Nos últimos dois meses, uma assessora de Biden na Casa Branca e uma advogada de Biden morreram, misteriosamente, com 28 e 43 anos de idade. A advogada investigava crimes russos e pôs alguns indivíduos na cadeia.
March 24, 2025
March 17, 2025
Que interessa o que a Rússia diz?
Anton Gerashchenko
@Gerashchenko_pt
Peskov disse que a Rússia é contra o envio de forças de manutenção da paz ocidentais para o território ucraniano.
"If the aggressor does not lay down its arms, there won't be peace and there certainly won't be a lasting peace. The goal, first and foremost, should be to have Russia end its invasion. After that there can be talks on a credible and lasting peace." 🇫🇮 FM @elinavaltonen at #FAC pic.twitter.com/pbQuTd5yhl
— Finland in EU (@FinlandinEU) March 17, 2025
January 21, 2025
Uma entrevista com Ben Hodges
Se os líderes europeus dizem que a China é a verdadeira preocupação, então, ajudarem a Ucrânia a derrotar a Rússia enviará uma forte mensagem de dissuasão à China” - Ben Hodges
January 19, 2025
O Problema da Rússia não vai desaparecer por milagre e é preciso lidar com ele
É melhor ser agora que estão por um fio que depois, se a deixarem fortalecer de novo.
"Russia is not going away. And this version of Russia, this aggressive, imperialistic Russia, the one that attacks its neighbors, is not going away. It's here to stay. And we'll have to deal with it," former Lithuanian Foreign Minister Gabrielius Landsbergis @GLandsbergis said in… pic.twitter.com/bP6PF9QyHQ
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) January 19, 2025
January 09, 2025
Já repararam como em nenhuma análise da situação internacional a ONU de Guterres tem relevância?
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As ambições de Trump em relação à Gronelândia tiveram eco junto de alguns comentadores russos. O comentador televisivo Sergey Mikheyev, por exemplo, disse que a proposta de Trump está de acordo com “a mentalidade americana” que os seus antecessores tentaram “disfarçar e esconder”. “Trump diz simplesmente de forma direta - nós somos tudo e vocês não são nada”, observou Mikheyev. “Isto é especialmente interessante porque abre uma brecha entre ele e a Europa, mina a arquitetura mundial e abre certas oportunidades para a nossa política externa”, acrescentou, argumentando que se Trump ‘quer realmente impedir a terceira guerra mundial, a saída é simples: dividir o mundo em esferas de influência’.
Stanislav Tkachenko, um académico influente da Universidade Estatal de São Petersburgo, também manifestou o seu apoio e disse que a Rússia devia “agradecer a Donald Trump, que nos está a ensinar uma nova linguagem diplomática. Isto é, dizer as coisas como elas são. Talvez não consigamos cortar o mundo como uma maçã, mas podemos certamente delinear as partes do mundo onde os nossos interesses não podem ser questionados”.
É claro que um mundo onde as nações mais fracas são tratadas como meros peões a serem “pacificamente” divididos entre as potências imperiais - assumindo que esta é a direção que estamos a seguir - dificilmente é o tipo de ordem multipolar que a maioria das pessoas imagina. Nem é a ordem que a Rússia e a China ostensivamente defendem, deixando em aberto a questão de como poderão responder às propostas de Trump.
December 23, 2024
É por isto que é preciso desmantelar a Rússia
Não é só Putin que está a fazer a guerra. Os russos têm orgulho nos seus líderes totalitários, terroristas, assassinos em massa.
Há pouco tempo vi o filme The Hunt for The Red October. Já não o via há muitos anos e já não me lembrava que o KGB ranhoso que os soviéticos põem no submarino a espiar e envenenar a vida de toda a gente e que o Comandante mata logo no início do filme, chama-se Putin. O filme é de 1990 mas quem o escreveu já tinha topado Putin.
“It is difficult to overestimate the role of Joseph Vissarionovich Stalin in the history of our country.
— Natalka (@NatalkaKyiv) December 22, 2024
We are completely proud of [our history] because it is our foundation, it is our memory, it is our strength.”
- Georgy Filimonov, the governor of the Vologda region at the… pic.twitter.com/tLjK7O64rS
December 10, 2024
Rússia: Crimes de guerra
Tetiana Tanya Kotelnykova
@TKotelnykova
Imaginem isto: Uma criança na Ucrânia ocupada, forçada a sentar-se numa sala de aula e a aprender uma história reescrita, a jurar lealdade à Rússia e a odiar a sua terra natal. Os seus pais enfrentam ameaças de multas, prisão ou perda da custódia se resistirem.
Esta é a guerra do Kremlin contra a identidade - militarizar as crianças em idade escolar, coagir as famílias e desmantelar o espírito de uma nação.
No entanto, dezenas de milhares de crianças desafiam esta situação, estudando online com professores ucranianos, apesar dos imensos riscos.
A invasão russa não é apenas uma questão de território - é um ataque à alma da Ucrânia, a começar pela sua geração mais jovem.
September 07, 2024
🇺🇦 A Europa deve reforçar o seu apoio à Ucrânia e não depender da ajuda dos EUA - somos 500 milhões
@joni_askola
Mais de 500 milhões de europeus não deviam depender de 333 milhões de americanos para se defenderem contra 144 milhões de russos e a sua pequena economia. A Europa deve reforçar o seu apoio à Ucrânia e não depender da ajuda dos EUA.
A Europa não se pode dar ao luxo de adiar o aumento da sua ajuda à Ucrânia até depois dos resultados das eleições nos EUA. A Ucrânia faz parte da Europa e é nossa responsabilidade prestar-lhe um apoio maior do que o prestado pelos Estados Unidos.
Muitos países europeus são capazes de fazer muito mais. Por exemplo, a Noruega está a ganhar dezenas de milhares de milhões por ano com esta guerra, mas a sua ajuda continua a ser, comparativamente, mínima. A Noruega poderia facilmente triplicar a sua ajuda sem que isso tivesse um impacto significativo na sua própria economia.
August 25, 2024
A Rússia é como um criminoso de violência doméstica
A propósito da celebração hoje, em Lisboa, do 33.º aniversário da independência da Ucrânia, Mikhail Kamynin divulgou uma comunicação na qual defendeu que "em vez de participar na aventura russófoba imprudente de Washington e da NATO, Portugal e outros países da UE (União Europeia) devem ponderar seriamente a iniciativa do Presidente da Rússia Vladimir Putin que visa construir na Eurásia 'uma arquitetura de segurança igual e indivisível'".
Na mensagem divulgada no 'site' da embaixada, Kamynin referiu que com os "recentes ataques contra a região de Kursk (na Rússia), a Ucrânia voltou a sabotar uma eventual resolução do conflito", argumentando ainda que Portugal tem responsabilidade na "futura escalada".
"Lamento muito que uma das mais desenvolvidas repúblicas da União Soviética tenha sido tanto devastada", concluiu.
August 09, 2024
Ainda estamos a pagar os erros da Segunda Guerra Mundial
No final da guerra os americanos (os outros aliados estavam completamente falidos e materialmente destruídos) não quiseram afrontar os russos e impedir a anexação de metade da Alemanha e a dos países de Leste libertados dos nazis e ficou a vê-los serem serem imediatamente esmagados pelo totalitarismo soviético. Em resultado disso, parte da Alemanha manteve-se russa após a queda do Muro e continua russa: as pessoas têm familiares russos, amigos russos, mentalidade russa, laços políticos e comerciais russos. Nasceram e cresceram nessa cultura soviética cancerígena. Desde a queda do Muro que a Alemanha nos impõe os seus laços russos para beneficiar economicamente da situação. E agora estamos a pagar esses erros. A Ucrânia mais que todos, mas se não paramos os russos agora, vamos todos pagar ainda mais no futuro. E para parar a Rússia é necessário lembrar aos alemães que a ideologia e práticas dos founding fathers da Alemanha actual devem ser combatidas e não seguidas e admiradas. Claramente a Volkswagen ainda não percebeu isso.
Tecnologia alemã para as estradas russas
A Volkswagen retirou-se da Rússia, mas agora os automóveis com tecnologia VW vão voltar a ser vendidos oficialmente na Rússia. © VCG/Getty Images
March 10, 2024
Uma entrevista importante com Mikhail Khodorkovsky
Para perceber a mentalidade de Putin, a disposição da Rússia e o perigo que espreita os ocidentais medrosos ou de fraco juízo político.
December 12, 2023
A Rússia está a ser destruída pela Ucrânia
Duas lições importantes:
A Dinamarca não tem artilharia pesada, nem submarinos, nem sistemas de defesa aérea. O exército alemão tem munições suficientes para dois dias de combate.
Durante décadas, os governos ocidentais suportaram o enfraquecimento dos exércitos europeus porque os EUA têm sido a espinha dorsal da NATO e da política de defesa na Europa.
No entanto, as preocupações estão a aumentar à medida que os Estados Unidos assumem uma posição cada vez mais isolacionista e a compreensão da potencial ameaça da Rússia para a Europa está a ressurgir após quase dois anos de guerra na Ucrânia.
Já é mau o suficiente que tenham deixado a situação chegar a este ponto, mas não vejo sinais de que estejam a resolver a situação, a afetar os recursos necessários e a contratar a indústria para fazer mais do que um aumento pouco convicto das taxas actuais. A construção de uma nova produção de armamento leva tempo e tem de começar agora.
Este artigo não leva em consideração a supremacia aérea da NATO. A supremacia da frota naval, o poder humano. Mesmo sem os EUA, os países europeus são muito mais fortes do que a Rússia. A Rússia está a ser destruída pela Ucrânia.
November 16, 2023
Uma longa tradição russa
Roubar os cereais aos ucranianos e deixá-los morrer à fome.
https://independent.co.uk/news/world/europe/putin-grain-theft-ukraine-russia-latest-b2447644.html…
November 14, 2023
Como Putin manobrou os partido políticos europeus
Nathalie Vogel é investigadora no Centro de Estudos Intermarium do Instituto de Política Mundial em Washington, D.C. A Sra. Vogel estuda as respostas de informação a ameaças híbridas.
🦹♀️ Como os serviços de informação russos operam na Europa
🥊 Prontidão da população alemã para reconhecer a Rússia como uma ameaça
0:00 Russian foreign policy of elite cooptation
September 17, 2023
Tristes aniversários: neste dia, em 1939, a URSS invadiu a Polónia pelo Leste conforme combinado secretamente com os nazis
Não havia nenhuma declaração de guerra à Polónia, apenas quiseram apropriar-se de outro país. Pouco mudou desde então...
September 04, 2023
Os russos ainda acreditam em, 'Czar bom, boiardos maus'
1/ Female relatives of mobilised Russian soldiers from Buryatia in Siberia have appealed to Vladimir Putin for help after their requests to find out what has happened to their men were met with 'complete indifference' from the Russian military. pic.twitter.com/ua672A3FV8
— ChrisO_wiki (@ChrisO_wiki) September 3, 2023
A Rússia recusa-se a receber de volta 58 prisioneiros de guerra feridos, apesar de a Ucrânia estar disposta a enviá-los sem qualquer troca (não é "um por um", não há acordo, basicamente, é só levarem-nos). E isto diz tudo o que é preciso saber sobre "o segundo exército do mundo".
A primeira petição colectiva das massas populares ao Czar russo assumiu a forma de uma manifestação religiosa. Em 9 de janeiro de 1905, 100 000 pessoas marcharam em direção ao Palácio de inverno, lideradas pelo padre Gapon, um sacerdote ortodoxo. Pretendiam apresentar um conjunto de reivindicações moderadas de igualdade universal e de direitos dos trabalhadores a conceder pelo próprio czar.
Porque é que o clero e as massas empobrecidas de São Petersburgo acreditavam que as suas manobras iriam resultar? Não sabiam que a sua sociedade era uma autocracia brutal? É bem possível que não soubessem. Durante séculos, em toda a Europa, os regimes monárquicos mantiveram-se no poder principalmente através da ideia do direito divino - a crença, apoiada pelas várias igrejas cristãs, de que os monarcas têm o direito, dado por Deus, de governar os seus súbditos. Esta crença, porém, não era suficiente por si só.
Um aspecto fundamental do mito monárquico era a fé na benevolência do governante. Mesmo que os súbditos se apercebessem da injustiça, da pobreza ou da opressão, esta estava sempre longe do monarca. A ira dos governados era dirigida à aristocracia e às figuras da administração imperial. Estes tinham muito mais interacções quotidianas com as pessoas comuns e não tinham o verniz místico do governante. Na Rússia, esta crença foi até resumida no ditado popular "Czar bom, boiardos maus".
No entanto, aqueles que foram alvejados em frente ao seu palácio não sabiam disso. Para eles, tratava-se de uma resposta clara às suas reivindicações moderadas, o que abalou o seu grande respeito pelo Czar. Alguns acreditavam certamente que o próprio Nicolau tinha ordenado o massacre. Juntamente com as já mencionadas fomes, guerras e pobreza que gradualmente corroeram a sua legitimidade, o Domingo Sangrento foi um acontecimento dramático que contribuiu grandemente para o fim do mito do "bom Czar". Foi o início da Primeira Revolução Russa, que, apesar da sua brutal repressão, resultou em concessões por parte da autocracia. Dela resultou a primeira Constituição russa de sempre e a criação da assembleia nacional, conhecida como Duma.
Com a testa no chão
Para preservar a sua legitimidade em ruínas, o czar Nicolau II reinstitucionalizou a redação de petições populares. A petição ao governante já era uma tradição russa, embora o contacto direto com o Czar tivesse sido limitado nos anos 1700, tornando-se um privilégio das classes altas.
Antes do século XVIII, as cartas estavam abertas a qualquer súbdito do Czar. Eram conhecidas como Chelobitnye (Челобитные). A tradição russa traduz-se literalmente por "bater na testa". Por outras palavras, pretendia evocar a situação de estar na presença física do governante, o que implicava que o sujeito se curvasse com a testa no chão.
A tradição das petições regressa
No século XVIII, esta tradição russa extinguiu-se gradualmente, ou melhor, sofreu uma mudança qualitativa: os ricos eram os únicos que podiam apresentar petições diretamente ao Czar. No entanto, a imagem do Czar benevolente persistiu, assim como a crença de que se deve escrever-lhe. O facto de só os ricos escreverem não significa que as cartas se limitem aos assuntos da aristocracia. De facto, os sectores liberais da nobreza continuaram a escrever aos czares sobre questões de importância social mais vasta.
Talvez a mais famosa das cartas tenha sido escrita por Tolstoi, um dos maiores escritores russos, também de origem nobre. Embora fosse um aristocrata, Tolstoi era profundamente contra a sociedade feudal hierárquica e procurou activamente aliviar a miséria dos pobres da Rússia, especialmente dos camponeses. Era um anarquista cristão e um pacifista, tendo como base da sua crença uma interpretação literal do Sermão da Montanha de Jesus Cristo.
Em 1901, Tolstoi escreveu uma carta ao Czar Nicolau II, que chegou a ser publicada no New York Times. Tolstoi escreveu ao Czar para protestar contra os maus-tratos dos Dukhobortsy (Духоборцы, os "lutadores espirituais"), uma seita cristã pacifista inspirada no protestantismo. A existência deste grupo religioso radical não foi um acaso. Era um sinal da mudança dos tempos e das convulsões que se avizinhavam. O próprio Tolstoi o disse, escrevendo profeticamente na segunda carta:
"É possível que o atual movimento, tal como os que o precederam, possa ser suprimido pelo emprego da força militar. Mas pode acontecer que os soldados e polícias, em quem o Governo deposita tanta confiança, se apercebam de que cumprir as suas instruções a este respeito envolveria o horrível crime de fratricídio e se recusem a obedecer às ordens."Essa altura chegou menos de quatro anos depois. Já em 18 de fevereiro de 1905, cerca de quarenta dias após o Domingo Sangrento, o Czar Nicolau II autorizava petições sobre praticamente qualquer assunto imaginável.
Petições e Revoluções: A tradição como subversão
No final de 1905, o número de petições aumenta rapidamente. O facto de o Czar ter prometido uma Constituição e de ter restabelecido a tradição de escrever cartas só veio reforçar o sentimento da população de que as suas queixas eram justificadas. As cartas começaram a conter ameaças veladas e não tão veladas dirigidas à monarquia.
por por Stefan Guzvica, Mestre em História Comparada, Licenciatura em Humanidades, Sociedade e Cultura
Stefan é estudante de doutoramento em História na Universidade de Regensburg, Alemanha. É um investigador do comunismo e está atualmente a terminar a sua dissertação sobre os partidos comunistas dos Balcãs no período entre guerras.
August 07, 2023
A 'Lisboa' desta guerra é Genève
Genève, um ninho de espiões russos
Desde o início da guerra na Ucrânia, no ano passado, os países ocidentais expulsaram dezenas de espiões russos sob disfarce diplomático, exceto a Suíça que está cheia de espiões. Moscovo aproveita a oportunidade para aumentar a sua presença no país.
Atualmente, há 221 pessoas oficialmente acreditadas como diplomatas da Federação Russa a viver na Confederação Suíça. Trata-se de um número enorme para um país com a dimensão da Suíça, apesar de ter duas capitais de renome internacional.
Contudo, desde o início da guerra na Ucrânia, no ano passado, tornou-se cada vez mais importante, uma vez que a Suíça é o único país ocidental que não expulsou nenhum agente russo.
Christian Dussey precisou de mais doze meses para chegar à mesma conclusão. Em 26 de junho, o novo chefe do 'Serviço Federal de Informação' (FIS) reconheceu que a Suíça é atualmente um dos países "mais visados" pela espionagem russa. Dos 221 indivíduos estacionados na Suíça, "pelo menos um terço trabalha para os vários serviços de informação russos", disse ele, reconhecendo que sua agência emprega apenas 450 pessoas para lidar com essas novas ameaças. Para além do activismo russo, o último relatório do FIS documenta também a presença crescente de agentes chineses, que actuam sob a capa de homens de negócios ou de cientistas interessados na investigação levada a cabo nos 'Institutos Federais de Tecnologia de Zurique e Lausanne'.
August 02, 2023
Um livrinho notável de premonição da situação europeia actual
Kundera defende que "o que define a Europa central não são as fronteiras políticas (sempre inautênticas, impostas por invasões, conquistas, ocupações) mas as grandes experiências comuns que juntaram os povos (...) e nas quais subsistem uma comunhão de tradições", mas que essa experiência cultural comum está a desaparecer. Onde estão, pergunta, os grandes representantes espirituais da Europa: escritores, pintores, filósofos e outros vultos culturais?
Onde dantes se discutia ao jantar o último livro de um escritor, a peça de teatro de outro o artigo de um poeta, passou a discutir-se o último capítulo da novela da TV. Onde está a Europa? No passado, as revoltas centro-europeias foram preparadas por esses guias espirituais da literatura, poesia, teatro, diz ele, não pelos mass media e, acrescentaríamos, as audiências da TV. É por isso que os russos, ao ocuparem a Checoslováquia se preocuparam em destruir, em primeiro lugar, a cultura checa, para atingirem de uma vez só a oposição, a identidade e os valores próprios dos checos, enfim, o 'Eu' checo.
Que premonição, hein? Vemos isso a acontecer em directo na TV na invasão russa da Ucrânia e o modo como os ucranianos resistem heroicamente a essa aniquilação da sua identidade (o objectivo também do rapto de milhares de crianças ucranianas enviadas para campos de re-educação) e rejeitam a sua colonização. E foi por um triz que a Europa os reconheceu como uma nação própria com direito a existir, para além dos negócios e comércios entre as grandes nações.
Este é um livro muito bom que vale muito a pena ler - e pensar, com ele, que estamos num momento único para criar condições de voltarmos a ter uma Europa com uma alma comum, digamos assim.
August 02, 2022
Para que quer a China, o segundo maior país do mundo, Taiwan?
Vejamos, Taiwan tem:
- 2,5 vezes o PIB per capita da China
- um coeficiente Gini* muito inferior (= uma sociedade mais igualitária)
- o ar mais limpo
- cobertura de saúde universal
- casamento entre pessoas do mesmo sexo
- um parlamento livremente eleito