algumas coisas não precisávamos saber... como usam a casa de banho e isso... outras achávamos piada saber: sex in the EEI...? will be out of this world 😅 really 😅)
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... baixaram logo o número de mortos e infectados. Para quem dizia que uma coisa não tinha que ver com outra. E ainda só passou semana e meia.
Mais 240 mortes e 9083 casos em Portugal.
Então comprei duas vezes o mesmo livro?? Agora vieram entregar-me um livro que já me tinham entregue a semana passada. Fui ao site. Então não é que comprei o livro duas vezes?? Que esperta...
Permita-me o leitor começar pela explicação, porventura desnecessária, de que é falso o argumento de que as realidades de Portugal e da Noruega não podem ser comparadas, dada a abissal diferença de recursos que existe entre os dois países. Está longe de ser apenas isso, como estas linhas demonstrarão. Tenho, desde 2013, uma posição de professor a tempo inteiro naquela que é atualmente a quarta maior universidade pública do país. Aquilo que verdadeiramente nos distingue, e que justifica o título escolhido, é a organização e o respeito que o Governo tem pelos cidadãos. Até ao eclodir da pandemia, costumava alternar duas semanas na Noruega e duas em Portugal. Atualmente, tenho passado um mês em cada país. Esta última deslocação oferece-nos um bom exemplo da acusação que o título encerra.
Viajei para Oslo no passado dia 6 de janeiro, via Frankfurt, saindo de cá no voo que deveria partir pelas 06:20 horas da manhã. Deveria, mas não partiu, porque as baixas temperaturas da noite deram origem à formação de gelo nas asas. Foi o próprio piloto que veio ao terminal de embarque falar a todos os passageiros, para os informar de que iríamos sair atrasados porque o aeroporto do Porto não dispõe de meios para o descongelamento. Acrescentou que nunca na sua carreira tinha tido tal experiência e que a única solução seria esperar pelo nascer do dia, colocar o avião ao sol e esperar que o descongelamento acontecesse naturalmente. E foi isso mesmo o que aconteceu – embarcámos apenas pelas 08:30 horas, com mais de duas horas de atraso, e esperámos pacientemente ao sol, que entretanto nascera, até às 10 horas, quando finalmente pudemos levantar voo. Com quase quatro horas de atraso, perdi a ligação seguinte para Oslo, onde cheguei apenas alguns minutos depois da meia noite. Já nessa altura, a Noruega exigia aos passageiros que trouxessem um teste Covid-19 negativo à entrada, a que se acrescentava a exigência de realizar outro à chegada e ao cumprimento de uma quarentena de 10 dias. O teste realizado à chegada, gratuito, poderia ser substituído por outro realizado fora, desde que o resultado fosse apresentado nas 24 horas seguintes. Não foi preciso esperar pelo resultado no aeroporto, porque as autoridades sabiam como e onde contactar cada um dos passageiros.
Daremos agora um salto no tempo até hoje, 31 de janeiro, em que regresso a Portugal. Consultei naturalmente o site SNS24 antes da viagem, para saber o que deveria apresentar. Ainda à hora em que escrevo estas linhas, este site continua taxativamente a afirmar que os passageiros vindos de “países UE e do espaço Schengen não têm de apresentar teste à Covid-19 no momento da partida, serão apenas submetidos a controlo de temperatura à chegada ao aeroporto” O endereço da página é inteiramente geral, sem referência de data, fazendo parte da prevenção dos viajantes relativamente à Covid-19.
A viagem com a Lufthansa, conhecida pela excelente organização, não começou da forma habitual. Pela primeira vez desde há largos anos, não pude fazer o check-in online, tendo recebido da companhia a explicação de que o bilhete estava “sob controlo do aeroporto” e seria lá que teria que o realizar, “à moda antiga”. Suspeito agora porquê – a companhia, sem informação sobre as novas formalidades de entrada em Portugal, não sabia se teria autorização para realizar o voo e deve ter procurado esclarecimentos até à última hora. Ao embarcar, a informação recebida foi de que as autoridades portuguesas exigiam agora o preenchimento de um formulário eletrónico no portal “portugalcleanandsafe.pt”, que devolveria (como devolveu) um código QR para mostrar no controlo de passaportes. Após uma breve escala em Frankfurt, embarcámos para o Porto, onde chegámos no horário, pelas 11:25 horas da manhã.
E aqui entramos verdadeiramente no desgoverno que o título proclama. Os funcionários do SEF pediam um teste Covid-19 que era agora exigido pelo Decreto-Lei (DL) nº 20/2021, que entrara em vigor pelas 00:00 horas deste próprio dia. Dezenas de pessoas, desconhecedoras de uma exigência que as informações já referidas no portal SNS24 continuam a ignorar, não dispunham de teste. Poderá imaginar-se a confusão criada, as discussões, até o desespero – em particular, de uma senhora que tinha viajado unicamente para participar no funeral da mãe, marcado para as 14 horas.
Não se surpreenderá também o leitor se lhe disser que não havia, quando desembarcámos, quem realizasse o teste no aeroporto, como o DL determina (“estavam a chegar”). A longa fila formada, se não criou mais riscos para a propagação da doença, certamente também não constitui um bom exemplo de como a combater.
Inovação e corrupção parecem assuntos distintos, mas inovação pode ser uma ferramenta no combate à corrupção. É nisto que acredita André Corrêa d'Almeida e foi por aí que começámos a conversa, num dia soalheiro e com as praias da linha do Estoril como cenário de fundo.
"PENSO QUE A OPINIÃO PÚBLICA ESTÁ MUITO ENVIESADA, E UM DOS DESAFIOS À INOVAÇÃO MUNICIPAL É O DA IMAGEM E DO PRESTÍGIO DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS".
Há espaço para a inovação no setor público ou estamos condenados a fazer assim porque sempre foi assim?
Absolutamente. Calcula-se que em 2050 cerca de 80% das pessoas viverão em cidades. As cidades têm de certeza, por isso, algo que nos faz vir para elas, e isso está muito relacionado com a capacidade de as autoridades locais tornarem as cidades espaços mais ou menos habitáveis. Não é certamente por causa do setor privado que temos as praias limpas; nasci em 1970 e, nessa década e metade dos anos 1980, todas as praias da linha do Estoril eram um esgoto. Foi devido ao dinheiro que veio da União Europeia - e esse dinheiro é também um elemento público -, mas também às opções tomadas pelas câmaras de Cascais, de Oeiras e de Lisboa que se recuperaram as praias. Penso que a opinião pública está muito enviesada, e um dos desafios à inovação municipal é o da imagem e do prestígio das instituições públicas.
Por que motivo diz que a perceção que existe é enviesada?
O que se passa no setor público não é muito diferente do que se passa no setor privado. No entanto, as histórias de inovação que se ouve contar são de bancos, de startups, de empresas como a Samsung ou a Apple. Não digo que o setor público é perfeito, o que digo é que há um grande enviesamento das perceções a desfavor do funcionamento dos organismos públicos, precisamente porque a persistente falta de integridade e transparência em alguns casos mais sonantes, e muitos deles a nível nacional, encobre e mina a prestação mais integra e inovadora de muitas autarquias. No entanto, veja a quem se recorre, por exemplo, para a saúde. A luta americana para ter um serviço de saúde público - eles chamam-lhe universal, mas é público - é imensa. O gosto e o orgulho que os portugueses têm, apesar de todos os defeitos, no seu Serviço Nacional de Saúde, prova isso. Michael Moore, realizador do documentário "Fahrenheit 9/11", de 2004, realizou e dirigiu um novo documentário em 2015, "Where to Invade Next" [O Invasor Americano], uma recomendação ao governo americano, numa sátira à tradição que os EUA têm de invadir países por tudo e por nada, sobre países a invadir. E um dos países que devia ser invadido é Portugal. Michael Moore diz que os americanos deviam invadir Portugal por causa da experiência positiva na despenalização do consumo de drogas; somos um case study, enquanto a experiência americana é a oposta - e Obama contribuiu muito para a massiva penalização do consumo de drogas.
Um bom artista, tem um olhar próprio e uma linguagem própria que é o estilo, uma mistura de técnica e gosto particulares. E tal como acontece com as pessoas, nem todos os artistas são fáceis à primeira vista. Alguns têm uma visão muito diferente da nossa. Tiveram outra experiência de vida e são, interiormente, pessoas diferentes, quer dizer, são movidas por questões e interesses diferentes dos nossos que lhes moldaram a visão de um certo modo. E outros ainda, se bem que até semelhantes, têm uma linguagem que nos é estranha, à primeira vista (os abstractos, por exemplo) antes de nos familiarizarmos com ela. Alguns são como as pessoas difíceis a quem precisamos de nos habituar. Requerem esforço e paciência. No entanto, se o artista é bom, é um esforço recompensado, pois tal como acontece na literatura e na filosofia, quando entramos na sua visão, é um mundo novo de possibilidades que se abre e é por isso que a arte é enriquecedora.
Dürer tem um olhar que é dele e uma linguagem muito própria. Reconhecemos os trabalhos dele e os dos que imitam a linguagem dele. Esta aguarela faz parte de um grupo de cinco estudos que Dürer fez de pedreiras depois de voltar da viagem a Itália em 1495. A ideia dele era treinar um certo tipo de atmosfera que se depreende destas formações rochosas que incluem vegetação e poder usá-la noutras obras. Escarpas rochosas eram um motivo tradicional da arte da Europa do Norte no século XV (fonte).
Na realidade reconhecemos nesta aguarela o Sul da Europa. Escarpas em tom barrento rosado com vegetação e uma atmosfera muito mediterrânica, langorosa e não agreste como a das escarpas dos países muito a Norte e ele conseguiu criar uma atmosfera onde entramos imediatamente. Uma atmosfera não é um cenário intelectual mas uma paisagem emocional: uma invasão de emoções, de memórias de sítios, luz e ambientes, de experiências. Quando entramos dentro do olhar de um bom artista, ele devolve-nos esse olhar nosso olhar com o dele e revela-nos coisas que nem sabíamos existirem em nós e no mundo. Outras que sabíamos vagamente mas sem definição, sem controlo objectivo e outras que pensávamos perdidas da memória. A arte tem até um efeito terapêutico parecido com o da psicanálise porque é capaz de de nos pôr a olhar o passado longínquo e a reinterpretá-lo, dar-lhe um sentido diferente que o 'limpa', por assim dizer, dos seus efeitos negativos.
A semana passada fui dar com um artigo de um professor de uma universidade americana cujo título era, 'como o, escrever bem, nos torna melhores pessoas'. Fiquei com curiosidade de perceber o que queria ele dizer com isso de escrever bem ter um efeito moral positivo e fui ler. Qual não é o meu espanto quando todo o artigo dele defende que devemos escrever [ele refere-se a filósofos e outros especialistas em geral] com palavras simples que a mais simples das pessoas possa compreender por uma questão de respeito, pois se as pessoas não compreender as palavras para quê escrever? Isto é que dizem os meus alunos do 10º ano no primeiro período porque vêm formatados com a ideia de que a educação e a aprendizagem não têm nenhum valor a não ser que dêem imediato prazer e que todo o esforço, sendo anti-prazer, é errado.
Esta é também a opinião do nosso ministro da educação e do seu SE que nivelam tudo por baixo e não compreendem que a aprendizagem requer um esforço de quem quer aprender e evoluir, ganhar outras visões, aceder a outros patamares de realidade cujo prazer e riqueza só depois de esforço e incómodo se alcançam, a não ser que o alvo da educação seja a mediocridade e o seu reforço.
A qualidade não é independente da quantidade. Um artista, como um filósofo, como um cientista, um engenheiro, um professor, um médico, um marceneiro ou outra pessoa qualquer, só depois de muito trabalho, muito treino, muita prática, desenvolve uma sabedoria técnica e é sobre essa sabedoria das mãos, ou da linguagem, por assim dizer, que o talento se desenvolve. Uma mudança qualitativa requer uma quantidade significativa, que pode não ser igual para todos, mas que é necessária.
Isso também é válido nos processos naturais: desde a mutação das espécies, a alteração das estruturas da matéria, até à imunidade de grupo, por exemplo. Só depois de uma quantidade significante se dá uma alteração qualitativa.
Ninguém tem um desempenho complexo, uma visão complexa e rica sobre questões complexas se apenas aprender o simples.
Voltando à arte, um bom artista tem uma linguagem própria e nem sempre é simples e imediata, mas somos nós que ganhamos com a riqueza da sua visão e não ele com a nossa pobreza. Também ele próprio vai à procura do que o enriquece se quer expandir o seu talento. Dürer foi a Itália aprender com os mestres e por isso o trabalho dele tem uma marca d'água que os outros no seu país, na época, não conseguiram ter.
... peçam também dois ou três ministros. Pelos menos para substituir, o Cabrita e a Temido. Neste momento são os mais urgentes. O da educação não vale a pena porque o deles também não é grande coisa.
... e nisso somos como Diógenes, com a lanterna, à procura de um homem honesto. Mas está difícil.
Leis, só por si, são insuficientes. Comissão Europeia defende mais recursos e especialização das autoridades policiais.
Quanto mais infectados houver, mais variantes há-de haver também, não? À medida que o vírus passa de pessoa para pessoa, tendo que adaptar-se a um organismo diferente, modifica-se para sobreviver nesse organismo, não é verdade? De modo que, a não ser que vacinassem toda a gente, de repente, as infecções vão continuar e com elas, as inevitáveis mutações.
"É um desenvolvimento preocupante. No entanto, não é totalmente inesperado", dizem os especialistas.
Hoje li este livro da mulher canadiana que 'foi para os bosques' como Thoreau - foi-se encabanar, como ela diz, na floresta gelada, em pleno Inverno. São pouco mais de 100 páginas, lê-se num instante. Está escrito como um diário das resoluções qua a levaram ali e das provações que passou. Recusa de uma vida insípida e de joelhos. Um exame interior de vida. Muito bom e limpo como a neve que tudo cobre em seu redor.
Infelizmente, cada um mais parvo que o outro. Às vezes há uma que parece ir ser bom, como um que vi ontem sobre a adolescência, aquela terra no limbo entre a infância e a idade adulta em que já não se é mais também ainda não se é e em que a pressão para se adaptar e ao mesmo tempo ser diferente enlouquece os miúdos. Parecia ir ser bom mas caiu nos clichés do costume. Há bocado de manhã vi outro filme que também parecia ir ser bom sobre outro limbo: o do subconsciente que revela e esconde, mas acabou por descarrilar. Agora estou a ver este -Logan Lucky- que tem uma parelha de actores estranha... o Adam Driver com o Channing Tatum... ... enfim, nesta cena estão os dez mandamentos de como assaltar um banco, mas na verdade podiam servir para muitas situações da vida.
ahh e o Daniel Craig! Okay.
... e criminoso, dada a falta de sangue nos bancos de sangue.
... tolerância zero quando os políticos são os primeiros fura-filas a legitimar o roubo de vacinas?
Se isto é assim com as vacinas, imagine-se quando chegarem os tais 26,3 mil milhões de euros de ajuda europeia...