Uma espécie de BBC, como era antigamente e não agora, com pessoas credíveis que nos reportem o que se passa e o que se discute e aprova na UE? A Euronews é um bom canal mas está nas mãos do Qatar. Não são nossos amigos...
Uma espécie de BBC, como era antigamente e não agora, com pessoas credíveis que nos reportem o que se passa e o que se discute e aprova na UE? A Euronews é um bom canal mas está nas mãos do Qatar. Não são nossos amigos...
Donald Trump proibiu o Reino Unido de partilhar informações militares com a Ucrânia. A Ucrânia conta com isso para saber antecipadamente dos ataques de drenos e dos mísseis, para defender a população civil.
Apaziguar Trump oferecendo concessões a Putin é um grande perigo. Dá uma imagem de fraqueza.
Os líderes europeus precisam de se libertar da ilusão de que os argumentos racionais terão algum efeito na Casa Branca MAGA. (Jessica Berlim)
We are living in dangerous times.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) March 4, 2025
Europe‘s security is threatened in a very real way.
Today I present ReArm Europe.
A plan for a safer and more resilient Europe ↓ https://t.co/CYTytB5ZMk
Uma mudança de placas tectónicas. Os russos estão nas redes sociais a chamar nomes aos europeus e ucranianos. Já estamos a fazer alguma coisa bem!
A Europa e mais outros países unem-se, rearmam a Ucrânia, rearmam-se e derrotam a Rússia sem nenhuma ajuda ou intervenção dos EUA. A intervenção dos EUA nos grandes conflitos mundiais -e este é um deles- foi o que fez deles o país líder do mundo. Porém, se a Europa derrota a Rússia sem um dedo de ajuda dos EUA -o que acredito que fará- os EUA passam para 3º lugar em termos de influência e liderança no mundo. E entretanto perderam as grandes alianças que tinham. É um risco grande que estão a correr e parece ser muito real. É tudo uma questão da Europa ser rápida, determinada e persistente como os ucranianos têm sido.
Trump claims "Ukraine is gone" and suggests Ukrainians could have avoided death by surrendering. He also echoes Putin's belief that Ukraine isn’t a sovereign state, which the Kremlin will no doubt appreciate. (2024) @KyivPost
— The Intellectualist (@highbrow_nobrow) March 2, 2025
pic.twitter.com/InXsHeYlq4
Há notícias de os EUA irem retirar as suas tropas e equipamentos do continente europeu dentro de semanas....
Presença militar por país:
- Alemanha: Mais de 35.000 soldados
- Itália: Cerca de 12.000 efectivos
- Reino Unido: Aproximadamente 9.000 tropas
- Espanha: Aproximadamente 3.000 soldados
- Polónia: Cerca de 5.000 soldados
- Bélgica: Cerca de 1.500 soldados
- Roménia: Cerca de 1.000 soldados
- Portugal: Cerca de 500 soldados
- Países Baixos: Cerca de 400 soldados
- Noruega: Cerca de 300 soldados...
É preciso ser rápido a pensar e a decidir que o fim de uma aliança deve ser o início de outra. Se os EUA abandonarem a NATO, o Japão, a Coreia do Sul, a Austrália e outras democracias deverão tomar o seu lugar?
33 companhias de Defesa europeias
E está em conluio com Trump, obviamente. É preciso ver e agir em consequência. Quando Steiemer diz que vão mandar tropas depois do acordo de paz, de que paz está a falar? Com certeza não acredita ainda que o governo de Trump-Musk quer paz na Europa ou que é capaz de se opor a Putin. Há um mês soube-se que Putin pagava 30 mil dólares por cabeça de americano no Afeganistão. Que estão os EUA a fazer como resposta a este acto de terrorismo contra si mesmos? Estão a submeter-se a Putin. Trump e Musk pensam que podem aliar-se a Putin para destruir a Europa e depois passar-lhe a perna e ser mais espertos que ele. Estão redondamente enganados. Esperamos todos que a Europa não fique à espera que os EUA emendem a mão, porque isto parece estar desenhado para piorar muito mais.
Parece-me que a cimeira de hoje em Inglaterra tem de envolver todos os países da Europa (com excepção dos vassalos de Putin) - e talvez até alguns fora da Europa. Trudeau já lá está.
Polish PM Donald Tusk, speaking before his flight to London for the European Ukraine summit:
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) March 2, 2025
“500 million Europeans are asking 300 million Americans to defend them against 140 million Russians. [...] Europe today lacks the belief that we are truly a global force.” pic.twitter.com/qevKZyyW8Q
A BBC está a passar uma entrevista a um especialista em política internacional. A entrevistada pergunta-lhe o que é que Zelensky podia ter feito melhor e diz que ele esteve mal porque precisa da ajuda americana e saiu de lá sem ela. Acrescenta que há quem defenda que ele deve pedir desculpa a Trump e Vance... (!!) Nem uma palavra de apreço pela dignidade e valor do Presidente da Ucrânia na defesa da honra do seu povo. O especialista responde-lhe que dificilmente ele poderia ter feito oura coisa nas condições em que foi emboscado.
A Euronews, ontem, andava a passar uma entrevista com Juncker, ex-presidente da Comissão Europeia na altura dos resgates a países como a Grécia e Portugal, acérrimo praticante das humilhações que a Alemanha e outros países do Norte imitadores infligiram a esses países em dificuldades (muito parecidas com as humilhações que a administração Trump têm infringido à Ucrânia), frequentemente bêbedo publicamente, ex-ministro do Luxemburgo, grande amigo de multinacionais e lobbistas, acusado de ilegalidades e tráfico de influências para exemptar empresas multinacionais de impostos no Luxemburgo à custa dos outros países europeus. Pois este senhor, grande exemplo do que não se deve fazer, foi convidado para ir à Euronews. E que disse ele? Que a Ucrânia não deve entrar na UE porque tem corrupção e que, quando muito deve-se deixa-la entrar mas sem voto em nada. Dá vontade de perguntar: qual dos seus proverbiais amigos lhe encomendou o discurso russificado? Isto da parte de um sujeito com virtudes ao contrário, digamos assim, seria cómico se não fosse grave. Tem graça que são os mais poluídos por suspeitas de corrupção e tráfico de influência (veja-se Orban) que defendem que se deixe cair a Ucrânia.
A Euronews é a voz do Qatar, um pais de acolhimento e suporte de terroristas do Hamas, do Irão e, portanto, defensor dos interesses da Rússia.
🚨 With the cooperation agreement between the United States and Ukraine canceled, Europe must mobilize for war and join Ukraine to defeat Russia and North Korea. Otherwise Europe will be eventually overrun, piece by piece.pic.twitter.com/6yqOOhTZ7e
— Igor Sushko (@igorsushko) February 28, 2025
Pode ler-se aqui.
A Ucrânia entrega metade de todos os seus recursos naturais sem uma única garantia de defesa do seu território, por parte dos EUA. A única frase que há sobre defesa é esta e é muito ambígua:
Os Participantes reservam-se o direito de tomar as medidas necessárias para proteger e maximizar o valor dos seus interesses económicos no Fundo.
É só insultos e humilhações. Não humilhou Macron porque Macron é muito esperto. E Putin já dá entrevistas a dizer que vai pôr um governo seu na Ucrânia - é óbvio que espera a Ucrânia como um presente dos EUA. E os EUA são bem capazes de a dar como presente.
Para quem espera que a presidência de Trump seja um interregno caótico de quatro anos, como da outra vez, talvez tenha de preparar-se para ficar desiludido. Quando ele e Musk acabarem de destruir as instituições públicas não haverá ninguém para defender a democracia. A oposição já agora parece anestesiada.
Trump, tal como Putin, não quer vizinhos ou parceiros democratas que dêem exemplos de liberdade e aspirações ao 'seu' povo. Musk já diz publicamente do Canadá que não são um verdadeiro país, exactamente como Putin diz da Ucrânia.
Estamos num momento muito crítico. A Europa tem de se unir e contar consigo mesma para se defender e isto é para antes de ontem. Esperar que Trump 'veja a luz da razão' é o mesmo que esperar que Putin o faça.
O Presidente da Finlândia tem razão: a que propósito a Ucrânia vai entregar recursos tão valiosos a um indivíduo que se tem mostrado um inimigo e ficar refém dele, sem que este dê vários passos prévios, antes da assinatura de qualquer acordo definitivo, mostrando que está nisto a sério e não a brincar, como tem feito nas suas relações com a Europa e a Ucrânia - Rubio 'manda' vir uma alta representante da UE aos EUA para uma reunião, ela vai a correr e quando chega lá ele manda dizer que não vai falar com ela. Isto é uma desconsideração e uma humilhação.
Ontem Trump disse, a propósito de Zelensky ir aos EUA, 'ouvi dizer que ele vem falar comigo, não tenho nada contra', como se Zelensky estivesse a ir lá, meio às escondidas e como se fosse um grande favor falar com ele e fazer um acordo em que lucra brutalmente tendo passado este tempo todo a insultá-lo e a vendê-lo à Rússia. Trump-Musk e os seus capangas não escondem o que querem e o que são e é preciso tomá-los à letra.
Toda a gente quer paz, a começar pela Ucrânia, mas não é isso que a Rússia quer. E Trump dá muita importância ao que Rússia quer. Também disse ontem que, nem pensar a Ucrânia na NATO, que é justamente a garantia de segurança que ele devia dar para ir sacar os recursos da Ucrânia. Esta é a realidade.
Today we have heard some outstanding speeches from NATO ally leaders. However, this one from the Danish Prime Minister Mette Frederiksen, was the one that spoke to me for sure.
— 𝔗𝔯𝔲𝔱𝔥 𝔐𝔞𝔱𝔱𝔢𝔯𝔰 (@politicsusa46) February 25, 2025
I think it’s time to stop pretending to ourselves that the U.S. is anything but an impediment to… pic.twitter.com/XlWUf9Ukom
Muito, muito bom.
Once again, proud to be Finnish! An excellent speech, Mr. President @alexstubb pic.twitter.com/vJ7zKnG7XX
— Vilho Rantanen (@VilhoRantanen) February 24, 2025
Muito bom. Excepto que não acredito que Trump leve em conta que é do interesse dos EUA apoiar a Ucrânia porque ele não pensa nos EUA a não ser como um reflexo do seu poder e riqueza. Trump é um con man e penso que já alinhavou um acordo com Putin e Putin agora até tem o descaramento de dizer publicamente que se Trump o deixar acabar com a Ucrânia ele oferece-lhe as terras raras que anda lá a roubar. Para Trump é um negócio caído do céu.
Norway nails it. So good to hear adults in the room rather than American bs. pic.twitter.com/NqDDHvJCpK
— Lady Jaujau (@ladyjaujau) February 24, 2025
França e Inglaterrra vão esta semana à Casa Branca falar com Trump acerca da Ucrânia. Não acredito que tenham poder de influenciar Trump, um russófilo já assumido publicamente (agora disse que quer a devolução do dinheiro da ajuda à Ucrânia...). Esperamos, todos nós que não somos admiradores de fascistas como Trump e Putin, que não o tentem apaziguar, porque isso é inútil e só cava a nossa vulnerabilidade. Como diz este político canadiano, Mark Carney, não podemos viver a vida a temer o que fará Trump. Temos de negociar sempre de um posição de força e, portanto, temos de nos construir fortes. Não há outra opção.
Canadians don’t want to check social media every morning to see what President Trump might do to our economy.
— Mark Carney (@MarkJCarney) February 23, 2025
This is Canada — and we will decide our future.pic.twitter.com/oSl87VmsVK
Ouvi hoje na Euronews que nos corredores de Bruxelas defende-se "comprar mais energia aos EUA para apaziguar Trump". Espero que seja uma conversa e nada mais porque quanto mais tempo se levar a perceber que Trump está decidido a fazer dos EUA uma 'democracia iliberal', uma contradição nos termos, quanto a mim, mais dependentes e vulneráveis ficaremos de um predador - aliás, dois.