September 05, 2020

Leituras pela manhã - covid-19 é como um ladrão que entra pela janela do 2º andar e começa a saquear a casa e abre as janelas para os amigos entrarem e ajudarem na pilhagem

 




A Supercomputer Analyzed Covid-19 
— and an Interesting New Theory Has Emerged

A closer look at the Bradykinin hypothesis

(...)
In this sense, Covid-19 is like a burglar who slips in your unlocked second-floor window and starts to ransack your house. Once inside, though, they don’t just take your stuff — they also throw open all your doors and windows so their accomplices can rush in and help pillage more efficiently.

The renin–angiotensin system (RAS) controls many aspects of the circulatory system, including the body’s levels of a chemical called bradykinin, which normally helps to regulate blood pressure. According to the team’s analysis, when the virus tweaks the RAS, it causes the body’s mechanisms for regulating bradykinin to go haywire. Bradykinin receptors are resensitized, and the body also stops effectively breaking down bradykinin. (ACE normally degrades bradykinin, but when the virus downregulates it, it can’t do this as effectively.)

The end result, the researchers say, is to release a bradykinin storm — a massive, runaway buildup of bradykinin in the body
...
And Covid-19 has another especially insidious trick. 
Through another pathway, the team’s data shows, it increases production of hyaluronic acid (HLA) in the lungs. HLA is often used in soaps and lotions for its ability to absorb more than 1,000 times its weight in fluid. When it combines with fluid leaking into the lungs, the results are disastrous: It forms a hydrogel, which can fill the lungs in some patients. According to Jacobson, once this happens, “it’s like trying to breathe through Jell-O.”

This may explain why ventilators have proven less effective in treating advanced Covid-19 than doctors originally expected, based on experiences with other viruses. “It reaches a point where regardless of how much oxygen you pump in, it doesn’t matter, because the alveoli in the lungs are filled with this hydrogel,” Jacobson says. “The lungs become like a water balloon.” Patients can suffocate even while receiving full breathing support.

Porque é que se acorda?

 


”You look on sleep as an image of death, and you take that on you daily; and have you, then, any doubt that there is no sensation in death, when you see there is none in sleep, which is its near resemblance?”
—Cicero



Sei os mecanismos do sistema nervoso responsáveis pela vigília e pelo sono. A minha questão é: porque é que a certa altura esses mecanismos nos acordam? Se não acordamos por intervenção exterior, como barulhos e isso, como é que decidem acordar-nos? Há um timer nas estruturas do sistema nervoso que diz, 'já chega de sono' ou é quando algum componente químico começa a faltar e a prejudicar o rendimento dos outros e manda uma mensagem do género, 'acorda esta fulana para ela ir comer, por exemplo, e repor os níveis de ... qualquer coisa no sangue'? Porque é que o sistema não desiste do organismo em vez de o acordar? Já me aconteceu mais que uma vez dormir dezasseis horas de enfiada. Porque é que dormi tantas horas e porque é que ao fim desse tempo acordei? O organismo auto-regula-se com o propósito de nos manter vivos? Os organismos têm propósitos? Propósitos implica objectivo, implica telos... os organismos são inteligentes ao nível celular e electro-químico ou não são inteligentes mas são desenhados para terem comportamentos ou movimentos propositados, como a minha máquina de lavar a roupa que 'percebe' quando está a precisar de limpeza e pede para iniciar um processo de auto-limpeza? Mas a máquina foi desenhada por alguém com esse propósito. É estranho. Difícil de perceber. Hoje acordei no meio do silêncio e tive uma sensação de dissociação do corpo, um acordar cartesiano e, primeira coisa que pensei foi, 'olha, o corpo acordou-me, não sei porquê... mas estou viva.'

Este mundo

 


"A prosperidade da raça repousa sobre os que pagam dívidas imaginárias.
Arranquem-se as raízes de sua culpabilidade e não restará mais do que as areias do deserto."

Arthur Koestler




via apontamentos 

September 04, 2020

Perspectiva do tempo e do espaço

 




 Ron Francis 

Time in a time of excess time




Woman in blue room with clocks around her that are suspended below the ceiling.

Getty Images / Anthony Harvie


Kristie Millertime-in-a-time-of-excess-time

Associate Professor in Philosophy, The University of Sydney

Música de ser criança

 


Peter Handke
Música de ser criança

Quando a criança era criança,
foi de braços pendurados?
queria o riacho ser um rio,
o rio uma eletricidade,
E essa poça o mar.

Quando a criança era criança,
não sabia que era criança,
tudo estava animado pra ele,
E todas as almas eram uma.

Quando a criança era criança,
não tinha opinião de nada,
Não tinha hábito,
Muitas vezes sentava no banco de alfaiate,
Correndo na praia,
Tinha uma vértebra no cabelo
e não tirou cara tirando fotos.

Quando a criança era criança,
foi o tempo das seguintes perguntas:
Por que eu sou eu e por que não você?
Por que estou aqui e por que não lá?
Quando começou o tempo e onde termina a sala?
A vida sob o sol não é apenas um sonho?
É o que eu vejo e ouço e cheiro
não só a aparência de um mundo do mundo?
Existe mesmo o mal e gente?
Que são mesmo os maus da fita?
Como é que eu sou quem sou?
Antes de eu me tornar, não era,
E que uma vez eu que sou,
não será mais quem eu sou?

Quando a criança era criança,
estrangulou no espinafre, nas ervilhas, no arroz lácteo,
E na couve-flor fertilizada.
E agora come tudo isso
E não só para necessidade.

Quando a criança era criança,
uma vez acordei em uma cama estranha
E agora sempre,
Muita gente parecia linda pra ele
E agora só na sorte,
imaginou claramente um paraíso
E agora no máximo posso adivinhar,
Não consegui pensar em nada
E hoje olhando antes disso.

Quando a criança era criança,
jogou com entusiasmo
E agora, na causa como antes, só mais,
quando essa coisa é o trabalho dele.

Quando a criança era criança,
bastava pra ele como comida maçã, pão,
E ainda é assim.

Quando a criança era criança,
as bagas caíram na mão dele como apenas bagas
E agora ainda,
As nozes frescas fizeram uma língua áspera pra ele
E agora ainda,
tinha em todas as montanhas
A saudade da montanha cada vez mais alta,
E em cada cidade
a saudade da cidade ainda maior,
E ainda é assim,
pegou as cerejas no topo de uma árvore
Em um alto sentimento
assim como ainda hoje,
um medo de qualquer estranho
E ainda tem ela,
Esperando pela primeira neve,
e ainda esperando assim.

Quando a criança era criança,
jogou uma bengala de lança contra a árvore,
E ela ainda está tremendo aí hoje.

É isto: em vez de pensarem nos problemas reduzem tudo a vociferações de ódios de esquerda-direita

 


... ofensivas da direita ou da esquerda. A nossa sociedade política é de uma total mediocridade. Ninguém pensa, ninguém discute os problemas, falam por slogans. Isto já não tem volta atrás.


Manifesto com 500 subscritores contra ataque à disciplina de Cidadania

Desfazendo preconceitos

 


Quem pensa que as aulas de Moral nas escolas são muito diferentes da cidadania, se fosse às escolas tinha grandes surpresas. Digo isto, sendo,  não apenas uma não-crente como uma grande crítica da influência nefasta das igrejas e da educação religiosa, o pior veneno contra os direitos das mulheres da toda a história e uns fanáticos do controlo sexual de toda a gente.

No entanto, devo também dizer que a disciplina de Moral na escola não tem nada a ver com o que era quando fui aluna. A professora de Moral da minha escola faz um trabalho muito válido. Não endoutrina os alunos. Faz um trabalho ligado a questões éticas e a problemas da adolescência.

Organiza conferências e palestras à volta de temas que interessam aos alunos. Todos os anos leva lá pessoas da área da saúde para falar de diversos assuntos: sexualidade, alcoolismo, questões ligadas ao sofrimento psicológico, como a depressão, o bullying, a bulimia, a anorexia. Também leva à escola polícias para falar da violência no namoro, do ciúme e do controlo no namoro e como isso leva à violência doméstica. É muito interessante porque os polícias contam casos típicos onde muitos alunos se revêem. 

Organiza estas sessões para todos os alunos da escola que queira inscrever-se. Nós professores, se podemos, levamos a turma a participar. Trabalha com a colaboração de uma enfermeira que faz a ponte entre a escola e o hospital e os centros de saúde e arranja consultas para alunos que precisem e os pais não possam. Eu uso-me muito dela e da enfermeira para ajudar alunos que precisam urgentemente de ajuda. 

Ela ouve os problemas dos miúdos, fala com eles. Tem um trabalho difícil porque não trabalha com turmas completas, dado que em cada turma há três ou quatro que escolhem a disciplina, de modo que trabalha com 45 turmas, por exemplo. Não é nada fácil, nomeadamente os miúdos do 7º e 8º anos. Há dois anos, a propósito da violência no namoro, um grupo de alunos dela fez uma instalação no átrio da escola, muito boa. Faz melhor trabalho nesses assuntos que alguns professores que se armam em grandes éticos mas não têm respeito nenhum pelos colegas e endoutrinam alunos sem vergonha nenhuma e com o aplauso de muitos [estou um bocado amarga..?. estou chateada].

Isto tudo para dizer que os comentadores de jornais, que sabem quase nada do que se passa nas escolas têm uma ideia muito errada do que lá se faz e dos méritos desta disciplina do evangelista. Outro dia, no DN, um indivíduo começava a crónica assim, 'eu sei tudo de dar aulas porque a minha mãe era professora'. Isto é o nível dos comentadores. O meu pai era engenheiro. Naturalmente percebo tudo de engenharia. Ahh, não, espera lá... engenharia é diferente de educação porque educação toda a gente é especialista...


Música barroca ou, como é que um país se torna excelente numa área qualquer

 

Competição saudável. Porque é que os belgas são tão bons a fazer chocolate e criações de chocolate? Porque cada pastelaria que se preze tem o seu mestre chocolateiro ou maitre bomboniere que faz criações de chocolate, bombons, bombinhas, trufas de chocolate, bolos e bolinhos, etc. Decora a montra com criações próprias. Com tanta competição entre pastelarias, vão-se tornando cada vez melhores.

Não há nenhum segredo especial. É apoiar e deixar que ideias diferentes e práticas diferentes entrem em competição. Não é com imposições autoritárias.

Como é que a Finlândia houve uma altura que se tornou excelente na educação? Foram buscar professores com boa formação, apoiaram-nos e deixaram-nos em paz a trabalhar sem autoritarismos. Agora estão a dar passos atrás. Cá já foi assim mas durou pouco tempo e há muitos anos que andamos a dar passos à caranguejo, a desfazer o que tinha sido bem feito.

Vem isto a propósito de, como é que na Alemanha se tornaram excelentes na produção musical na época barroca, o que depois continuou?

--------------------
"O que era excepcional na Alemanha luterana era o grande número de compositores. Não só cada capela principesca tinha seus próprios músicos e compositores, como as igrejas, em cada cidade, mesmo nas de tamanho modesto, tinham um organista, cantores e muitas vezes instrumentistas, bem como um "cantor", necessário para garantir o fornecimento de composições musicais para os serviços de domingo. 

Algumas delas estão a começar a ser redescobertas, enquanto outras ainda são raras e difíceis de conhecer. E, no entanto, todos contribuíram para criar um património impressionante que A RICERCAR não pára de explorar há 40 anos ". Jérôme Lejeune 

► Discover a playlist of 40 tracks selected by us, to give you a sample of the variety of tracks contained in this box set: https://lnk.to/Masters_German_BaroqueFA




Peaceful

 

... and funny. Baroque sawns?


Florestas virgens

 




Tomas Sanchez - a Cuban artist

As florestas da Europa Central desaparecem às mãos de um máfia euro-austríaca bilionária

 


REPORT INVESTIGATION | ILLEGAL LOGGING IN EASTERN EUROPE


Como a máfia da madeira está a destruir a última floresta primitiva da Europa, a Amazónia da Europa: os Montes Cárpatos.


Mapa extraído de Network of Carpathian, ilustra las grandes llanuras y su pertenencia estatal.



Part I: The Romanian Eldorado


Eastern Europe hosts vast areas of virgin forest which could play a vital role in the battle against the climate crisis, yet they are being mercilessly torn down by a multi-billion euro Austrian-owned industry and a mafia-like system that stretches all the way from Romania to Ukraine. 


260 million fallen trees



Satellite photos of primeval forest in the Maramureș region in 2017 and 2011.






With the aid of satellite images, Global Forest Watch has calculated that 317,000 hectares of Romanian forest were lost to logging between 2001 and 2017. That’s the equivalent of 444,000 football pitches or twice the size of the Austrian federal state of Vorarlberg. Half of these trees were in national parks or conservation areas and were hundreds of years old. Experts from the Environmental Investigation Agency (EIA), a US NGO, investigate and expose the predatory exploitation of nature throughout the world.


“Whether it’s in America, Asia or Africa, people are appalled at the way our planet is being destroyed. But while the deforestation of the Amazon rainforest has been horrifying people for years, hardly anyone realises that Europe contains remnants of virgin forests that are just as important. The fact that the majority of these are on our doorstep, in the Carpathians, and are under threat remains an untold story,” says the EIA’s David Gehl. The EIA reports accuse Schweighofer of having been the “biggest receiver of illegal timber” and having “lied about the source of its products for more than ten years”.

Despotism

 

September 03, 2020

interregno

 



Everybody knew that being dead could put you in a terrible mood.

Luis Alberto Urrea




Vivian Maier

 


Vivian Maier foi uma fotógrafa americana cuja obra só foi descoberta após a sua morte. Filha de uma mãe francesa e de um pai austríaco, nasceu em Nova York em 1926 e viveu entre França e os EUA. Teve alguns trabalhos até que se mudou para Chicago e começou a trabalhar como ama de crianças, o que durou 40 anos. Sabe-se pouco da sua vida e do porquê de nunca ter divulgado a sua obra. 
Ela fotografa as ruas. A fotografia dela revela um olhar atento sobre as pessoas e as coisas: ela vê emoções, ângulos, formas, cores, absurdos e contradições. 
Os 150 mil negativos, alguns ainda por revelar, só foram descobertos porque em 2007 falhou o pagamento de um armazém alugado, em Chicago, onde os tinha guardados e o dono vendeu os caixotes de material arquivado em leilão. Três coleccionadores de fotografias compraram-nos e começaram a publicar o material: fotografias, pequenos filmes caseiros, às centenas, entrevistas de áudio e slides.
Muitas fotografias dela são pioneiras e ela tem uma estética muito própria.


seriam americanos conservadores normais se não fosse o amarelo berrante que os trai

a vida dos outros ou luta de classes



chuva oblíqua?
multiculturalismo



infância feliz



luta de classes
esta é um Botero antecipado

os brancos endinheirados do outro lado da vida e a bandeira do lado deles - e o olhar delas



olhares 

pobreza mas dignidade
a verdadeira cumplicidade?

a maneira como as cores interiores deles mesmos se fundem nas cores da natureza como se não houve descontinuidade entre ambos.

um auto-retrato

Mais talento - Leonor Amaral

 

Uma soprano coloratura portuguesa. Canta com presença e graça esta ária muito conhecida de Don Pasquale, uma opera buffa.


Ora aqui está uma iniciativa que não percebo

 


A universidade de Nova York vai organizar residências segregadas no campus a pedido de um grupo de 1.105 estudantes negros -os Black Violets- , uma pequena percentagem dos estudantes negros da universidade, porque não estão para ter que educar os colegas acerca do que é o racismo e então querem ter um espaço onde não tenham que aturar outras raças.

Pelos vistos estas petições já aconteceram em outras universidades do país.


New York University moves to implement racial segregation in student dorms


Since late June, the Office of Residential Life and Housing Services at New York University (NYU) has been working closely with a small, student-led task force to make racially segregated housing a reality in undergraduate student dorms.

A little over two months ago, a recently organized advocacy group called Black Violets created an online petition demanding that the university “implement Black student housing on campus in the vein of themed engagement floors across first-year and upperclassmen residence halls.” In its petition, the group argues that “Too often in the classroom and in residential life, black students bear the brunt of educating their uninformed peers about racism.” African American students, the group states, desperately require a “safe space” where they can escape from students, staff and faculty of other races.

This irrational and anti-scientific ideology lies at the heart of similar proposals made at several major academic institutions across the country in recent years. This includes the moves towards racially segregated housing at Syracuse University and the recent calls for the implementation of racial quotas at several elite American universities. These demands do not stem from an egalitarian and progressive desire to make education easily available for everyone and eliminate the real dangers that face the majority of students and youth (massive debt, unemployment, homelessness, hunger, poverty, etc.), but from a desire to advance the interests of a very small, privileged layer of the population.

Entretanto:


The decision to hold in-person classes at NYU will prove to be disastrous. Over the last few weeks, several major US schools, including the University of North Carolina at Chapel Hill, Notre Dame, Princeton and the University of Southern California, have been forced to revert to online instruction after explosions of COVID-19 amongst their students, staff and faculty. Despite this, NYU has decided to go ahead with a full reopening, knowingly sacrificing the lives of students staff, and faculty to increase its profits.

It is imperative that all students realize the danger they are facing in returningto school. What is needed is not the division of students along identity-based lines, but their unification against the present, barbaric social order.
The fight against all forms of exploitation and oppression is inherently linked to the fight against capitalism. Students at NYU and universities around the world who seek to fight for genuine social equality must turn to the international working class, the great, powerful, progressive force in society. It is only by uniting workers of all races, ethnicities, genders, sexual orientations and nationalities behind a clear socialist program and perspective that capitalist barbarism will be overcome.

De que tom é o azul deste mar açoriano?

 

Azul Cerúleo. Parece pintado com crayons.





João Cajuda
-
S. Miguel com o ilhéu à vista

Isto é fascinante e assustador ao mesmo tempo

 



NASA

😁