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March 07, 2025

Sou só eu que penso que precisamos de um canal oficial de notícias da Europa?

 

Uma espécie de BBC, como era antigamente e não agora, com pessoas credíveis que nos reportem o que se passa e o que se discute e aprova na UE? A Euronews é um bom canal mas está nas mãos do Qatar. Não são nossos amigos...


March 06, 2025

É isto

 


Donald Tusk, primeiro-ministro polaco: 

       “A Europa tem de entrar numa corrida ao armamento com a Rússia e ganhá-la”


(E mais não comprar nem uma bala aos americanos - os americanos tinham a ser favor serem parceiros estáveis. Sendo amigos sabíamos que podíamos contar com eles e mesmo sendo inimigos sabíamos que não ultrapassavam certas fronteiras políticas e éticas. Isso acabou. Doravante haverá sempre o receio de estarem a uma eleição de atraiçoarem os parceiros - e dado que as armas hoje em dia são controladas digitalmente à distância, quem poderá confiar neles? Um capital de mais de 200 anos deitado para o lixo num mês e meio e, sem oposição. Não se pensavam que a democracia é eterna mas não estavam minimamente preparados para resistir a uma tomada de poder anti-democrática)

March 05, 2025

What??

 

Donald Trump proibiu o Reino Unido de partilhar informações militares com a Ucrânia. A Ucrânia conta com isso para saber antecipadamente dos ataques de drenos e dos mísseis, para defender a população civil.
As tropas, armas e postos de escuta dos EUA estão no Reino Unido, mas o governo não pode partilhar informações com os aliados.
Quando é que o Reino Unido realizou um referendo para se tornar o 51º Estado?
Por acaso Trump informou os europeus que ia suspender a ajuda militar à Ucrânia? Não.
Por acaso Trump dá ordens aos governantes de outros países? Não.
A Europa tem que deixar de partilhar informações com os EUA sobre movimentação de tropas, compras de armas, informação secreta, planos de defesa, etc. Isto é elementar.
E já que os EUA suspenderam a ajuda militar sem dizer nada, já não há razão para que não se feche os céus da Ucrânia. A única razão era os EUA não quererem e a Europa colaborar com eles como aliados, mas se eles já não colaboram e já não são aliados...
A Rússia estava a um passinho de perder a guerra e agora tem um negócio com Trump para salvá-la. E está a tentar dividir os aliados da Ucrânia.

March 04, 2025

"I Want To Be One Of The Greats"


"Quero ser um dos grandes" foi a frase de Timothee Chalamet, um actor americano, aquando da aceitação de um prémio, há uns dias. Talvez o tenha dito na excitação do momento ou porque é ainda muito novo e está afectado pela fama. Não sei, mas disse-o perante uma assembleia de actores, produtores, realizadores: trabalha para um legado de grandiosidade.

Quem também tem essa ambição é Trump e o seu parceiro Musk, embora cada um à sua maneira porque Musk usa-se de Trump por quer ter poder absoluto e está-se nas tintas para a MAGA mas Trump quer ser 'um dos grandes' da América, como ele diz, confundindo o seu país com todo o continente. Depois, são ambos sociopatas mas Musk está mesmo convencido que é um ser intelectualmente superior enquanto Trump é um narcisista vulnerável à lisonja por motivos de insegurança intelectual - o cargo de Presidente da 'América' funciona para a sua imagem e para a força que quer projectar, como um Viagra.

São pessoas racistas e misóginas, talvez pelo contexto da educação. Musk é um africânder e Trump é um cristão ideológico - um indivíduo que abraça a ideologia da religião no que respeita aos costumes, mas não o exercício do espírito religioso.

Trump, tal como Putin, pensa que o Ocidente caiu em desgraça desde que aceitou gays, mulheres no exército e políticas inclusivas que, em seu entender, efeminizaram os homens, a Política e a autoridade da 'América' no mundo. Ele quer uma 'América' de famílias cristãs, de homens fortes e temidos e mulheres de valores tradicionais. A administração dele está muito vinculada aos cristãos evangélicos que são fanáticos e extremistas como os islamitas.

Ele acredita mesmo, penso, na ideologia MAGA e foi muito influenciado pelas ideias de Bannon, para quem a 'América' só poderia voltar a ser grande se a Europa voltasse a ser pequena como aconteceu no pós-guerra, quando estava destruída e dependente da força dos EUA.

Enquanto a Europa não for reduzida, será um obstáculo à grandiosidade da América, o que o diminui a ele pessoalmente dado que dificulta a construção do seu legado e de uma 'América' orbanizada ou mesmo russificada. Além disso, uma Europa forte e ateia com valorização das políticas de inclusão sobrepõe a sua voz e diminui a força da América cristã tradicional.

Penso que ele partilha isto da decadência dos valores com Putin e pensa, por isso mesmo, que Putin o compreende e quer o mesmo que ele.

Trump tem uma visão do mundo influenciada pelo dogma nefasto de Kissinger acerca do poder e das áreas de influência. Como quer uma 'América' grandiosa, sendo ele o construtor desse legado, tem na ideia uma visão do mundo dividida por grandes potências dominadoras, cada uma com a sua área de influência: a Rússia com domínio sobre a Europa, os EUA com domínio sobre a América (continente) e talvez a China, com domínio sobre a Ásia. A África não lhe interessa. Ele não vê a África como uma potência que possa ameaçar alguém.

Não por acaso está a sair de todas as organizações internacionais que podem retirar poder à 'América'. Ele não é pessoa de negociar: ele dita as condições, compra com dinheiro e se for preciso usa a força do dinheiro para chantagem. Só cede ao poder e à força das circunstâncias, tal como Putin.

Diferentemente de Putin, Trump quer dominar o continente americano e ser uma grande potência, mas sem recurso ao poder das armas. Apenas com o poder do dinheiro. Já no 1º mandato ele propôs-se comprar a Gronelândia e disse mesmo que queria expandir o território dos EUA, mas nessa altura era mais inexperiente e menos descarado.

Ele quer ficar para a história como 'um dos grandes' através da expansão do território e do consequente aumento de riqueza do país e, obviamente, do poder. Para isso precisa que outros países, nomeadamente potências económicas, não intervenham e se tornem obstáculos. Daí a necessidade de dividir e destruir a UE. Este era um dos grandes objectivos declarados e defendidos do projecto de Bannon.

Penso que ele alinhavou uma espécie de Tratado de Tordesilhas com Putin: tu ficas com a Ucrânia e o que mais quiseres da Europa que nós não seremos obstáculo e nós vamos ficar com o Canadá e a Gronelândia e vocês não interferem na nossa vida mesmo que tenhamos um problema com a China. Putin terá dito que sim e ele acredita mesmo que Putin o respeita e que respeita um acordo com ele. Daí estar a promover russófilos e políticas de amizade e confiança com a Rússia. Ele pensa que uma aliança com a Rússia de Putin é mais forte e lhe traz mais riqueza e grandiosidade que uma aliança com a Europa, que está cheia de gente que nem sequer gosta dele ou respeita os seus valores - o que é verdade.

É claro que estou a especular porque não tenho acesso a informações secretas e o que penso é a partir do que leio e do que vejo cada uma das partes dizer e fazer. Porém, não percebo como é que Trump iria explorar minério na Ucrânia se os territórios ocupados ficassem com a Rússia...

Em geral, os presidentes americanos acreditam que os outros líderes ficam impressionados com a sua personalidade (dada a reverência subserviente que têm dentro do seu país), e com o peso de serem os líderes com mais poder no mundo - o que sendo verdade, não é, noutro ponto de vista. 

Mas a questão é que Trump espera sempre que outros líderes fiquem esmagados de respeito pela sua presença dada a grandiosidade que ele pensa que a 'América' tem no mundo e na história do mundo. 

Na verdade, neste momento os líderes dos valores religiosos machistas tradicionais e os autoritários estão a cerrar fileiras - veja-se Milei e veja-se como Israel votou com a Rússia contra a Ucrânia para agradar a Trump.

Parece-me que Ursula von der Leyen tem toda a razão quando urge a um plano para a defesa da Europa.

Para já, tudo o que nos faça ganhar tempo, obviamente que é bom. Pode ser que o rei inglês tenha a habilidade de atrasar o divórcio de Trump com a Europa, mas é difícil.

Não sei o que Zelensky pode fazer porque Trump não quer saber de ir negociar com um terrorista, um criminoso de guerra. Ele só vê em Putin poder e força, coisas que aprecia, confunde com respeito e quer muito possuir. Ter consigo a força decidida da Europa na defesa da Ucrânia, neste momento, parece ser o melhor argumento. É claro que para isso a Europa tem de ser, como diz aqui von der Leyen, rápida, unida e decidida.

Apaziguar Trump oferecendo concessões a Putin é um grande perigo. Dá uma imagem de fraqueza. 

Os líderes europeus precisam de se libertar da ilusão de que os argumentos racionais terão algum efeito na Casa Branca MAGA. (Jessica Berlim)


March 02, 2025

Os representantes da UE e a Turquia, juntos em Inglaterra

 

Uma mudança de placas tectónicas. Os russos estão nas redes sociais a chamar nomes aos europeus e ucranianos. Já estamos a fazer alguma coisa bem!




Picture this

 


A Europa e mais outros países unem-se, rearmam a Ucrânia, rearmam-se e derrotam a Rússia sem nenhuma ajuda ou intervenção dos EUA. A intervenção dos EUA nos grandes conflitos mundiais -e este é um deles- foi o que fez deles o país líder do mundo. Porém, se a Europa derrota a Rússia sem um dedo de ajuda dos EUA -o que acredito que fará- os EUA passam para 3º lugar em termos de influência e liderança no mundo. E entretanto perderam as grandes alianças que tinham. É um risco grande que estão a correr e parece ser muito real. É tudo uma questão da Europa ser rápida, determinada e persistente como os ucranianos têm sido.


Grande vitória de Putin e de todas as ditaduras no mundo

 

Há notícias de os EUA irem retirar as suas tropas e equipamentos do continente europeu dentro de semanas.... 

Presença militar por país:

- Alemanha: Mais de 35.000 soldados

- Itália: Cerca de 12.000 efectivos

- Reino Unido: Aproximadamente 9.000 tropas 

- Espanha: Aproximadamente 3.000 soldados

- Polónia: Cerca de 5.000 soldados

- Bélgica: Cerca de 1.500 soldados

- Roménia: Cerca de 1.000 soldados

- Portugal: Cerca de 500 soldados

- Países Baixos: Cerca de 400 soldados

- Noruega: Cerca de 300 soldados...


É preciso ser rápido a pensar e a decidir que o fim de uma aliança deve ser o início de outra. Se os EUA abandonarem a NATO, o Japão, a Coreia do Sul, a Austrália e outras democracias deverão tomar o seu lugar?


33 companhias de Defesa europeias




Tudo o que Musk faz é calculado para dividir e destruir a Europa

 

E está em conluio com Trump, obviamente. É preciso ver e agir em consequência. Quando Steiemer diz que vão mandar tropas depois do acordo de paz, de que paz está a falar? Com certeza não acredita ainda que o governo de Trump-Musk quer paz na Europa ou que é capaz de se opor a Putin. Há um mês soube-se que Putin pagava 30 mil dólares por cabeça de americano no Afeganistão. Que estão os EUA a fazer como resposta a este acto de terrorismo contra si mesmos? Estão a submeter-se a Putin. Trump e Musk pensam que podem aliar-se a Putin para destruir a Europa e depois passar-lhe a perna e ser mais espertos que ele. Estão redondamente enganados. Esperamos todos que a Europa não fique à espera que os EUA emendem a mão, porque isto parece estar desenhado para piorar muito mais.

Parece-me que a cimeira de hoje em Inglaterra tem de envolver todos os países da Europa (com excepção dos vassalos de Putin) - e talvez até alguns fora da Europa. Trudeau já lá está.




Este é o maior problema

 


Meloni e o inglês ainda estão apegados aos americanos. Parecem não conceber a ideia de não dependermos dos americanos, mesmo em face da evidência dos americanos nos quererem enfraquecer e dividir. Parece a Alemanha do início deste século a apostar em Putin, mesmo em face da evidência de Putin des-apostar na UE e ser até agressivo para a sua chanceler - aquela história do cão com ela é igual à de Trump com Zelensky. Convidam-nos e depois põem-nos sozinhos em situações de vulnerabilidade, emboscam-nos, para os humilharem e agredirem publicamente. Rutte também só fala em cimeiras com os EUA e mesmo Zelensky não acredita na Europa. Assim não saímos do mesmo.


March 01, 2025

A BBC e a Euronews estão nas mãos de islamitas amigos da Rússia?

 

A BBC está a passar uma entrevista a um especialista em política internacional. A entrevistada pergunta-lhe o que é que Zelensky podia ter feito melhor e diz que ele esteve mal porque precisa da ajuda americana e saiu de lá sem ela. Acrescenta que há quem defenda que ele deve pedir desculpa a Trump  e Vance... (!!) Nem uma palavra de apreço pela dignidade e valor do Presidente da Ucrânia na defesa da honra do seu povo. O especialista responde-lhe que dificilmente ele poderia ter feito oura coisa nas condições em que foi emboscado.

A Euronews, ontem, andava a passar uma entrevista com Juncker, ex-presidente da Comissão Europeia na altura dos resgates a países como a Grécia e Portugal, acérrimo praticante das humilhações que a Alemanha e outros países do Norte imitadores infligiram a esses países em dificuldades (muito parecidas com as humilhações que a administração Trump têm infringido à Ucrânia), frequentemente bêbedo publicamente, ex-ministro do Luxemburgo, grande amigo de multinacionais e lobbistas, acusado de ilegalidades e tráfico de influências para exemptar empresas multinacionais de impostos no Luxemburgo à custa dos outros países europeus. Pois este senhor, grande exemplo do que não se deve fazer, foi convidado para ir à Euronews. E que disse ele? Que a Ucrânia não deve entrar na UE porque tem corrupção e que, quando muito deve-se deixa-la entrar mas sem voto em nada. Dá vontade de perguntar: qual dos seus proverbiais amigos lhe encomendou o discurso russificado? Isto da parte de um sujeito com virtudes ao contrário, digamos assim, seria cómico se não fosse grave. Tem graça que são os mais poluídos por suspeitas de corrupção e tráfico de influência (veja-se Orban) que defendem que se deixe cair a Ucrânia.

A Euronews é a voz do Qatar, um pais de acolhimento e suporte de terroristas do Hamas, do Irão e, portanto, defensor dos interesses da Rússia.


February 28, 2025

Estamos numa bifurcação

 


A Europa tem de enviar à Ucrânia absolutamente tudo. Os alemães que enviem os tauros ou que os vendam à Suécia que ela há-de enviá-los. É preciso retirar todas as restrições às armas. Os russos todos os dias destroem a Ucrânia sabendo que ninguém lhes toca, Têm que começar a ser tocados.
É preciso pensar que estamos numa guerra, porque Putin já está. É preciso aplicar e acrescentar mais sanções contra a Rússia. Restringir a exportação através de países terceiros. Deixar de comprar petróleo e GNL russos. Investir na indústria de armamento ucraniana. Aumentar a produção. Agarrar os 300 biliões congelados, dá-los à Ucrânia para comprar armas.


"A Europa não pode ser vassala dos EUA"

 


🇫🇷🇺🇦 
"A recusa da Europa em enviar tropas para a Ucrânia no início da invasão foi um erro.
A estratégia europeia não é um fracasso, dada a série de derrotas russas e a entrada da Finlândia e da Suécia na NATO.
É por isso que temos de resistir. É por isso que devemos ajudar os ucranianos a colocarem-se na melhor situação possível para negociar uma paz forte e duradoura.
Após chegar a um acordo de paz, a Europa deve garantir a segurança da Ucrânia.
A Europa não pode ser vassala dos EUA"
    -   Macron


"Consider here in America that after 9/11 you would have sat down with Osama bin Laden and said, 'OK, what else do you want?' I mean, it's unimaginable." — Kaja Kallas, regarding Ukraine peace talks, speaking at the Hudson Institute in Washington.


February 27, 2025

Estive a ler o texto do acordo entre a Ucrânia e os EUA

 

Pode ler-se aqui.  

A Ucrânia entrega metade de todos os seus recursos naturais sem uma única garantia de defesa do seu território, por parte dos EUA. A única frase que há sobre defesa é esta e é muito ambígua:

Os Participantes reservam-se o direito de tomar as medidas necessárias para proteger e maximizar o valor dos seus interesses económicos no Fundo.
De resto, nem uma palavra sobre os EUA se comprometerem a defender a Ucrânia, a enviarem tropas, a aceitarem a Ucrânia na NATO, a declararem a Rússia como um Estado invasor... nada. Nada de nada.

O que impede os EUA de irem sacar os recursos naturais à Ucrânia enquanto fazem acordos com a Rússia e a financiam nas suas costas? Como Putin fez com a Alemanha? Nada. No mínimo deviam estar escritas as condições em que acções dos EUA podem desencadear a denúncia do acordo por parte da Ucrânia, imediata e unilateralmente. Por exemplo, se os EUA fizerem um acordo com a Rússia que a Ucrânia encare como um ataque à sua soberania e integridade territorial ou como um financiamento à guerra contra o seu país.

E o que é que a Rússia tem de deixar? O que é que Trump garante? Que eles saem da Ucrânia? Ou não garante nada a não ser is sacar recursos à Ucrânia?

E se os minerais estão na parte ocupada agora pela Rússia, como vão extraí-los? Vão expulsar a Rússia? Ou vão fazer um acordo paralelo com a Rússia para entrar lá? Não percebo, mas talvez eu não saiba ler as entrelinhas de acordos destes. Mas não devia estar tudo claro? Não percebo.

Se não há nada a não ser uma troca comercial, o que acontece é os EUA lucrarem a troco da Ucrânia desistir de 20% do seu território para a Rússia. Que tipo acordo é este em que uma das partes dá e a outra só saca? Trump diz que a sua parte é dar à Ucrânia o direito de se defenderem... os EUA é que dizem se a Ucrânia tem direito a defender-se? A Ucrânia está a defender-se há três anos. Não precisa da autorização dos EUA. Faz parte do Direito Internacional.

Até agora, a Ucrânia:

Libertou 7% dos 27% do seu território invadido pela Rússia.

Forçou a frota russa do Mar Negro a abandonar o território da Ucrânia.

Dizimou o exército russo.

Prejudicou significativamente o sector do petróleo e do gás da Rússia.

Resistiu a 3 campanhas de bombardeamento russos no Inverno

A Rússia não está a ganhar a guerra e não consegue fazê-lo sem a ajuda dos EUA. Sobretudo se a Europa se unir a sério e cair em força na Ucrânia com ajuda de dinheiro (há 300 biliões para usar imediatamente), com armas e pessoas.

Os EUA estão interessados numa Ucrânia subjugada e numa Europa dividida e enfraquecida

 


É só insultos e humilhações. Não humilhou Macron porque Macron é muito esperto. E Putin já dá entrevistas a dizer que vai pôr um governo seu na Ucrânia - é óbvio que espera a Ucrânia como um presente dos EUA. E os EUA são bem capazes de a dar como presente. 

Para quem espera que a presidência de Trump seja um interregno caótico de quatro anos, como da outra vez, talvez tenha de preparar-se para ficar desiludido. Quando ele e Musk acabarem de destruir as instituições públicas não haverá ninguém para defender a democracia. A oposição já agora parece anestesiada. 

Trump, tal como Putin, não quer vizinhos ou parceiros democratas que dêem exemplos de liberdade e aspirações ao 'seu' povo. Musk já diz publicamente do Canadá que não são um verdadeiro país, exactamente como Putin diz da Ucrânia. 

Estamos num momento muito crítico. A Europa tem de se unir e contar consigo mesma para se defender e isto é para antes de ontem. Esperar que Trump 'veja a luz da razão' é o mesmo que esperar que Putin o faça. 

O Presidente da Finlândia tem razão: a que propósito a Ucrânia vai entregar recursos tão valiosos a um indivíduo que se tem mostrado um inimigo e ficar refém dele, sem que este dê vários passos prévios, antes da assinatura de qualquer acordo definitivo, mostrando que está nisto a sério e não a brincar, como tem feito nas suas relações com a Europa e a Ucrânia - Rubio 'manda' vir uma alta representante da UE aos EUA para uma reunião, ela vai a correr e quando chega lá ele manda dizer que não vai falar com ela. Isto é uma desconsideração e uma humilhação. 

Ontem Trump disse, a propósito de Zelensky ir aos EUA, 'ouvi dizer que ele vem falar comigo, não tenho nada contra', como se Zelensky estivesse a ir lá, meio às escondidas e como se fosse um grande favor falar com ele e fazer um acordo em que lucra brutalmente tendo passado este tempo todo a insultá-lo e a vendê-lo à Rússia. Trump-Musk e os seus capangas não escondem o que querem e o que são e é preciso tomá-los à letra. 

Toda a gente quer paz, a começar pela Ucrânia, mas não é isso que a Rússia quer. E Trump dá muita importância ao que Rússia quer. Também disse ontem que, nem pensar a Ucrânia na NATO, que é justamente a garantia de segurança que ele devia dar para ir sacar os recursos da Ucrânia. Esta é a realidade. 


***********

Kaja Kallas, a Alta Representante da UE chegou a Washington e foi informada de que a reunião com o seu homólogo Marco Rubio tinha sido cancelada.

O encontro tinha sido marcado para quarta-feira, com as agências noticiosas a esperarem imagens das conversações bilaterais. 

Kallas viajou para a capital norte-americana com a expetativa de se sentar com o seu homólogo e falar sobre o impulso de Donald Trump para lançar negociações com a Rússia e a Ucrânia, que tem agitado os aliados europeus pela sua natureza unilateral e descoordenada.

February 25, 2025

Dinamarca, acerca das condições de paz da Ucrânia

 


Finlândia acerca das condições de paz na Ucrânia

 

Muito, muito bom.


Noruega acerca das condições de paz na Ucrânia

 

Muito bom. Excepto que não acredito que Trump leve em conta que é do interesse dos EUA apoiar a Ucrânia porque ele não pensa nos EUA a não ser como um reflexo do seu poder e riqueza. Trump é um con man e penso que já alinhavou um acordo com Putin e Putin agora até tem o descaramento de dizer publicamente que se Trump o deixar acabar com a Ucrânia ele oferece-lhe as terras raras que anda lá a roubar. Para Trump é um negócio caído do céu.


February 23, 2025

"Canadians don’t want to check social media every morning to see what President Trump might do to our economy"

 

França e Inglaterrra vão esta semana à Casa Branca falar com Trump acerca da Ucrânia. Não acredito que tenham poder de influenciar Trump, um russófilo já assumido publicamente (agora disse que quer a devolução do dinheiro da ajuda à Ucrânia...). Esperamos, todos nós que não somos admiradores de fascistas como Trump e Putin, que não o tentem apaziguar, porque isso é inútil e só cava a nossa vulnerabilidade. Como diz este político canadiano, Mark Carney, não podemos viver a vida a temer o que fará Trump. Temos de negociar sempre de um posição de força e, portanto, temos de nos construir fortes. Não há outra opção.


Trump voltou a América contra os seus aliados porque os aliados são democracias liberais

 


Ouvi hoje na Euronews que nos corredores de Bruxelas defende-se "comprar mais energia aos EUA para apaziguar Trump". Espero que seja uma conversa e nada mais porque quanto mais tempo se levar a perceber que Trump está decidido a fazer dos EUA uma 'democracia iliberal', uma contradição nos termos, quanto a mim, mais dependentes e vulneráveis ficaremos de um predador - aliás, dois.