível saída para a reforma de 2000 funcionários, a anterior presidente do sindicato, Ana Gamboa, explicava que a “saída massiva” de trabalhadores acontecerá sobretudo entre técnicos “recrutados nos anos 80 que estão agora no final da vida activa” e vincava que há vários anos que essa situação era conhecida. “Sem renovação dos efectivos, isto cria uma sobrecarga e pressão gradual em quem fica, porque a saída de trabalhadores não implica diminuição dos objectivos a cumprir. As pessoas estão exaustas nos serviços. Já não é urgente recrutar, neste momento é uma emergência”, dizia Gamboa.

Além do descontentamento interno, Helena Borges tem enfrentado críticas no Parlamento, vindas de várias bancadas — do PSD, do BE e do PCP —, pela forma como o fisco está a conduzir o processo de avaliação e cobrança do IMI das barragens. Também a Câmara Municipal de Miranda do Douro já pediu a saída de Helena Borges.

Ainda na quinta-feira, durante a audição no Parlamento do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, sobre o facto de o fisco ter deixado caducar algumas das liquidações de IMI das centrais relativas ao ano de 2019, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua considerou que, se a “culpa” é da AT, “alguma consequência deverá haver”.

Notícia corrigida às 19h30: Rectificada a referência ao momento da aprovação da proposta de pedido de demissão pelo conselho geral do STI, que ocorreu no início de Dezembro de 2023 e não no final desse mês.

 

January 12, 2024

A chatice dos factos: Portugal tem a taxa de emigração mais alta da Europa e uma das maiores do mundo

 

O governo PS criou um país tão próspero que fogem todos daqui e vão enriquecer outros países.

Mais de 850 mil jovens que têm hoje entre 15 e 39 anos deixaram o país e residem atualmente no exterior, segundo uma estimativa do Observatório da Emigração. Quase um terço das mulheres em idade fértil está fora. Êxodo tem um “impacto brutal” na fecundidade e no mercado de trabalho, alertam especialistas.

Portugal tem a taxa de emigração mais alta da Europa e uma das maiores do mundo. A vaga contínua de saídas ao longo das últimas décadas engrossou o número de portugueses no estrangeiro, acelerando a perda de população jovem. De acordo com uma estimativa do Observatório da Emigração, 30% dos nascidos em Portugal com idades entre os 15 e os 39 anos deixaram o país em algum momento e vivem atualmente no exterior. São mais de 850 mil.

O número consta do “Atlas da Emigração Portuguesa”, que será lançado na próxima semana, e é estimado a partir de uma amostra de países de destino da emigração nacional que disponibilizam dados sobre a composição por grupo etário das comunidades estrangeiras residentes, incluindo a portuguesa. “Feitas as contas, extrapolando esse número para o universo de países para onde os portugueses emigram e comparando com a população residente em Portugal com essas idades, concluímos que 30% dos jovens que nasceram no país estão atualmente a viver fora”, explica Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório da Emigração. “É um número muito alto, com um efeito muito complicado na fecundidade”, já que quase um terço das mulheres em idade fértil saíram para a emigração — de tal forma que os nascimentos de filhos de mãe portuguesa no estrangeiro “já equivalem a cerca de 20% do total de nascimentos em Portugal” (ver entrevista).


January 10, 2024

O questionário de integridade criado pelo governo não passa de um papelinho



Conselho da Europa põe em causa questionário para futuros membros do Governo português


Deve haver controlos de integridade eficazes antes de alguém integrar o Governo, diz o Greco. A recomendação vem um ano depois de o Governo ter aprovado um questionário para futuros membros.

Ana Henriques

O Grupo de Estados contra a Corrupção (Greco) do Conselho da Europa questiona a eficácia do questionário criado pelo Governo português para aquilatar a integridade dos futuros membros do executivo antes de iniciarem funções, criticando também a confidencialidade das respostas.

Embora reconhecendo que este instrumento ainda não se encontra consolidado, o grupo de trabalho que redigiu o relatório do Greco – destinado a avaliar os mecanismos de prevenção da corrupção na administração central e nas forças de segurança, e divulgado esta quarta-feira – questiona a sua aplicação prática. Afinal, pode ler-se, a resolução do Conselho de Ministros que o criou “não indica que organismo irá cruzar a informação, tanto mais que o questionário preenchido é classificado como segredo nacional, está fora do alcance do público e escapa ao seu controlo”.

Assim como escapa a qualquer controlo de probidade a nomeação dos membros dos gabinetes do Governo, que não são sujeitos a qualquer interrogatório: “A sua nomeação está apenas condicionada pela necessidade de verificar a disponibilidade de recursos orçamentais do respectivo gabinete e os limites relativos ao número máximo de membros que podem ser nomeados”.

Verificou-se que, após o termo do seu mandato, alguns ministros se tinham empregado no sector privado, em domínios pelos quais tinham sido responsáveis, não respeitando a legislação

O Greco sugere que a informação contida neste questionário possa ser revista, por exemplo, pela Entidade Para a Transparência, e que todos os que ocupam posições de topo no Estado, e não apenas os governantes, sejam submetidos a procedimentos destinados a identificar potenciais conflitos de interesses antes de ingressarem em funções, devendo estes dados ser publicados online.

O alerta chega um ano depois de o Governo ter criado um questionário com 36 perguntas para quem viesse a integrar o executivo, após as polémicas com os secretários de Estado Miguel Alves e Carla Alves.

De resto, o Conselho da Europa entende que o Governo tem de fornecer àquela entidade, que funciona junto do Tribunal Constitucional, condições para cumprir a sua missão. “É da maior importância torná-la plenamente operacional, a fim de desempenhar as importantes tarefas que lhe foram confiadas.

Embora as autoridades tenham indicado que, em 2020, o Ministério Público interveio em 524 casos relativos a suspeitas ou irregularidades na apresentação de declarações de rendimentos por todas as categorias de titulares de cargos políticos e públicos, o grupo de trabalho registou com preocupação o facto de não ter sido efectuado qualquer controlo substantivo. Na prática, isto significa que situações de acumulação injustificada de património, conflitos de interesses e incompatibilidades ficaram por sancionar”, pode ler-se no relatório, que lamenta ainda que o site oficial do Governo não inclua informações sobre o papel e as funções dos membros dos gabinetes governamentais.

Atenção aos gabinetes

O documento é, aliás, particularmente profícuo em alusões ao gabinete do primeiro-ministro, por comparação com relatórios análogos feitos no passado pelo Greco sobre a situação em França, Espanha ou Alemanha. E, apesar de a visita da equipa de avaliadores deste organismo do Conselho da Europa ter ocorrido já entre Junho e Julho de 2022, algumas das observações que constam neste trabalho parecem encaixar-se em acontecimentos bem mais recentes, como a Operação Influencer, que levou à demissão de António Costa.

“No que respeita aos membros dos gabinetes ministeriais, incluindo o do primeiro-ministro, o n.º 4 do artigo 8.º do Decreto-lei n.º 11/2012 estabelece que, durante o exercício das respectivas funções, os membros dos gabinetes não podem celebrar quaisquer contratos de trabalho ou de prestação de serviços com entidades que estejam sob a tutela do respectivo membro do Governo e que se mantenham em vigor após a cessação das suas funções”, pode ler-se neste relatório, que fala, de resto, na necessidade de alargar a todas as pessoas que exercem funções executivas de topo na administração central as restrições pós-emprego já existentes para os governantes.

Actualmente, os titulares de órgãos de soberania e titulares de cargos políticos não podem exercer, pelo período de três anos contado da data da cessação de funções, cargos em empresas privadas que prossigam actividades nos sectores que tutelaram, desde que, no período do seu mandato, tenham sido objecto de privatização ou beneficiado de incentivos financeiros ou fiscais.

Porém, a equipa do Greco que veio a Portugal constatou que nem isso é sempre cumprido: “Verificou-se que, após o termo do seu mandato, alguns ministros se tinham empregado no sector privado, em domínios pelos quais tinham sido responsáveis, não respeitando a legislação em vigor. Questionadas sobre a existência de um sistema de controlo e de sanções em caso de violação das restrições pós-emprego, as autoridades não forneceram qualquer informação”.

No que diz respeito aos membros dos gabinetes, só inspectores e subinspectores estão sujeitos a estas restrições. O chamado “fenómeno das portas giratórias” – os membros dos gabinetes ministeriais que deixam o cargo para trabalhar no sector privado – “deve ser abordado de forma mais aprofundada, para evitar conflitos de interesses e uma eventual utilização abusiva da informação”, preconiza o relatório.

Debruçando-se sobre o processo legislativo, os avaliadores concluíram pela necessidade de, quando estão em elaboração, os decretos-leis serem submetidos a consultas públicas que beneficiem de prazos suficientemente extensos. Neste capítulo a transparência deve ser assegurada com a publicação de todos os contributos recebidos nesta fase.

Todas as pessoas com funções executivas de topo devem ser sujeitas não apenas a controlos de integridade eficazes antes de entrarem para o Governo, mas também a restrições pós-emprego, avisa também o Greco. Os contactos mantidos entre os altos funcionários do Estado e os representantes de grupos de interesses privados é mais uma questão considerada preocupante.

Controlo dos polícias deve ser reforçado

No que diz respeito à Polícia de Segurança Pública e à Guarda Nacional Republicana, as autoridades têm de tomar medidas para levar a cabo um recrutamento de efectivos transparente e objectivo, para aumentar a representação das mulheres a todos os níveis e para criar mecanismos internos de denúncia de irregularidades.

Além disso, o controlo da probidade dos agentes da lei deve ser reforçado. O acesso à informação pública deve igualmente ser melhorado no âmbito destas autoridades responsáveis pela aplicação da lei. Por último, os donativos e os patrocínios devem ser objecto de melhor regulamentação, a fim de aumentar a sua transparência e de enfrentar os riscos de conflitos de interesses.

Ao todo, são 28 as recomendações feitas a Portugal pelo Greco, que irá avaliar a sua implementação. Embora reconhecendo que Portugal desenvolveu um extenso quadro jurídico e institucional anticorrupção, estes especialistas assinalam que a sua eficácia depende, em grande medida, de a Entidade para a Transparência e também o Mecanismo Nacional Anticorrupção estarem plenamente operacionais, o que ainda não é o caso.

Para desenvolverem este trabalho, os avaliadores reuniram-se com representantes das secretarias-gerais da Presidência do Conselho de Ministros, do Ministério da Administração Interna, com o Ministério da Justiça, com a Inspecção-Geral de Finanças, PSP, GNR, representantes das magistraturas, provedora de Justiça e Tribunal de Contas. Também foram recebidos por deputados da Assembleia da República, tanto da Comissão dos Assuntos Constitucionais como da Comissão para a Transparência. Por fim, estiveram ainda com representantes do mundo académico, jornalistas, sociedade civil e sindicatos das forças policiais.

Notícia actualizada às 15h45 com referência ao questionário aprovado pelo Governo há um ano

 

PNS está convencido que é um Che Guevara e quer ver Cuba em Portugal

 


Como é que, depois de tudo o que disseram e de tudo o que escreveram, é possível terem a audácia de apoiar Pedro Nuno? O ministro infantil que meteu água com a TAP, com o aeroporto, com a CP, com a habitação e, agora, até com os CTT. Pedro Nuno, o homem que diz que teve uma empresa e, portanto, fala olhos nos olhos com os empresários, é também o homem que, quando a mesma empresa fundada pelo pai foi acusada de ter contratos de ajuste direto com o Estado, afirmou que tinha apenas 1% da mesma e estava totalmente afastado. Afinal, sabe o que é gerir uma empresa ou aprendeu no almoço familiar de domingo entre reuniões da Juventude Socialista?

Miguel Vargas

January 08, 2024

O governo PS faz lembrar certos alunos

 


Que estão a hora e meia do teste a olhar para o ar fazendo pouco mas quando toca para sair é que têm aquelas ideias que davam para tirar 20 e é claro que só não tiraram 20 porque nós, professores, lhes tirámos o teste nessa altura. 


Governo considera que concurso público do TGV tem de ser lançado até 18 de Janeiro