via blogue dererummundi.blogspot.com
O Correio da Manhã veio entretanto noticiar que Montenegro estará obrigado, segundo a lei que controla a riqueza dos titulares de cargos políticos, a comunicar à Entidade para a Transparência os nomes dos clientes da empresa. Não sei se está ou não. Mas sei que esta conversa da perseguição aos políticos por causa de alegados excessos de transparência é patética. Os ministros não precisam de vender as empresas que detêm. O que eles precisam é de disponibilizar informação sobre os negócios que fazem. Tão simples. E, no entanto, sempre tão complicado. Porque será?
JMT in publico.pt//assim-afastam-melhores-servico-pais-2123682
Os europeus têm de investir em produtos europeus.
Vou estar atenta aos produtos que compro para não comprar produtos dos EUA. Excepto livros, mas mesmo esses vou comprá-los no espaço europeu e vou pesquisar se os autores são trumpistas-putinistas. Se forem não compro, não lhes dou dinheiro. Se os quiser muito ler vou lê-los por aí - como em tempos fiz a um livro do Cunhal, ainda ele era vivo. Li-o todo por aí nas livrarias, sem o comprar. Há um par de meses fui ouvir um pianista russo, depois de pesquisar quem ele era e de ver que era anti-Putin e que tinha assinado petições contra presos políticos e para a libertação de presos políticos. Se fosse um putineiro não ia ouvi-lo. Estamos numa luta pelas democracias no mundo e temos que escolher de que lado estamos: se estamos com os fascistas contra as democracias ou se estamos com as democracias contra os fascistas e, apoiar os apoiantes de fascistas é igual a apoiá-los a eles. Claro que a esfera de influência de uma pessoa particular é pequena mas se cada um fizesse a sua parte, todos estaríamos a fortalecer as democracias contra os fascismos imperialistas de Putins e seus seguidores. Não vou deitar fora roupas de marcas americanas que tenho, obviamente, mas vou deixar de comprá-las e preferir marcas europeias.
A diferença entre um democrata e um ditador. Um democrata sabe que está ali como um gerente a cuidar do que é de todos até passar o testemunho a outro. Decidir dos bens públicos e do que se deixa para os outros terem um futuro é uma coisa séria; um ditador serve-se do país como se fosse seu, dá e tira o que quer e põe em causa existência e o modo de vida comum para acrescentar uns dólares à sua carteira.
Because Trump is running a circus, he makes the mistake of thinking he’s dealing with clowns.
— 𝔗𝔯𝔲𝔱𝔥 𝔐𝔞𝔱𝔱𝔢𝔯𝔰 (@politicsusa46) February 18, 2025
Zelenskyy is a shrewd cookie, he’s smart, he’s a strategic thinker and he’s in a different league to Wun Dum Fuc. He knows this is going to be a game of chicken. Trump desperately… pic.twitter.com/9gHqXWAcny
Trump deixou de ser a excepção imoral. Mais uma linha vermelha que os EUA passaram no afastamento da democracia e na aproximação à autocracia. Um dia feliz para Trump, para Putin, para Xi e para todos os outros que defendem o fim das democracias como sistema de valores melhores que os das autocracias..
Estamos no ano da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril que, como estão sempre a lembrar-nos, trouxe-nos a liberdade, o fim da censura e o fim das perseguições políticas. Só que não.
O caso da perseguição a Pedro Arroja, sumariado por Francisco Teixeira da Mota no artigo que pus aqui ontem no blog, é um exemplo da resistência da nossa Justiça àquelas práticas de liberdade e, por extensão, da resistência à democracia.
É um caso de perseguição à liberdade de expressão de um cidadão comum, que a usa para chamar a atenção da promiscuidade entre políticos e escritórios de advogados, bem como o prejuízo que essa promiscuidade causa à Coisa Pública. Foi logo castigado para dissuadir outros incautos que se lembrassem de fazer uso da sua liberdade de expressão para criticar juízes e políticos.
No acordão da sua condenação pode ler-se, entre as várias considerações da condenação:
V – Tal conduta não poderá ser albergada pela interpretação restritiva do TEDH no tocante à liberdade de expressão.
Ou seja, a liberdade de expressão consagrada pelo TEDH é excessiva, segundos suas excelências auto-meretíssimas, de maneira que dizem logo à cabeça que não a consideram no caso em apreço, já a defenderem-se por antecipação de um suposto recurso para o referido Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. O que aconteceu. Também aconteceu, o TEDH anular a sentença dos senhores juízes, suas excelências auto-meretíssimas.
A chave da democracia está em dar poder à maioria mas ao mesmo tempo constrangê-la através do poder da lei, que lhe é superior e serve a todos.
Former Australian Prime Minister Malcolm Turnbull:
— Republicans against Trump (@RpsAgainstTrump) February 27, 2024
“When you see Trump with Putin, as I have on a few occasions, he’s like the 12-year-old boy that goes to high school and meets the captain of the football team. ‘My hero!’ It’s really creepy.”
pic.twitter.com/x89ogncwQz
Pode pertencer-se a um partido político ou, não pertencer mas estar mais inclinado para um partido ou força políticos, mas essa pertença não tolda o juízo acerca das prioridades e se a prioridade é a manutenção da democracia, então vota-se de maneira a não eleger autocratas, ditadores, corruptos e, em geral, pessoas imorais.
This Haley supporter says that if Trump becomes the Republican nominee, he will vote for Biden:
— Republicans against Trump (@RpsAgainstTrump) January 20, 2024
“This is an election about democracy, and ultimately I’ll choose democracy over political issues.”
On Tuesday, the GOP has the last chance to stop Trump from becoming the nominee. pic.twitter.com/PTeuMauPFl
“This is a year in which probably democracy as we understand it will either continue and improve, or it will tip over into something which is no longer recognizable.” With so many crucial elections, historian @TimothyDSnyder says 2024 is going to be a true test for democracy. pic.twitter.com/uzUChHsRhl
— Christiane Amanpour (@amanpour) January 4, 2024
(Un)related: porque é que não vemos estas manifestações na Rússia?
The Serbian Revolution. We must support the Serbian people in their struggle for freedom and democracy.pic.twitter.com/sE6Rs3xTOR
— Foreign policy (@ForeignpolicyWB) December 30, 2023
efacec-mutares-mete-15-milhoes-compra
Certamente tem de ser mais redistributivo, com um maior foco no apoio ao emprego razoavelmente bem remunerado, com muito investimento em infra-estruturas e inovação que criem as condições para o crescimento económico. É preciso investir enormemente na educação das pessoas, para se ter uma população altamente qualificada, como aquela que se vê no Norte da Europa.