December 20, 2019

Such happy blue





Mari Hamamoto Photography

SOS Sado - AR recomenda suspensão das dragagens do Sado




Tratando-se de uma decisão não vinculativa, não deixa de ser um fortíssimo sinal enviado ao Governo de que os representantes máximos da população não entendem as razões para o avançar desenfreado desta obra, numa altura em que a contestação popular mais se faz ouvir, em que os tribunais ainda apreciam processos relativos ao projecto da APSS, e em que é mais evidente que nunca que este projecto - e a forma totalmente opaca como foi conduzido por APA e APSS - necessita de escrutínio urgente, diálogo e esclarecimento alargados com as populações e interesses afectados.
É também fundamental rever todo o processo de Avaliação de Impacte Ambiental deste projecto tendo em conta a recente recomendação de criação dos Sítios de Importância Comunitária do Estuário do Sado e da Costa de Setúbal após prolongado estudo realizado a pedido do Estado pela Universidade de Aveiro.
Estas recomendações colidem directamente com este projecto de dragagens, e precisamente por isso o facto de terem sido totalmente ignoradas levanta toda a espécie de justificadas suspeitas sobre os reais interesses do Governo, tendo aliás a demora na definição destas zonas de protecção especial e respectivas medidas de salvaguarda já originado uma sentença de condenação do Estado Português por parte do Tribunal de Justiça da União Europeia.
Esta resolução foi aprovada com os votos a favor de PEV, PCP, BE, PAN, LIVRE e PSD, tendo PS e CDS-PP votado contra, com abstenções de IL e CH.

Texto da resolução aprovada: http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf…


Citação deste dia




"... being a successful person isn’t about career achievement or having the most toys. It’s about being a good, wise, and generous human being. Cultivating these qualities, my research showed, brings people a deep and enduring sense of fulfillment, which in turn helps them to face setbacks with resilience and meet death with peace. These are the criteria that we should be using to gauge our own success in life and the success of others, especially our children.

There must be something missing from one’s inner man if you need to be supported by having adulatory comments.”


Emily Esfahani Smith 

Para entrar no espírito natalício III




directamente do FB


Para entrar no espírito natalício II - Some things money can't buy




(CNN)A 7-year-old Texas boy temporarily living in a domestic violence shelter with his mom wrote a letter to Santa, the shelter shared, with a heartfelt plea for presents and something money can't buy.


Para entrar no espírito natalício: Albrecht Dürer: 153 pinturas em HD




O melhor é ver no youtube em modo cinema ou, melhor ainda, em ecrã inteiro.


Setúbal quando chove um bocadinho mais




Todos os anos é isto...


fotografia de João Palmela


A última folha do Outono





Nicoleta Bruma‎


December 19, 2019

How can Habermas help us think about climate change




Jürgen Habermas offers a framework for action on climate change – justice and deliberation are as important as the science

Emilie Prattico

O OE do Ronaldo das Finanças no governo Costacenteno




Na sua boca, tudo neste orçamento é histórico, é recorde, é inédito, é superlativo. Logo a abrir disse que "nunca antes, em democracia, um Orçamento do Estado foi feito em tão pouco tempo".

Viu-se no que deu esse recorde: o OE apresentado estava pejado de gralhas, de incongruências e de números errados, a tal ponto que teve de ser todo substituído. É a mesma lógica que Centeno usa para dizer que em quatro anos nunca apresentou um orçamento rectificativo. Pois não. Mas qualquer semelhança entre os orçamentos apresentados e as suas execuções efectivas é pura coincidência. De seguida, repetiu à exaustão que este OE é histórico porque pela primeira vez apresenta um excedente orçamental. É verdade. Mas a verdade completa veio depois, quando o mesmo Centeno disse que "quem paga o excedente orçamental são os contribuintes".


Luís Campos Ferreira CM

O sonho dos magos




O anjo toca um deles e aponta para a estrela de Belém. Os magos descansam a cabeça numa almofada que parece de malha.


1120-30 Catedral de Saint-Lazare, Autun, França

Não percebo como é que as promessas do governo ainda são notícia




O governo anuncia e promete grandes mudanças com pompa e circunstância, capitaliza votos e depois não faz nada. Para além de que as promessas de valorização profissional são sempre para o ano a seguir e quando lá chegamos são para o outro a seguir...


Governo deixa cair promessa de valorizar as carreiras do Estado

A proposta entregue aos sindicatos da Função Pública há uma semana prometia a “valorização” das “carreiras”. A expressão acabou por cair na versão oficial da proposta de lei do orçamento do Estado.

Leituras pela manhã - I «princìpi metafisici» del darwinismo e del liberismo secondo Keynes»




Keynes vide che il darwinismo si inseriva perfettamente nella concezione dominante dell'epoca e che, non sapendo fornire un'idea alternativa dell'uomo a quella allora invalsa, contribuì ad alimentarla: una miscela di nichilismo e liberismo che deflagrò in una sciagura chiamata Novecento.

di Gabriele Zuppa

L'individualismo che lamentiamo, il liberismo che denunciamo, la competitività spietata che ci sconcerta non sono frutto di una corruzione congiunturale del XXI secolo, ma i caratteri costitutivi dell'essenza dell'uomo secondo le teorizzazioni della modernità che hanno prevalso, entrando a far parte dell'immaginario collettivo.

Per modificare la china presa dall'umanità è necessario ripensare la sua natura o, altrimenti, bisogna prendere atto che la sua natura consiste in una contraddizione insanabile: non volere essere così com'è, ma essere inevitabilmente tale. Come sarebbe codesta natura paradossale? Desiderosa di soddisfare illimitatamente qualsiasi desiderio e, assieme, desiderosa che gli altri desiderino diversamente. Certamente accade che talvolta ci troviamo a prendere in considerazione anche i desideri degli altri, ma come e in che misura questo avvenga – si ritiene – è dovuto al caso, all'accidentalità della nostra natura individuale, secondo il suo momentaneo insindacabile arbitrio.


Come aveva già insegnato Hobbes, l'uomo non limita se stesso per rispetto dell'altro, ma semmai perché ne ha paura, per timore delle conseguenze, per la sua impotenza a conseguire gli oggetti dei suoi desideri. Così ribadisce Schopenhauer:

« Se […] si volesse d'un tratto eliminare ogni costrizione e presentare ad essi [agli uomini] soltanto la ragione, il diritto, e l'equità, però contro il loro interesse, anche nel modo più chiaro e insistente, l'impotenza di queste forze puramente morali si manifesterebbe in ciò, che si avrebbe per lo più in risposta una risata di scherno. » (Sulla teoria del diritto e della politica, in Parerga e paralipomena, 1851)

December 17, 2019

Black forest dressed in blue




Amanhã é um dia mau. Vou repetir um exame médico horripilante. Só de pensar nisso já me pus a comer chocolates... tenho que olhar para este azul e pensar outras coisas... :)


ancient forests - black forest

Que o Rui Tavares é um homem do Costacenteno já todos sabíamos




Livre recusa ser "obstáculo" à aprovação do Orçamento do Estado

Em contrapartida




... porque a maioria dos alunos são pessoas de bem, este ano tenho uma turma muito engraçada de quem gosto muito (não é a única mas agora lembrei-me destes). Aliás todos os professores gostam deles. Metade deles não estuda nada e só vão às aulas porque os amigos estão lá e porque são obrigados a ir; as notas não são boas, claro, mas nem por isso deixam de ser bem dispostos. Nunca vi uma coisa assim. Estamos muito sérios a falar que precisam de trabalhar mais e tal e tal e eles dizem que sim, com ar sério e assim que vêem que a aula acabou fazem grande festa a desejar bom Natal e riem...  Nada lhes tira a boa disposição. É bestial.

Pessoas que ajudam pessoas




... e resolvem problemas são o contrário de pessoas que não ajudam, nem sequer aqueles que tutelam, não resolvem nenhum problema e só incentivam conflitos.















directamente do fb

Não me parece que o artista deste chão tenha sido aluno de fazer queixas de professores por não o passarem sem fazer nada




Ninguém consegue desenvolver-se sem trabalho, sem esforço, sem respeito, sem responsabilidade.


Anacapri, Chiesa di San Michele Arcangelo, progettata da Domenico Antonio Vaccaro, 1698-1719. Pavimento in riggiole in maiolica opera di Leonardo Chianese.
Foto di Mentnafunangann.


Porque é que o ME não assume de vez a passagem obrigatória de todos os alunos até ao 12º ano em vez de apoiar uma guerrilha contra os professores?




Esta profissão está a ficar impossível. Ouvimos e nem acreditamos. Hoje em dia, depois do ME ter incentivado à queixa contra os professores (disseram-me que há uma plataforma onde alunos e pais podem ir para lá caluniar professores de qualquer maneira que são bem vindos pelo ME ou inspecção...), todos os dias são dias de alunos e pais irem fazer queixa de professores, seja à direcção, seja a essa via verdade que o ME criou para incentivar ao conflito dos pais com os professores. Aliás, já nem é conflito, é uma guerrilha.

Os alunos queixam-se de tudo e os pais dão crédito a tudo: ou não gostam do professor, ou o filho/a é um génio e o professor não dá as notas adequadas, ou o filho/a faltou às aulas e o professor não parou as aulas para lhe explicar a matéria em falta, ou chamaram nomes ao professor mas não percebem porque é que têm má nota no comportamento, ou não vão às aulas durante dois meses ou mais mas não percebem ficarem excluídos por faltas, ou o professor olhou para eles de uma maneira estranha que não gostaram, ou o professor fez um teste com versão 1 e 2 e eles são contra e querem que se proíba o professor de voltar a fazer testes com versões, ou o professor não sabe corrigir os testes como eles gostam, ou a professora vai de saias e devia ir de calças, ou o contrário, ou pura e simplesmente não vão com a cara do professor.

O que se passa neste momento nas escolas como consequência do desprezo e maltrato com que o ME tem tratado os professores não tem paralelo na nossa história.

Uma grande maioria de alunos vêm do básico passados com 6 ou 7 negativas e sem nunca ter trabalhado um dia que fosse na vida deles.
[Perderam-se algures entre o 4º e o 5º ano ou entre o 6º e o 7º, não sei. Acho que ninguém sabe porque o ME não lhe interessa saber causas e agir nas causas. Interessa-lhe ter bodes expiatórios e aparecer como salvador.]
Enfim, os professores, para compensarem os outros alunos por terem passado esses alunos de 2, sobem os de 3 para 4 e os de 4 para 5 e chegam todos ao secundário a pensar que são muito bons ou excepcionais. Depois, nem eles nem os pais aceitam terem que trabalhar para terem notas boas ou sequer terem que ter um comportamento de respeito para com os professores. Nada. Zero. Vêem-se como cheios de direitos e nenhum dever.

É claro que depois não é possível haver um bom ambiente de trabalho e de respeito e confiança nas turmas e aquele gosto e prazer de trabalhar com os alunos desaparece completamente e dá lugar à desconfiança permanente e ao cuidado excessivo em defender-se de possíveis agressões. Isto é a morte do ensino. Mas essas luminárias que estão no ME não percebem isto?

Foi isto que a tutela, desde a Rodrigues e agora com este ministro e secretário de Estado, que ultrapassam os limites de tudo o que é razoável no incentivo ao conflito dos pais com os professores, arranjaram. Estão a destruir uma profissão extraordinária apenas para ganhos economicistas.

Se é para pressionarem os professores a passar todos os alunos, então assumam e legislem que é proibido reprovar alunos. Agora, manter este esquema de fazer guerrilha aos professores como modo de os pressionar a passar toda a gente sem terem que assumir que querem poupar dinheiro com a educação, é imoral.

Hoje em dia as direcções das escolas são uma agência de queixas: logo na 1ª semana de aulas os alunos fazem fila para se queixarem de tudo nos professores. Não gostaram de uma palavra que o professor disse; o professor é um arrogante porque os mandou calar; o professor mandou-os mudar de lugar e eles não aceitam, o professor mandou um trabalho para casa que não conseguem fazer, logo não sabe dar aulas... isto atingiu um ponto insano de não retorno. Depois os alunos ligam aos pais como se fossem grandes vítimas. Os pais aparecem na escola para 'resolver' a situação dos filhos que na cabeça deles estão a ser vítimas de cabalas para os prejudicarem: ameaçam, gritam, alguns batem, como sabemos.

O ME e o governo, este e outros anteriores, são os culpados desta situação. As pessoas que puseram isto neste estado de total desrespeito pelos professores e incentivo ao conflito e à guerrilha são as pessoas que estiveram a estão no ME e no governo e são desprezíveis. E este é o termo mais suave que consigo usar para os designar. Pessoas ignorantes e imorais.