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September 21, 2024

Já sabíamos que a banca portuguesa é liderada por gangues de malfeitores mas esta juíza disse-o preto no branco

 

Durante dez anos os criminosos roubaram os clientes em mais de 5500 milhões de euros. Na maioria dos casos, pessoas que tentam comprar uma habitação com grande esforço. E o maior ladrão foi o banco do Estado. Os biliões que o país já enfiou nas mãos destes gangues de malfeitores para salvar os bancos das suas negociatas sujas não chegou e ainda foram roubar o pobre contribuinte. E escolheram a habitação, sabendo os problemas que as pessoas têm para conseguir comprar casa, uma das razões de fugirem do país. Quem devia pagar as coimas não são os bancos mas os dirigentes que fizeram o negócio criminoso. No mínimo essas pessoas deviam ficar com cadastro e impedidas de lidar com dinheiro alheio, porque a seguir, já que isto não lhes dói pessoalmente, pois quem vai pagar a coima são os clientes do banco, os próprios prejudicados, vão-se cartelizar para roubar noutro sector qualquer. É que estes dirigentes, na sua essência, são é ladrões convictos -não se arrependeram nada do que fizeram- e calhou estarem à frente de bancos.

Cartel foi “muito grave” e lesou clientes, mas bancos não se arrependeram



Tribunal confirma coimas de 225 milhões a dez bancos e livra Barclays de pagar sanção por ter revelado a ilegalidade. É um sinal de incentivo para as empresas não temerem denunciar irregularidades.

Para dar um sinal de “prevenção geral” na sociedade portuguesa e, de forma indirecta, mostrar às empresas que compensa fazer um juízo crítico de arrependimento e revelar aos reguladores o envolvimento em ilegalidades, a juíza anulou a coima que a AdC aplicara ao Barclays e substituiu-a por uma mera admoestação (o banco foi condenado, só que não foi acoimado;

Em contrapartida, em relação aos restantes bancos (dez instituições, entre as quais estão as maiores, como a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o Santander, o BPI e o antigo BES, agora em liquidação), o tribunal manteve as coimas nos exactos valores decididos pela AdC em 2019. Ao todo, 224,8 milhões de euros.

A CGD foi condenada em 82 milhões de euros; o BCP em 60 milhões; o Santander em 35,65 milhões; o BPI em 30 milhões; o Montepio em 13 milhões; a sucursal do BBVA em 2,5 milhões; o BES em liquidação em 700 mil euros; o BIC em 500 mil euros; o Crédito Agrícola em 350 mil; e o UCI em 150 mil.

O tribunal concluiu que a conduta dos bancos lesou os consumidores portugueses durante muito tempo, em particular os do crédito à habitação. E só a iniciativa do Barclays, ao revelar o caso, permitiu o fim da “conduta infraccional e a sua investigação”.

A sentença faz, aliás, uma diferenciação entre o comportamento do Barclays e o de todos os outros. Enquanto a sucursal do banco inglês reconheceu a “ilicitude da sua própria conduta” e teve um “papel fulcral” para a “descoberta da verdade material”, para o fim da infracção e para o “escrutínio, público e judicial, da conduta infraccional e da administração da Justiça em reacção ao conluio”, os restantes dez bancos não reconheceram os erros praticados, vinca o tribunal.

Gomes Machado fez questão de sublinhar que, apesar do contributo “particularmente relevante” do Barclays, esse comportamento “não espoletou, nas demais visadas, consistente capacidade crítica sobre a ilicitude da sua conduta”. E isso “agudiza as necessidades de aplicação” das coimas.

“A significativa duração da infracção, bem como a concentração do mercado, agravam as necessidades de prevenção, geral e especial”, caso contrário, o pagamento das coimas tornava-se “acomodável e não dissuasor de (futuros) comportamentos ilícitos”, justificou a juíza.

Os bancos foram condenados porque o tribunal português, decalcando o entendimento do Tribunal de Justiça da União Europeia no seu parecer ao processo em Julho deste ano, considerou que o intercâmbio de informações teve como objectivo falsear a concorrência (isto é, existiu para prejudicar o normal funcionamento do mercado). E foi o que aconteceu, diz o tribunal português.

Para a juíza, o facto de os funcionários dos departamentos de marketing e gestão e produto terem trocado informações por email e por telefone, com o aval das hierarquias internas, incluindo das administrações, sobre os spreads que iam praticar (dados futuros) e sobre os volumes de financiamento concedidos (dados passados) permitiu aos bancos fazer uma “coordenação informal” de preços que lhes reduziu os riscos de mercado.

A conduta de “elevada gravidade”, diz o tribunal, teve consequências mais visíveis no segmento da actividade primordial da actividade bancária, o crédito à habitação, em que o financiamento para a compra de casa é “um produto âncora”, havendo, por isso, consequências para os consumidores.

“O mercado imobiliário português contribui para um quinto do PIB [produto interno bruto] português e a habitação é um activo relevante – 80% em relação à riqueza total – no balanço financeiro das famílias portuguesas”, fundamentou a juíza, com base num estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Neste contexto, a troca de informações limitou “os direitos dos consumidores não só num sector crítico no país, como teve reflexos noutros segmentos bancários, que cultivam a dependência financeira dos clientes” em relação às instituições.

A fundamentação da juíza continua: “A reboque do crédito à habitação, a generalidade dos bancos exigem aos clientes a subscrição, além de um seguro multirriscos (associado, por lei, ao crédito habitação), de outros produtos que não decorrem da lei: seguro de vida, domiciliação de ordenado e cartões de crédito, no fenómeno denominado cross-selling[ainda que haja “conhecidas excepções”, como as da sucursal do UCI e do Montepio].”

Para o tribunal, o conluio foi particularmente negativo para os particulares, porque, sublinhou, as pessoas singulares “têm (re)conhecidas dificuldades em estabelecer qualquer negociação efectiva quando o seu interlocutor é uma pessoa colectiva” (como é o caso dos bancos). E, neste caso, existindo uma concertação entre concorrentes, essa capacidade dos clientes ficou “particularmente limitada pela inexistência de efectiva concorrência”, já que os bancos “puderam secundarizar e desprezar objectivos e políticas comerciais de captação e conservação de clientes singulares.” Mais: “O preço real da habitação em Portugal é desproporcionadamente superior à média da União Europeia, o que dá bem nota da importância da questão para os consumidores”.

Embora os bancos ainda possam recorrer da sentença para o Tribunal da Relação de Lisboa (e alguns já confirmaram que o farão), esta decisão de primeira instância é relevante porque a legislação permite a apreciação de acções populares para indemnizar os consumidores portugueses. E, relativamente a este processo, a associação Ius Omnibus já apresentou cinco acções, estimando que o conluio causou danos “de mais de 5500 milhões de euros.”

Embora formalmente a colusão não tenha sido enquadrada pela Autoridade da Concorrência como um “cartel”, a juíza sublinhou, na primeira parte da sentença, lida em Abril de 2022, que a decisão da AdC dava “nota da equiparação” da prática dos bancos “a um cartel”.

Uma das questões que o tribunal teve em consideração ao decidir, agora, o valor das coimas foi a postura que os bancos tiveram durante o julgamento. Em Santarém, não viu “comportamentos claros ou concludentes” dos bancos que revelassem ter interiorizado a “gravidade da conduta antijurídica que adoptaram”. O que, acrescenta, intensifica “significativamente as necessidades de prevenção” geral na definição do valor das coimas. As consequências foram as conhecidas: o tribunal confirmou as coimas que vinham da AdC.

Ao definir as coimas, a juíza também teve em atenção os bons resultados dos bancos neste momento (2023 e 2024). E deixou uma nota: se durante o julgamento, no pós-pandemia, “amiúde invocaram os desafios de rentabilidade que pretensamente enfrentavam”, agora que há “factos públicos e notórios” sobre os aumentos de lucros, “entravaram o conhecimento concreto e detalhado” das suas “margens de rentabilidade financeira.” Na fase final do julgamento, só quatro bancos actualizaram “a sua concreta situação financeira” (o BBVA, o BCP, o Montepio e o UCI).

A primeira parte da sentença foi lida em Abril de 2022 e a segunda só agora porque, neste intervalo, a instância no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão esteve suspensa, enquanto o Tribunal de Justiça da UE respondia a pedido de esclarecimento do tribunal português, ao abrigo de uma figura chamada o “reenvio prejudicial”, um pedido para clarificar a interpretação do direito europeu à luz do litígio em julgamento.

publico.pt/

July 29, 2024

Os bancos combinavam entre si como prejudicar os clientes

 


O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) confirmou hoje as multas aplicadas pela Autoridade da Concorrência (AdC) a 14 bancos, em 2019, por violação da concorrência, rejeitando os recursos apresentados da decisão do regulador.


Em 09 de setembro de 2019, a AdC condenou 14 bancos ao pagamento de coimas no valor global de 225 milhões de euros por prática concertada de troca de informação comercial sensível, durante um período de mais de dez anos, entre 2002 e 2013.

Os bancos condenados são o BBVA, o BIC (por factos praticados pelo então BPN), o BPI, o BCP, o BES, o Banif, o Barclays, a CGD, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, o Montepio, o Santander (por factos por si praticados e por factos praticados pelo Banco Popular), o Deutsche Bank e a UCI.

Destes, só o Banif e o Deutsche Bank não apresentaram recurso da decisão da AdC.

May 18, 2024

Os bancos nacionais andam a lucrar 560 mil euros por hora?!

 


E com esses lucros gigantescos não contribuem com um euro para a economia? Nem no apoio às PME, nem no incentivo à poupança, nem no apoio às famílias? E o BDP mais o governo estão bem com isto? Quando os banqueiros estampam o nosso dinheiro nós ajudamos mas eles não têm nenhum dever nem responsabilidade para com o país que sugam? Que raio de democracia é esta onde as instituições fomentam, directa ou indirectamente, a injustiça social?


February 27, 2024

Nós somos os palhaços que paga estes circos

 


Novo Banco ‘perdoa’ mais 16 milhões de dívida ao Sporting

Frederico Varandas, presidente do Sporting, fechou acordo com a banca.


December 16, 2023

Cartel da banca - porque já não basta o que roubaram ao país




Centeno manda que paguem taxas mas não especifica que as taxas não devem ser de dinheiro roubado aos clientes. A SIBS faz o quê: vamos arranjar um esquema dos clientes terem que arranjar um cartão (que há-de custar uma anuidade) para pagamentos no homebanking. E quem é o dono da SIBS? Os bancos.
Há uns dias recebi essa mensagem que dizia que tinha de arranjar um cartão para poder pagar serviços usando a minha própria conta. Fiquei chateada e sem perceber porque é que tenho que arranjar um cartão se já tenho um cartão da conta. O fim da mensagem dizia para contactar o banco em caso de dúvida. Tentei contactar. É impossível: se tentamos ligar ninguém atende; se tentamos enviar email, temos de escolher uma opção e não tem nada que ver com o queremos; se tentamos agendar que alguém nos contacte, abrem um calendário e ficamos a saber que não há vagas nas próximas duas semanas para que nos contactem. Isto foi na CGD. Isto não pode ser legal. ao que me dizem, porque há muito tempo que não vou ao banco em pessoa, agora só trabalham de manhã e podem nem sequer nos atender ao fim de grandes esperas.
É uma vergonha a maneira como os bancos se combinam para saquear os clientes com o apoio implícito do grande saqueador-mor.


Banco de Portugal: "SIBS é que decidiu" exigir cartão bancário para pagamentos 'homebanking'


Banco de Portugal afirma que as novas regras, em vigor a partir de janeiro, não resultam de regulamentação nacional ou europeia.

Em causa está o facto de, a partir de 1 de janeiro de 2024, os clientes serem obrigados a ter um cartão bancário para efetuar pagamentos de serviços, pagamentos ao Estado e carregamentos de telemóveis nos canais digitais ['homebanking'] dos bancos, com o supervisor a sublinhar que esta exigência "não resulta de qualquer imposição direta do Banco de Portugal, nem da aplicação de regulamentação europeia ou nacional".

Em geral, ter um cartão implica o pagamento de comissões ao banco pelo cliente. Um cartão de débito custa, em média, cerca de 20 euros anuais.

O BdP refere que, no âmbito do cumprimento do estabelecido num regulamento europeu sobre "as taxas de intercâmbio aplicáveis a operações de pagamento baseadas em cartões (que limita as taxas a cobrar)", emitiu uma Determinação Especifica, dirigida à SIBS FPS, para que "esta entidade tornasse as operações de pagamento disponibilizadas na rede Multibanco, incluindo as operações de pagamentos de serviços, pagamentos ao Estado e aquelas efetuadas na App MB WAY, conformes" com o referido regulamento.

A SIBS (gestora do Multibanco) explicou que alterou as condições das operações "em conformidade com evolução da regulamentação Europeia e em cumprimento de Determinação Específica do Banco de Portugal em 2022 à SIBS FPS", tendo adiantado que apenas em "situações muito pontuais poderá ser necessária a associação de um novo cartão, real ou virtual, dependendo da oferta do Prestador de Serviços de Pagamento/Instituição Financeira".

A SIBS é detida pela maioria dos principais bancos que operam em Portugal, sendo os principais acionistas BCP, Caixa Geral de Depósitos, Santander Totta e BPI.

June 11, 2023

Governo escolhe prejudicar os portugueses e ainda se gaba disso

 

O governo tinha duas opções:

1ª - Dizer aos bancos que se não querem que os depósitos fujam, têm de atrair os clientes subindo os juros; e ainda que não podem querer que os portugueses lhes paguem todos os buracos e que depois tenham retorno, zero;

2ª - Baixar os juros dos certificados da aforro para os banqueiros poderem ir de férias repimpados sem ter que se preocupar com atrair clientes.

Na primeira opção o governo vela pelos interesses dos portugueses de duas maneiras: a primeira incentivando a que valha a pena investir no Estado e poupar e a segunda, educando a banca que se comporta como um adolescente, 'nem-nem' - nem trabalha, nem estuda e vive de pedir dinheiro ao papá que é o governo, que lho dá.

Na segunda opção, alimentam a incompetência e falta de escrúpulos da banca e prejudicam os portugueses, desincentivando a poupança.

Que fizeram? Escolheram prejudicar os portugueses para alimentar os vícios da banca. Porquê? Cobardia e falso socialismo. Fracos com os fortes e fortes com os fracos.



June 05, 2023

1%!! Uau!!



Que festa. Se fores um pequenino rico e puseres 1 milhão no banco ao fim do ano tens 10 mil euros... imagina, tens que lá enfiar 1 milhão para te darem 10 mil euros... e ainda publicam isto sem vergonha... a banca (aparada pelo governo) é a ruína deste país. Engolem 25 mil milhões e vomitam uma nota de cem euros.


Juros dos depósitos sobem pouco para 1,03%

February 09, 2023

E não te faz mal que os banqueiros portugueses sejam uns miseráveis gananciosos que defendem o assalto ao povo com o argumento de que, se têm dinheiro par ir comer fora umas bifanas à sexta-feira é porque são ricos?

 


(...)há que questionar a situação abusiva da aplicação das taxas de juro elevadas aos créditos da casa, consumo e empresarial quando a remuneração dos depósitos são um verdadeiro assalto ao cliente, numa altura em que há uma escalada das taxas de juro diretoras. Já para não falar das comissões cobradas. Foram vários os altos responsáveis a chamarem a atenção para este desequilíbrio e poucos ou nenhuns bancários a focarem-se no tema. Se se está a confundir as dificuldades das famílias em pagarem os empréstimos com jantares fora à sexta-feira, está tudo dito. É incluir uns pozinhos de ganância em vez de um lucro responsável e legítimo. (António José Gouveia - JN)



August 02, 2022

Um artigo para o senhor Vítor Bento (presidente da Associação Portuguesa de Bancos) ler




Para perceber porque é que há uma  “hostilidade cultural” à obtenção de lucros. Aqui é o banco do Estado a obter lucros, ou melhor, a roubar descaradamente, viúvas indefesas. 



O estranho caso das dívidas das viúvas


Fernanda Câncio

A Caixa Geral de Aposentações está a fazer depender o pagamento de pensões de viuvez da cobrança de "dívidas" de dezenas de milhares de euros, sem as comprovar nem prestar qualquer esclarecimento sobre a formação. Isto apesar de a justiça já ter exigido explicações.

Imagine que perdeu o seu cônjuge e requer a pensão de sobrevivência a que tem direito. Tratando-se do decesso de um funcionário público, dirige o pedido à Caixa Geral de Aposentações, que passado algum tempo lhe responde, informando que tem direito a uma pensão de valor x. Está tudo bem, pensa, até ler o terceiro parágrafo: para receber a dita pensão tem de pagar uma dívida de mais de 21 mil euros à CGA, que esta simpaticamente se apresta a cobrar em 60 prestações durante cinco anos.

21 mil euros?, pergunta, sem querer acreditar. Mas porquê? A resposta está em duas linhas: trata-se do "montante global de descontos que não se encontram pagos, necessários para que a pensão de sobrevivência seja igual a metade da pensão de aposentação/reforma a que o falecido tinha/teria direito". Não há mais informação, nomeadamente remissão para diploma ou diplomas legais que sustentam tal "cobrança", prova do que é afirmado e de como se chegou a tais valores astronómicos e - fundamental - se existe alguma alternativa à aceitação da cobrança ou prazo para a impugnação/reclamação.

É aquilo ou, pensará o destinatário da carta, não se dando o caso de ser jurista ou especialista em segurança social, nada. Assim será com a maioria dos colocados nesta situação (quantos serão?) que precisem da pensão para sobreviver: temendo que uma reclamação implique o não pagamento, aceitarão sem recalcitrar. Pode até suceder que, dada a forma como o texto está escrito, nem sequer percebam o que lhes está a ser dito.

Foi o que sucedeu a Maria, 78 anos, viúva desde dezembro, que em março recebeu a missiva descrita e da mesma só retirou a informação sobre o montante da pensão que lhe ia ser paga; nem mesmo quando começou a recebê-la se deu conta, por lhe terem transferido várias prestações de uma vez, de a CGA estar a reter cerca de um terço.

Só quando mostrou a carta a outra pessoa, mais conhecedora de linguagens cifradas e entrelinhas, foi desenganada, tendo então percebido que a CGA considera que o marido, militar aposentado com serviço na guerra colonial, não efetuou os tais descontos "necessários" entre outubro de 1958 e julho de 1983.

Porquê? Como? E a ser assim, por que motivo, a existir uma dívida tão antiga, não foi ela apresentada, em tempo, a quem era responsável pelo seu pagamento (o marido)? Pode sequer a CGA cobrar uma dívida com mais de 40 anos?

Como já se percebeu, a carta não dá qualquer explicação sobre essas óbvias questões. Tão capciosa secura informativa seria sempre inaceitável; é-o ainda mais por ter sido já objeto de censura judicial, num processo apreciado pelo Tribunal Central Administrativo Norte em 2020, que teve como resultado a impugnação de uma comunicação idêntica.

Não podia, de resto, ser mais clara no acórdão a irritação dos juízes com "o modo como a CGA lida com os seus beneficiários, através de uma linguagem cifrada e impercetível, refugiando-se em fórmulas não intuitivas nem explícitas, mantendo a mesma postura quando litiga contenciosamente".

O caso em apreço é praticamente decalcado do de Maria, sendo o valor da alegada dívida idêntico (22 mil euros), e idêntico o "plano de pagamento": 60 prestações em cinco anos. A diferença é que esta outra viúva percebeu o que lhe era dito na carta e exigiu explicações à CGA, que ao longo de várias trocas de mails conseguiu não apresentar uma justificação compreensível - nem para a destinatária nem para os juízes e ministério público. O qual se junta à exasperação: "A Administração Pública não pode reagir em sucessivos e ligeiros telegramas, em jeito de "diz tu direi eu", num recorrente tiktok, quando já se percebeu que a beneficiária está perdida no meio das suas respostas. Impõe-se que pare e que alguém, em cumprimento do princípio da colaboração com os particulares (artigo 11 do Código de Processo Administrativo), agarre no assunto e detalhadamente, com todos os dados, justifique a decisão."

Não admira pois a conclusão do acórdão: "Está aqui em causa, na fixação da pensão de sobrevivência, uma suposta dívida do então cônjuge da Autora (...), sem que se percecione a que se reporta essa dívida, quem terá sido o responsável pela mesma, e quais os normativos em que assentam as operações aritméticas com vista à fixação do valor da dívida e do emergente valor da pensão fixada. Os ofícios remetidos (...) pela CGA cingem-se, no essencial, a um conjunto de parcelas, datas, fórmulas e quadros, sem que se percecione o seu fio condutor, quer em termos factuais, quer em termos normativos, assemelhando-se a enigmas insusceptíveis de serem revelados. (...) A fixação do valor de uma pensão, e a enunciação de eventuais dívidas de quotização que se refletirão no valor a atribuir mensalmente ao interessado, é um daqueles tipos de ato que carece de uma circunstanciada e clara fundamentação, (...) importando que se percecionem todas as operações aritméticas relevantes efetuadas, qual a razão dessa dedução, qual o fundamento de facto e de direito subjacente à referida operação, e em que momento ocorreu a dívida em questão e quem foi o seu responsável."

Não se sabendo como terminou este caso e se este acórdão, que examina e rejeita um recurso da CGA, foi o seu fim - a autora da ação exigia a impugnação da dívida em conjunto com a impugnação da comunicação da mesma -, o que se pode concluir é que a Caixa Geral de Aposentações, (desde 2015 tutelada pelo ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social) continua tranquilamente a enviar as mesmíssimas cartas, quais "enigmas insusceptíveis de serem revelados", como se nunca tivesse sido instada pela justiça a falar claramente e a comprovar aquilo que afirma.
É possível - e as respostas dadas pela CGA à autora da ação indiciam-no, pela sua total, até cómica, baralhada - que nem os técnicos que elaboram as cartas e se aprestam a aplicar a lei percebam que raio de dívidas são aquelas.

Porque é realmente difícil perceber. Mesmo admitindo a existência de períodos de carreiras contributivas de funcionários públicos nos quais o cálculo de descontos não incluía (como inclui hoje por imposição legal, através de uma "unificação" da taxa social única), uma parcela para as pensões de sobrevivência, como pode essa eventual falta ser imputada, tantas décadas depois, a quem vai beneficiar das pensões de sobrevivência? E como compreender que o cálculo dessa suposta dívida, relativa a remunerações com mais de 40 anos, seja feito - é o que se está a passar - com base no valor de remunerações atuais, enquanto pelo contrário as prestações entregues há décadas são, a atender ao caso descrito no processo judicial (15 escudos mensais, atualmente equivalente a sete cêntimos, pagos durante 22 anos e meio, correspondem na contabilidade da CGA a um total de 20,20 euros), tomadas pelo seu valor facial?

Era talvez de, como diz o Ministério Público no processo citado, alguém agarrar no assunto "e detalhadamente, com todos os dados", justificar esta trapalhada. Isto se o Estado não quer ser confundido com um qualquer burlão de phishing.

"hostilidade cultural” à obtenção de lucros"

 


Como já perdemos 25 mil milhões de riqueza do país para a banca poder obter lucros com criminosos e de maneira leviana e incompetente, este senhor ainda quer mais dinheiro e, acompanhado de cânticos de louvor.


Lucros excessivos na banca? Há “hostilidade cultural ao capital e à sua acumulação”, reage Vítor Bento


O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Vítor Bento, considera que há uma “hostilidade cultural” à obtenção de lucros e de capital e defende que é preciso ainda mais lucros na banca para compensar o dinheiro que aí está investido pelos acionistas. 

July 31, 2022

Vida de banqueiro

 


Despedes pessoas, degradas os serviços, emprestas dinheiro a bandidos, pedes ajuda ao Estado, sobes as comissões para fazer nada e apresentas lucros de incompetência. Pagas a ti mesmo um prémio de milhões por seres 'muitaaesperto'.

Esta semana a senhora duma loja queixava-se que depositar o dinheiro da loja virou um inferno, porque aqui na cidade já só há uma um balcão de uma dependência para aceitar depósitos (uma única pessoa), de maneira que todos têm de fazer os depósitos na máquina. A máquina nem sempre funciona, há filas de pessoas mais velhas que recebem em dinheiro mas não sabem trabalhar com a máquina (nem telemóvel têm); era suposto estar um funcionário na máquina a ajudar mas nunca está. 

Portanto, ser banqueiro é subir os preços dos serviços que se degradam com os despedimentos de funcionários para ter o máximo lucro a custo zero, se possível e depois encaixar prémios de gestão. Chupar 25 mil milhões aos cofres públicos.


Banca despediu mais de três mil trabalhadores só num ano

Num ano com 1,5 mil milhões de lucros, seis maiores bancos foram os que mais despediram.

September 07, 2021

May 05, 2021

A banca portuguesa precisa de um 25 de Abril com urgência e não é o Centeno que o vai promover

 


... pois está metido até ao pescoço nestes esquemas de enfiar dinheiro público na promoção de incompetentes da banca. Os incompetentes administradores do Novo Banco vão receber prémios de competência de 2 milhões de euros. Os prémios na banca, não são prémios, pois são dados indiferentemente seja que trabalhem, seja que destruam e são roubos porque é dos cofres públicos que recebem os milhões com que se presenteiam.

A banca portuguesa precisa de um 25 de Abril com urgência.


Novo Banco atribui prémios de €1,9 milhões à equipa de gestão em ano com €1329 milhões de prejuízo



Administradores que renunciaram em novembro receberam 206 mil euros pela disponibilidade para a transição. Banco deu 320 mil euros para contratar novo administrador

May 04, 2021

Nem mais um centavo dos contribuintes para o Novo Banco





Truques e calotes

Mariana Mortágua

No final de 2018, o Grupo Sogema, da família Moniz da Maia, devia ao Novo Banco cerca de 560 milhões, registados quase na totalidade como perdas. Mais de metade do prejuízo foi imputado ao Fundo de Resolução.

A história deste incumprimento é tão longa como a própria dívida. Em 2007, o Grupo pediu 330 milhões ao BES para comprar ações do BCP, durante a batalha de acionistas em que participaram também Berardo, Manuel Fino ou a Teixeira Duarte. Desta guerra, sobrou a dívida da Sogema Investments, que nunca foi paga, tendo apenas como garantia as desvalorizadas ações do BCP e do próprio grupo. A ela juntam-se 30 milhões, pedidos pouco tempo depois, sem garantias, e mais 15 milhões para pagar os juros vencidos da dívida inicial de 330 milhões.

No final de 2012, perante as dificuldades financeiras da família Moniz da Maia, o BES aprovou um novo empréstimo, com um limite de 180 milhões de euros, para um projeto de desenvolvimento florestal no Brasil, chamado YBase. Pensava-se que a YBase viesse a adquirir matéria-prima a outras empresas do grupo, que assim liquidariam a sua dívida ao BES. Os riscos do negócio foram ignorados e o empréstimo foi dado, uma vez mais, tendo por garantia as ações da própria empresa.

Em suma, em 2013, o Grupo devia já 534 milhões com garantias reais associadas de apenas 26 milhões de euros. Em 2015, já sob a tutela do Fundo de Resolução, os créditos foram prorrogados, tendo-se até aumentado a utilização do empréstimo à YBase.

Foi só em 2017, depois de vários problemas de Bernardo Moniz da Maia com a justiça brasileira, que o Novo Banco concluiu que o projeto YBase nunca iria avançar. A dívida ficou mas as garantias voaram: o grupo vendeu as empresas no Brasil antes que pudessem ser penhoradas. Dois anos depois, o truque seria usado de novo.
Numa das prorrogações dos créditos, o Grupo Sogema aceitou aumentar as garantias, dando em penhor, não os ativos valiosos, mas as sociedades que detinham esses ativos. Em 2019, em segredo, foram feitos vários aumentos de capital nessas sociedades por investidores externos à família (curiosamente, um deles, Pedro Teixeira de Melo, é sócio de Bernardo Moniz da Maia em várias entidades). Como resultado, o Novo Banco perdeu a maioria do capital das empresas dadas em penhor e assim deixou de poder aceder aos poucos ativos com valor por elas detidos. Foi um calote, em tudo semelhante ao que Berardo engendrou com as ações da coleção de arte ou Vasconcellos com os ativos da Ongoing.

A auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco agora divulgada comprova o que sempre afirmei: o dinheiro injetado é dos contribuintes. Uma parte desse montante tem o nome destes calotes. Outra, é da responsabilidade das decisões de gestão da Lone Star e do contrato ruinoso de venda.Perante a evidência de que o Novo Banco não precisa de qualquer injeção de capital este ano para cumprir os seus rácios, só resta ao Governo defender o interesse público e os contribuintes de mais um truque, desta vez feito pela Lone Star.


January 15, 2021

Um encontro particular, mas universal - com banqueiros

 


Duas páginas que dizem muito, mesmo se dermos o desconto de ser contado do seu ponto de vista.


do livro de Obama


December 15, 2020

Quem nos presta contas disto?




E como sabemos se este ralo perdeu definitivamente a tampa ou se alguém está a tratar de lhe pôr a tampa? O que está o grande masturbador a fazer no BDP? A jogar golfe? Se não nos prestam contas do que foi e do que planeiam fazer isto nunca terá fim. Quem pode obrigar a que se prestem contas que se chegue à frente, sff. 
21 mil milhões de incompetência, compadrio, corrupção, pilhagem, pura ladroagem e outras palavras afins.

Contribuintes já perderam quase 21 mil milhões de euros a ajudar bancos nos últimos 12 anos


Em 2019, perdas finais com o Novo Banco foram de 1224 milhões de euros. E BPN fez evaporar mais 1327 milhões de euros.

September 20, 2020

Quem é que reforma o sistema bancário se são todos cúmplices?

 


Leaked documents involving about $2tn of transactions have revealed how some of the world's biggest banks have allowed criminals to move dirty money around the world.

They also show how Russian oligarchs have used banks to avoid sanctions that were supposed to stop them getting their money into the West.

It's the latest in a string of leaks over the past five years that have exposed secret deals, money laundering and financial crime.

What are the FinCEN files?

The FinCEN files are more than 2,500 documents, most of which were files that banks sent to the US authorities between 2000 and 2017. They raise concerns about what their clients might be doing.

What has been revealed?

  • HSBC allowed fraudsters to move millions of dollars of stolen money around the world, even after it learned from US investigators the scheme was a scam.
  • JP Morgan allowed a company to move more than $1bn through a London account without knowing who owned it. The bank later discovered the company might be owned by a mobster on the FBI's 10 Most Wanted list.
  • Evidence that one of Russian President Vladimir Putin's closest associates used Barclays Bank in London to avoid sanctions which were meant to stop him using financial services in the West. Some of the cash was used to buy works of art.
  • The UK is called a "higher risk jurisdiction" like Cyprus, according to the intelligence division of FinCEN. That's because of the number of UK registered companies that appear in the SARs. Over 3,000 UK companies are named in the FinCEN files - more than any other country.
  • The United Arab Emirates' central bank failed to act on warnings about a local firm which was helping Iran evade sanctions.
  • Deutsche Bank moved money launderers' dirty money for organised crime, terrorists and drug traffickers. More details (BuzzFeed News)
  • Standard Chartered moved cash for Arab Bank for more than a decade after clients' accounts at the Jordanian bank had been used in funding terrorism.


September 15, 2020

Até parece que alguém lhe apontou uma pistola à cabeça e o obrigou a aceitar o cargo

 



António Ramalho queixa-se que carteira de vendas que herdou “era má, velha e ilegal”

O presidente do Novo Banco está a ser ouvido na Assembleia da República para explicar as opções da sua administração na gestão da instituição.
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