April 07, 2020
Singapura com segundo lockdown e agora de um mês
Singapura que já estava a regressar ao normal declarou um mês de lockdown porque teve uma segunda vaga de infectados.
Singapore loses control of coronavirus outbreak, announces month-long lockdown
Exacto
"A banca portuguesa está a acompanhar de forma muito atenta a realidade do nosso país", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
E o País também estará a acompanhar, de forma muito atenta, a realidade da banca. Não nos podemos distrair, esta gente não costuma ser de confiança.
Alguém se lembra de como era o Ramalho Eanes quando era Presidente?
Fazia discursos longos e cheios de imbróglios e no fim ninguém sabia ao certo o que tinha dito e os jornais passavam três dias a interpretar? Pois este é igual, só que os discursos são mais curtos. Veio dizer que temos que ganhar em Abril o mês de Maio. O que é que isto quer dizer no que respeita às escolas e à data de 4 de Maio do Costacenteno? Não sabemos, mas calculamos. Que o Costacenteno tem intenção de nos mandar para a escola em Maio para alegrar as suas vidinhas tristes, como aquela fulana do JN que dizia que ia ficar em casa sossegadinha mas queria os professores na escola porque isto já era deprimente.
Já hoje ouvi o da associação de pais e até o Filinto que representa os directores e nem um único falou dos professores: da saúde dos alunos, dos pais, dos dos transportes, de toda a gente menos dos professores... dos professores nem uma palavra. A nossa saúde é despiciente.
Depois, quando os alunos e os professores começarem a adoecer e os professores, mais velhos, talvez até a morrer, vêm para a rua bater-nos palmas.
VoxEurop - vozes da Europa
THE EU AND THE COVID-19 CRISIS:Eurobonds can wait – for nowAlternatives économiques , Paris |
VOXEUROP EDITORIAL:Europeans demand more from the EU |
LUCA JAHIER ON THE COVID-19 CRISIS:‘The EU has to go the last mile, now’ |
OPEN LETTER TO THE EU AND EUROPEAN LEADERS:‘We need Renaissance bonds to face the health and economic crisis’ |
FACING THE CORONAVIRUS CRISIS:‘The time has come for a new European patriotism’EUobserver.com, Brussels |
EU AND THE COVID-19 CRISIS:Not helpless nor hopelessThe Guardian, London |
CALL TO THE EU :‘Why we need coronabonds to help EU states face the crisis’Die Zeit, Hamburg |
GERMAN-ITALIAN APPEAL TO EU MEMBER STATES:European solidarity now, in the interest of all |
COVID-19 AND DISINFORMATION:The infodemic is as virulent as the pandemicEurozine, Vienna |
STATE OF EMERGENCY IN HUNGARY:ViktatorDe Volkskrant, Amsterdam |
STATE OF EMERGENCY IN HUNGARY:Viktor Orbán’s corona coup |
EU AND THE COVID-19 CRISIS:The nation-state strikes backSocial Europe, London |
Mais um dia com a costumeira falta de respeito pelos professores
Os salários do ME e do secretário de Estado e dos mais 70 ministros e secretários de Estado e dos seus filhos e sobrinhos que empecilham os corredoras da administração pública não têm quotas e são sempre actualizados na hora, mas os outros que se lixem, não é?
onde-param-as-listas-de-subida-ao-5-o-e-7-o-escaloes?
As listas já deviam ter saído há muito, quando o estado de emergência não era desculpa, mas não saíram.
Com o Orçamento de Estado aprovado e publicado em Diário da República já não há desculpa uma vez que já devem estar prontas.
Este mês os funcionários públicos já vão ver os aumentos reproduzidos nos seus recibos de vencimento. Mas os docentes à espera de vaga para subirem de escalão ainda não vão sentir essa subida. Qual será a desculpa para este atraso? Será que andam a pensar que em isolamento os professores não gastam dinheiro?
Seja como for, quando as listas saírem devem vir com a indicação de retroatividade, digo eu…
Coronavirus Li Wenliang - factos inquietantes
Trump tem interesses financeiros ligados à hydroxychloroquine que tanto defende. Os especialistas que aconselham Macron durante a crise têm ligações a laboratórios farmacêuticos e ganham muito dinheiro dessas firmas.
NYT
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Este post é para a Manuela
If you cannot feel the spring at the moment, draw it. pic.twitter.com/0Zir0tzTVs— Beautiful China (@PDChinaLife) April 7, 2020
Bater palmas é simpático mas o que conta são as condições de vida
E segundo a OMS o mundo tem falta de 6 milhões de enfermeiros. Se calhar, em vez de baterem palmas ao pessoal de saúde, deviam dar-lhes melhores condições de trabalho e de vida.
We owe them a lot... #coronavirus pic.twitter.com/TCImsAupmf— Robert De Niro ᵖᵃʳᵒᵈʸ (@RobertDeNiroUS) April 7, 2020
Damn right!
Diário da quarentena 24º dia - 2 minutos de boa música para começar bem o dia
Day 23 : Piazzolla - Oblivion avec @pauljipiano @ProdigesOFF @EndemolShineFr #SoutienAuxSoignants #Solidaritehopitaux #restezchezvous pic.twitter.com/k5FvWCGOmB— Gautier CAPUÇON (@GautierCapucon) April 7, 2020
A energia que irradia de um líder sólido e de prestígio e o que isso faz por um país
Se alguém tem dúvida acerca da importância de se ter políticos sérios e dedicados à res pública é só ver os jornais americanos, ingleses e alguns europeus de ontem e hoje. O discurso da rainha de Inglaterra foi o que bastou para mudar a percepção sobre o país, não apenas política mas económica, numa semana em que parecia ir afundar-se com a desorientação de Boris Johnson relativamente à pandemia e agora o internamento dele devido à doença.
A mulher apareceu e fez um discursozinho de 5 minutos. Foi o suficiente para mudar o espírito interno e externo acerca das capacidades da Inglaterra, mesmo nesta situação de ter o primeiro ministro internado. E porquê? Porque tem 60 de bons serviços à sua pátria: serviços dedicados, inteligentes e com capacidade de sacrifício pelo bem comum, coisa que falta à maioria dos seus familiares.
Precisamos de políticos que se inspirem nos melhores. Precisamos que os políticos sejam melhores. Ponham os olhos nos sacrifícios que andam a fazer os que vão todos os dias para os hospitais.
No mínimo têm que agir para estar à altura do que foi o sacrifício e abnegação dos outros.
Britain Just Got Pulled Back From the Edge
The country has reasserted its foundational stability, and in doing so made real change more likely once this is all over.
Citação deste dia
“Epidemics, like disasters, have a way of revealing underlying truths about the societies they impact.”
Anne Applebaum
Não nos podemos dar ao luxo de continuar a não ter bons políticos
Hoje gostei de ler a Mariana Mortágua (Como vão sobreviver?). Os noticiários, que já nem consigo ver por mais de 5 minutos, bombardeiam-nos massivamente com as notícias do Coronavirus Li Wenliang seguidas de discussões intermináveis sobre coisa nenhuma ou histórias de vida dos jornalistas onde choram com música operática como dizia a minha colega, mas não nos dizem nada sobre o que se passa no mundo das decisões políticas. Não sabemos se alguém anda a trabalhar para melhorar a vida política do país.
Eu, por mim, queria muito saber o que andam os deputados a fazer nesta altura. Tenho esperança que haja gente nova nos partidos que não esteja completamente agalambada aos cargos e que neste momento pense em mudanças que têm que haver no estado de coisas que nos trouxeram aqui, não à pandemia, mas aos seus efeitos que puseram a nu a estrutura precária que nos sustenta : a falta de médicos ou o excesso de médicos como tarefeiros, a faltas de enfermeiros e a precariedade do seu trabalho, bem como a falta dramática de material e de capacidade para o produzir, a precariedade económica das famílias que não têm dinheiro para um computador com internet para os filhos, num tempo em que ter um computador é como ter um par de sapatos, o preço escandaloso da internet neste país (em França paga-se 1 euro por mês, aqui 20 euros, pelo mesmo serviço), a falta de apoio à cultura, a condição precária de milares de professores que os impede de ter um computador e internet... enfim, as condições de vida precárias da maioria dos portugueses em comparação com o fausto de 70 ministros e secretários de Estado, 3 ou 4 sociedades de advogados opulentas com os dinheiros públicos, a corrupção generalizada, os desperdícios criminosos da banca, etc., etc., etc.
De modo que gostei de ler este artigo e de saber que há políticos que continuam a trabalhar e pensam nos que, neste momento, mais precisam.
Quero crer que há pessoas políticas preocupadas e dispostas a mudar este estado de coisas decadente em que estamos e gostava de saber o que pensam fazer e o que andam a fazer, de facto, porque não podemos dar-nos ao luxo, como se fossemos um país rico, de continuar a não ter bons políticos.
Obrigada, Paula Ferreira, sub-chefe do JN, por nos desejares uma morte prematura
Esta será uma semana decisiva. O Executivo reúne-se hoje com o Conselho Nacional de Educação e peritos para avaliar as condições para retomar, ou não, as aulas. Quinta-feira saberemos.
E se as perspetivas se concretizarem, António Costa anunciará o regresso à escola dos alunos de pelo menos os alunos 12.º ano, a 4 de maio, tendo em conta o acesso ao Superior. Em que condições, veremos.
Seria uma ótima notícia. Todos nós, aqueles que têm ficado em casa, a maioria dos portugueses, continuaremos comprometidos a manter o confinamento entre quatro paredes. Por todos nós. Mas o que mais se deseja agora é um sinal de esperança, capaz de mitigar esta desolação que nos cerca.
Portanto, seria uma óptima notícia abrirem as escolas porque os pais estão fartos de estar fechados com os filhos e querem que os professores os aturem. 4 de Maio é cedo, por tudo o que sabemos já do vírus e da evolução da pandemia em outros países? É. Ela sabe que os peritos de quem fala não são peritos nenhuns , a maioria são nomeados políticos e que é o Costacenteno quem quer isto à força e decide, e que os professores corriam grande risco de ficar doentes com os alunos? Sabe, mas que se lixe essa gente, ela quer é uma alegriazinha na vida dela.
Dürer e a inevitabilidade da morte
Nesta gravura, a morte olha para o cavaleiro, todo ele pujança, superioridade, poder e vida, realçados pela musculatura e pose confiante do cavalo e cavaleiro, esplendidamente engalanados, com uma ampulheta na mão e uma expressão de comando, na carne já corrompida a lembrar, com a coroa na cabeça, que a única rainha é ela e nenhuma glória, armadura ou castelo murado o pode defender da inevitabilidade da morte. O diabo vem logo atrás, como uma hiena à espera dos despojos da alma quando a morte voltar os seus olhos para a presa seguinte. Dürer pintou a vacuidade e fugacidade da vaidade, da soberba e do poder no grande esquema das coisas.
Albrecht Dürer (1471-1528): O cavaleiro, a morte e o diabo 1513
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