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October 27, 2024

"We cannot leave the security of Europe in the hands of voters in Wisconsin every 4 years"

 

October 18, 2022

A OTAN forma os pilotos para a defesa do seu espaço e os pilotos vão ensinar os chineses como podem atacar esse espaço. What?!

 

Não é só cá que os Cabritas e quejandos estão nos governos a destruir tudo em que tocam. 

Os ingleses estão a treinar os chineses para que os chineses possam invadir eficazmente Taiwan, ajudar os russos e, quem sabe, destruir as tropas americanas que vierem ajudar Taiwan. Isto é um suicídio: a OTAN forma os pilotos para a defesa do seu espaço e os pilotos vão ensinar os chineses como podem atacar esse espaço.


As forças armadas chinesas recrutam dezenas de ex-pilotos militares britânicos em "ameaça aos interesses do Reino Unido".

A China recrutou dezenas de antigos pilotos militares britânicos para ensinar às forças armadas chinesas como derrotar aviões e helicópteros de guerra ocidentais numa "ameaça aos interesses do Reino Unido", revelaram as autoridades.

Um funcionário disse que cerca de 30 pilotos - muitos ex-pilotos, mas também alguns pilotos de helicóptero atraídos por salários anuais de cerca de £240.000 - estão actualmente na China a treinar pilotos do Exército de Libertação do Povo no que um analista de defesa militar descreveu como uma grave quebra de segurança.

Pequim está a tentar activamente contratar muitos mais pilotos e ex-pilotos militares e outros especialistas de toda a RAF, a @RoyalNavy e a @BritishArmy bem como pessoal de outras nações ocidentais, disse o funcionário ocidental.

A situação é tão grave que o serviço de Informações de Defesa do Reino Unido emitiu na terça-feira um "alerta de ameaça" para advertir contra tais abordagens.

A China está a utilizar recrutadores, incluindo uma empresa sediada na África do Sul, para angariar pessoal, disse o funcionário ocidental. O funcionário ocidental afirmou que os esquemas de recrutamento representavam "uma ameaça aos interesses britânicos e ocidentais" e foram vistos com "preocupação e desaprovação" pelo governo.

Todo o antigo pessoal de serviço britânico que aceitou empregos para formar pilotos militares chineses "estão quase certamente a melhorar os conhecimentos e a capacidade militar da China", disse o funcionário.
Apesar do potencial para prejudicar a segurança nacional, o Reino Unido parece ter sido impotente para parar os esquemas de recrutamento ou para forçar o antigo pessoal de serviço que aceitou empregos na China a regressar a casa - para além de apelar ao seu sentido de honra e patriotismo.

O funcionário disse que não se pensava que alguém tivesse violado a Lei dos Segredos Oficiais - o que seria um delito criminal. O Ministério da Defesa disse que estava a trabalhar no sentido de tornar muito mais difícil para a China roubar o talento militar britânico.

O pico no recrutamento tem sido identificado desde cerca do final de 2019, no início do encerramento da COVID. Os funcionários não puderam dizer imediatamente qual era o número total de ex-militares britânicos que alguma vez tinham sido contratados para trabalhar para os chineses.

A China procura pilotos com experiência de voo de aviões de guerra britânicos e outros da OTAN, incluindo os caças Typhoon & Tornado e o Harrier jump jet - que costumavam operar a partir de porta-aviões britânicos, para ensinar aos seus pilotos a melhor forma de contrariar as suas capacidades, disse o oficial.
"Não é treinar os pilotos chineses em jactos ocidentais. É preciso pilotos ocidentais de grande experiência para ajudar a desenvolver tácticas e capacidades da força aérea militar chinesa", disse o oficial.

"São realmente os chineses que têm uma compreensão do que a última geração de tácticas e abordagens e capacidades seriam os militares chineses para se meterem em situações que se deparam com esse tipo de bens".


January 25, 2022

Crise às portas da UE




A ucrania e os fundamentos da seguranca europeia

Javier Solana

A UE deve apoiar outros esforços para alcançar uma solução diplomática para a crise atual, como o chamado formato Normandia, um grupo de contacto informal composto por França, Alemanha, Rússia e Ucrânia, criado em 2014 para resolver a crise no leste da Ucrânia na região de Donbas.

Mas mesmo à medida que este processo avança, a UE deve assegurar que a sua voz é ouvida e que está representada de forma adequada nestas negociações. Como salientou com razão o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, a União "não pode ser um espectador neutro" nas conversações sobre questões que afetam diretamente a segurança europeia. Dado o compromisso declarado do presidente dos EUA, Joe Biden, com o princípio de "nada de decisões sobre vós sem vos ouvir", parece que o sentimento de Borrell é partilhado do outro lado do Atlântico.



August 25, 2020

Quando as pessoas argumentam sem honestidade intelectual e/ou com desinformação

 




Parece-me evidente que existe inépcia comunicacional de ministério da Educação e DGS, incapazes de tranquilizar a comunidade escolar e explicar categoricamente o que justifica que as orientações para as escolas sejam mais flexíveis do que noutros sectores. Mas isso, por si só, não significa que as orientações sejam desadequadas. Pelo contrário, tanto quanto se sabe, as orientações da DGS estão ajustadas às evidências disponíveis e alinhadas com as medidas adoptadas em vários países europeus. E essa mensagem, tão essencial para um regresso às aulas sereno, não está a passar.

Há três aspectos que me parecem determinantes para o enquadramento destas orientações sanitárias, que merecem maior destaque na apresentação do plano de reabertura das escolas.

Primeiro, as orientações da DGS estão alinhadas com as evidências empíricas. Os estudos já realizados mostram que as crianças estão menos sujeitas a contágio ou a complicações de saúde causadas pela Covid-19 – e, também, que até aos 10 ou 12 anos aparentam ser muito pouco transmissoras. Sendo certo que há estudos que apontam para que, a partir dessa idade, o potencial de transmissão aumente para próximo do de um adulto, a obrigatoriedade de uso de máscara a partir do 2.º ciclo limitará fortemente os riscos. Pode soar a pouco, mas nas escolas e em muitas áreas de actividade já se verificou que o uso de máscara (acompanhado de medidas de higienização) é uma via eficaz para prevenir contágios.
Segundo, as reaberturas até ao momento (entre Abril e Junho) sugerem que as escolas são espaços com segurança acima da média – isto é, espaços muito frequentados que não aparecem associados a focos de contágio. A reabertura das escolas, em Portugal (secundário) e em muitos outros países europeus (no básico), não gerou um descontrolo da pandemia. Isto é também válido para o pré-escolar, onde o distanciamento social é uma impossibilidade prática. Mais: não há, no mundo inteiro, registo de professores infectados pelos seus alunos, mostrando que a protecção dos docentes é naturalmente tida em conta. Sabendo-se que as reaberturas aconteceram em grande escala e em diversos contextos e países, estes são dados relevantes, significativos e encorajadores.

Terceiro, as orientações da DGS em Portugal são muito similares às de vários países europeus para as suas reaberturas escolares, sendo transversal a menor exigência no distanciamento social. Como desenvolvi neste ensaio acerca da preparação do próximo ano lectivo em vários países, a redução do distanciamento social será o elemento-chave da reabertura das escolas por toda a Europa. E é muito fácil encontrar paralelos com as opções portuguesas. Por exemplo, em França, a distância entre alunos será de 1 metro e, quando não possível, o uso de máscara será obrigatório. Noutro exemplo, na Bélgica, os alunos com menos de 12 anos terão prioridade absoluta no ensino presencial, que deverão frequentar diariamente mesmo nos piores cenários pandémicos.

Alexandre Homem de Cristo

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"Primeiro, as orientações da DGS estão alinhadas com as evidências empíricas. Os estudos já realizados mostram que as crianças estão menos sujeitas a contágio ou a complicações de saúde causadas pela Covid-19 – e, também, que até aos 10 ou 12 anos aparentam ser muito pouco transmissoras."

Isto é falso. Na verdade não sabemos, em grande parte porque as crianças e os adolescentes ficaram fechados em casa com os pais e ainda não regressaram às escolas de modo que não tiveram oportunidade de apanhar ou transmitir o vírus. Recentemente vários estudos mostraram que o vírus nas crianças aparece mais concentrado e resistente, o que pode significar implicações na transmissão. Mas, volto a dizer, ninguém sabe ao certo porque ainda não houve condições para se saber, de modo que dizer que os estudos mostram que as crianças não são são transmissoras é falso, seja por falta de informação ou desonestidade.

Segundo, as reaberturas até ao momento (entre Abril e Junho) sugerem que as escolas são espaços com segurança acima da média – isto é, espaços muito frequentados que não aparecem associados a focos de contágio. A reabertura das escolas, em Portugal (secundário) e em muitos outros países europeus (no básico), não gerou um descontrolo da pandemia. Isto é também válido para o pré-escolar, onde o distanciamento social é uma impossibilidade prática. Mais: não há, no mundo inteiro, registo de professores infectados pelos seus alunos, mostrando que a protecção dos docentes é naturalmente tida em conta. Sabendo-se que as reaberturas aconteceram em grande escala e em diversos contextos e países, estes são dados relevantes, significativos e encorajadores.

Outra desonestidade. A reabertura das escolas deu-se com os alunos do 11º e 12º ano, em poucas disciplinas, de modo que estavam nas escolas, uma percentagem ínfima da população escolar e seguiram-se, de facto, as orientações da OMS. Mesmo assim houve casos de covid. A reabertura das escolas no norte da Alemanha durou uma semana, após o que tiveram que fechar. Na Califórnia, escolas abriram recentemente e voltaram a fechar por casos de covid e sabemos que há casos onde os directores fazem pressão para não se reportarem os casos. 

As escolas ainda não abriram em grande escala, isto é falso: ainda estamos nas férias de Verão na maioria dos países do Norte e só agora algumas começam a abrir, de modo que não temos maneira de saber o que se vai passar na abertura das escolas. Aliás, as universidades, que não são frequentadas por crianças e adolescentes, não vão vão ter ensino presencial ou vão tê-lo misto, na maioria dos países, o que é significativo. 

Dizer que não há um único registo de professores infectados é outra desinformação: não sabemos e não podemos argumentar com a ignorância. Eu não sei se há casos, logo eles não existem? Não foram feitos testes para se saber se os casos de covid-19 que surgiram com aquelas percentagens mínimas de pessoas nas escolas, foram transmitidos dentro das escolas, de modo que ninguém sabe. Portanto, mais uma vez o senhor é desonesto.

Finalmente dizer que as orientações são idênticas às de outros países que sabemos que também têm desinvestido na educação e não estão para gastar dinheiro com a segurança das pessoas as escolas, parece-me o cúmulo da falta de seriedade com que encaram a segurança das pessoas. É como dizer, 'sim, não há condições mas os outros países também não as têm, logo estamos bem'.


Por exemplo, se formos ler informação de especialistas encontramos o seguinte:

To prevent a second COVID-19 wave, relaxation of physical distancing, including reopening of schools, in the UK must be accompanied by large-scale, population-wide testing of symptomatic individuals and effective tracing of their contacts, followed by isolation of diagnosed individuals. (the lancet.com)

O que dizem os especialistas é, 'para prevenir uma segunda vaga de Covid-19, o relaxamento das regras de distanciamento físico, incluindo a abertura de escolas, no RU, deve ser acompanhado por testes alargados à população sintomática e seus contactos, etc.' Ou seja, a diferença é que aqui ninguém é desonesto e assumem que a abertura das escolas vai ser feita no relaxamento das regras de segurança quanto ao distanciamento e avisam o que é preciso fazer para remediar. 

Relaxar as regras de segurança é o que vão fazer em quase todos os países, mas argumentar que isso é bom ou normal como faz este indivíduo é desonestidade intelectual. 

A questão é: estamos no meio de uma pandemia e os jornalistas, em vez de escreverem no sentido de defenderem a segurança da comunidade escolar, escrevem a defender que se abram as escolas como se não estivéssemos no meio de uma pandemia com o argumento do pensamento mágico de que tudo vai correr pelo melhor. E porquê: porque os governos vêm fazendo uma operação de 'defund' da educação pública há quase duas décadas e querem continuar nessa política. E os jornalistas têm sido, e são, coniventes, o que é triste.

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Uma associação médica norte-americana elaborou um ranking de atividades e do seu grau de risco para a covid-19. (Quais as atividades de maior risco para contágio?classificando-as de 1 a 10, sendo 1 das de menor risco e 10 as de maior risco. Embora ponha as aulas no nível 5/6 em termos de risco, no fim, conclui desta maneira: Como já tinha antes explicado Ryan Malosh, investigador da Universidade de Michigan., em termos gerais, "as atividades de maior risco são aquelas que são feitas dentro de casa, com pouca ventilação, e em espaços fechados com muitas pessoas durante longos períodos de tempo". As atividades de menor risco são ao ar livre, com amplo espaço para a distância social, poucas pessoas fora do seu agregado familiar e por períodos de tempo mais curtos".

Portanto, as actividades de maior risco são as que são feitas dentro de casa, com pouca ventilação, espaços fechados com muitas pessoas por longos períodos de tempo - ora, esta é a descrição das salas de aula: espaços fechados com pouca ventilação onde estão concentradas muitas pessoas durante longos períodos de tempo sem distanciamento físico - salas com 40 metros quadrados onde estão 30 alunos uma manhã e/ou uma tarde inteira com professores, todos em cima uns dos outros a respirar o mesmo ar mal ou nada ventilado.

Eu sou a favor de se abrir as escolas e quero ir trabalhar, não quero ficar em casa e só não vou se a minha médica pneumo-oncologista me disser que o risco é demasiado grande ou se as condições na escola forem demasiado perigosas porque não sou louca e não quero adoecer ou morrer em 4 dias para provar o meu ponto de vista de que as escolas não têm segurança. Quer dizer, estou há meses em casa, a sair pouquíssimo, com cuidado para não apanhar este vírus e não vou agora para a escola como um forcado para a cara do toiro. Isto com que lidamos é uma pandemia, um problema sanitário, não é uma corrida de touros a ver quem é mais louco de se pôr em frente da besta sem protecção.

Eu sou a favor de se abrirem as escolas, mas não sou a favor de se abrirem as escolas como se não houvesse pandemia e as regras de segurança fossem as de tempos normais, que é isso que este jornalista e todos os outros defendem. Ainda não vi um único jornalista, para não falar em políticos que defenda a abertura das escolas em segurança. Aliás, a redução de alunos por turma, que é a principal medida para se poder fazer um distanciamento físico, foi chumbada na AR.


August 04, 2020

Gente estúpida há em todo o lado, o que não consola nada




I’m a Nurse in New York. Teachers Should Do Their Jobs, Just Like I Did.

Schools are essential to the functioning of our society, and that makes teachers essential workers.

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Os professores têm estado em constante ataque de toda a gente assim que se aproxima a data de abertura das aulas. Também cá ouvimos inanidades do género de dizer que um professor deve dar a vida para que os filhos possam ir de férias felizes. Em NY, tal como cá, todos estes críticos, em vez de falarem para pedir medidas de segurança para as escolas falam para chamar nomes aos professores.

Esta enfermeira que diz que se fez o seu trabalho e os professores que façam o deles, fala sem pensar. Uma enfermeira trata doentes num ambiente esterilizado e controlado por ela. Desde que o doente entra que ele o controla completamente: tire a roupa, deite-se ali, não fale, agora abra a boca, ponha esta máscara, vista aquele fato, etc. Os doentes estão separados uns dos outros e estão, bem como as enfermeiras com fatos especiais, máscaras cirúrgicas que lhes dão, todos os dias e mais do que uma se for preciso, desinfectantes por todo o lado, etc.

Pois uma escola não tem nada que ver com um hospital e os alunos não são doentes deitados sossegadinhos em camas de ambientes controlados. São muito dinâmicos, falam, dão gritos, empurram-se, andam, levantam-se, tocam em objectos, trocam de objectos, aproximam-se, andam em grupos. Não lhe dão máscaras ou dão-lhes, como cá, uma máscara por período, o que é uma anedota, nem andam com fatos especiais em ambientes esterilizados. 

Os professores a mesma coisa, de modo que trabalhar com doentes num hospital não tem nada que ver com trabalhar com alunos, crianças e adolescentes, numa escola e é preciso ser-se muito estúpido para não se perceber isso e, em vez de pedir que usem alguns dos biliões que gastam com coisas nenhumas na segurança das escolas, chamar cobardes aos professores dos seus filhos. Não sei o que diria se os doentes entrassem no hospital a chamar-lhe nomes antes de lhe pedirem para os tratar. 

Esta artigo desta enfermeira vem naquela revista Atlantic que em tempos foi uma revista séria e respeitada.

July 26, 2020

Próximo ano lectivo - questões de segurança




As escolas vão ter de adquirir até ao início do ano letivo (14 de setembro) kits de três máscaras sociais/comunitárias por cada aluno, professor, técnico, assistente técnico e assistente operacional, laváveis 20 a 25 vezes.

Turmas mais pequenas e mais profissionais
As escolas devem ter turmas mais pequenas e mais profissionais, nomeadamente não docentes, defende o Sindicato de Todos os Professores, que vai iniciar uma campanha de sensibilização. “Os professores querem voltar, mas com turmas como até agora é impensável”, referiu o dirigente André Pestana.



Leio esta notícia e fico logo com algumas dúvidas:

1.  As máscaras comunitárias, de tecido, são daquelas compradas no chinês sem nenhuma proteção eficaz ou são daquelas MO que se diz terem uma proteção de 99%? É que, se são das primeiras, é o mesmo que darem nada.

2.  Três máscaras por período que podem lavar-se até 20 vezes. Calculo que ao fim de terem ido a lavar a 60º,  10 vezes, a protecção já não é de 99% , mas de 50% ou menos - isto para as tais máscaras especiais porque as outras devem ter uma eficácia de 10% e ao fim de 10 lavagens têm protecção zero, ou pior, absorvem tudo o que lá se deposita.

3.  Três máscaras por período que podem lavar-se até 20 vezes. Vamos supor que são das tais especiais e que podem mesmo lavar-se 20 vezes sem perder todas as características de protecção. De cada vez que um professor tenha que ir de manhã e depois à tarde à escola (aulas de manhã, reunião à tarde, ou apoio ao estudo à tarde, por exemplo, o que acontece frequentemente à maioria dos professores), ao fim de um mês gastaram-se as lavagens todas das 3 máscaras.

4. Um professor que more em Alcobaça e esteja a dar aulas em Lisboa (para sermos simpáticos) fica na escola todo o dia, não vai almoçar a casa. Logo, não pode andar com a mesma máscara todo o dia. Ao fim de umas horas de estar fechado em salas em sem ar condicionado, cheias de alunos e a falar alto de modo a que os de trás o ouçam, tem a máscara toda encharcada. 

5. As máscara laváveis obrigam a uma lavagem a 60º (mínimo) Portanto, todos os dias ou, até, duas vezes por dia, se terá que fazer um ciclo de lavagem a 60%, muitas vezes só com uma máscara lá dentro. Não sei o que sai mais caro...

6.  Segundo indicações do SNS, 
Os grupos de risco devem usar máscara?
Sim. Todas as pessoas incluídas nos grupos de risco para a COVID-19, são consideradas mais vulneráveis e devem usar máscara cirúrgica sempre que saiam de casa.
Destacando que existem três tipos de máscaras – respiradores, máscaras cirúrgicas e não cirúrgicas/comunitárias -, a governante sublinhou que estas últimas são destinadas à população em geral, pelo que podem ser feitas com diferentes materiais, nomeadamente algodão ou têxtil. “Não se destinam em caso nenhum a ser utilizados por profissionais de saúde ou por pessoas doentes”, advertiu.

“a DGS recomendou a utilização de máscaras cirúrgicas a todos os profissionais de saúde, a pessoas com sintomas respiratórios e a pessoas que entrem em instituições de saúde”. Por outro lado, prosseguiu, a DGS “também recomendou a utilização de máscaras cirúrgicas a pessoas mais vulneráveis, nomeadamente a idosos com mais de 65 anos, com doenças crónicas e em estados de imunossupressão”.

Portanto, a todas as pessoas que caibam nesta categorização vão ser dadas máscaras comunitárias, como se não fizessem parte de grupos de risco? Ou o ME vai dizer, 'não quero saber, metam baixa que até é uma maneira de pouparmos dinheiro à vossa conta?'

7.  Faço parte do grupo de risco por mais de uma razão: sou doente oncológica, a doença em questão é respiratória e sou imunodeprimida e não fui à escola dar aulas no 3º período - por sorte tinha só 10ºs anos e 12º com uma disciplina sem exame. 
Falei com vários colegas que estiveram a trabalhar no 3º período, nestas condições de estarem todos separados e com horários desencontrados, dado só estarem na escola turmas do 11º e 12º anos e só nas disciplinas com exame que são poucas. 
Disseram-me que mesmo assim, com poucos alunos, é difícil estar a falar com máscara e ser ouvido por todos e que rapidamente a máscara começa a ficar húmida com as salas quentes como são. As pessoas não têm ideia: eu saio sempre a suar das aulas, mesmo nos meses de Inverno.
Alguns disseram-me que a maneira de trabalhar melhor é levar máscara e viseira. Estar perto do quadro e ter a primeira linha de mesas a dois metros de distância. Enquanto se está ali perto do quadro ou da secretária (longe dos alunos) tirar a máscara e deixar só a viseira para se poder ser percebido por todos. Sempre que se aproxima das mesas dos alunos pôr a máscara e deixar a viseira. Ter um desinfetante para as mãos e usá-lo muitas vezes durante a aula. Um problema é quando os alunos têm que ir ao quadro, ou apresentar trabalhos e ficam ali perto dos professores, escrevem com as nossas canetas de quadro, usam o computador para projectar imagens nas apresentações, põem cadernos e outros objectos na nossa secretária, espirram, engasgam-se, tossem a falar do nervoso... Se os quadros são de giz, espirrar e tossir é quase obrigatório... Depois os próprios alunos quando intervêm, se estão nas últimas mesas não se ouvem cá à frente, de modo que têm que tirar a máscara.
E isto eram alunos mais velhos e não do básico. As coisas dentro de uma sala de aula são muito complicadas. Não são nada do que as pessoas imaginam que é estarem todos sossegadinhos enquanto um professor fala.

8. Se as turmas não podem ser diminuídas em número de alunos de modo que cada aluno fique sozinho numa mesa, não vamos poder aproximarmos-nos dos alunos como fazemos frequentemente quando fazem trabalhou ou exercícios, por exemplo, em que vamos de mesa em mesa e paramos e estamos ali em cima dos alunos, pois dois por mesa numa sala pequena, fazem com que se tenha dificuldade até em passar por entre as mesas de tal maneira está tudo apertado- eu ando, muitas vezes, com um banco atrás e sento-me do outro lado da mesa deles e vejo o que estão a escrever, explico o que está bem e o que não está bem e porquê, espero que corrijam, volto a ler, eles aproveitam para tirar dúvidas, etc. Fico ali sentada com eles uns 5 minutos a falarmos uns em cima dos outros, até ver que estão orientados e depois passo a outra mesa. 
Se estiver um aluno por mesa, podemos aproximar da mesa pelo lado mais distante do aluno, mas estando dois a dois, não há lado mais distante dos alunos e todo o trabalho que se faz individualmente deixa de poder fazer-se.
Sei que há escolas que fizeram todas as turmas com um máximo de 20 alunos para caberem um por mesa nas salas, o que quer dizer que tiveram autorização para isso. Espero que as outras também tenham. 


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As salas de aula são espaços dinâmicos com muitas crianças ou adolescentes activos. No 1º ciclo e até ao 6º ano, então, calculo que as salas sejam difíceis de gerir porque os miúdos essa idade têm muita energia para gastar e não param quietos. E mesmo nos anos a seguir, até ao final do 10º ano, são muito irrequietos. Não se imagine que as salas de aula são uma missa onde os fiéis se mantêm em silêncio e imóveis a ouvir o padre cura.  Nos intervalos, à hora de entrada e de saída, uma escola parece mais uma praia da Caparica em pleno Verão. 

As pessoas que fazem estas normas para as escolas são pessoas habituadas a trabalhar em salas de edifícios com todas as condições, ou até palácios com pouca gente, adultos, devidamente distanciados, com ar condicionado, etc. e  não têm noção do que é o trabalho numa escola, porque lá andaram como alunos e a visão que construíram é a da sua experiência subjectiva de miúdos. A maioria dos adultos que conheço tem má impressão da escola e dão como exemplo 1 professor que não gostaram ou que era antipático e 1 outro que não sabia muito do que ensinava. Ficaram cristalizados nessa subjectividade.

Ainda esta semana ouvi o secretário de Estado dizer que muitos professores encaram a avaliação como punição para os alunos e deu como exemplo um professor que disse, 'se não se portam bem faço-vos um teste surpresa'. Fiquei chocada. Nunca nestes 33 ou 34 anos de trabalho ouvi um único colega dizer que ia castigar os alunos com avaliações ou falar das avaliações como um castigo. O que muitos ainda defendem é que, sem avaliações para pressioná-los a maioria dos alunos nunca estudaria, o que não estou de acordo mas, usar a avaliação como punição foi coisa que nunca presenciei nestes anos todos nem nunca nenhum aluno se me queixou de tal coisa. Por conseguinte, os adultos, mesmo os que têm responsabilidades políticas na governação têm uma ideia errada, preconceituosa e imaginária da escola e do nosso trabalho enquanto professores, a partir de experiências subjectivas negativas que tiveram e fazem normas baseadas nessas cristalizações.

Enfim, estas foram as dúvidas que, assim de imediato, me surgiram ao ler esta notícia. 
Como diz André Pestana do S.T.O.P., nós professores, queremos voltar a dar aulas, na escola, não em casa. Este final de ano lectivo foi uma remediação, uma experiência que não foi mais negativa porque durou dois meses e não um ano lectivo inteiro. No entanto, precisamos de saber, ao voltar à escola, que as condições são de segurança e de risco mínimo (sabendo que risco, há sempre algum) e não de falta de segurança e risco máximo.

July 16, 2020

À atenção do senhor primeiro-ministro e das senhoras da Saúde



A vossa mensagem não está a passar. Nada que espante, pois tem havido inconstância, contradições e, amiúde, mentiras. Por um lado diz-se que é preciso manter protocolos de distância, máscara e higienização, por outro lado fazem-se ver sem máscara, em comícios, todos ao molho, aprovam medidas de abertura de escolas sem segurança, à segunda-feira dizem que a máscara é importante e à terça nem por isso... enfim, é um desnorte.

Hoje tive que sair e ir a um sítio. Resolvi ir a pé para apanhar um bocadinho de sol e ar e para andar um bocado, fazer algum exercício. Fui cedo, mas já havia bastante gente na rua. Quase ninguém com máscara ou com ela no pescoço ou pendurada numa orelha. Pais e filhos, uns a espirrar para cima de outros. Esplanadas de cafés cheias com as mesas em cimas umas das outras e as pessoas sem máscara a falar umas para cima das outras. Pessoas a falar ao telefone, aos gritos, como é próprio dos portugueses, a deitar gafanhotos para todo o lado, sem máscara. Molhos de gente nova a caminho da praia. Máscara zero. Pessoas a entrar em lojas sem máscara. Estava um bocadinho de vento, de modo que, se uma desta pessoas está infectada, o vento faz o favor de espalhar a sua infecção por todo o lado.

Depois o primeiro-ministro vem dizer que temos pouco tempo para nos prepararmos para o Inverno, mas ele e as responsáveis da Saúde são os primeiros a dar mau exemplo de orientações contraditórios, se não, por vezes, falsas.

A fulana da DGS voltou a dizer que nas aulas os alunos estão a um metro, se for possível, o que é o mesmo que dizer que está-se nas tintas ou, pior, é o primeiro-ministro que a manda dizer estas parvoíces e ela com a outra incompetente da saúde, não passam de moços às ordens. Depois fala da disposição das carteiras para enganar os pais que não sabem as carteiras já estão como devem estar e não há nenhuma disposição diferente de segurança senão esta.  Esta gente fala como se os alunos estivessem nas aulas, quietos parados a ouvir alguém, mas não é assim: estão em actividade, mexem-se e remexem-se nas cadeiras, falam, falam em cima uns dos outros para os professores não ouvirem o que estão a dizer, tiram e põe coisas das mochilas, que tanto estão no chão como põem em cima das mesas, espalham os cadernos, os materiais e os livros pela mesa, torcem-se todos enquanto escrevem e fazem exercícios, vão ao quadro, estão sempre a tocar-se porque duas pessoas por mesa tocam-se, estão a 10cm. Ou seja, se estão dois a dois por mesa, estão como os que hoje vi nas esplanadas.

Com estas pessoas da DGS, as que deviam ser mais responsáveis e credíveis, mais o primeiro-ministro a serem os que menos credibilidade oferecem, não vamos lá, não e, não vale a pena queixarem-se de outros países porque a incompetência e a irresponsabilidade estão aqui no país ao mais alto nível.




July 11, 2020

Lê-se e não se acredita



Peritos alertam para subida de casos três semanas após o início das aulas. Ministério promete reforçar cuidados intensivos e laboratórios e apostar em teleconsultas para doentes não-covid. Vacina da gripe será antecipada


Lemos este artigo que fala sobre medidas que vão ser tomadas na área da saúde e algumas delas, são estas dirigidas para as escolas, que se pensa ser o maior foco de surtos de COVID assim que o ano lectivo começar. E que medidas são essas? Nenhumas. Lê-se e não se acredita: ter mais pessoas ao telefone, mais laboratórios a testar e vacinar contra a gripe. O que tem a vacina da gripe a ver com o COVID? Nada, que saibamos. As outras medidas não são de prevenção, são de remediação. 

De facto, não é o ministério da saúde mas o da educação quem devia estar a preparar medidas de prevenção, o que não fez, até agora, muito antes pelo contrário.

Vejamos: o caso, por enquanto, ainda não é dramático. O terceiro período é geralmente muito pequeno (mês e meio), ao contrário dos outros dois, cada um com três meses inteiros de aulas. Portanto, não é um terço do ano, é menos de um quarto - este ano, dado que as aulas foram estendidas até final de junho por causa da pandemia, até foi maior que era para ser. E trabalhou-se, por pressão dos professores, porque o secretário de Estado começou por dizer que o terceiro período era para só para entreter alunos. É claro que foi um terceiro período atípico e negativo, relativamente ao que são as aulas presenciais, ao acompanhamento pelos professores e aos recursos que apesar de tudo existem nas escolas e não nas casas da maioria dos alunos.

No entanto, volto a dizer, foi um mês e meio de aulas presenciais que se perdeu, na totalidade do ano lectivo. Não é dramático. Agora, se o próximo ano não for preparado e se acabar com escolas fechadas por causa de surtos de COVID, com alunos e professores doentes e exaustos por um ano sem intervalos de aulas, sem férias e com trabalho extra, aí sim, será dramático, porque será um ano inteiro, não apenas perdido, como um hiato na continuidade da vida. Não, será um ano com acumulação de experiências negativas. E isso deixa outras marcas nas possibilidades dos alunos.

Porque razão o governo não se interessa pela educação e só vê as escolas como custos? Não sei, isso para mim é um enigma, mas não abona em seu favor.

Porque razão o ME e nomeadamente na pessoa do ministro não luta pelas escolas e já veio dizer que não vai fazer nada para as escolas poderem trabalhar com os alunos em condições de segurança, sabendo que essa falha vai cavar ainda mais o fosso entre pobres e ricos? Não sei, mas nós vemos que esse problema das desigualdades não é sentido nem abordado pelas nossas elites políticas, sendo que até dizem, algumas, que os portugueses têm que esquecer isso da equidade.

Porque razão o ME pensou o próximo ano lectivo mais como um castigo para alunos e professores que como uma possibilidade de resultados positivos? Não sei, mas desconfio que não atribuem importância suficiente à escola pública para gastar dinheiro com ela, como atribuem aos projectos faraónicos, aos banqueiros amigos, a terem muitos ministérios para distribuir camaradas, etc.

Os professores e os alunos não precisam de estar presos em salas apinhadas, sem intervalos como se fossem soldados que se enfiam em trincheiras sem ordem de sair até caírem por COVID ou exaustão total.

Os professores e os alunos precisam de condições de segurança para sentirem confiança e se carregarem de energia para se dedicarem ao trabalho no próximo ano, nas escolas, e o fazerem render ao máximo. 

Penso ter ficado claro, este ano, com a rapidez com que, numa semana e meia (e prescindindo das férias da Páscoa) os professores foram capazes de montar, sozinhos, sem a mais pequena ajuda do ME, um sistema de aulas à distância (com erros e falhas, sim, mas que no geral funcionou como remediação), que têm energia, vontade e boa disposição para o trabalho difícil do ano que vem. E ainda não terem medo de desafios. Agora, não podem esperar que o façam nas piores condições de segurança possível, pois isso é pedir-lhes que adoeçam para o ME e o governo não se incomodarem com o assunto.

Se as pessoas do ME não sabem ou não querem criar condições de segurança que ofereça confiança e, pelo contrário, só produzem obstáculos ao trabalho das escolas, por amor de deus, vão-se embora. Dêem lugar a quem saiba trabalhar. Os alunos e os professores não podem ser cobaias da vossa falta de competência para os cargos.

Outra coisa que tem ficado clara para todos é que a substituição de pessoas competentes por amigos, por moços de recados que não ofereçam resistência ou como pagamento de favores partidários, em tempos de crise, como a de agora, tem efeitos catastróficos. As pessoas não sabem trabalhar, não sabem pensar nos problemas, rodeiam-se de incompetentes iguais a eles e estragam tudo em que mexem, com consequências de restrição de futuro e, muitas vezes, de morte, como agora, na vida dos outros. Já tinha ficado claro com Pedrogão, agora entra pelos olhos adentro.

December 05, 2019

A Mª de Lurdes Rodrigues fez o trabalho de desacreditar os professores e pôr os pais contra nós muito bem feito




Ouvi dizer que a professora perdeu o bebé por causa da agressão. Nenhum trabalho merece um sacrifício destes.
Quando o ME trabalha, desde aquela fulana Rodrigues, para o descrédito e proletarização dos professores e transforma os alunos e os pais em clientes só com direitos e sem deveres e os professores em seus serventes as coisas acabam assim: os pais vão à escola como quem vai à loja queixar-se de não ter gostado do funcionário que atendeu. E como não gostam, ofendem, agridem... é o que lhes apetecer fazer.
Os pais que agridem professores deviam ser demitidos do posto de encarregado de educação e proibidos de entrar na escola.

Essa fulana Rodrigues, uma incompetente com um efeito maligno na educação, promovida por um bandido que está a braços com a justiça, foi ontem a tribunal dizer que nunca foi pressionada por ele.... as nomeações foram o quê?


Professora grávida agredida por mãe de aluna dentro da sala de aula
A suspeita terá entrado na sala de aula e agredido a docente na presença dos alunos, na sequência de uma reprimenda dada à sua filha.