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April 30, 2024

Maastricht 29 de Abril de 2024 - Debate Para As Eleições Europeias

 

Depois de ver o debate estou indecisa quanto ao voto no Renew Group porque lembrei-me das razões porque gosto de Ursula von der Leyen: coerência das ideias, busca de compromisso nas políticas. Naturalmente que foi a mais atacada, porque é quem todos querem vencer, mas respondeu sempre sem demagogia e com a apresentação dos critérios por detrás das propostas de solução. O debate fez-me lembrar como era a Comissão antes dela: discursos pomposos mas vazios, grande desunião entre os europeus, pouca transparência, muitas reuniões e poucos resultados. Marie-Agnes Strack-Zimmermann, a candidata do Renew Group tem um discurso de chavões que não me convence nada a não ser na defesa intransigente que fez do apoio à Ucrânia, mas os problemas da Europa não são apenas esse. Penso que tem perfil para ministra dos negócios estrangeiros da UE, mas não Comissária. A candidata dos verdes, da Aliança Livre Europeia, Maylis Roßberg, é muito nova mas está por dentro dos assuntos e defende-os bem. O dinamarquês da direita não distingue a Bélgica da Holanda. O comunista foi lá defender que a Ucrânia faça a paz com Putin. Assume que ninguém vai ajudar a Ucrânia e que por isso, se não houver paz, todos os ucranianos vão morrer.

Enfim, continuo a pensar que Ursula von der Leyen ainda é a melhor candidata ao cargo de Presidente da Comissão. 

O debate foi bom.

April 25, 2024

Face aos EUA, à Rússia e à China, a Europa parece ser a criança ingénua no mundo da Cibernética, a anos-luz da experiência dos outros

 


Xi ordena a maior reorganização militar da China desde 2015

O líder chinês Xi Jinping ordenou o que equivale à maior reorganização das forças armadas do país desde 2015, numa medida que afecta a força responsável pelas capacidades, incluindo a guerra cibernética.

A China vai extinguir a Força de Apoio Estratégico, criada há mais de oito anos para melhorar as capacidades de guerra espacial, cibernética, política e eletrónica, informou na sexta-feira a agência noticiosa oficial Xinhua.

Xi, por sua vez, está a criar um novo ramo chamado Força de Apoio à Informação. As unidades aeroespaciais e cibernéticas, anteriormente sob a alçada da Força de Apoio Estratégico, serão agora organizadas paralelamente à recém-criada Força de Apoio à Informação, informou o Ministério da Defesa num comunicado. A unidade aeroespacial melhorará a capacidade da China de utilizar o espaço e intensificará a gestão de crises espaciais, afirmou o ministério.

A reestruturação ocorre no momento em que a segunda maior economia do mundo enfrenta os EUA numa luta pela influência global, com a guerra cibernética a emergir como um campo de batalha fundamental. No mês passado, os Estados Unidos, o Reino Unido e a Nova Zelândia acusaram a China de patrocinar actividades cibernéticas maliciosas que visam as instituições democráticas.

Reiterando a liderança do Partido Comunista sobre o exército, Xi disse que a nova força fornecerá "apoio fundamental na coordenação da construção e utilização do sistema de informação cibernética".
Li Wei, o comissário político da extinta Força de Apoio Estratégico, assumirá esse mesmo papel na Força de Apoio à Informação. Ele comprometeu-se a ouvir "resolutamente" as instruções de Xi. O novo comandante da Força de Apoio à Informação é Bi Yi, informou a televisão estatal CCTV.

As mudanças têm como objetivo adaptar melhor as forças armadas chinesas às condições de "informatização" da guerra moderna, disse Cao Weidong, investigador sénior reformado da Academia de Investigação Naval do PLA. A reestruturação levará a uma "melhor utilização" dos sistemas de satélite, do ciberespaço e da guerra eletrónica, disse Cao aos jornalistas à margem do Simpósio Naval do Pacífico Ocidental, em Qingdao.

O anterior comandante da Força de Apoio Estratégico era Ju Qiansheng, cujo desaparecimento deu azo a especulações de que estaria ligado à turbulência mais vasta na liderança militar da China que se desenrolou no último ano. Embora Ju tenha reaparecido recentemente, os meios de comunicação social estatais não esclareceram a sua posição atual.

A mais recente remodelação segue-se a uma limpeza profunda do establishment militar efectuada por Xi no ano passado. Os peritos dos serviços secretos norte-americanos consideraram essa medida como uma resposta à descoberta de corrupção generalizada nas forças armadas, incluindo na Força Rocket, que gere o arsenal nuclear em expansão do país.

O antigo Ministro da Defesa Li Shangfu foi demitido do seu cargo sem qualquer explicação em outubro. Em dezembro, a China nomeou Dong Jun, um veterano da marinha, como novo chefe da defesa.


March 05, 2024

O que se passa com a economia europeia?



Quem sabe, pode ser que Costa, Medina e o próximo governo leiam estes artigos e se dêem conta de que os cortes cegos que nos deixaram no estado em que estamos não ajudam ao crescimento económico nem social e explicam a falência dos serviços públicos, a anemia da economia e o crescimento dos populistas.
Agora, passados estes anos da toika percebe-se claramente que o discurso arrogante da Alemanha de Merkele e de Schäuble contra os países do Sul não tinha que ver com a suposta superior competência da Alemanha mas apenas com a sua subserviência à Rússia de Putin que lhe fornecia petróleo e gás ao preço da chuva. Assim que acabou essa mama, ei-los caídos na depressão da recessão...


O que se passa com a economia europeia?


O velho mundo tem novos problemas. Durante o ano de 2023, a economia europeia registou um crescimento próximo de zero. As duas maiores economias nacionais do continente - a Alemanha e o Reino Unido - podem estar em recessão. Empresas europeias de referência, como a Volkswagen, a Nokia e a UBS, anunciaram coletivamente dezenas de milhares de despedimentos. Agricultores furiosos estão atualmente a bloquear estradas dentro e fora de Paris, e dezenas de milhares de trabalhadores dos transportes alemães abandonaram recentemente o trabalho. 

Os índices de aprovação de alguns chefes de Estado europeus fazem Joe Biden parecer JFK. E sondagens recentes mostram que o apoio aos partidos de extrema-direita está a aumentar em todo o continente, com a "crise do custo de vida" citada como o principal problema dos eleitores.

Era suposto tudo isto acontecer também aos Estados Unidos - mas não aconteceu. Há dezoito meses, quase todos os economistas, analistas e especialistas previam que a combinação de uma pandemia global, de uma inflação galopante e de uma crise energética mergulharia a Europa e a América na recessão. Em vez disso, enquanto a Europa se debate, a economia dos EUA está a ir espetacularmente bem em quase todos os aspectos (mesmo que nem todos os americanos pensem assim). O desemprego está em mínimos históricos, as empresas estão a ser criadas a um ritmo recorde e os salários estão a subir rapidamente. E os Estados Unidos conseguiram-no roubando a ideia do livro do grande governo e do Estado-providência da Europa - e executando-o melhor do que a própria Europa.

Quando a pandemia chegou, em março de 2020, os governos de todo o mundo abriram as torneiras do dinheiro. O Reino Unido e a Alemanha gastaram mais de 500 milhões de dólares. A França gastou 235 milhões de dólares e a Itália 216 milhões de dólares. Mas os Estados Unidos estavam numa liga à parte, gastando uns espantosos 5 biliões de dólares em ajuda à pandemia. Isso é mais, mesmo em dólares de hoje, do que a América gastou no New Deal e na Segunda Guerra Mundial juntos - e, crucialmente, é mais do dobro do que a maioria dos países europeus gastou em ajuda à pandemia em relação à dimensão das respectivas economias.

Muitos economistas alertaram que este tipo de despesa faria disparar a inflação e, durante algum tempo, parecia ser o caso. Mas depois aconteceu algo inesperado: A inflação arrefeceu drasticamente nos EUA a partir do verão de 2022, enquanto continuou a subir na Europa. O estímulo pandémico acabou por não ser a principal causa da inflação. Em vez disso, as grandes despesas dos EUA colocaram os americanos numa posição muito mais forte do que os seus homólogos europeus. Face à inflação, ao aumento dos preços da energia e à subida das taxas de juro, os consumidores europeus viram-se obrigados a fazer cortes. Mas os americanos, apoiados por cerca de 2,5 biliões de dólares de poupanças excedentárias, continuaram a gastar. Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Analytics, argumenta que esta "barreira de proteção do consumidor" permitiu que as empresas continuassem a contratar, a aumentar os salários e a fazer o tipo de investimentos necessários para manter a economia em expansão.

A diferença reside não só na quantidade das despesas públicas, mas também na forma como são gastas. Neste domínio, era melhor ter sorte do que ser bom. No início da pandemia, a Europa apoiou os trabalhadores pagando aos empregadores para os manterem na folha de pagamentos, enquanto os EUA, com o seu sistema de desemprego bizantino e fragmentado, acharam mais fácil pagar aos trabalhadores para ficarem em casa através de um seguro de desemprego alargado. (O Programa de Proteção dos Cheques de Pagamento, no valor de 800 mil milhões de dólares, era suposto imitar a abordagem europeia, mas muito pouco desse dinheiro acabou por proteger os cheques de pagamento). A estratégia da Europa era geralmente vista como a superior: Quando a economia reabrisse, as pessoas regressariam simplesmente ao trabalho sem o caos de milhões de pessoas a tentar encontrar novos empregos ao mesmo tempo.

De facto, o caos parece agora ter sido uma bênção. Em tempos normais, os trabalhadores têm tendência para permanecer nos seus empregos actuais, mesmo que existam oportunidades melhores. Mas quando a economia dos EUA reabriu, dezenas de milhões de trabalhadores despedidos não tiveram outra opção senão procurar algo novo - e, graças à expansão do seguro de desemprego e aos cheques de estímulo, tiveram a almofada financeira para serem mais selectivos. Como resultado, muitas pessoas encontraram melhores posições do que teriam encontrado se a pandemia nunca tivesse acontecido; milhões de outras criaram as suas próprias empresas.

Essa remodelação do mercado de trabalho, argumenta Adam Posen, presidente do Peterson Institute for International Economics, é a explicação mais plausível para o motivo pelo qual os trabalhadores americanos experimentaram um aumento repentino na produtividade no segundo semestre de 2023 - algo que não ocorreu na Europa. "A resposta à pandemia convenceu as pessoas de que o governo, em última análise, as protegia", disse-me Posen. "E isso permitiu que as pessoas corressem mais riscos do que o normal." As redes de segurança ao estilo europeu e alguma disfunção burocrática americana clássica podem ter-se revelado uma fórmula vencedora.
(...)
As trajectórias económicas extremamente diferentes dos Estados Unidos e da Europa não podem ser explicadas apenas pelas opções políticas. A invasão da Ucrânia pela Rússia fez subir os preços da energia muito mais na Europa do que nos EUA. Ainda assim, o fosso transatlântico só se abriu completamente em 2023, depois de o pior da crise energética já ter passado. A divergência é melhor explicada pela forma como a Europa e os EUA responderam, respetivamente, à série de crises económicas desde 2020. "Biden abraçou uma agenda económica muito mais próxima das tradições social-democratas da Europa", disse-me Malcolm Gooderham, fundador da Elgin Advisory, sediada no Reino Unido. "E, por causa disso, a América deixou a Europa para trás".

A ironia final é que a América tem sido capaz de seguir essa agenda agressiva apenas porque é a América. Desde 2019, os EUA acrescentaram mais de 10 biliões de dólares à dívida nacional; em 2023, o governo gastou mais 1,7 biliões de dólares do que arrecadou. Esse tipo de despesa deficitária é basicamente impensável para os líderes europeus. 

Após o crash financeiro de 2008, o continente viveu uma série de crises de dívida soberana tão graves que ameaçaram destruir a sua união económica. Isso deixou muitos líderes europeus aterrorizados com o défice orçamental - uma posição que pode ter chegado a um extremo pouco saudável. 

Ao longo do último ano, muitos países europeus têm estado a cortar freneticamente nos orçamentos, numa altura em que as suas economias precisam desesperadamente de mais despesa. Estas decisões enfureceram os cidadãos, incitaram protestos contra o governo e ajudaram a alimentar a ascensão de partidos de extrema-direita. 

Na Alemanha, os recentes esforços do governo para lançar um modesto programa de investimento em energias limpas foram anulados pelos tribunais em novembro por tentativa de utilizar fundos de emergência pandémica para contornar o limite de endividamento autoimposto pelo país. "A Alemanha sabe que precisa do mesmo tipo de política fiscal que os Estados Unidos", diz-me Sander Tordoir, economista sénior do Centro para a Reforma Europeia. "Mas colocou-se num colete de forças do qual não consegue escapar."

A maioria dos economistas espera que a economia europeia melhore, ainda que gradualmente, ao longo de 2024. Mas num mundo de alterações climáticas, de conflitos entre grandes potências e de rápidos avanços tecnológicos, o futuro do continente dependerá da forma como escolher enfrentar os choques económicos que ainda estão para vir. Os líderes americanos responderam à pandemia tornando-se mais parecidos com a Europa; agora é a vez de a Europa se tornar mais parecida com a América.

Rogé Karma

February 13, 2024

França, Alemanha e Polónia unem-se para combater a desinformação e os bots russos

 

Nesta altura em que os europeus (excepto Orban e Fico) estão todos unidos na causa e por causa do apoio à Ucrânia, ficamos com uma ideia do que poderia ser a UE se estivéssemos sempre assim unidos, se a UE não fosse uma "competição", mas sim um esforço de equipa e se a nossa unidade fosse a nossa força" - como disse a MNE da Alemanha a propósito do apoio à Ucrânia.


França, Alemanha e Polónia unem-se para combater a desinformação e os bots russos


EUROPEAN PRAVDA citando Spiegel


Os ministros dos Negócios Estrangeiros da França, da Alemanha e da Polónia discutiram a ideia de montar uma resistência conjunta contra as vastas campanhas de desinformação e propaganda russas na Europa, realizadas através de redes coordenadas de bots e trolls.

Stéphane Séjourné, Ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros de França, declarou que as três capitais chegaram a acordo sobre um "mecanismo de alerta precoce" conjunto para resistir a operações de influência.

Paris, Berlim e Varsóvia esperam campanhas particularmente intensas antes das eleições europeias e durante os Jogos Olímpicos em Paris.

Desde o verão de 2023, a França tem monitorizado ativamente as operações de propaganda lideradas pela Rússia em vários países europeus, incluindo as que visam as populações francesa, alemã e polaca. Foi observada a utilização em grande escala de bots e trolls, bem como de uma rede de quase 200 explorações de conteúdos tendenciosos (meios de comunicação em linha de baixa qualidade que contêm conteúdos plagiados, sensacionalistas e frequentemente gerados automaticamente).

Paris alerta para o facto de se tratar apenas de uma preparação para o lançamento de uma campanha ainda mais vasta por parte da Rússia antes das eleições europeias, com o objetivo de influenciar a opinião pública e minar o apoio à ajuda à Ucrânia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão descobriu recentemente uma campanha de desinformação sistémica destinada a reforçar o sentimento pró-russo no segmento de língua alemã da plataforma de comunicação social Twitter (X).

Annalena Baerbock, Ministra Federal dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, observou que a Rússia pode exagerar questões políticas ocidentais reais para apoiar a sua narrativa, incluindo críticas dirigidas a certos membros da UE por não "puxarem do seu peso" no apoio à Ucrânia.

"Não devemos entrar neste jogo. O apoio à Ucrânia não é uma "competição", mas sim um esforço de equipa. A nossa unidade é a nossa força", sublinhou.

Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, também acredita que as eleições de 2024 serão um alvo privilegiado da desinformação e da interferência estrangeira
.

February 11, 2024

Donald Trump é um tipo mentalmente muito limitado

 

No entanto, é preciso reconhecer que ele tem carisma para muita gente que gosta deste tipo de indivíduos: narcisistas, sociopatas, cheios de energia destrutiva, ladrões sem escrúpulos, completamente imorais. Isso é assustador.

Em qualquer dos casos esta afirmação é mais uma razão para a Europa ser independente em termos de defesa - o mais rapidamente possível. 

Agora estamos na situação de não ter armas suficientes para a Ucrânia, que é quem está na linha da frente a defender o nosso modo de vida.

Se calhar temos que perceber que a Rússia está numa guerra contra a Europa e temos que reconverter parte da economia para suportar a defesa da Ucrânia e a própria Europa. Isto não foi feito em 2014 por causa da falta de visão dos políticos e da ganância do dinheiro fácil do petróleo e do gás.

Arriscamo-nos a ter nos EUA um proto-ditador retardado que só pensa no seu ego, no seu poder e no seu dinheiro.

A importância de eleger os líderes certos ou, pelo menos, não eleger os totalmente errados...


Donald Trump afirmou que "encorajaria" a Rússia a atacar qualquer membro da NATO que não pagasse as suas contas como parte da aliança militar ocidental.


Num comício no sábado, afirmou que uma vez disse a um dirigente que não protegeria uma nação que não pagasse as suas dívidas e que "encorajaria" os agressores a "fazer o que raio quisessem".

Os republicanos no Congresso têm bloqueado todos os novos financiamentos [à Ucrânia] desde o início do ano - exigindo medidas duras para restringir a migração para os EUA na fronteira sul e recusando o projeto de lei alterado quando este foi apresentado no início desta semana.

Trump celebrou essa rejeição durante o comício de sábado, afirmando que as propostas apresentadas pelo Presidente Biden tinham sido "desastrosas". Os dois assuntos foram agora separados, o que significa que os senadores podem agora debater o dinheiro da ajuda separadamente.

December 30, 2023

A chatice dos factos



@KateGoesTech

“Free military protection exists only in someone else’s sphere of influence It’s time for Europe to wake up”   - Giorgia Meloni.

December 12, 2023

A Rússia está a ser destruída pela Ucrânia

 


No entanto, este artigo é um aviso acerca da necessidade da Europa se tornar autónoma na sua própria defesa.


Duas lições importantes: 

1) Os países europeus precisam de reconstruir os seus exércitos. 
2) A Ucrânia está realmente a defender toda a Europa dos bárbaros russos.


Aumenta o alarme sobre as forças armadas enfraquecidas e os arsenais vazios na Europa. 

The Wall Street Journal

As forças armadas britânicas têm apenas cerca de 150 tanques e talvez uma dúzia de sistemas de artilharia de longo alcance operacionais. A França, também uma grande gastadora militar, tem menos de 90 peças de artilharia pesada, o equivalente ao que a Rússia perde todos os meses no campo de batalha na Ucrânia.
A Dinamarca não tem artilharia pesada, nem submarinos, nem sistemas de defesa aérea. O exército alemão tem munições suficientes para dois dias de combate.
Durante décadas, os governos ocidentais suportaram o enfraquecimento dos exércitos europeus porque os EUA têm sido a espinha dorsal da NATO e da política de defesa na Europa.
No entanto, as preocupações estão a aumentar à medida que os Estados Unidos assumem uma posição cada vez mais isolacionista e a compreensão da potencial ameaça da Rússia para a Europa está a ressurgir após quase dois anos de guerra na Ucrânia.
A Europa precisa de voltar à produção total em tempo de guerra e reconstruir os seus exércitos. A economia da folha de cálculo minou e arruinou a Europa de muitas maneiras.
A Europa não está pronta para uma guerra com a Rússia se for preciso. 
Nesta situação, ajudar completamente a Ucrânia a vencer a guerra é a única solução. Isso dá à Europa tempo para reforçar as suas forças.
Já é mau o suficiente que tenham deixado a situação chegar a este ponto, mas não vejo sinais de que estejam a resolver a situação, a afetar os recursos necessários e a contratar a indústria para fazer mais do que um aumento pouco convicto das taxas actuais. A construção de uma nova produção de armamento leva tempo e tem de começar agora.

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Este artigo não leva em consideração a supremacia aérea da NATO. A supremacia da frota naval, o poder humano. Mesmo sem os EUA, os países europeus são muito mais fortes do que a Rússia. A Rússia está a ser destruída pela Ucrânia.



August 02, 2023

Um livrinho notável de premonição da situação europeia actual

 


Ontem ofereceram-me este livro que tem pouco mais de 70 páginas. Está cheio de frases memoráveis e com muita sabedoria, que podiam ser ditas hoje com toda a actualidade.

O livro consiste em dois textos de Kundera. O primeiro é o discurso ao Congresso dos Escritores da Checoslováquia, em 1967, durante a Primavera de Praga, onde um dos momentos fortes foi a leitura da Carta de Soljenitsyne à União dos Escritores Soviéticos. É apresentado por Jacques Rupnik num excelente prefácio. Foi também nesse Congresso que o escritor, Ludvik Vaculik, falou abertamente contra a confiscação do poder por "um punhado de pessoas que querem decidir sobre tudo". 
O segundo é um artigo que Kundera escreveu para a revista, Le Débat, em 1983, já a viver em França. Kundera considera os anos 60 do século XX como a idade de ouro da cultura checa, quando esta se liberta das limitações do regime soviético sem se submeter à lógica do mercado. 

Neste artigo Kundera analisa com um olhar profundo o papel determinante da identidade cultural na sobrevivência das pequenas nações que gravitam em torno das grandes nações de impulsos barbáricos hegemónicos. Ele fala amplamente no exemplo e no perigo da Rússia comunista. Quando as pequenas nações se deixam absorver pelas grandes nações desaparecem e delas ficam apenas resíduos que se expressam como mero folclore local. 

Kundera defende que "o que define a Europa central não são as fronteiras políticas (sempre inautênticas, impostas por invasões, conquistas, ocupações) mas as grandes experiências comuns que juntaram os povos (...) e nas quais subsistem uma comunhão de tradições", mas que essa experiência cultural comum está a desaparecer. Onde estão, pergunta, os grandes representantes espirituais da Europa: escritores, pintores, filósofos e outros vultos culturais? 

Onde dantes se discutia ao jantar o último livro de um escritor, a peça de teatro de outro o artigo de um poeta, passou a discutir-se o último capítulo da novela da TV. Onde está a Europa? No passado, as revoltas centro-europeias foram preparadas por esses guias espirituais da literatura, poesia, teatro, diz ele, não pelos mass media e, acrescentaríamos, as audiências da TV. É por isso que os russos, ao ocuparem a Checoslováquia se preocuparam em destruir, em primeiro lugar, a cultura checa, para atingirem de uma vez só a oposição, a identidade e os valores próprios dos checos, enfim, o 'Eu' checo. 

Que premonição, hein? Vemos isso a acontecer em directo na TV na invasão russa da Ucrânia e o modo como os ucranianos resistem heroicamente a essa aniquilação da sua identidade (o objectivo também do rapto de milhares de crianças ucranianas enviadas para campos de re-educação) e rejeitam a sua colonização. E foi por um triz que a Europa os reconheceu como uma nação própria com direito a existir, para além dos negócios e comércios entre as grandes nações. 

Este é um livro muito bom que vale muito a pena ler - e pensar, com ele, que estamos num momento único para criar condições de voltarmos a ter uma Europa com uma alma comum, digamos assim.


July 30, 2023

Estou a ouvir uma euro-deputada portuguesa a falar bastante bem na France 24

 


Sobre políticas ambientais dos recursos hídricos. Sara Cerdas. Não conhecia. O PE é uma instituição tão distante de nós, portugueses, que nem sabemos quem lá anda a representar-nos - eu, pelo menos, não os conheço todos, nem pouco mais ou menos e muitas vezes conheço-os porque ouço-os falar em canais estrangeiros, nunca nos portugueses onde só aparecem os cabeças de cartaz, por assim dizer e, sobretudo, em épocas de eleições.


July 11, 2023

Coisas que não se percebem

 


Ter legislação ao nível de recursos naturais comuns a todos os países como se a natureza, o clima e os recursos fossem iguais nos fiordes lá do Norte e nas serras do Algarve. 

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Pedrógão Grande, Junho de 2017, 66 mortos, 250 feridos. A maior catástrofe dos últimos 30 anos, 26.000 hectares ardidos.

[Costa] Em 2018, lança a campanha de limpeza de matas Portugal sem fogos está nas mãos de todos e, ao estilo da propaganda socialista, esteve 6,47 minutos a limpar terrenos na serra de São Mamede.

Em 2023, já vamos em mais de 7000 hectares de área ardida. O quinto maior valor dos últimos dez anos, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
(...)
[Mas] A nova palavra de ordem do socialismo europeu é “não limpar a floresta!”.

“Manter a madeira seca na floresta” é que diz o art.º 10 da chamada Lei do Restauro da Natureza que o PS em Bruxelas defende com “unhas e dentes”, ignorando por completo os graves efeitos que a madeira seca, altamente combustível, tem na propagação de incêndios. O PS está cada vez mais desligado da realidade.
(...)
Mas, como já referi, particularmente grave para os países do Sul da Europa, como o nosso, será a obrigatoriedade de os Estados-membros aumentarem a quantidade de madeira morta na floresta.

Esta prática, sobretudo nos anos mais quentes e secos, revela-se muito perigosa e serve de combustível aos incêndios que todos os anos devastam a biodiversidade, colocando em causa vidas e bens. Em Portugal, de resto, os proprietários são obrigados precisamente a manter parte das suas florestas sem madeira morta ou seca para reduzir os riscos de incêndio. Esta proposta ignora, por isso, os riscos que estes materiais acarretam para a segurança das populações.

Precisamos de uma nova proposta da Comissão para responder às exigências e diferentes características de cada geografia, população e atividade económica, não podendo representar um risco acrescido para as populações que vivem em meio rural.

As cortinas de fumo da esquerda europeia para ganhar votos fáceis não podem colocar em risco a vida de pessoas e bens. Se a proposta passar, neste 12 de julho, alguém tem que assumir a responsabilidade das consequências desta lei incendiária. O PSD já alertou! Fica o registo.



May 24, 2023

Que significa o futuro da Europa para nós?

 


Já não somos ingénuos". Rejeitando o dogma idealista do comércio livre que dominou o pensamento europeu durante décadas, Macron defendeu ainda, num discurso marcante, que "não estamos destinados a tornar-nos consumidores da indústria americana", nem a relação da Europa com a China é uma escolha entre a sujeição económica e o conflito: "Em vez de tentarmos lutar contra os chineses, vamos fazer o mesmo que eles: defender a nossa soberania europeia e produzir o que precisamos na Europa".

De uma forma estranha, o sonho civilizacional de Macron sobre o papel da Europa num mundo multipolar ecoa o pensamento de política externa dos dois gigantes da Revolução Conservadora alemã do período entre guerras, Carl Schmitt e Ernst Jünger. Escrevendo a partir de perspectivas muito diferentes, no momento em que a sangrenta tentativa alemã de unificar o continente começava a parecer condenada, os dois amigos tentaram visualizar um novo lugar para a Europa no mundo. Para Jünger, no seu longo ensaio "A Paz", iniciado em 1941 e que circulou secretamente entre os generais da Wehrmacht que conspiravam para assassinar o Führer que ele tanto desprezava, o resultado histórico da Segunda Guerra Mundial não seria um regresso à ordem anterior à guerra de Estados-nação em disputa, trazida por Versalhes, mas sim a consolidação dos continentes da Terra em grandes blocos de poder civilizacional: "Pela primeira vez, a Terra como globo, como planeta, tornou-se um campo de batalha e a história humana avança para uma ordem planetária. "
(...)
A sobrevivência do continente nesta ordem pós-cosmopolita, declara Mouffe, implicaria a rejeição da ideologia do comércio livre, que significou a destruição de "um número crescente de indústrias vernáculas, uma vez que os produtores locais não conseguem competir com as importações baratas" da China e de outras potências rivais. 
Em vez disso, é necessário "defender uma forma de proteccionismo europeu de esquerda", em que é essencial "encarar o desenvolvimento económico de acordo com uma perspectiva regional". Esta visão, de uma Europa proteccionista e reindustrializada, é precisamente a defendida por Macron, que anunciou recentemente que "não podemos ser o último mercado que resta sem uma política industrial". Na conclusão emocionante do seu ensaio para o Financial Times, declarou que:

"Temos de retomar o controlo das nossas cadeias de abastecimento, da energia e da inovação. Precisamos de mais fábricas e menos dependências. "Made in Europe" deveria ser o nosso lema. Não temos escolha, pois a soberania está ligada à força das nossas democracias... Nós, europeus, podemos provar que o nosso continente, berço da Revolução Industrial, pode voltar a ser o lar de uma indústria florescente e de um progresso partilhado".
(...)
A ordem pós-1945, na sabedoria popular simplista que só ganhou forma com a queda da União Soviética, adoptou o mito reconfortante de que a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, tal como a vitória do Ocidente na Guerra Fria, era produto de formas liberais e democráticas superiores. Abandonando as suas possessões ultramarinas nas décadas que se seguiram à guerra, os europeus iludiram-se com o facto de a era dos impérios ter terminado, mas que, mesmo com o seu poder físico a esmorecer, o seu exemplo moral continuaria a guiar o mundo.
(...)
O poder flui através de um milhão de chaminés de fábricas e tanto a Covid como a guerra na Ucrânia revelaram aos governantes europeus, que não têm capacidade para lidar com a situação, o quão fraco o nosso continente se deixou tornar. 
Mas ambas as crises também acabaram por pôr fim a esse frágil e complacente boomer, o mundo nascido em 1945: toda a visão do mundo do seu avatar político, Angela Merkel, está agora repudiada, mesmo que ainda não tenha chegado um substituto totalmente formado. 
Primeiro, foram dois impérios rivais, depois, um hegemónico incontestado e, agora, uma série de potenciais desafiantes surge no palco da História. Tardiamente, os líderes europeus estão a aperceber-se de que, a não ser que consiga defender-se e sustentar-se, então, como Macron avisou, "a Europa desaparecerá".


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Estou convencida, há muito tempo já e até prova em contrário, que as políticas de educação para a escola pública, isto é, para os pobres e remediados, têm em vista o objectivo de sermos a China da Europa neste viragem do continente para a auto-sustentação. Consciente ou inconscientemente (instrumentalizados de fora), o nosso ME, primeiro-ministro e governo em geral estão a criar um pequeno exercito de ignorantes certificados obedientes cujo futuro passa por substituir os chineses, aqui ou em outro país da Europa para onde emigrem para conseguir sobreviver.

April 04, 2023

A cultura de primismo alargada à UE

 


Tenho uma turma do 11º ano que foi numa visita de estudo a Bruxelas, no âmbito do tema das instituições democráticas europeias. Fazia parte da visita os alunos irem à Comissão Europeia e ouvirem uma pequena intervenção acerca das instituições da UE, a que se seguia um tempo de perguntas e respostas. A professora da disciplina que organizou a visita avisou que os alunos eram de uma turma de Economia e que iam fazer perguntas. Fazia parte da avaliação dos alunos cada um fazer uma pergunta (eram 22), que levavam já preparada. Pois, chegaram lá, uma rapariga pouco mais velha que eles que lhes disse estar na Comissão num estágio de Erasmus -obviamente uma filha de alguém com acesso a grandes cunhas- disse umas palavras e depois não foi capaz de responder a nenhuma das perguntas que lhe fizeram. Em alguns casos parecia nem saber do que falavam. Justificou-se dizendo que não é costume fazerem-lhe perguntas e que não estava à espera. A sério? Que falta de consideração... estamos mesmos a ver o que se passou. Alguém lhe disse, 'epá, vai dizer ali umas larachas a uns labregos que vêm lá do Sul'. Esta cultura dos socialistas portugueses de empregarem incompetentes amigos e familiares, retocá-los, enchê-los de tachos e de dinheiro, também se passa na Europa.


March 08, 2023

Estamos numa luta por uma Pax Europa

 

January 04, 2023

As fronteiras da Europa nos últimos 1000 anos

 


As nossas são muitos estáveis, tirando aqueles anos de má memória de dominação espanhola. Há países que só se formaram como países há um século ou dois.


December 20, 2022

Corrupção no Parlamento Europeu

 


Negligência, fechar os olhos aos interesses dos lobbies, não fazer nenhum esforço para saber quem faz o quê e como, ignorar os apelos de travar os lobbies e a corrupção, desvalorizar tudo como 'casinhos' sem importância. Ring a bell? Cá até temos o partido do governo a usar o Parlamento para fazer leis que safem os amigos de multas, pois é para isso que se vota nas legislativas. Outro dia um amigo contou-me que uma amiga que era a melhor aluna do curso não consegue arranjar trabalho. Sabemos porquê. Não tem cartão do PS... tornamo-nos neste país de cliques que tomaram conta do poder.


Escândalo Qatargate é produto de anos de negligência" das instituições europeias

Coordenador do observatório Corporate Europe acusa UE de ignorar os apelos para serem criadas "medidas eficazes contra o regime de lobby". Vice-presidente do PE está detida preventivamente sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

O coordenador desta instituição, que se tem dedicado a investigar as ligações dos grupos de interesse em Bruxelas, descreve práticas que demonstram "uma grave negligência por parte das instituições da UE e dos políticos europeus [...] ao longo da última década".

Este caso levanta questões como "o financiamento das ONG [organizações não-governamentais]", sobre o qual deveria existir "mais transparência", defende Paulo Rangel, que gostaria ainda de ver revista "a questão do livre-trânsito para os antigos deputados", que têm acesso às instituições sem qualquer controlo, quando muitos deles são hoje representantes de grupos de interesses.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, já disse que pretende "lançar um processo de reforma para ver quem tem acesso às nossas instalações, como as ONG, como as pessoas são financiadas e que ligações têm com países terceiros".


December 12, 2022

Quando há vontade política e visão estratégica há sempre um caminho



Council adopts €18 billion assistance to Ukraine despite Hungary’s veto.

December 02, 2022

Grandes verdades

 


Desde a Segunda Guerra que a Europa se focou na construção da paz e da prosperidade, o que é bom, mas fê-lo ao ponto do delírio alucinante e agora acordou para a realidade.


November 10, 2022

Desconfiança

 


É difícil não desconfiar dos poderes europeus. Veja-se este indivíduo, o maior conselheiro de Merkel e ainda um dos 'especialistas' que mais vai à TV comentar a guerra da Rússia na Ucrânia. Sabemos que Putin tinha muitos cancros infiltrados no governo da Alemanha e não só. (Agora gabam-se de ter interferido nas eleições americanas) Mas a Alemanha tem um serviço de informações e com certeza sabiam disso... ou não? Os políticos e seus conselheiros europeus já só são recrutados entre os amanuenses dos partidos e quanto mais idiotas melhor? E não é só na Alemanha. Em outros países europeus um grande número de 'especialistas' militares e professores universitários só dizem baboseiras, baseadas em slogans e não em factos ou informações fidedignas. Não admira que Putin e a China pensassem que os europeus estavam demasiados decadentes e vendidos para serem capazes de lhes fazer frente. Cada vez tenho mais admiração pela visão, determinação e heroísmo dos líderes ucranianos e do seu povo porque tiveram e têm que lutar contra os russos e ainda contra todos os idiotas que pululam aos milhares pelos postos de poder europeus, gente com muitos títulos e nenhuma cabeça. Nenhuma cabeça. Este 'especialista' que vaticinava a derrota da Ucrânia em três dias, continua a ir à TV dizer que a Rússia é invencível.




 

October 24, 2022

Scholz é um incompetente e um perigo para a Europa

 

Se estivéssemos no ano antes da agressão russa, da conivência da China, das ameaças de invasão de Taiwan e desta recente demonstração de fortalecimento do aspecto ditatorial do sistema chinês, seria apenas bussiness as usual. Porém, estamos numa situação em que o mundo está a resistir a uma viragem em direção às ditaduras de testosterona imperialistas e é uma demonstração de servilismo insuportável ver Herr Scholz ir a correr prestar vassalagem ao supremo líder para garantir que vende os carrinhos alemães.

Quem é que ainda não percebeu que demonstrar fraqueza perante os ditadores a leste é visto pelas ditaduras como debilidade? Numa altura em que a Europa precisa de mostrar resistência e endurance, vai este indivíduo tolo a correr prestar vassalagem ao líder supremo de uma ditadura feroz mostrando o flanco de comerciante acima de tudo. Total ausência de estratégia, de visão e de liderança. 

Este Scholz é um incompetente, um tolo e um perigo para a Europa. E, ao que dizem, Macron ficou com inveja do outro ser tolo e também quer ir. Isto é uma desgraça.


Scholz confirma visita à China em Novembro com uma delegação de empresários


September 28, 2022

Coisas difíceis de perceber

 

Agora que Putin foi 'desclassificado' como dizem os ingleses e começamos a saber até que ponto o seu exercício do poder está ligado, desde o início, ao ex-KGBs e ao crime organizado, à violência extrema, à vontade megalómana de projectar poder e deixar um nome imperial na história, ao roubo de milhares de milhões, à corrupção de todas as instituições, ao total desprezo pelos povos, a começar pelo dele, a minha perplexidade é imensa, porque de certeza que os serviços secretos ocidentais sabem disto há muito tempo. Têm mecanismos e informações sobre os corredores do poder russo que nós, meros cidadãos, só agora sabemos - embora há muito que suspeitemos. A minha questão é a seguinte: como é que os alemães (não falo de Schroder, ele mesmo um bandido) como Merkel, sabendo disto, mergulharam de cabeça nos negócios russos com Putin? Há uma corrupção muito grande das cúpulas alemãs em busca do dinheiro fácil. E na Inglaterra, os governos metidos com os oligarcas russos que são parte do crime organizado de Putin e os KGBs à solta a infiltrarem-se em todo o lado, a envenenaram, estrangularem, matarem pessoas a tiro dentro de Inglaterra? É porque é essa corrupção do Ocidente com o dinheiro fácil russo que leva Putin a pensar que a invasão da Ucrânia vai ser como as anteriores: uma questão de preço em gás e petróleo. E se não fosse Zelensky ser como é e ter galvanizado a Ucrânia e todo o Ocidente era o que teria acontecido. Perceber isto sobre os nossos 'parceiros' europeus que mais poder têm é um bocadinho assustador.