November 27, 2022

Sem que "manifestem, alto e bom som, o seu descontentamento"?




Os funcionários públicos manifestam alto e bom som o seu descontentamento todos os dias, mas quem os ouve? Por acaso têm fóruns públicos como este senhor (que o JN não informa quem é) para se fazerem ouvir? 
E em que país é que ele vive? Não vive no mesmo país que nós: este país onde o PS se comporta como um rei absoluto que decide e faz o que quer arbitrariamente sem dar explicações a ninguém e muitas vezes contra a opinião da maioria?
A ADSE tem 1100 milhões de euros, descontados pelos beneficiários - o que andam o Medina e a filha do pai a fazer com o dinheiro só podemos imaginar, com susto. Porém, até hoje, este governo PS absoluto ainda não se deu ao trabalho de explicar porque retém o nosso dinheiro e porque fez acordos com os hospitais que nos prejudicam.

Sobra o dinheiro na ADSE mas falta a saúde


João Neto

Segundo notícias não desmentidas, a ADSE terá acumulado mais de 1100 milhões de euros em saldos depositados na IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, liquidez que não pertence ao Estado mas que está à sua plena disposição, sem vencer juros ou produzir qualquer utilidade para os Beneficiários da ADSE que financiaram os superavits responsáveis por esse património financeiro.

Ao mesmo tempo, todos os dias conhecemos casos de funcionários públicos no ativo ou pensionistas a quem é vedado o acesso a cuidados imprescindíveis ao melhor tratamento das suas doenças por não haver prestadores disponíveis na sua região ou que são forçados a pagar do seu bolso cuidados diferenciados que a ADSE entende não deverem ser comparticipados.

Por outro lado, são recorrentes as razões de queixa dos Beneficiários relativamente aos prazos de reembolso das despesas de saúde, injustificavelmente demorados e, ao que tudo indica, absolutamente dependentes da ineficácia administrativa da ADSE e do capricho financeiro do Ministério das Finanças.

Com este quadro de absurdos e irracionalidades que prejudicam aqueles que são a única razão de existência do subsistema ADSE (os seus beneficiários) não é de admirar que as novas gerações de funcionários públicos fujam para os seguros de saúde e deixem o subsistema público num caminho de insustentabilidade.

Mas como é que chegámos a uma situação em que na ADSE há dinheiro a mais e saúde a menos, sem que os funcionários públicos - que tudo pagam - manifestem, alto e bom som, o seu descontentamento e a sua revolta com a incompetência e o desleixo de quem gere o subsistema?

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