May 20, 2025

Morri a rir 😁


Acho que ainda ninguém lhe disse que quem votou no Chega foram as pessoas de esquerda: do PS, do PCP e do BE. Não foram as de direita. Portanto, segundo o teor do artigo dela, a esquerda afinal era extrema-direita disfarçada.  Ahah  Esta mulher que tem um doutoramento em História, escreve um artigo enorme e um bocadinho alabregado, ao modo de Ventura (veja-se como se refere a vários políticos só porque não são de esquerda) a queixar-se dos votos dos portugueses nestas eleições que puseram o país na extrema-direita, diz ela (honestidade intelectual não é o seu forte) e tudo porque quem vota no Chega tem inveja dela e das pessoas do PS e das mulheres que têm doutoramentos e são juízas e diplomatas. As nossas 'elites' acham-se divinas e acreditam piamente que os portugueses em geral deviam adorá-las, mesmo que as suas políticas os tenham deixado sem dinheiro para a comida, a saúde, a habitação, etc. e que tudo se resume a terem inveja dela e dos seus pares. São estas pessoas que enfiaram a esquerda num buraco negro. Até podem ter doutoramentos mas o que não têm são, "umas tintas de filosofia", como dizia Bertrand Russel, e por isso "andam toda a vida como cegas, embora tenham olhos e pudessem ver". Esta mulher ganhou o prémio Pessoa (!!). Coitado do Pessoa, com o nome associado a esta senhora, ele que era tão, intelectualmente elegante, complexo e sofisticado no pensar. 



Responsabilizar todos os eleitores pelo seu voto

Irene Flunser Pimentel

Acham que quem vota Chega não sabe no que vota? Penso que é sobretudo um voto de rejeição dos direitos humanos, nascidos no pós-Segunda Guerra Mundial, e do “outro”.

Há dias, questionei (algo retoricamente) numa rede social o que queriam os portugueses e mencionei três candidatos alternativos: "Um avençado com falta de ética; um neoliberal privatizante; ou um racista mentiroso." Hoje, dia 19, sei que era precisamente um dos três que a maioria dos portugueses votantes desejava.

Quase não assisti à campanha eleitoral, mas sabia que iria votar no PS e foi o que fiz, para que fique claro. Percebo agora que a minha atitude é minoritária – tão minoritária como o era durante a ditadura – e que os meus conterrâneos não se importaram de votar na mentira, na demagogia, na exclusão dos outros, estando-se nas tintas para falhas éticas. Ética, o que é isso? Algo do passado, da História? Não interessa nada.

Eu sei que Portugal e os portugueses não são uma entidade colectiva, mas um colectivo de indivíduos, diversos, que se juntaram, como agora, numa frente de extrema-direita. Nessa frente incluem-se certamente pessoas que detestam os privilegiados, mas não se importam de o serem, que invejam as elites e afastam o conhecimento e a leitura.

Já se percebeu que há maioritariamente jovens do sexo masculino, frequentadores de redes sociais, que não suportam o facto de as mulheres se doutorarem, serem juízas ou diplomatas.

Mais do que saber como votaram no Chega, é fundamental analisar por que votaram nesse partido, a favor de quem e do quê e contra quem e o quê. Penso não estar longe da verdade se afirmar que em parte foram movidos pela inveja e pelo desejo de exclusão de alguns bodes expiatórios.

Público



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