January 01, 2025

A fazer-se de parva... a não ser que seja mesmo





Paira sobre o tema uma certa confusão, que pode ser resumida nisto: precisamos de mais imigrantes, não queremos mais imigrantes

Clara Ferreira Alves

Muitos dos imigrantes saem daqui assim que podem: se é para ser revistado de cara para a parede, mais vale ir para onde há mais dinheiro

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Precisamos de imigrantes? Sim. Queremos imigrantes que nos tragam os problemas que vemos na Suécia e em Inglaterra? Não, não queremos. Nestes dois países os gangues de violadores e de bombistas são de tal ordem que a Suécia vai impedir que os adolescentes acedam a redes sociais -onde são recrutados- e a Inglaterra está com um enorme problema (e escândalo) por conta de várias cidades terem gangues a violar raparigas, desde os 10 e 11 anos, que compram e vendem entre si, com o encobrimento da polícia e dos políticos. Os gangues de Rotherham, Rochdale Telford são os piores.

Portanto, mais uma vez, sim, precisamos de imigrantes, mas não queremos ter aqui um problema de afeganização da sociedade que já se vê noutros países.

É claro que ninguém gosta de ser encostado a uma parede e revistado, sobretudo em público. Porém, acontece que há bairros em Lisboa (e não só) onde as pessoas já não saem a partir de certas horas, onde as raparigas e mulheres não se vêem nas ruas. Também soubemos há pouco tempo que o gangue mais perigoso do Brasil tem cá dezenas de milhar de membros. Estamos a falar de assassinos e raptores. 
Infelizmente os últimos governos hostilizaram e estragaram os serviços públicos e entre eles as polícias e os serviços de fronteiras. Não temos polícia de fronteiras nem presença policial constante nas ruas, nesses bairros mais problemáticos. Não temos controlo de fronteiras e deixamos entrar toda a gente de qualquer maneira. Não temos serviços que façam uma triagem de quem queremos deixar entrar e em que condições e quem não queremos cá. Aos que queremos cá, não fazemos nada pela sua integração positiva e valorização. É a total rebaldaria. 

Portanto, enquanto não temos um verdadeiro serviço de polícia vocacionada para estes problemas e um serviço de estrangeiros eficaz, vamos ter que continuar a fazer rusgas e operações destas. Aos políticos e opinadores que falam mal mas andam há anos pelos corredores do poder, directa ou indirectamente sem nada contribuir para a solução dos problemas, aconselha-se a que vão viver para esses bairros, ponham lá os seus filhos a estudar nas escolas desses bairros e depois então venham falar.

Uma coisa é defender os direitos humanos, defender políticas que não transformem as comunidades de imigrantes em guetos e defender a integração positiva dos imigrantes -é o que todos queremos-, outra muito diferente é defender que tenhamos as portas escancaradas a qualquer imigração de qualquer maneira e sem nenhum controlo - é o que querem os hipócritas.

É fácil ser hipócrita e fazer-se de parvo quando se está defendido e com as costas quentes, longe dos problemas, longe desses bairros e da sua insegurança. São os Rui Tavares do rectângulo: têm os filhos a estudar em escolas privadas enquanto defendem a coitadinhização dos pobrezinhos nas escolas públicas. 

Muitos dos imigrantes saem daqui assim que podem: se é para ser revistado de cara para a parede, mais vale ir para onde há mais dinheiro? Então vão!

2 comments:

  1. Jamais consegui concordar com a política de entrada livre e sem controle. Por várias razões e não apenas essa, que, diga-se, é bastante pesada para o país que os recebe.

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    1. Claro. Estamos a querer arranjar problemas que depois não conseguimos controlar porque não temos o dinheiro da Suécia ou da Inglaterra?

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