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November 05, 2024

Parece-me que PNS tem razão

 

Se é um padrão não sei, mas sei que os políticos não podem reduzir o contacto com as populações apenas aos períodos das campanhas eleitorais. É claro que não podem ir a correr em cada situação, mas os acontecimentos recentes foram suficientemente importantes e perturbadores da vida social para merecerem um cuidado particular. Vai-se muito longe na pacificação social apenas ouvindo as pessoas e estando presentes nos seus problemas. É necessário que os cidadãos sintam e vejam que os governantes não fogem deles e dos seus problemas e não se fecham nos seus gabinetes e reduzam a sua comunicação a declarações longínquas na imprensa. E isto não é demagogia. Estamos a ver o que aconteceu em Valência, onde existe uma grande revolta porque os políticos chegaram tarde e depois fugiram. Não é assim que se enfrentam os problemas. Há muitas populações nos bairros, ditos problemáticos, que querem ter uma oportunidade de vida e de trabalho normais e precisam de saber que o governo está atento aos seus problemas.


Pedro Nuno Santos critica Luís Montenegro por ainda não ter ido aos bairros


Secretário-geral do PS considera que já é "um padrão" a ausência do primeiro-ministro no terreno.

July 09, 2021

Brincando, brincando...

 


Esta mesmo há bocadinho numa sala de espera de um médico a ver as notícias na TV que estava ligada. Ele era o palheiro de Vieira, a garagem de Berardo, o baú da mãe do Socas, a casinha de Salgado, o rei dos frangos, o rei da sucata, o rei dos pneus... ... todos amigos de actuais e antigos governantes... ... é o país que temos... Acho que ninguém está esquecido da grande amizade de Centeno com o Vieira a quem pedia bilhetes e ainda que o primeiro-ministro esteve nas listas do dono do palheiro... ... mas talvez isso não o envergonhe pois está nas listas do Cabrita para a eleição de ,'pior ministro da história de Portugal' e não parece incomodado.






August 29, 2020

O mundo é governado por loucos II

 


O mundo é governado por loucos

 


March 15, 2020

Sermos governados por irresponsáveis assusta-me mais que o vírus



Gozaram com a doença, influenciaram muitos a desvalorizarem-na com os consequentes comportamentos irresponsáveis que alguém vai pagar com a sua vida.
Os especialistas da OMS dizem que há razão para alarme e os tolos dos governantes negam só porque lhes dá jeito sem pensar nas consequências.
Que muita gente não pensa e precisa de muita, muita evidência, para perceber o perigo, isso sabemos, agora que esses sejam a maioria no governo, isso assusta.
Hoje lemos nos jornais que os profissionais de saúde não têm máscaras ou luvas para lidar com os doentes porque os incompetentes que nos governam arrecadam todo o dinheiro dos impostos para a banca e primismo em vez de pensarem no país e nem sequer são capazes de repor stocks de produtos essenciais.
No ano passado, se bem nos lembramos, andavam a chamar selvagens aos enfermeiros para lhes negarem uma carreira.
Tenho medo que estes governantes façam mais mal que o vírus.

Governo a reboque da sociedade civil

Eduardo Cintra Torres

A irresponsabilidade de Graça Freitas, Torgal, Marcelo e Costa foi valentemente contrariada.

Em 14 de Janeiro, a Organização Mundial da Saúde atribuiu o nível de alerta. No dia seguinte, Graça Freitas, directora-geral da Saúde, disse que era "um bocadinho excessivo", que "não há grande probabilidade de chegar um vírus destes a Portugal", "não se transmite de pessoa para pessoa". O chefe de Estado e o primeiro-ministro andaram em risotas nos hospitais a falar com infectados. Noutra acção de propaganda, o governo organizou um evento mediático no Aeroporto de Beja.

O presidente fez brincadeiras com os seus beijos e abraços. Podendo estar infectado, fechou-se em casa (fez bem), mas fez palhaçada à varanda para o país. Em 28 de Fevereiro, o porta-voz do Conselho Nacional de Saúde Pública (CNSP), Jorge Torgal, declarou que o COVID-19 não é grave, que "é menos perigoso do que o vírus da gripe", que "existe um pânico completamente desproporcional à realidade" e que não mudou "absolutamente nada na sua vida". A 12 de Março, o CNSP opôs-se ao fecho das escolas e museus. Na quinta-feira, o governo decidiu manter as escolas abertas até amanhã.

O primeiro-ministro, com medo político de tomar decisões firmes, foi adiando, escondendo-se atrás da opinião dos "técnicos" como Jorge Torgal. Tarde e a más horas, contrariou a recomendação criminosa do CNSP e anunciou as primeiras medidas sérias dizendo tratar-se da "luta pela nossa sobrevivência". Quem o visse na galhofa com Marcelo no hospital! Quem o ouvisse escudando-se na opinião dos "técnicos"!

A irresponsabilidade de Graça Freitas, Torgal, Marcelo e Costa durante semanas foi entretanto valentemente contrariada no mesmo período por câmaras municipais, pela Igreja, universidades e escolas (em alguns casos pelos seus directores, incorrendo em desobediência), pelas instituições do futebol, empresas, organização de eventos, pelos media e por milhões de cidadãos. A sociedade civil antecipou-se em dias ou semanas aos ‘responsáveis’ nacionais políticos e de Saúde.

Só na quinta e sexta-feira o discurso político mudou, com Costa e a conferência de imprensa da inevitável Freitas, já não com a fraca Temido, mas com a sua secretária de Estado. Mais factuais e menos verborreicas, em vez de atacarem os media, como fizeram dias antes Freitas e Temido, agora elogiaram-nos, acertando por uma vez: foram os media jornalísticos que, desde Dezembro, informaram correcta e sistematicamente os portugueses, ao contrário dos responsáveis políticos e de Saúde.

Vivemos uma situação excepcional. Infelizmente, nesta hora extraordinária não tivemos dirigentes políticos e na Saúde à altura. Uma vez mais, o povo revelou-se melhor do que a elite.

March 13, 2020

Esta crise epidémica é um grande teste à democracia



Vamos ver se passamos no exame de cidadania, como disse uma colega e vamos ver se quem mais morre, quem mais fica depauperado são os já mais sacrificados.

Sabermos que, se as coisas chegarem ao nível da Itália, também aqui não haverá equipamentos médicos para tratar toda a gente por se terem feitos cortes obscenos nos serviços públicos para engordar a banca e para que os governos possam ter 70 ministros e secretários de Estado e filhos e primos à toa e possam decorar as casas, carros e gabinetes como se fossem a corte do Louis XV, é revoltante.

No entanto, pior é esta crise ser pretexto para que este governo de pseudo-esquerda aproveitar para cortar ainda mais, facilitar os despedimentos e piorar as condições de vida de quem menos tem. Vamos ver se no fim disto a sociedade, em vez de estar mais solidária, está mais desigual.

Ainda hoje li que mais um boy do PS sem currículo e que nada percebe de fronteiras acaba de ser nomeado grande especialista do SEF. Estamos a ver uma tempestade a aproximar-se e os governantes, em vez de contratarem pessoas competentes e idóneas para lidar com a crise e o pós-crise, aproveitam a distracção para nomear o filho deste e o boy daquele.

Vamos ver como saímos disto. Vamos ver se os governantes e satélites se aproveitam da doença para tornar a sociedade ainda mais desigual do que está.