April 17, 2024

Eu não percebo nada de economia, mas parece-me que os economistas também não



À medida que a economia dos Estados Unidos vai avançando mês após mês, ano após ano, criando centenas de milhares de novos postos de trabalho e envergonhando ainda mais uma longa série de especialistas que se têm revelado repetidamente errados nas previsões de recessão, alguns em Wall Street começam a alimentar uma teoria económica marginal. E se, perguntam eles, todas aquelas subidas das taxas de juro nos últimos dois anos estiverem, de facto, a impulsionar a economia? P

or outras palavras, talvez a economia não esteja a crescer apesar das taxas mais altas, mas sim por causa delas. É uma ideia tão radical que, nos principais círculos académicos e financeiros, beira a heresia. Mas os novos convertidos (juntamente com um punhado de pessoas que confessam estar, pelo menos, curiosas sobre a ideia) dizem que as provas económicas estão a tornar-se impossíveis de ignorar. Segundo alguns indicadores-chave - PIB, desemprego, lucros das empresas - a expansão é agora tão forte ou ainda mais forte do que era quando a Reserva Federal começou a subir as taxas. Assim, com isso em mente, eis como a teoria funciona.

bloomberg


A Rússia está a tornar a Ucrânia inabitável. Isso é óbvio



O que não é óbvio é a razão de, percebendo isso e podendo ajudar, os EUA escolham não ajudar a Ucrânia e deixar que a Rússia a terraplane.

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A escalada dos bombardeamentos russos contra a segunda maior cidade da Ucrânia está a ser vista pelos responsáveis de Kiev e de Washington como uma forma de a tornar inabitável. Kharkiv, uma cidade do nordeste a menos de uma hora de carro da fronteira russa, foi atingida por uma barragem de mísseis, drones e bombas guiadas pesadas durante o último mês. O ataque danificou as infra-estruturas de produção de energia e deixou em ruínas uma grande quantidade de edifícios residenciais.

Bloomberg

April 16, 2024

🇺🇦💪💙 Isto é que era de valor

 

Mas como há pressa em defender o céu da Ucrânia, é preciso fechá-lo já, porque a realidade é esta:

Israel antes e depois do ataque do Irão


Ucrânia antes e depois do ataque russo



 

Grandes vozes - Freddie Mercury

 


Grandes vozes - Mahalia Jackson (Newport Jazz festival 1958)

 

Comovente.

Vozes (isto é para fanáticos de vozes de ópera)

 


"Signore, ascolta" (Leona Mitchell no papel de Liu) seguido de "Non piangere Liu" (Placido Domingo no papel de Calaf) - Turandot, ópera de Puccini, no MET de NY (1988) ❤️


E depois, houve esta voz

 


É difícil pensar que passaram já passaram mais de 6 anos desde que desapareceu. Vivemos num tempo extraordinário em que podemos continuar a ouvir as pessoas mesmo depois de desaparecidas. É um grande privilégio que os nosso antepassados não tiveram.

Dmitri Hvorostovsky ❤️

Hoje é o dia mundial da voz - Voz de Freddie Mushrafi e coro (Libera - Ave Verum by Albinoni (Adagio in G Minor))

 




Hoje é o dia mundial da voz - Vozes: The HU Morin khuur player, Lead throat singer, TS.Galbadrakh

 


Hoje é o dia mundial da voz - a voz dos professores

 


Os professores são profissionais da voz e uma das classes mais afectas por problemas de voz. A voz é um instrumento essencial da educação e da leccionação. A entoação, o timbre da voz, a projecção da voz, são decisivas no entusiasmo dos alunos, na questão da disciplina, da cativação dos alunos, etc.

Desde que fiquei doente tenho problemas na voz. A radioterapia estragou-me um nervo e a massa que está aqui dentro pressiona a corda vocal que está semi-paralisada. Tenho que fazer exercícios de voz diários e tenho consultas frequentes de terapia da fala, para ajudar-me. Mesmo assim, noto que nas aulas da tarde a voz por vezes começa a falhar e perco completamente a capacidade de a projectar. É uma enorme frustração. A minha voz, nas aulas, era grave mas clara e com grande projecção. Não preciso de levantar a voz para me fazer ouvir e tenho muita modulação na voz. Agora, à tarde, se já falei muito ou se não fiz os exercícios de voz, a voz fica rouca, roufenha. É uma frustração. No primeiro período, quando chegava às reuniões de pais ao fim do dia não tinha voz...  que hei-de fazer? Exercícios e beber muita água.


O primeiro-ministro [português] não acha que o corpo das mulheres lhes pertença

 


Em França, Emmanuel Macron fez com que aquele país se tornasse o primeiro do mundo a inscrever o direito ao aborto na Constituição, por entender que o “corpo das mulheres lhes pertence e ninguém tem direito a dispor dele em vez delas”, e porque assim garante que aquele direito não pode ser posto em causa pelo primeiro reaccionário misógino que se lembre disso.

Em sintonia com o caso francês e ciente das crescentes restrições, o Parlamento Europeu aprovou a inclusão de todos os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, com o direito ao aborto incluído, na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Falta que o Conselho Europeu aprove a recomendação dos eurodeputados. Mas nem todos os governos reconhecem esses direitos, e o português é um deles.

O primeiro-ministro está contra esse reconhecimento porque, ao contrário do Presidente francês, não acha que o corpo das mulheres lhes pertença.

Há uma agenda de direita misógina e retrógrada, alimentada pelo fundamentalismo católico, que se sente incentivada a sair das catacumbas e que reúne parte do PSD, CDS e Chega. É essa direita que defende a pertinência de criar o estatuto legal e fiscal para a “mulher dona de casa”, porque as mulheres são “mais propensas” a estar em casa, porque efectuam “actividades insubstituíveis” e porque, além disso, a “maternidade é reservada às mulheres”.

Até a diocese de Leiria-Fátima se associa à falsidade da conversão sexual de homossexuais, que foi criminalizada com os votos contra do PSD e Chega, como fez neste fim-de-semana, num congresso com o tema "Homens e Mulheres de Verdade", com base na crença de que a homossexualidade é uma perturbação psicológica.

Amílcar Correia in publico.pt

Um [sombrio] poema ecóico

 


April 15, 2024

Há EE muito mal educados

 

Uma colega nova que está lá na escola, uma rapariga que ainda não tem trinta anos, mas que leva o trabalho a sério, é dedicada aos alunos e quer muito fazer as coisas bem, hoje contou-me que na última reunião de pais, vários disseram-lhe que é uma miúda, que ainda usa fraldas (usaram esta expressão), que não tem idade para lhes dizer coisa alguma dos filhos e outras coisas do género. Bem, ofenderam a professora de tal maneira e com tal agressividade que ela chamou uma pessoa da direcção porque não se sentiu segura. Sabotaram a reunião da professora que mais está em posição de poder ajudar os filhos. Se os pais tivessem cabeça, apoiavam os professores que são quem apoia os filhos...

Acho estes pais mesmo pessoas estúpidas. Não há professores, os que há trabalham que se fartam, as turmas, mesmo quando são de pessoas impecáveis e se trabalha bem com elas, cansam brutalmente, porque é preciso uma enorme carga de energia para acompanhar a energia dos adolescentes e estar ali 1 hora e meia com a máxima concentração a fazer 30 coisas ao mesmo tempo, no meio de se trabalham os temas e se mantém os alunos em situação pedagógica e em ordem, porque sem respeito não se faz nada, mas estes pais vão à escola e falam aos professores duma maneira que não ajuda em nada os filhos. Mal educados, ignorantes, boçais na maneira de falar.

Uma professora nova e com pouca experiência como ela, fica já de pé atrás em voltar a ser diretora de turma. Ninguém nos paga estas ofensas diárias de encarregados de educação que sabotam os próprios filhos. Não percebo: será que acham que hostilizar as únicas pessoas que ajudam os filhos, para além das famílias, beneficia os miúdos?

No pouco tempo em que fiz parte de outro blog, havia indivíduos que me falavam duma maneira tão grosseira e vulgar e hostilizavam por sistema pela simples razão de ser professora, como se isso fosse um demérito. Chamaram-me arrogante, atrasada, retrógrada, anormal, monte de esterco, insinuaram que me vendo às editoras, mandaram-me aprender a escrever... Um dia escrevi uma cena sobre os perigos do abuso dos telemóveis na aprendizagem e nos comportamentos na escola. Chamaram-me tudo. Pessoas ignorantes que percebem zero de educação escolar e estão por fora de todos os assuntos da educação escolar e que têm opiniões cliché tiradas das redes sociais - mas que detestam professores, calculo que pela mesma razão que PPC e JMT: por ser uma profissão de mulheres. São machistas. Essas pessoas com essa mentalidade e linguagem são quem vai para as escolas sabotar os professores e prejudicar os filhos só para terem a satisfação de falarem mal e serem ordinários com mulheres. São o mesmo tipo de pessoas que vão para os jornais fazer comentários ordinários.

O maior problema das crianças e adolescentes são os pais que têm.

Já no ano passado estava lá um professor novo, muito bom, o tipo de pessoa que se vê que há-de vir a ser um excelente professor (se o ME e os pais não derem cabo dele) que passou um inferno com umas mães de uma DT. Um inferno. Todas as semanas iam lá infernizar a vida dele. Os emails que lhe mandavam... Era a primeira vez que era DT e disse-me que nunca mais queria voltar a ser DT, que os pais são completamente cegos em relação aos filhos. É claro que ele dizia estas coisas porque estava farto e já não suportava aqueles pais. Em situações destas, a certa altura qualquer professor perde completamente a vontade de ir trabalhar com essa turma. Vai para lá sempre a pensar em tudo o que diz na perspectiva de poder ser mal interpretado e de os pais ainda lhe inventarem mais chatices. Há pais que estragam a aprendizagem de uma turma inteira e estragam professores, achando que são muito espertos.

Hoje-em-dia os pais formam grupos no WhatsApp só para dizerem mal dos professores nos termos mais ordinários possíveis. Deixam que os filhos tenham acesso àquelas conversas e chamam tudo aos professores. Quando conhecemos certos pais percebemos os comportamentos dos filhos.

Há pais que estragam professores. Não é coisa de gente sem cabeça? Nos dias que correm é preciso ter experiência, costas largas, nenhum medo de intimidação, muita resiliência e uma direcção na escola que apoie os professores, para se aguentar as DT. Têm que se impor limites. E ter muito cuidado com certas coisas. Muito cuidado, porque há pessoas muito mal formadas e não podemos contar com o apoio do empregador que é o ME. Está sempre contra os professores.

Estes pais são uma minoria mas se não temos cuidado arrastam outros atrás e fazem muita mossa. Eu, como já ando nisto há muitos anos e sou DT há dezenas de anos e de há muito tempo para cá até tenho sempre 2 DTs, tenho estratégias para lidar com os pais no 10º ano, que é quando os conheço pela primeira vez e minimizar as situações e oportunidades de serem mal educados mas, vou sempre mentalmente preparada para ter que lidar com gente mal educada, que vai para ali exigir que os professores façam o que não quiseram nem querem fazer. 

Uma grande maioria de pais já não educa, só quer ter tempos agradáveis com os filhos e vão gritar com os professores porque não souberam educar os filhos, cultivar-lhes o gosto pela aprendizagem, impor-lhes limites, etc. 

Em Inglaterra e nos EUA, de há uma dezena de anos para cá, estes professores novos que vêm para as escolas cheios de entusiasmo vão-se embora ao fim de cinco anos. É o número de anos, em média, que aguentam estas situações. Os jovens já não são como no meu tempo que aguentavam certas situações e perseveravam. Não. Vão-se embora e arranjam outro emprego que os trate bem. É o que vai acontecer aqui. E fazem eles bem, porque esta profissão, como está, já não se recomenda a ninguém.

É revoltante porque vemos esses professores novos cheios de entusiasmo e interesse pelos alunos e depois meia dúzia de pais infernizam-lhes a vida. Desmotivam-nos sem razão nenhuma. Isto deve-se muito à desvalorização da profissão e ao modo como os ministros e a nossa pseudo-elite tratam os professores e, dessa maneira, incentivam os pais a tratar mal os professores. Alguns aconselharam os pais a fazer queixas e denúncias anónimas e tudo. Tenho um desprezo tão grande pelos governantes que ocuparam a pasta e estragaram, desvalorizaram, destruíram... 

Tenho lido muito artigos, ultimamente, sobre as prioridades para o país. Nem um único refere a educação, mesmo sabendo que milhares de alunos não têm professor e para o ano ainda será pior e assim sucessivamente. Falam em devolver o tempo trabalhado há mais de 15 anos, em 5 anos. A minha sugestão é que o façam em 30 anos para garantir que não têm de gastar um só tostão com um único professor. E depois, já agora, sugiro ao ministro e SEs que aconselhem os pais a ir às escolas acabar com os professores (na sexta passada uma mãe foi à escola ameaçar uma professora porque não gostou da correcção de um teste da filha). 

Quando não houver nenhum professor ou tiverem de contratar delinquentes à altura de certos encarregados de educação, o país vai poupar um dinheirão na educação. É assim que vamos tirar o mais da pobreza. Continuem que vão de vento em popa.


Há 10 pessoas no mundo que gostam de Putin

 


Já não se aguenta o domínio que esse anormal tem em tudo e todos. Não se percebe porque é que os EUa são coniventes com ele. E a Alemanha que tanto sofreu com os comunista. Ninguém o suporta: nem na Georgia, nem na Hungria, nem na Polónia, nem em lado algum. Há dez pessoas, líderes corruptos e gananciosos de poder que gostam dele, mais uns ignorantes que têm atracção e idolatram por brutos, mas países inteiros estão reféns desse indivíduo patético. Porque é que no Ocidente são coniventes com os interesses degenerados dele, é uma coisa que não percebo. Há qui qualquer coisa que me está a escapar.


A Ucrânia tem feito muito com pouco


Em vez de ameaçarem com retaliações enviem armas e apoiem a Ucrânia

 

Os EUA comportam-se como se fizessem um grande favor à Ucrânia, de cada vez que a ajudam - o que não acontece há 8 meses. 

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A Vice Presidente americana, Harris disse a Zelensky "para se abster de atacar as refinarias de petróleo russas, porque os funcionários dos EUA acreditavam que iria aumentar os preços globais da energia e convidar a uma retaliação russa mais agressiva dentro da Ucrânia". - Washington Post

Se o Ocidente tem a capacidade de fechar os céus aos bombardeamentos sem escalar a guerra como fez em Israel, porque não o faz na Ucrânia?

 

Porque não protegem os cidadãos civis na Ucrânia como fizeram em Israel? Há aqui qualquer coisa que me escapa, neste abandono da Ucrânia.




Estamos em guerra com o Irão?


O ataque do Irão ao cargueiro português foi direito de retaliação?

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O embaixador do Irão em Portugal, Seyed Majid Tafreshi, anunciou, este domingo, em entrevista à RTP, que vai pedir uma reunião ao ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel "para explicar" o ataque de sábado à noite contra Israel.

O diplomata reiterou o direito à autodefesa após a destruição do consulado iraniano na Síria, no passado dia 1 de abril. "Não é retaliação, é legítima defesa", insistiu, questionado sobre o ataque com mais de 300 drones e mísseis contra território israelita.
JN

O ex-primeiro ministro quer ir justificar-se para a TV

 


Aquilo que na semana passada era "uma desconfiança" é agora "uma certeza". Marques Mendes avançou que o ex-primeiro-ministro António Costa "vai ser comentador num canal de televisão que ainda não existe, mas deve estar a surgir a qualquer momento". (DN)


Spring, the sweet spring



Spring, the sweet spring, is the year’s pleasant king,
Then blooms each thing, then maids dance in a ring,
Cold doth not sting, the pretty birds do sing:
        Cuckoo, jug-jug, pu-we, to-witta-woo!

          - Thomes Nashe


Black Berries in a Green Grapponia (2021) da cantora e compositora, pintora autodidacta, a sueca CajsaStina Åkerström (nascida em 1967). 
Pastéis de óleo/ Lápis de cor 65 x 100 cm Coleção particular.