A resposta é fácil. Portugal não tem instituições fortes e independentes para ter governos de maioria absoluta e os portugueses já viram isso várias vezes.
Basta ver o que aconteceu aos dois últimos governos de maioria absoluta: o de Costa acabou com dezenas de casos de corrupção e 70 mil euros em notas nos gabinetes do PM que, por esses dias, chamava a grandes sectores da população de quem não gostava, bestas, cobardes e tudo o que lha passava pela cabeça, com um autoritarismo digno de Orban.
O outro foi o de Sócrates que usou a máquina do Estado para delapidar o dinheiro público e nos levar à falência, enquanto se comportava como um ridículo rei absoluto.
Isto para não falar das anteriores: a 1ª de Cavaco Silva foi a única que funcionou bem pois já a 2ª esteve cheia de casos, casinhos e casões.
As duas de Sá Carneiro não entram nestas contas porque aconteceram ambas num espaço de dois curtos anos com duas eleições legislativas. A 1ª em 1979 de eleições legislativas intercalares foi uma coisa interregna de menos de um ano até à 2ª, já de eleições gerais, que acabou com ele e Amaro da Costa assassinados, ainda nem um ano tinha passado da sua eleição, de maneira que não sabemos como teria sido um governo dele de maioria absoluta que cumprisse toda a legislatura.
Portanto, sabemos o que têm sido os governos de maioria absoluta: um "fartar vilanagem."
Como não nos deixam eleger deputados independentes dos cabecilhas dos partidos que nos representem, de facto e não apenas de nome e, como também não temos políticos interessados em lutar contra a corrupção, pelo contrário, não temos confiança em dar-lhes maiorias absolutas. Eu não tenho e parece-me que faço parte da maioria dos portugueses.
E eu idem. O panorama político é desanimante.
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