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September 26, 2022

Itália

 

A Europa, após a Segunda Guerra, tem sido governada, sobretudo, por governos de esquerda que prometeram a justiça social, o direito à educação, à saúde e ao emprego e à felicidade mas o que entregaram foram sociedades doentes, cada vez mais desiguais, em riqueza, em oportunidades e possibilidades de futuro, com trabalho escravizante. Dado este fiasco, as pessoas vão à procura de soluções em outros sectores da sociedade. Ainda por cima, não sabem defender a mudança: falo da defesa de uma sociedade mais inclusiva que permita a convivência pacífica com pessoas que não se definem pela maioria, seja no género, no sexo, na religião e por aí fora. Tentam forçar e impor as mudanças de maneira abusiva: cancelam as pessoas por qualquer coisinha, despedem-nas, obrigam a que as mulheres sejam chamadas, 'pessoas com menstruação', os pais como, 'guardador nº 1' e outras coisas do género. 

Quando tudo parece ser um obstáculo e uma ofensa a uma vida livre e digna, as pessoas vão à procura de outras respostas em outros sítios. 


August 19, 2022

A desigualdade de riqueza na Europa vs EUA durante as últimas cinco décadas

 


Uma conversa no twitter:



Clara Martínez-Toledano

@cmtneztt

Has wealth inequality evolved differently in Europe than in the US over the last five decades? If so, why?
The 🧵 is based on “Wealth Inequality Dynamics in Europe and the US: Understanding the Determinants”, which is joint work with @thomas_blncht.


dropbox.com
BM_EuropeWealthInequality_2022.pdf
Shared with Dropbox



We study the interaction between the long-term dynamics of aggregate household wealth and the wealth distribution in Europe and the US.

We do so by building the first Distributional Wealth Accounts for Europe, including households’ assets, liabilities, investment flows, and the wealth distribution for most European countries from 1970-2020. We uncover two relevant facts.

1) The evolution of aggregate wealth relative to national income has been quite similar in Europe and the US, steadily increasing from 3 times national income in 1970 to nearly 5 and 6 times in 2018 in the US and Europe, respectively.


The wealth to income ratio has been slightly higher in Europe than in the US in recent years, mainly due to the larger decline in house prices in the US during the global financial crisis.

2) However, the dynamics of wealth inequality have been strikingly different in both regions. After an equalizing period during the 1970s, the top 1% wealth share has risen in both regions since 1980, but much more moderately in Europe than in the US.



Interestingly, there is no single European country with the wealth concentration levels of the United States since the mid-1980s (see gray lines above for country-specific wealth shares across Europe).
Why have the wealth inequality trajectories been so different across the two regions? We shed some light around this issue by using a wealth accumulation decomposition in which the three forces shaping wealth inequality can be capital gains, saving rates and/or labor incomes.

We use the wealth accumulation decomposition to run some counterfactual simulations where we assign the capital gains and labor income shares of France (pretty close to the European average and with available data since the 1970s) to the US.



The US wealth concentration levels would have been lower had the US the labor income inequality and asset price trajectories of France. This is due to the weaker rise in labor income inequality and the stronger rise in house prices relative to financial assets in Europe.


We also run similar simulations for a weighted average of European countries since 1995 by applying the dynamics of asset prices and labor income shares of the top 1% wealth group in the US to the top 1% wealth share in Europe. Results are the same.


Taken together, these analyses reveal that the different trajectories in asset prices and labor income inequality can explain why wealth concentration has risen less in
Europe than in the US. Cross-country comparisons can be powerful to understand wealth inequality trajectories!

All the data series used in the article can be publicly accessed online as part of the World Inequality Database
(http://wid.world).


Home - WID - World Inequality Database
Home The source for global inequality data. Open access, high quality wealth and income inequality data...


@safege_transit

Replying to
@cmtneztt
The United States inequality began with the Economic Recovery Tax Act of 1981. That started the hoarding of capital. Then mergers, acquisitions, and failed downsizing soon followed. Outsourcing, and successful downsizing came later with the technology that made it possible.


@dmissp
I always think of this site when I see charts like this, since they always seem to line up.



April 25, 2022

Para grandes males, grandes remédios...

 


April 18, 2022

Por todo o lado o mesmo

 


Acabar com as carreiras profissionais, nomear os amigos para os lugares de dirigentes e o resto encher com tarefeiros. Tudo para poupar dinheiro para distribuir prebendas. A decadência da Europa está ligada à ganância de dinheiro e poder. Como se vê pela ligação da Alemanha à Rússia.


March 30, 2022

Ingleses sendo ingleses...

 


Vi uma entrevista no programa Hard Talk da BBC International com a comissária europeia, Mairead McGuinness. O entrevistador interrogou-a sobre as sanções, citou o caso de Portugal que apenas sancionou uma conta com 246 euros, citou os grandes bancos russos que ainda operam no sistema Swift, a dependência da energia russa e os milhões em pagamento à Rússia que isso implica, etc. Ela respondeu sempre bem.

No final perguntou-lhe porque é que a UE está a querer prejudicar a Inglaterra e se a ideia de união da Europa se coaduna com os obstáculos que estão a impor à Inglaterra no acesso aos bens europeus e à obrigação de os ingleses passarem a pagar taxas de importação, etc. Ela respondeu-lhe dizendo que a UE não trabalha para prejudicar a Inglaterra e que ele anda a ver demasiados programas ingleses... e ainda, que o Brexit significa a saída da UE e dos acordos internos da UE, como é evidente. Resposta dele: mas a UE não está a colaborar com a Inglaterra para que a Inglaterra possa defender os seus interesses. What??!! 

Os ingleses não têm noção das coisas? Então querem sair da UE -libertar-se como disse o primeiro-ministro deles, do jugo da Europa- para não terem nenhum dever nem obrigação mas querem que a UE permita que tenham os mesmos direitos que tinham como se fossem ainda membros e que trabalhe para que os ingleses defendam os seus interesses? Quem tem que defender os interesses da Inglaterra é a Inglaterra, não? Como ela lhe disse, a UE preocupa-se com os problemas da UE. 

Os ingleses estão doidos...


March 17, 2022

Solidariedade, unidade e constância

 


Espero que esta onde de unidade e solidariedade entre europeus, mas não só, entre países que querem um mundo melhor, apesar de todos os erros que cometem ou tenham cometido, dure para além da guerra.


March 14, 2022

A Europa tem uma crise racista?

 


Esta ideia de que os europeus são racistas até à medula pela maneira como recebem os refugiados ucranianos e como receberam os refugiados da Síria faz-me lembrar aquela piada,  

Na segunda-feira bebi quatro bagaços e uma Coca-Cola e acordei com dores de cabeça. Quarta-feira bebi três Brandys e três Coca-Colas e fiquei cheio de dores de cabeça. Sexta-feira bebi seis uísques e duas Coca-Colas e mais uma vez fiquei com dores de cabeça. É evidente que tenho de deixar de beber Coca-Cola senão nunca mais me livro das dores de cabeça.

O que fica evidente nesta piada, é a facilidade com que se raciocina pela superfície sem olhar a elementos não visíveis. E é exactamente o que se faz neste twitt: como os ucranianos são brancos e os sírios não, assume-se que esse foi o elemento diferenciador (a coca-cola) do tratamento dos refugiados desses países.

Acontece que há diferenças grandes entre os refugiados sírios e os ucranianos e não têm que ver com a cor da pele. Em primeiro lugar, os ucranianos que fogem da guerra são quase todos mulheres e crianças.

Não há, entre os ucranianos, uma percentagem de bombistas radicais que entram misturados para criar células de terroristas contra os europeus, homens que enchem as mesquitas de ódio e incitamento à violência contra os europeus. Os refugiados sírios -mas também afegãos e de outros países do Médio Oriente- são muçulmanos enquanto os ucranianos são cristãos. Esta é uma grande diferença, porque os muçulmanos trazem consigo um modelo cultural quase medieval que choca com o europeu: não valorizam sociedades laicas e por isso, não reconhecem a autoridade política como sendo superior à religiosa, logo, não respeitam os princípios organizadores das sociedades democráticas, da mesma maneira que não reconhecem as mulheres como cidadãs de pleno direito e como seres humanos dignos de respeito; não são capazes de revisão racional em questões sócio-culturais e por isso, também, proíbem ou restringem o contacto dos filhos, sobretudo as raparigas, com os europeus, por medo de revisão racional e afastamento da sua mundivisão. São culturas que não valorizam o conhecimento e a educação, não religiosa, dois grandes valores que definem os europeus.

Perturbam imenso as escolas com exigências de abandono do princípio do laicismo e de respeito pelos dogmas do islão: ora as raparigas têm que sentar-se atrás para não perturbar a educação dos rapazes, ora as professoras não podem vir de saias, ora não podem ralhar com os rapazes por serem mulheres ou exigem que as raparigas sejam separadas dos rapazes nas aulas de educação física ou da natação, ora querem proibir que os professores critiquem a religião do Profeta e os seus líderes religiosos... há um ano um aluno decapitou um professor, em França, por os pais acharem que o professor tinha criticado o islão. Em França, os professores têm medo dos alunos muçulmanos. Nós, europeus, valorizamos a discussão e a crítica, os muçulmanos valorizam a obediência e ainda praticam a justiça de Talião. 

São pessoas que têm dificuldade em integrar-se na cultura ocidental e criam imensos problemas sociais e culturais como temos visto que o fazem, na Alemanha, na França, na Suíça, etc., sobretudo quando as comunidades são muito grandes, como em Marselha, por exemplo. Por conseguinte, se calhar não é a cor da pele o elemento diferenciador, mas outras considerações sociais e culturais. 

Aqui na Europa levámos séculos a estabelecer sociedades laicas, democráticas, com valores de respeito universal pela dignidade humana e de direitos sociais. É um trabalho que custou muitas vidas humanas e que ainda não está acabado. Os refugiados muçulmanos, os homens, sobretudo, ao contrário dos ucranianos, são estressores culturais porque trazem consigo um modelo quase medieval de sociedade e cultura: teocrático, teocêntrico, violento na justiça, desigual nas oportunidades, sem respeito pela dignidade humana - não por causa de um líder despótico que, de vez em quando, sobe ao poder, mas pela própria estrutura organizacional teocrática e ditatorial das suas sociedades. Daí a resistência em receber refugiados sírios e de outros países muçulmanos. Não quero dizer com isto que não há racismo na Europa, que o há, mas a Europa não se reduz a racismo, não é o que a define. Temos muitos valores positivos de hospitalismo. Há muita auto-crítica, há vontade de melhorar, há uma constante revisão racional, valores que os refugiados ucranianos também partilham e respeitam e os muçulmanos em geral não, sejam sírios, afegãos, sauditas ou de outro país qualquer. 

também publicado no blog delito de opinião


March 07, 2022

A realidade dos outros tem de ser nossa também II




Chancelaria do Primeiro Ministro da Polónia@PremierRP
#Ucrânia está a lutar não só por si própria mas por toda a Europa. Apelo a todos os líderes e cidadãos da UE: esta é a nossa causa comum e a nossa responsabilidade partilhada. Juntos, devemos ajudar os refugiados de guerra.

🎥Watch PM @MorawieckiM's message: https:facebook.com/MorawieckiPL/videos/premier-/

March 04, 2022

Together

 

February 27, 2022

@vonderleyen - se a Bielorrúsia também ataca a Ucrânia, vamos atrás dela também

 

February 26, 2022

Se a UE passar este teste...

 

Tanta, mas tanta coisa pode mudar! Face a um muro de prepotência um muro sólido e alargado de resistência pode muito. Motivos de esperança.

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SOLO FALTAN ALEMANIA, CHIPRE Y HUNGRÍA POR DAR SU APOYO. SERÍA UN DESASTRE FINANCIERO TOTAL PARA PUTIN, PARA RUSIA La UE está cada vez más cerca de apoyar la expulsión de Rusia del sistema SWIFT 

As democracias têm de ter um sistema de auto-defesa e não podem tolerar posições radicais violentas

 


Uma entrevista do Presidente da Letónia, uns dias antes da invasão da Ucrânia, na terça, dia 22, a fazer uma análise da situação. Muito boa. 


February 25, 2022

Os europeus às vezes parecem estúpidos

 


É como andarem a aprovar pacotinhos de sanções às pinguinhas. E só congelarem as contas a 3 russos e não tocarem no Putin e deixarem-no a operar no sistema bancário. Ele deve fartar-se de rir. 

E a NATO não fazer nada. A Ucrânia não pertence à NATO mas é um país amigo. Não se fica a assistir à sua destruição e à morte de civis.

Uma pessoa perde fé.


Eurovisão: Russia pode competir apesar da invasão da Ukraine

Mark Savage
BBC Music Correspondent

Os organizadores dizem que a competição é um evento cultural, não político.

February 17, 2022

Parlamento Europeu em escala descendente

 


Джамбазки@djambazki·11hReplying to @Renaissance_UE @sandrogozi and @EP_PresidentWhen you mistake a simple wave with a Nazi salute you have a real Godwin's law problem. The fact that one disagrees with you does not mean he is a Nazi. I apologise if my innocent wave (meant as an excuse) has insulted anyone but this is some serious case of Reductio ad absurdum.

February 11, 2022

Esta imagem ainda é pior do que parece




Putin fez imensas exigências de testes PCR russos para receber Macron na segunda-feira e como ele não os fez, recebeu-o assim desta maneira, como se ele trouxesse a peste negra. Porém, na quinta-feira seguinte andou encostado ao presidente do Cazaquistão. Isto é humilhante. Porque é que os líderes europeus se prestam a estas humilhações por parte de um bully? Putin deve rir à gargalhada com aquela múmia do 'Lakrov' (eu sei que ele é Lavrov, mas ele lembra-me um lacrau) quando falam da Europa Comum: falta de união, falta de estratégia comum, falta de visão. Ao contrário do que dizia uma comentadora de um jornal há pouco tempo, a UE ter uma estratégia comum combinada, não significa que todos digam o mesmo, mas significa que uns não andem a fazer figura de tontos e a fazer os outros passar por tontos.




O Presidente francês Emmanuel Macron terá recusado fazer um teste COVID-19 russo antes do seu encontro com o Presidente Vladimir Putin esta semana, não querendo que Moscovo tivesse acesso ao seu ADN.
Macron, que fez um teste PCR francês antes de sair de França e mandou o seu próprio médico fazer-lhe um teste antigénico assim que chegou à Rússia, foi confontrado com a opção de fazer um teste PCR russo ou então seguir protocolos de distanciamento social mais rigorosos, se quisesse uma reunião para discutir a crise da Ucrânia. "Os russos disseram-nos que Putin precisava de ser mantido numa bolha de saúde rigorosa", disse o indivíduo.

Na quinta-feira, em contraste com a reunião de Macron com Putin, o Presidente cazaque Kassym-Jomart Tokayev visitou a Rússia, sentou-se perto de Putin e apertou-lhe a mão, observou a Reuters.

January 25, 2022

Crise às portas da UE




A ucrania e os fundamentos da seguranca europeia

Javier Solana

A UE deve apoiar outros esforços para alcançar uma solução diplomática para a crise atual, como o chamado formato Normandia, um grupo de contacto informal composto por França, Alemanha, Rússia e Ucrânia, criado em 2014 para resolver a crise no leste da Ucrânia na região de Donbas.

Mas mesmo à medida que este processo avança, a UE deve assegurar que a sua voz é ouvida e que está representada de forma adequada nestas negociações. Como salientou com razão o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, a União "não pode ser um espectador neutro" nas conversações sobre questões que afetam diretamente a segurança europeia. Dado o compromisso declarado do presidente dos EUA, Joe Biden, com o princípio de "nada de decisões sobre vós sem vos ouvir", parece que o sentimento de Borrell é partilhado do outro lado do Atlântico.



January 19, 2022

UE - transparência precisa-se

 

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pensa que as mensagens de texto que tem trocado com o CEO da Pfizer, com quem a UE vai fazer um contrato de biliões de doses, não nos dizem respeito. Mas está enganada.

January 17, 2022

A Europa fora dos debates





https://www.dn.pt/opiniao/a-europa-nao-nos-interessa-14496937.html


Nos debates, entrevistas e discussões sobre as próximas legislativas não se discutem temas europeus. Sem surpresa. Se nem nas eleições europeias se fala de Europa, não era de esperar que nas eleições nacionais se falasse. Mas devia. Não para dar um ar cosmopolita, mas porque há poucas políticas nacionais que sejam independentes das políticas europeias. E o governo tem uma coisa a dizer sobre isso.

Convinha, pois, fazer algumas perguntas. Só para saber o que vão defender quando forem a Bruxelas. E o que vão fazer com as políticas europeias. E, não, não é para perguntar se são federalistas ou quantos subsídios vão conseguir. Há mais e muito mais importante do que isso.

Começando pela economia e finanças. Se o Banco Central Europeu aumentar as taxas de juro, para evitar a inflação que cresce depressa na Alemanha, mas por cá não, que impacto é que isso terá em Portugal e como reagir? E o programa de compras de ativos, se for fortemente reduzido, para arrefecer a economia, o que acontece em Portugal? E, já agora, as regras sobre auxílios de Estado e do Pacto de Estabilidade e Crescimento, são para manter suspensas mais um tempo? São para mudar? Em que sentido? Poder ter mais défice? Mais dívida? Até onde? E para não alongar muito no tema, o Programa Nacional de Recuperação e Resiliência é para manter como está ou muda?

Passando à política externa e à segurança e defesa. A favor ou contra uma força europeia de intervenção rápida? E depois, um dia, um exército europeu? E a NATO? Deve ser a base de segurança e defesa europeia ou é para perder importância a favor de um projeto mais exclusivamente europeu? E como lidar com a Rússia? Conversar muito? Estar disponível para defender, pela força se necessário, os nossos parceiros europeus de alguma intervenção russa ou nem por isso? E com a China? Reforçar a resistência a compras de ativos europeus por empresas chinesas ou nada disso, venha quem quiser e compre o que puder?

Emmanuel Macron tem falado de soberania europeia e autonomia estratégica. Os menos protecionistas corrigem e falam em autonomia estratégica aberta para sublinhar que os acordos comerciais devem continuar e que o comércio internacional é positivo. É assim? Alinhamos na teoria da adaptação das regras da concorrência para estimular a criação de campeões europeus, ou isso é um perigo para as nossas grandes empresas, que tendem a ser médias à escala europeia? E as plataformas digitais e as grandes tecnológicas, é para domar e tentar substituir por algumas europeias ou interessa receber os seus investimentos e alinhar com os seus interesses?

Ursula von der Leyen definiu o Green Deal tanto como uma agenda ambiental como económica. E Portugal vai ser mais verde? E consegue ser mais verde mas também mais rico? Na agenda do Fit for 55, Portugal coloca-se onde? A favor da taxa fronteiriça de carbono? Da manutenção das licenças de emissões para algumas indústrias? A propósito, exploração de lítio, sim ou não? E hidrogénio, é para apoiar o objetivo europeu? E o gás natural, deve poder continuar? E a grande renovação dos edifícios, temos dinheiro para isso? E há muito mais - migrações, Schengen, união bancária, financiamento da produção de chips, alinhamento do Global Gateway Europe (uma maneira de dizer política de cooperação e desenvolvimento) com os interesses portugueses, alargamento aos Balcãs ocidentais... A lista do que é decidido a nível europeu é extensa, mas a do que Portugal vai dizer sobre cada um destes temas é curta. Culpa nossa, que não perguntamos.

Henrique Burnay