Apagam as mulheres
A Federação Internacional de Cricket dá-lhes 5 milhões de apoio, já a equipa das mulheres não é apoiado e só jogaram na Austrália depois de muitos protestos, porque os talibãs exigiam a proibição. Estamos num mundo de gente auto-agrilhoada no fundo da Caverna.
Here is the improv speech I gave yesterday to ask @ECB_cricket to boycott England v Afghanistan match on 26th February.
— Jean Hatchet (@JeanHatchet) January 31, 2025
England playing against the Taliban’s cricket team endorses the abuse of the women of Afghanistan.
Nothing more - nothing less. It’s just not cricket. pic.twitter.com/NjX7j1Hy5M
Another speech from @AlisonJenner6 today in support of the women of Afghanistan and to call for @ECB_cricket to boycott Afghanistan v England which gives credibility to the Taliban regime’s oppression of women @twelve0fiveUK #BoycottAfghanistanCricket #LetUsExist#LetThemExist pic.twitter.com/5w1bBKqX7N
— Jean Hatchet (@JeanHatchet) January 30, 2025
A ONU defende as afegãs mas no âmbito do Islão. No âmbito do Islão? Os direitos humanos estão condicionados à ideologia fascista que é o Islão? Isto é o mesmo que alguém do século XIX dizer, 'eu defendo os direitos dos negros dentro no âmbito do interesse dos seus donos'
Isto é a ONU de Guterres, um tumor maligno para os direitos humanos das mulheres.
The statement by Amina Mohammed, the UN Deputy Secretary-General, that she “defends the rights of Afghan women within the framework of Islam” can be dangerous.
— Golchehrah Yaftali (@womenaidafghan1) January 4, 2025
The United Nations must defend women’s rights unconditionally, not within a framework dictated by the Taliban.
If the… pic.twitter.com/q70pq0Lxu8
Nem a presença do seu próprio filho travou este macho ibérico.
Em Portugal não há “me too”, o que daria uma excelente tese para um instituto de estudos sociais. As mulheres não se queixam porque se tornam duplamente vítimas — no caso em que tenham uma carreira pública, por exemplo. Basta ver o que aconteceu a Bárbara Guimarães quando denunciou Carrilho por violência doméstica: um enorme prejuízo profissional e ainda bullying objectivo da juíza Joana Ferrer. A justiça acabou a condenar Carrilho por violência doméstica, mas “a namoradinha de Portugal” foi várias vezes vítima a seguir, nomeadamente através das declarações que Carrilho fez sobre a mãe dos filhos nos jornais. Como é que pode haver “me too” se o agressor conta com a complacência de um país minúsculo?
Esta semana, sete mulheres do colectivo de vítima do CES falaram com a jornalista Mariama Correia, da brasileira Agência Pública, que alguns jornais portugueses citaram. A mexicana Mariana Cabello, com 29 anos à altura dos factos, contou: “Fomos ver um documentário sobre direitos humanos. Boaventura sentou-se a meu lado. Quando as luzes se apagaram, colocou a mão na minha perna, na minha virilha (…) Ele continuou olhando para a frente, vendo o filme. Eu saí assustada.” Mariana Cabello diz que deixou de acompanhar o curso e passava o tempo no quarto. No jantar de encerramento, voltou a encontrar Boaventura. Depois de um exercício de lovebombing (uma táctica usada por abusadores e narcisistas, que consiste em elogiar desproporcionadamente a vítima, para a tentar manipular), Boaventura passa à segunda fase. “Eu estava em pé, ao lado da mesa dele. Ele, sentado, pôs a mão na minha cintura, nessa posição ficou com a cara no meu peito.” Na altura, a estudante optou por não denunciar porque “sabia que não ia acontecer nada com ele”.
Há relatos de Boaventura marcar reuniões com alunas para a casa dele, onde aparecia “vestido de robe e pijama” e “fazia comentários de carácter sexual sobre os corpos” das mulheres.
Tendo plena consciência do que as mulheres sofrem às mãos dos islamitas. Teve medo de recusar. Em tempos fiz uma viagem ao Egipto. Entrei em todas as mesquitas da mesma maneira que os homens -apenas descalça- excepto em Alexandria onde nos disseram que as mulheres eram impuras e por isso tinham de entrar por uma porta lateral e ficar ali numa espécie de sala gradeada, enquanto os homens podiam entrar na mesquita pela porta principal e passear por onde quisessem. Evidentemente que não fui. O guia ficou muito surpreendido e perguntou-me se não queria ver a Mesquita Branca que tem fama de ser uma das mais bonitas. Claro que queria, mas não estava disposta a ser considerada impura e ficar num cantinho apertadinha a ver a Mesquita ao longe, através de grades como uma coisa vergonhosa que é preciso esconder da vista. Mas há mulheres machistas.
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E em tom de crítica. Ora tomem lá o marechal e estadista finlandês Carl Gustaf Emil Mannerheim. O que vem atrás dele também está nu e outros a pé também. Uma festa ao estilo lady Godiva para homens? Pois, não interessa. Isto não fez escândalo na época. E já foi há muitos anos.
O ex-presidente finlandês Kekkonen com uma data de tipos todos nus em cima uns dos outros. Ninguém o pensa moralmente inapto por aparecer nu com outros também despidos. Já se fosse a primeira-ministra a aparecer toda nua com outras mulheres todas nuas... as mulheres são comentadas, sobretudo, pela aparência, independentemente da competência.
Esta atriz tem sido assediada online por homens por ter ido assim para um desfile de moda. Não a assediam por ter ido com um vestido transparente sem sutiã, mas por ter um peito pequeno. Têm tentado envergonhá-la por mostrar o peito, sendo pequeno. Ter um peito pequeno é uma grande liberdade. Com um peito pequeno, que é que precisa de usar sutiã? Há indivíduos muito estúpidos que gostam de envergonhar as mulheres: ou são gordas, ou são magras demais ou têm o peito pequeno demais ou grande demais ou é da forma que não gostam ou outra coisa qualquer sem interesse nenhum a não ser na cabeça deles. Andam pelas ruas e por todo o lado a tentar fazer as mulheres sentirem-se mal consigo mesmas. Quem os ouve falar havia de julgar que são espécimes perfeitos...
Isto é em Itália. A escultura devia representar a camponesa italiana do século XIX que abandonou tudo para lutar contra as injustiças dos Bourbons. O escultor, em vez de representar a sua determinação, sacrifício e luta, representou uma pin-up de rabo à mostra, vestido transparente colado ao corpo, ar de vamp.
A escultura foi criticada e "o escultor defendeu-se, dizendo estar "confuso" com a reacção e esclarecendo que quando faço uma escultura, tenho sempre a tendência de cobrir o menos possível o corpo humano, independentemente do género... A escultura representa a consciência"
Pois claro... acreditamos mesmo nisso... se lhe pedissem para fazer uma escultura do Presidente de Itália ou o Garibaldi, ele fazia uma escultura dos homens de calças transparentes, coladas ao corpo de maneira que se visse o rabo, as pernas e o sexo. Está-se mesmo a ver que o fazia. Seria muito dignificante!
Mais valia que a tivesse feito nua. Os machistas são indivíduos que não se enxergam.
As mulheres são obrigadas a ir de jogar de cuecas pequenas e muito cavadas o que, para além de ser muito desconfortável de usar num desporto que obriga a saltar, onde se cai no chão muitas vezes, etc., (não por acaso elas usam-nas muito apertadas para não se moverem do sítio) ainda deve desconcentrar, quer dizer, estar a jogar, consciente de estar de cuecas para que os homens se sintam felizes a assobiar enquanto as vêem. Se isto que obrigam as mulheres a vestir é um 'uniforme', então, deviam obrigar os homens a também ir competir com este 'uniforme': de cuecas minusculas, tipo fio dental e em tronco nu. Acho que se resolvia logo o assunto.
A propósito de um concurso de TV onde uma mulher aparece a enfeitar a pantalla vestida em roupa interior. Sim, o que ela traz vestido, pelo que vi nas imagens das notícias (não vi o tal programa) não é um vestido, mas a camisa interior (combinação ou sombra como se chamam) que se veste por debaixo dos vestidos ou às vezes para dormir.
Portanto, este senhor deste artigo que diz que quem chama a atenção para o despropósito de pôr mulheres em trajes interiores como enfeites sexualizados na TV, num canal não especificamente erótico ou pornográfico, mas que quer as audiências desses, está defender as burkas, raciocina como aqueles que acusam de extrema-direta quem critica a esquerda ou o oposto, acusam de extrema-esquerda quem critica a direita. Como se não houvesse uma quantidade de graus entre estas duas posições de falsa dicotomia.
Se este senhor acha normal e dignificante ir assim vestido, de roupa interior, de um modo exarcebadamente sexualizado para o emprego, então:
1. Porque não defende e estranha que não haja nos programas normais de TV, homens a enfeitar a pantalla, de tronco nu, vestidos de shorts de cetim muito curtos, colados ao corpo? Onde estão eles?
1. Também ¿acha normal e dignificante que uma professora ou um professor vão dar aulas vestidos desta maneira, em roupa interior sexaulizada; ¿que um ministro ou ministra vão trabalhar assim e apareçam na TV vestidos desta maneira, em roupa interior sexualizada; ¿que um jornalista se apresente vestido desta maneira, em roupa interior sexualizada para entrevistar alguém; ¿que um médico ou médica nos atendam assim vestidos desta maneira, em roupa interior sexualizada, etc.
Na realidade, o machista que escreve este artigo, tem o seu pensamento vestido de roupa interior transparente de maneira que os erros de raciocínio dos seus argumentos falaciosos (a falácia deste título é a falsa dicotomia) estão todos à vista. E digo-lhe: não lhe é dignificante...
Agora mesmo reparei que a plataforma do Sapo tem uma rúbrica nova chamada, 'Womanlife'. Sendo que me diz respeito, fui ver o conteúdo. Deparei-me com o seguinte:
- como ficar com as pernas em forma; nasceu mais um neto à rainha Isabel II; Orlando Bloom queixa-se que faz pouco sexo com Kate Perry; Cristina Ferreira posa em biquini no Dubai; Ariana Grande compra 3ª casa no espaço de um ano; Kate Midleton evita polémicas; três receitas leves e deliciosas para fazer na Primavera. Etc.
É tudo assim, notícias sobre a aparência do corpo, sexo e celebridades. Quando os meios de comunicação social, que nos invadem a toda a hora e, portanto, são um importante instrumento formador das mentalidades culturais, difundem uma imagem das mulheres como pessoas que só se interessam por aparências e coscuvilhices, é difícil mudar as mentalidades na sociedade e, se as mentalidades não mudam, as práticas também não: discriminação, desigualdade no acesso a cargos, à educação superior, etc.
Não têm vergonha? Uma plataforma que tem mais de um milhão de visitas por dia, a promover produtos culturais estupidificantes e associá-los ao modo de vida das mulheres?
Não quer dizer que uma pessoa não leia esses títulos, mas em primeiro lugar, tanto os lêem as mulheres como os homens e, em segundo lugar, eles não ocupam o centro da vida das mulheres.
Uma pessoa todos os dias leva com estas coisas na cara. É por isso que os alunos chegam culturalmente deformados às aulas do secundário e que é difícil formá-los. É preciso destruir camadas e camadas grossas de estupidificação de revistas, novelas, concursos e coisas do género.
Tenho assistido neste mês, a uma série de webinares sobre plataformas digitais interessantes para usar nas aulas. Há tanta coisa gira... ... mas a questão é lembrarmo-nos que esses instrumentos, se usados como centro das aulas e não acessórios, promovem a distracção, a superficialidade e o artifício. É preciso muito cuidado em não purpurinar o ensino e reforçar a superficialidade estupidificante do horizonte cultural que a sociedade inculca nas crianças e adolescentes.
... não é constatar que estão a ficar agressivas, o que é verdade, em parte, porque chegaram ao ponto de dizerem que os homens são por natureza violentos sem remissão, que todo o acto heterossexual devia ser entendido como uma violação e que as mulheres que sentem desejo por homens são servas sem o saberem.
O que interessa é perguntar, porquê? Porque é que, apesar das relações entre as mulheres e os homens, no Ocidente, terem melhorado imenso, não apenas em termos de direitos mas também de consciencialização, parece haver um número crescente de mulheres a ficar mais agressivas relativamente aos homens e não menos?
A resposta vem neste artigo: é que as neofeministas são uma resposta à permanência resiliente, agressiva e ofensiva do velho machismo que não se retira nem se reforma.
Estamos no século XXI mas no Japão consideram que uma perspectiva feminina é as mulheres irem enfeitar as reuniões sempre humildemente no seu lugar de gueixas. Uma mulher deve estar calada, ou seja, ser passiva, como convém ao seu sexo. De facto, são os homens que não abdicam de se erigirem como agressivos ao obrigarem as mulheres a representar o papel passivo.
Quer dizer, a ideia de que há uma hierarquia entre os sexos continua inatacável e, com ela, a imposição dos interesses dos homens às mulheres. O espaço público continua a ser masculino e as mulheres que nele irrompem incomodam, pois saem do seu papel de passividade e espera.
Se as mulheres falam demais ou de menos, isso não interessa, sequer: o que interessa é o que é feito e o que é feito, tem sido feito pelos homens porque eles é que ocupam os cargos de poder há milénios. E o resultado está à vista: um planeta cruel, à beira do desastre ambiental, à beira da extinção em muitas áreas, cheio de desigualdades, de corrupção, de tráfico de droga, tráfico sexual, pedofilia, tortura, perseguição, violações... ... isto é o resultado do trabalho que os homens, os seres masculinos, têm feito no planeta.
Portanto, de facto irrita que estes homens que têm contribuído para o estado de pré-catástrofe em que estamos, não só não tenham um átomo de capacidade de introspecção e revisão racional, como ainda gastem tempo a menorizar mulheres com os seus esquemas do tempo da Grande Guerra.
Veja-se que em Portugal, apesar dos comentadores de TV serem quase todos homens e quase todos sofrerem de verborreia e falarem (como MST costuma falar) sem coerência, sem se darem ao trabalho de garantir racionalidade no discurso e sem travão, de tal maneira que têm de ser mandados calar à força pelo moderador, alguns, como MST, completamente cego relativamente a si próprio, diz que as mulheres falam demais... ... contam-se pelos dedos de uma mão mutilada os comentadores e políticos com dois dedos de testa (alguns mesmo tolos) capazes de ter um discurso estruturado e sintético.
É para rir... ... ou, é para certas mulheres terem cada vez menos paciência para estes dinossauros -reparo que estes machistas empedernidos são quase todos idosos como o MST, vindos de uma época em que os homens tinham uma mentalidade muito... muçulmana.
E é por isso que as neofeministas, como se lhes chama, estão a ficar radicais: porque não há paciência para continuar a ter que aturar estes machistas de outros tempos que deixaram uma péssima pegada no planeta, não apenas fisico, mas social, no dos direitos humanos e que já deviam estar calados de pantufas lá nas suas casas, mas não param de falar e em público.
Pode dizer-se, 'ah, mas se fossem as mulheres no poder, se calhar era igual'. Pois, talvez, não sabemos, porque os homens fazem um bullying tremendo às mulheres para as afastar do poder.