November 28, 2022

O excesso de poder é a pior droga

 

Antropodiceia ou o despertar dos vivos

 

Lá se foi a propaganda e o mito dos separatistas



Putin diz que deveria ter tomado o Donbas em 2014

A Rússia deveria ter conquistado e anexado completamente o Donbas em 2014, disse o ditador russo Vladimir Putin durante uma reunião encenada com "mães de soldados russos" no dia 25 de Novembro.

Coragem II

 


Coragem

 

intj




@InaGrischau

November 27, 2022

On the edge























Archillect

Mas o Parlamento ainda discute?

 


Eu estava com a impressão de que era no gabinete de Costa que se decidiam as discussões e decisões do Parlamento.


“Estamos a assistir a uma contracção brutal das pessoas em idade de procriar”


Paulo Machado, da Associação Portuguesa de Demografia, diz que os Censos 2021 apontam uma crise demográfica sem paralelo na história. E, claro, o tema devia estar a ser discutido no Parlamento.

A recessão demográfica do país não tem qualquer paralelo na história e o país tem de assumir “sem pruridos” uma política de repovoamento do interior, defende Paulo Machado, presidente da Associação Portuguesa de Demografia, a propósito dos Censos 2021 que, além de mostrarem 20% da população está amontoada em 1,1% da área do território, apontam uma forte erosão das pessoas abaixo dos 39 anos de idade, o que deixa o país refém de um duplo condicionamento: a não renovação geracional e a não renova...

Sem que "manifestem, alto e bom som, o seu descontentamento"?




Os funcionários públicos manifestam alto e bom som o seu descontentamento todos os dias, mas quem os ouve? Por acaso têm fóruns públicos como este senhor (que o JN não informa quem é) para se fazerem ouvir? 
E em que país é que ele vive? Não vive no mesmo país que nós: este país onde o PS se comporta como um rei absoluto que decide e faz o que quer arbitrariamente sem dar explicações a ninguém e muitas vezes contra a opinião da maioria?
A ADSE tem 1100 milhões de euros, descontados pelos beneficiários - o que andam o Medina e a filha do pai a fazer com o dinheiro só podemos imaginar, com susto. Porém, até hoje, este governo PS absoluto ainda não se deu ao trabalho de explicar porque retém o nosso dinheiro e porque fez acordos com os hospitais que nos prejudicam.

Sobra o dinheiro na ADSE mas falta a saúde


João Neto

Segundo notícias não desmentidas, a ADSE terá acumulado mais de 1100 milhões de euros em saldos depositados na IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, liquidez que não pertence ao Estado mas que está à sua plena disposição, sem vencer juros ou produzir qualquer utilidade para os Beneficiários da ADSE que financiaram os superavits responsáveis por esse património financeiro.

Ao mesmo tempo, todos os dias conhecemos casos de funcionários públicos no ativo ou pensionistas a quem é vedado o acesso a cuidados imprescindíveis ao melhor tratamento das suas doenças por não haver prestadores disponíveis na sua região ou que são forçados a pagar do seu bolso cuidados diferenciados que a ADSE entende não deverem ser comparticipados.

Por outro lado, são recorrentes as razões de queixa dos Beneficiários relativamente aos prazos de reembolso das despesas de saúde, injustificavelmente demorados e, ao que tudo indica, absolutamente dependentes da ineficácia administrativa da ADSE e do capricho financeiro do Ministério das Finanças.

Com este quadro de absurdos e irracionalidades que prejudicam aqueles que são a única razão de existência do subsistema ADSE (os seus beneficiários) não é de admirar que as novas gerações de funcionários públicos fujam para os seguros de saúde e deixem o subsistema público num caminho de insustentabilidade.

Mas como é que chegámos a uma situação em que na ADSE há dinheiro a mais e saúde a menos, sem que os funcionários públicos - que tudo pagam - manifestem, alto e bom som, o seu descontentamento e a sua revolta com a incompetência e o desleixo de quem gere o subsistema?

Bom dia ☕ 🍂

 


Mucidula Mucida
por Claudiu Dinga 

November 26, 2022

Drone perspective




Arles é uma cidade muito antiga à borda do Reno e do delta da Camarga. Esteve ao lado de Júlio César contra Pompeu. Já foi capital de um reino independente.



Arles, France 
via Architecture & Tradition

Divulgando - S.TO.P. sindicato de todos os professores




Caras e caros colegas,

Como é público, para além de todos os profundos ataques que a classe docente tem vindo a ser sujeita, há novos e perigosíssimos ataques efetuados por parte do ME, como sejam, a implementação dos conselhos intermunicipais de diretores para recrutar docentes efetivos e contratados segundo critérios subjetivos com base em "perfis" ou, a mais recente, que querem discutir na reunião a 29 de novembro, de que apenas os professores com doutoramento é que fiquem dispensados do requisito de obtenção de vaga para acesso ao 5.º e 7.º escalões. Todas estas estratégias por parte da tutela têm como objetivo colocar os professores uns contra os outros (dividir para reinar).

E, atenção, como a realidade tem demonstrado, se nada fizermos de significativo, o ME não vai parar e outros ataques continuarão a surgir.

O S.TO.P., tendo como base uma sondagem independente (com cerca de 6000 participantes) dinamizada pelo Blog do Arlindo, convocou uma greve por tempo indeterminado.

Para quem possa pensar que esta forma de luta é irresponsável, relembramos o que o S.TO.P. fez questão de colocar ao lado da sondagem, desde o seu início e para que não houvesse qualquer dúvida, referimos: "Mais do que "cliques" anónimos em sondagens que, apesar de nos poderem dar pistas importantes, o que é realmente determinante é a ADESÃO dos colegas nas escolas. Por isso, naturalmente, seja qual for a forma de luta mais votada, se ao fim dos primeiros dias dessa luta se constatar que não está a ter impacto/adesão significativa (e porque não queremos desmoralizar/destruir os colegas mais combativos em lutas infrutíferas/inconsequentes) convocaremos um novo plenário para avaliarmos a continuidade dessa luta. Mais uma vez será coletiva e democraticamente que decidiremos avançar ou parar uma luta (e não meia dúzia de dirigentes sejam eles quais forem). Também aqui se vê, mais uma diferença fundamental, com todos os outros sindicatos na área da Educação.”

Ou seja, a duração desta greve por tempo indeterminado será determinada quando o ME ceder em algo que a classe considere significativo ou quando os professores que estão nas escolas decidirem.


Esta forma de luta inédita, não é apenas contra os recentes ataques do Ministério da Educação mas, também, por questões fundamentais do passado não resolvidas (por uma avaliação sem quotas, direito à CGA para todos, contagem de todo o tempo de serviço, gestão escolar democrática, aposentação sem penalização após 36 anos de serviço, a situação específica dos professores em monodocência, direito à segurança para todos nas escolas mas também contra o excesso trabalho burocrático, alterações à Mobilidade por Doença, ultrapassagens na progressão da carreira docente, perda de poder de compra, as vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões, falta de subsídio de alojamento/transporte, lesados da SS, etc.).


PARA PREPARARMOS ESTA GREVE E AVALIARMOS A VIABILIDADE DE FUNDOS DE GREVE convidamos todos os professores (sócios e não sócios) a participar na REUNIÃO NACIONAL online a 1 de dezembro, às 18h.

Mais informações e como os professores se podem pré-inscrever (prazo até terça feira, dia 29 de novembro) neste link: https://sindicatostop.pt/reuniao-nacional-de-preparacao-da-greve-nacional/


Convidamos também os colegas a imprimir (mesmo que seja a preto e branco) o cartaz em anexo para colocarem na vossa escola (no placard sindical e/ou nas mesas da sala de professores). Convidem os vossos colegas para esta importante reunião.

Nesta reunião é fundamental a participação de todos os professores inconformados dada a situação a que chegou a nossa classe:

JUNTOS SOMOS + FORTES

S.TO.P.




Hoje é o Dia da Memória do Holodomor




Hoje é o Dia da Memória do Holodomor.

Provavelmente, a maioria dos ucranianos (com excepção da Ucrânia Ocidental, que não fazia então parte da URSS) têm uma história da família no Holodomor. Eu também, mas um pouco não-convencional.

Todos os meus antepassados ucranianos que sobreviveram ap Holodomor morreram antes de os meus pais nascerem, excepto uma uma bisavó que morreu mais tarde. Era russa. Alguns anos antes do Holodomor, a sua família tinha fugido das repressões soviéticas para o Donbas. Trabalhavam aí como mineiros.
Devido à constante escassez de mão-de-obra no Donbas, as estruturas estatais da região muitas vezes fizeram vista grossa ao passado das pessoas. Isto permitiu a muitas pessoas esconderem-se aí da repressão. Esta história é bem contada por Hiroaki Kuromiya no livro Freedom and Terror in the Donbas.

A família da minha bisavó era de uma aldeia na região de Lipetsk, na Rússia, onde o seu avô tinha ficado. Quando ele soube que tinha começado uma fome na Ucrânia, pegou num saco de cereais para levar aos seus filhos.
Ele sabia que na fronteira ucraniana a sua carga seria verificada e que os cereais seriam confiscados. Por conseguinte, saltou do comboio em Valuyki, uma cidade na fronteira. Como resultado, ficou gravemente ferido. No entanto, conseguiu atravessar a fronteira a pé e entregou o grão, quase sem vida. Despediu-se da família e voltou à Rússia, para morrer em casa.

A minha bisavó contou esta história ao meu pai quando ele era jovem. Ela desempenhou um papel importante na educação do meu pai e influenciou o facto de, mesmo nos tempos soviéticos, ele ter-se politizado e ter-se tornado num um nacionalista ucraniano.
Muitos ucranianos, durante muito tempo, tinham medo de falar sobre esses acontecimentos. Como escreveu Hanna Perekhoda, também uma socialista ucraniana do Donbas:

"A minha bisavó, uma residente da aldeia de Chicherino na região de Donetsk, foi uma das três sobreviventes de uma família de onze crianças... A primeira vez que ela falou do que tinha passado foi aos noventa anos de idade, quando finalmente ficou convencida de que o martelo e a foice tinham sido retirados definitivamente do edifício do conselho da aldeia".

Taras Bilous

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A colecção de fotografias do Holodomor de Alexander Wienerberger, é talvez a evidência visual mais viva e detalhada da fome que os soviéticos tentaram tão arduamente esconder.
Um engenheiro químico austríaco que passou quase duas décadas a trabalhar na URSS, Wienerberger foi designado para gerir uma fábrica em Kharkiv em 1932.
Pouco depois de chegar, o impacto devastador do Holodomor tornou-se claramente visível nas ruas da cidade.
Armado com uma pequena e simples máquina fotográfica alemã Leica II, passou meses a fotografar secretamente vítimas da fome.
Com as zonas rurais devastadas pela colectivização, muitos deles eram camponeses que tinham fugido em massa para Kharkiv, então a capital da Ucrânia soviética. Tinham ido para lá na esperança de conseguir trabalho e comida, mas em vez disso encontraram apenas a morte.

Algumas das suas fotografias:








Outro fotógrafo da fome foi Whiting Williams, um jornalista especialista em relações laborais que este infiltrado no Donbass da Ucrânia soviética.

This photo taken by Whiting Williams in August 1933 appeared in an article he wrote for a British magazine a year later but had been largely forgotten until now. It was originally published with the caption "Factory women passing a tiny victim of famine: a dead child lying on a pavement in [Kharkiv]."


Já Mykola Bokan era um fotógrafo ucraniano cuja própria família foi gravemente afectada pela fome.

Tal como muitos ucranianos, Bokan e os seus sete filhos começaram a passar fome quando a situação se tornou especialmente tensa em 1932.

Sem ninguém capaz de lhe pagar como fotógrafo profissional, ele não tinha nada com que viver, mas resolveu usar as ferramentas do seu ofício para documentar as experiências da sua família.

Uma das fotografias mais pungentes retrata-o a si (à direita) e à sua família, sentados à mesa. A legenda diz, "300 dias sem pão".



Intitulada, "No Caixão", esta fotografia mostra Konstantin Bokan (seu filho) pouco depois da sua morte por desnutrição, aos 22 anos. (Arquivo do Serviço de Segurança da Ucrânia, fonds 6, caso № 75489-fp, volume 2)

Written by Coilin O'Connor based on a report by Dmytro Dzhulay for RFE/RL's Ukrainian Service.

Cada cavadela, uma minhoca

 



Às vezes uma pequena notícia, muito de repente, dá-nos uma entrada, um vislumbre, para a realidade de uma certa situação ou pessoa. É o caso desta notícia. O então presidente do IPO do Porto gastou 300 mil euros numa empresa de comunicação para fazer avançar a carreira política da sua filha. O IPO é um hospital oncológico. Os hospitais oncológicos tratam doentes de cancro e têm falta de médicos, de enfermeiros, de medicamentos, de equipamentos... mas o seu director, em vez de fazer avançar a saúde dos doentes, gasta o dinheiro público para fazer avançar a vidinha política da filha. O dito senhor é, segundo este artigo, um histórico do PS. Quantos filhinhos foram, 'avançados', à custa de doentes e outros desfavorecidos da sorte? É nisto que o nosso país está transformado? Uma clique de canibais que devoram o seu próprio povo?




Do You Hear the People Sing?

 

Um país deprimente



Por todo o lado governantes e dirigentes o nepotistas e sem valores democráticos. Incompetentes que escondem a incompetência com o pagamento de favores: Promotores de incúria que desbaratam os dinheiros públicos. Nada resolvem, destroem tudo: a saúde, a educação, o tecido social, a riqueza do país.
A oposição sem espinha nem liderança. A guerra na Ucrânia e a presidência americana nestes últimos tempos mostram bem a importância dos líderes: líderes íntegros, que unem as pessoas em vez de as desunir, que se preocupam com a justiça, que têm condutas éticas e que são um exemplo de respeito pelos valores democratas inspiram os povos até ao sacrifício, se for preciso; mas líderes demagogos, incompetentes, indutores do caos e da divisão das pessoas, da injustiça, do poder arbitrário de uns sobre outros, corrompem tudo: as pessoas e as instituições.
Na semana passada li no FT que o maior indicador da vitalidade da economia de um país vê-se na compra de habitação própria pelo povo.
Sócrates, o filósofo dizia que o mal é ignorância. Os políticos e dirigentes que vão para os cargos pelo poder, os pequenos e grandes privilégios e pelo dinheiro, que geram o caos e a corrupção para se manterem no poder, pensam que fazem um bem para si mesmos, mas não vêem que destroem o próprio tecido social e tudo que nele se inscreve e, dado que também eles vivem nesse tecido social, o mal que fazem volta-se contra si mesmos. Vivemos hoje, todos, num país pobre, com menos segurança, menos oportunidades na educação, cheio de injustiça social, com a saúde privada cara e a a pública destruída, a habitação proibitiva, o horizonte de vida deprimente, a classe política desligada da realidade do povo, porque uma grande maioria dos nossos governantes e dirigentes estão nos cargos para canalibalizar o país, pensando que estão a ser muito espertos para as suas vidinhas.


Sem surpresa, foi ontem aprovado o Orçamento do Estado (OE) para 2023.


Margarida Balseiro Lopes

Estando garantida a aprovação pela maioria socialista, seria expectável que houvesse abertura ao diálogo e à aprovação de algumas das propostas apresentadas pelos demais partidos. Mas não foi isso que sucedeu. Nas votações do OE, 97% das propostas da Oposição foram chumbadas pelo PS.

Recordemo-nos das palavras de António Costa, no dia das eleições legislativas: "uma maioria absoluta não é um poder absoluto". Esta foi uma garantia que rapidamente se esfumou.

Lembro-me de ler nos livros de História que diziam o mesmo de Hitler

 


Que ele era um instrumento de outros. Viu-se... e se não se tivesse lutado contra ele por medo que o seguinte fosse pior, onde estaríamos hoje? Quem é que pode pensar, depois deste meses todos de guerra e atrocidades às suas ordens, que Putin anda às ordens de alguém e que é melhor deixá-lo no poder? Onde vão buscar estas pessoas? À Gazprom?


“Se Putin viesse a ser substituído, talvez fosse por alguém ainda mais extremista”


Para o historiador Orlando Figes, que acaba de publicar uma História da Rússia, “Putin sempre foi um instrumento de outros” que “querem que a Rússia regresse a uma forma de totalitarismo".

Bom dia ☕ 🍂

 


Roma, por Agnes Crawford (fotografia tirada este semana). Parece uma pintura do séc. XIX.




November 25, 2022

Lema da campanha do PS: diga sim ao nepotismo

 


Regulador dos transportes contrata mulher do secretário de Estado que tem essa pasta no Governo

Ana Cristina Chéu foi contratada um mês e meio depois de o ministro das Infra-estruturas ter delegado em Hugo Mendes as competências relativamente à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.


Miguel Alves deixou escola?


Caminha contrata parecer após aprovar decisão que dele dependia

José António Cerejo

O novo presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages (PS), [sucedeu a Miguel Alves na presidência da Câmara Municipal de Caminha] assinou na segunda-feira um contrato com uma sociedade de advogados que tem como objecto a elaboração de um parecer sobre uma matéria que já foi decidida por proposta do próprio autarca. O parecer jurídico, que vai custar 19.950 euros (mais IVA), foi encomendado à Sérvulo & Associados e deverá ser emitido no prazo de 30 dias por Rui Medeiros, professor da Universidade Católica e sócio daquela sociedade de advogados.