Já passaram dois anos desde o início desta guerra (na parte II porque a Parte I foi em 2014) e, se bem que não estejamos numa situação de guerra total igual à da 2ª Guerra Mundial, estamos numa situação de guerra de segurança global e de a Ucrânia estar a ser destruída, aldeia a aldeia, cidade a cidade com o maior desprezo pelas vidas de civis. Nessa época, foi preciso acontecer isto que se vê em baixo, para a Alemanha capitular, porque enquanto andaram a destruir os países dos outros sem ninguém lhes tocar, quem estava dentro do país não tinha bem noção do que estava a fazer a outros e mesmo os que tinham, estavam na boa, na sua vidinha cheia de bens roubados aos judeus. É o que se passa na Rússia: eles lá dentro vivem a sua vidinha e se não fosse morrer tanta gente -mas os que morem são os pobres, os criminosos que estavam na cadeia e os ainda mais pobres que vêm de outros países- e não poderem ir ao Insta e ao YouTube, não queriam saber que matassem todos os ucranianos nem vão levantar um dedo contra o chefe dos bandidos. É evidente que a Ucrânia tem de poder atingir os alvos militares e derivados (o petróleo que lhes alimenta a guerra, por exemplo) de onde partem os ataques. Outra coisa seria suicídio.
Berlim, 1945