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March 04, 2023

A Oeste nada de novo

 


É uma lista de nomes sem caracterização? Portanto, a lista de nomes não tem nenhum fundamento e foi só a comissão que inventou nomes para chatear a Igreja, por perseguição? E vão criar uma nova comissão? Parecida com as contas ao roubo do tempo de serviço prestado que o ME atira para os jornais para ver se os professores mordem o isco? Lá para 2130?

Depois falam em as pessoas estarem contra a Igreja e o clero.


Igreja não vai afastar para já padres suspeitos de pedofilia

No final da tarde, em conferência de imprensa, o bispo José Ornelas, da Conferência Episcopal Portuguesa, diz que alguns nomes da lista são de padres já falecidos. “É uma lista de nomes. Sem outra caracterização. Torna-se difícil a investigação. Exige redobrados esforços e vai ser analisada pela Igreja”. Revelou que será criada uma nova comissão independente para ouvir vítimas de abusos de padres mas não indicou quem estará à frente dessa próxima comissão

February 25, 2023

Discursos para confundir

 


Sim, há abusos sexuais em todo o país e não apenas na Igreja mas os abusadores sexuais que andam por aí não pertencem a uma instituição que prega o bem, o amor ao próximo, a ajuda, a responsabilidade ética e por aí fora. Não são pessoas que uma vez denunciadas recorrem ao poder que (não)têm para abafar os crimes e poder continuar a praticá-los. 

É assim como dizer que um crime de desvio de fundos ser cometido por um empregado num banco e pelo ministro das finanças, é a mesma coisa. Não é, porque o ministro é uma das pessoas mais importantes na garantia do bom uso do dinheiro público e obriga os outros com preceitos e regras.

Descartes dizia que quem prega preceitos aos outros tem que ser melhor que eles. Ora, o que aconteceu até há pouco tempo, foi que toda a cúpula da Igreja, até aos Papas, era activa no encobrimento dos crimes de pedofilia e na tolerância com que os encarava. Se não fosse este Papa fazer pressão para que se investigasse, a Igreja portuguesa (e outras) tinha continuado a esconder tudo - não faz muito tempo negaram que aqui houvesse pedofilia e disseram que era coisa de anglo-saxões, quando agora sabemos que sabiam tudo e encobriam. 

Porque não se demitem? Não se sentem responsáveis.

Há uns dias, o padre Portocarrero de Almada, uma pessoa importante na organização, defendeu publicamente que o resultado do inquérito devia ter sido posto, em silêncio, nas mãos do clero, que quem ficou prejudicada com o relatório foi a Igreja na sua imagem, que os casos devem estar muito exagerados, que isto deriva do ódio que têm à Igreja e que somos todos responsáveis porque há abusos fora da Igreja. 
Os responsáveis da Igreja, que não têm vergonha e escondem tudo, ao fazê-lo, agravam os crimes e são, eles mesmos e não quem faz os relatórios, os grandes responsáveis pela má imagem da Igreja Católica e os responsáveis por alargar a todos uma mancha de suspeita que só a alguns é devida. 

Há abusos fora da Igreja, sim mas quando há uma queixa numa escola, por exemplo, o caso é denunciado à polícia e ao ME e depois a justiça segue o seu curso sem ninguém andar a pedir que se abafe a situação. Ora a Igreja sempre lutou para que os padres ficassem fora da justiça civil e fossem julgados dentro da instituição. A justiça terrestre pertence aos civis e não aos religiosos, como no Irão, Afeganistão e outras sociedades onde a Igreja é instrumento de opressão, tortura e morte.

Este padre Portocarrero de Almada, falou de todo o assunto de pedofilia como se se estivesse a empolar uma coisa de menor importância: casos de há muitos anos que já não acontecem. Ora, (i)pelo menos 100 padres pedófilos estão no activo: a quantas crianças e adolescentes continuam a ter acesso, esse homens? (ii)Quantos dos crimes cometidos há 40 ou 50 anos o foram por padres que ainda andam por aí descansados, sabe-se lá a fazer o quê? 

O argumento de noutros tempos estes crimes serem mais tolerados não tem provimento. De facto, as leis nesses tempos eram feitas pelos homens (no sentido masculino e não universal do termo) e por influência dos padres das suas famílias e por isso é que eram mais tolerantes, porque os seres masculinos protegem-se uns aos outros de crimes (pedofilia, violação, etc). Porém, todos praticavam os crimes às escondidas e mentiam e ameaçavam as crianças de malfeitorias em caso de falarem, o que é prova da plena consciência do mal que faziam. O crime era tão pouco normal e normalizado que as vítimas desenvolveram doenças mentais e ficaram com as vidas destruídas. A maioria nunca conseguiu sequer falar do assunto.

Portanto, dizer que os abusos sexuais são um problema de todos é um discurso para confundir porque os criminosos particulares pedófilos ou abusadores sexuais não pertencem a uma instituição que se arvora em salvadora dos seres humanos, garante do Bem na Terra e da bondade divina. Sim, é necessário fazer mais na sociedade para defender as crianças, mas não se confundam os planos.

As Igrejas deviam ser instituições democráticas. O povo de Deus não é o masculino, são todos e ninguém está acima de ninguém enquanto pessoa religiosa. Há pessoas [os padres] que se arvoram em escolhidos para intérpretes e representantes de Deus, mas isso só é assim porque as pessoas toleram, porque no dia em que o povo religioso quiser uma instituição mudada, ela tem que mudar. 
Mas por ora, as Igrejas não são democráticas e nem sequer inclusivas. São organizações de exclusão: excluem as mulheres e a sexualidade (daí o celibato, para que os homens não possam ser influenciados por mulheres), excluem os homossexuais, excluem os divorciados...
Como são o oposto de uma instituição aberta e democrática, estão cheias de vícios próprios do excesso de poder desse tipo de organizações. Vamos ver se aproveitam para mudar e melhorar ou se ainda se vão fechar mais.


February 13, 2023

Até as palavras faltam

 


Deixar-se escrutinar? Vivemos numa sociedade civil, num Estado de Direito. Portugal não é a monarquia eletiva do Vaticano. Já havia tanta denúncia que não era mais possível impedir a investigação e a questão é que a Igreja tentou ao máximo e por todos os meios negar que houvesse pedófilos entre os padres e outros responsáveis cristãos; evitar até onde podia a investigação; influenciou as leis para safar padres pedófilos e encobriu todos os crimes durante dezenas e dezenas de anos. Não deu à comissão acesso aos arquivos e tentou menosprezar a investigação quando ela começou. 

"a Igreja Católica recuperou parte da credibilidade perdida"? Não vive neste mundo. O encobrimento sistemático ao mais alto nível das cúpulas lançou uma mancha de desconfiança sobre todos os padres, os que são pedófilos e a maioria que não são. O nome deles é: bestas! Um termo muito usado na Bíblia para certas pessoas.

E não são cinco centenas de vítimas, são 5000! As que falaram até agora - e sabemos que nestes crimes são muito poucos os que falam. Por vergonha e porque a igreja tem muito poder que não hesita em usar contra as vítimas se isso for necessário para manter a sua imagem.

A Igreja precisa de encontrar formas de impedir que isso aconteça, acolhendo as vítimas, oferecendo-lhes meios de reconstrução psicológica, permitindo-lhes caminhos de recuperação da confiança em si mesmo e procurando com elas modos de lhe dar protagonismo público.  O quê?? Mas quem é que são as vítimas de violações sistemáticas que querem uma relação de amizade com os seus algozes violadores? Mas estas pessoas vivem em que mundo?? Os criminosos que cometeram estes crimes têm de ir para a prisão e nunca mais incomodar as vítimas. As pessoas da igreja não estão acima da lei. 

Há ainda, pelo menos, 100 padres pedófilos no activo. A quantas crianças e adolescentes têm acesso? Quem são os pais que agora, olham para os padres e orientadores católicos em geral dos seus filhos sem pensar duas vezes?

Este é um artigo de relativização do crime e até elogio do comportamento da igreja... até as palavras faltam... repugnante.


Três exigências de uma dor imensa



Jorge Wemans

Ao tornar-se a primeira instituição do país a deixar-se escrutinar sobre esta matéria por uma comissão independente, a Igreja Católica recuperou parte da credibilidade perdida.


Não Senhor Bispo, a mudança não está a acontecer




O seu discurso é de encobrimento e relativização. Até as palavras faltam. Quase 5000 vítimas. As que falaram, pois as que não falaram, segundo as estatísticas deste casos, serão umas 100 mil. Pessoas completamente destruídas por dentro o por fora, elas e as suas famílias e, muito provavelmente os filhos, porque sabemos que uma percentagem grande de vítimas da pedofilia tornam-se eles mesmas abusadores. E no meio isto tudo, o que diz o bispo? "Não vamos fazer caça às bruxas, os pedófilos vão pedir perdão pelos 'erros' e mudar de vida" e pronto.

Até as palavras faltam. Toda a cúpula da igreja que encobriu estes crimes é culpada de cumplicidade com criminosos e tem que ser acusada. A começar por este bispo. Alguém acredita que o tipo não sabia...? Houve uma vítima que conseguiu ir à justiça e a igreja usou o todo o seu poder para o destruir a si e à família ao ponto de terem que fugir dali... mas alguém acredita que ele e os seus comparsas da cúpula não estão dentro disto? Nem há palavras para este nojo. 

Os padres pedófilos têm que ir parar à cadeia porque são criminosos. E todos os que de uma maneira ou de outra estiveram ligados a estes crimes hediondos têm que ser acusados e imediatamente afastados dos cargos.

Estes bispos, mais o cardeal e todos os outros que estão por dentro deste horror e o encobriam deviam ter tomado a iniciativa de serem eles a caçar os pedófios no seu seio e a entrega-los à justiça. 
Era uma maneira de mostrar que, de facto, a igreja é uma instituição cristã, com ética e que se preocupa mais com as vítimas que com a sua imagem. Como não o fizeram e até andaram a dizer, há uns anos, que em Portugal não havia pedofilia, que isso era coisa de anglo-saxões, agora, com o seu silêncio criminoso, mancharam todos os padres. Pois agora quem é que agora confia uma criança ou um adolescente a um padre? E quem é que agora olha para um padre sem se perguntar...? Também disso são culpados. De manchar todos para safar uns e a sua imagem.

Isto é tudo um nojo. Pelos visto até conseguiram influenciar a lei de maneira que se uma vítima não fizer queixa até aos 23 anos, já nunca mais pode fazer e o pedófilo fica livre para ir abusar de outros... há aqui uma intenção óbvia de prejudicar a vítima e safar o criminoso. Não há palavras para isto.

Quanto a mim, devia tornar-se público o nome dos padres pedófilos que forem condenados. Que partilhem um átomo da humilhação e sofrimento que causaram às crianças e adolescentes suas vítimas. 

Isto é tudo abjecto e ouvir o bispo dizer que, enfim, todos erram, a tentar minimizar os crimes de pedofilia e o encobrimento de pedófilos é repugnante.

Pedido de perdão às vítimas não será apenas "uma questão de palavras"


Relatório sobre abusos exprime "dura e trágica realidade", referiu o presidente a Conferência Episcopal Portuguesa. "Não toleraremos abusos nem abusadores", destacou o bispo D. José Ornelas.

Relatório assinala, prosseguiu, "várias consequências destes crimes que podem ter estado na origem de dramas e sofrimentos incomensuráveis que marcaram vidas inteiras".

"Os abusos de menores são crimes hediondos. Quem os comete têm de assumir as consequências dos seus atos e as responsabilidade civis, criminais e morais daí decorrentes. É preciso que reconheçam a verdade sem nada esconder, que se arrependam sinceramente, que peçam perdão a Deus e às vítimas", continuou o bispo. "Que procurem uma mudança radical de vida com a ajuda de pessoas competentes, na certeza de que o caminho da justiça encontrará sempre lugar no coração bondoso de Deus", prosseguiu José Ornelas, reconhecendo que o estudo da Comissão Independente apresenta um "número muito maior" do que aquele que tinha sido apurado até agora.

"Pedimos desculpa por não termos sabido criar formas eficazes de escuta e de escrutínio interno e por nem sempre termos gerido as situações de forma firme e guiada pela proteção prioritária dos menores", admitiu.

Considera, no entanto, que "a mudança está a acontecer".

Após a declaração, o bispo D. José Ornelas afirmou que a CEP não tem, para já, acesso sobre casos individuais. "Não antecipo cenários sem saber do que se está a tratar".

Admitiu que um dos dados que o impressionou foi o facto de 77% das pessoas que testemunharam perante a comissão independente não terem comunicado os abusos às comunidades diocesanas.

"Não é um processo acabado, é um processo iniciado", sublinhou.

O presidente da Conferência Episcopal revelou que tinham estimado investir cerca de "200 mil euros" na comissão independente.

"É natural que isso possa subir ou descer, não sei. Posso garantir que não faltámos à comissão com aquilo que era necessário. Tudo aquilo que nos foi pedido para que a comissão tivesse os meios necessários foi disponibilizado. Penso que isso está claro para todos. Nestas coisas vale bem a pena gastar uns tostões. É uma realidade que nos penaliza, não é fácil tratá-la. Vi, tantas vezes, o desgaste emocional que isso causa nos próprios investigadores. Mas não podemos deixá-la como está, não nos resignamos nunca a isso", afirmou José Ornelas.

Questionado sobre se a Igreja Católica está disponível para expulsar as pessoas identificadas como abusadoras, D. José Ornelas recordou as palavras do Papa. "O que o Papa diz e isso também é muito claro para nós, abusadores de menores não podem ter cargos dentro do ministério. Isso é muito claro".

"Desde que seja provado que uma pessoa é abusadora, não tem lugar" na Igreja, reforçou.

O presidente da CEP, no entanto, não foi claro sobre o que acontecerá aos clérigos ou outros membros da igreja sobre os quais recaiam suspeitas e cujos nomes possam constar da lista de abusadores que a igreja ainda não recebeu, mas recusou qualquer processo de "caça às bruxas".

"São momentos dolorosos, mas também libertadores e é nesse sentido que acho que é importante para nós todos como sociedade e como igreja que passemos por este momento, que não é fácil, mas sobretudo que seja libertador e que seja justo minimamente para estas pessoas para que se possa criar ao seu redor e para o futuro um mundo em que tenham dignidade e onde possam saber que não foram elas as culpadas disto e que não podem viver com essa mácula interna para a vida. Outros é que são a censurar por causa disso", disse.

A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica recebeu 512 testemunhos validados relativos a 4.815 vítimas desde que iniciou funções em janeiro de 2022, anunciou hoje o coordenador Pedro Strecht, que referiu ainda que esta comissão enviou para o Ministério Público 25 casos.

Notícia atualizada às 19:22

January 28, 2023

Aqueles que se endeusam em altares de milhões





6,5 milhões no altar: não é crime mas é pecado



Mário João Fernandes 

Colhida em 10º lugar só por uma unha negra é que alcança o Top 10. Já São Tomás de Aquino teve de se esforçar para autonomizar a modéstia como virtude, separando-a da temperança, que tendia a consumi-la, procurou dar-lhe uma dimensão interior e não um mero exteriorizar de acções, no domínio da concupiscência e dos prazeres tácteis, as paixões menores segundo o Doctor Angelicus (Summa Theologiae, II-II respostas à quaestio 160, artº 1º, objectio 2).

A imodéstia é hoje um sinal dos tempos, fruto do império do vazio. Dos cruzamentos entre a política e a religião brota facilmente a idolatria. À escala da Lusitânia contemporânea o cruzamento entre o poder autárquico e a religião católica surge betonizado, num brutalismo arquitectónico que representa naturalisticamente os primeiros cidadãos, os empreiteiros e construtores civis, e os seus eleitos.

A Igreja Católica tem, ao longo dos tempos, feito a pedagogia da modéstia, dirigindo-a frequentemente às mulheres. Mas muita dessa pedagogia poderá reflexivamente valer para a Igreja Católica, nem que seja por respeito à flexão de género. Aqui se deixa, com gosto, um exemplo então motivado pela celebração de São Francisco de Assis: 

“Per la verità, due sono oggi le passioni predominanti in questa incredibile perversità di costumi, l’amore sconfinato delle ricchezze e un’insaziabile sete di piaceri. Da qui la vergogna e il disonore del nostro secolo, il quale, mentre fa continui progressi in ciò che appartiene ai comodi ed ai conforti della vita, per quanto riguarda il dovere di vivere onestamente — il che ben più importa — pare che voglia ritornare a gran passi verso la corruzione del paganesimo. In realtà, quanto più gli uomini perdono di vista i beni eterni che sono loro preparati nei cieli, tanto più sono attratti verso i caduchi; e una volta che si siano vilmente incurvati verso la terra, facilmente si intorpidisce in essi ogni virtù: così che nauseati di tutto ciò che sa di spirituale, non agognano che l’ebbrezza dei volgari piaceri. Perciò, Noi vediamo in generale che mentre da un lato non si ha alcun ritegno ad accumulare ricchezze, manca dall’altro la rassegnazione d’un tempo nel sopportare quei disagi che sogliono accompagnare la povertà e la miseria; e mentre fra i proletari ed i ricchi già esiste quella lotta accanita che abbiamo detto, ad acuire l’avversione dei non abbienti s’aggiunge il lusso smodato di molti, congiunto a impudente dissolutezza. Al qual proposito non possiamo deplorare abbastanza la cecità di tante donne di ogni età e condizione, le quali, infatuate dall’ambizione di piacere non vedono quanto sia stolta certa foggia di vestire, con cui non solo suscitano la disapprovazione degli onesti, ma, ciò che è più grave, recano offesa a Dio. E in tale abbigliamento — che esse stesse in passato avrebbero respinto con orrore come troppo disdicevole alla modestia cristiana — non si limitano a presentarsi soltanto in pubblico, ma neppure si vergognano di entrare così indecentemente nelle chiese, di assistere alle sacre funzioni e di recare persino alla stessa mensa Eucaristica (nella quale si va a ricevere il divino Autore della purezza) i lenocini delle turpi passioni. Tralasciamo poi di parlare di quei balli esotici e barbari, uno peggiore dell’altro, venuti ora di moda nel gran mondo elegante; non si potrebbe trovare un mezzo più adatto per togliere ogni resto di pudore.” 

Bento XV, Encíclica Sacra Propediem, § 18 e 19, 6 de Janeiro de 1921.

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Tradução:

"Na verdade, duas paixões predominam hoje em dia nesta incrível perversidade de costumes, o amor sem limites das riquezas e uma sede insaciável por prazeres. Daí a vergonha do nosso século que, embora faça progressos contínuos naquilo que pertence ao conforto e às conveniências da vida, no que diz respeito ao dever de viver honestamente - o que é ainda mais importante - parece querer voltar atrás a largos passos em direcção à corrupção do paganismo. De facto, quanto mais os homens perdem de vista os bens eternos que estão preparados para eles no céu, mais são atraídos para os decadentes; e uma vez que se inclinam vilmente para a terra, todas as virtudes facilmente entorpecem neles: de modo que, enojados por tudo o que é espiritual, anseiam apenas pela embriaguez de prazeres vulgares. Assim, vemos em geral que, se por um lado não há contenção na acumulação de riquezas, por outro lado falta a resignação dos tempos passados em suportar as dificuldades que normalmente acompanham a pobreza e a miséria; e enquanto entre o proletariado e os ricos já existe essa luta feroz que mencionámos, a aversão dos pobres é aumentada pelo luxo imoderado de muitos, combinado com a deboche impudente. A este respeito, não podemos lamentar suficientemente a cegueira de tantas mulheres de todas as idades e condições, que, apaixonadas pela ambição de agradar, não vêem quão tolo é um certo estilo de vestir, pelo qual não só suscitam a desaprovação dos honestos, mas, o que é mais grave, ofendem Deus. E em tais trajes - que eles próprios no passado teriam rejeitado com horror por serem demasiado impróprios para a modéstia cristã - não se limitam a aparecer apenas em público, mas nem sequer têm vergonha de entrar tão indecentemente nas igrejas, de assistir aos cultos sagrados e até de levar à própria mesa eucarística (onde se vai para receber o divino Autor da pureza) o cotão das paixões sujas. Deixemos então de falar dessas danças exóticas e bárbaras, uma pior do que a outra, que entraram agora na moda no mundo dos grandes e elegantes; não se poderia encontrar um meio mais adequado para remover todos os vestígios de modéstia".
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No mundo do homens da Igreja onde não se avista uma única mulher, essas imodestas obras do diabo, a modéstia é o mote, tanto nas poses, como nas cores e vestes: ouro, prata, cetim, arminho, brocado, seda, púrpura, vermelho e carmim, cores da humildade, sacrifício e amor aos pobres.


Bento XV, quem escreveu estas palavras sobre a imodéstia e ridículo das vestes das mulheres, em toda a sua modéstia recatada de seda, cetim, rendas, veludo e arminho, sentado em cadeira de talha de ouro forrada a brocado de seda, pézinhos em descanso em almofada de veludo púrpura (em Setembro de 1914, o início da Grande Guerra) e depois outros, em toda a sua modéstia cardinalícia:





























October 25, 2022

De cada vez que se olha o assunto dos padres criminosos sexuais piorou

 

Sou só eu que acho isto uma vergonha indizível? Todos os bispos sabem que há padres criminosos que continuam aconchegados pelos superiores para poderem continuar as suas vidas de crime, mas ninguém faz nada e, aliás, niguém abria a boca se não tivessem sido estas denúncias. Há uns tempos, um outro bispo dizia que isso de pedófilos era coisa de anglo-saxões e que os padres portugueses não faziam essas coisas. Sabendo ele da ladainha toda, está claro. A igreja católica dá mais valor à fachada de seriedade que ao 'próximo' que diz amar e servir acima de tudo.

Hoje li um artigo daquele ignorante do jornal Sol em que diz que vivemos numa sociedade moralista e que as pessoas pegam em minudências para criticar gente pública. Dá o exemplo de Boris Johnson, criticado por, diz ele, ir a umas festas. Boris Johnson ia a umas festas durante o tempo em que por sua ordem a polícia prendia filhos por irem ao funeral de seus pais, mas este opinador do público pensa que os políticos e figuras públicas não têm que sujeitar-se às leis e obrigá-los a isso é um moralismo atávico. 

Já outro dia a Bárbara Reis escrevia no público que devíamos desconfiar, não dos políticos que mentem mas das pessoas que chamam mentirosos aos políticos, pois leu um livro de um pensador que defende que a verdade é um conceito ultrapassado e que o que há são posições subjectivas, legítimas no seu ponto de vista e não mentiras. Se Bárbara Reis lesse mais do que um livro de um único pensador percebia que os conceitos da filosofia, como os da ciência, não se aplicam directamente no quotidiano do senso comum. A Física também nos diz, como certas correntes na filosofia já o diziam há séculos, que a chamada 'realidade' é uma construção mental e que as coisas não existem em si, mas como percepções, mas daí não se segue que eu possa ir diante de um juiz dizer que não cometi um crime que cometi e do qual existem provas inabaláveis com o argumento de que a verdade é um ponto de vista, que a realidade é uma construção mental, que na minha realidade sou completamente inocente, que na minha perspectiva o juiz nem sequer existe como coisa em si mesma e que o juiz é que está mal porque não entende a questão filosófica da verdade. 

Às vezes leio os artigos do jornal e tenho que ler outra vez para ter a certeza de que está lá mesmo escrito o que li: o bispo auxiliar de Lisboa diz, num tom blasé, que sim, há padres criminosos que continuam placidamente a cometer crimes com o conhecimento da Igreja.
Fico pasmada com a hipocrisia imoral da Igreja e com a empatia conivente que têm com os criminosos e não com as vítimas. Mas que sei eu? Talvez seja uma perspectiva onde o crime é um mero constructo mental de moralistas como eu, pobre ignorante da verdade enquanto constructo mental. Ou talvez seja a prova que os bispos e padres são os primeiros a não acreditar nos ensinamentos do Cristo e nas penas eternas dos pecadores.

Bispo Auxiliar de Lisboa reconhece que há padres no ativo acusados de abusos

O Bispo Auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, reconheceu, esta manhã de terça-feira, que há padres acusados de abusos sexuais no ativo e disse que "seria normal" que os bispos das dioceses afastassem de funções os membros da igreja denunciados pela prática deste crime, o que não estará a acontecer em todos os casos.

October 05, 2022

A cúpula da igreja católica atascada no crime

 


No crime de abusos sexuais, violações, pedofilia e no crime do encobrimento de crimes, ao mais alto nível. Ximenes Belo foi feito bispo depois de saberem que era um criminoso sexual. Isto chama-se, cumplicidade no crime. Os homens (no sentido restrito do termo) da igreja que cometem crimes sexuais são tantos, tantos, tantos e todos encobertos pelas cúpulas que já não é possível acreditar que sejam, "umas maçãs podres". 


Ximenes Belo desapareceu depois de notícia sobre abusos sexuais

Os casos avançados pela imprensa terão ocorrido na década de 1980, antes de Carlos Filipe ser nomeado bispo, quando ainda era superior nos Salesianos de Dom Bosco, em Dili, e foram denunciados em 2002, no ano em que resignou.

Na sua edição "online", o jornal explica ter ouvido várias vítimas e vinte pessoas com conhecimento do caso, incluindo "individualidades, membros do Governo, políticos, funcionários de organizações da sociedade civil e elementos da Igreja".

"Mais de metade das pessoas (ouvidas) conhecem pessoalmente uma vítima dos abusos e outros têm conhecimento do caso. O "De Groene Amsterdammer" falou com outras vítimas que recusaram contar a sua história nos media", refere a jornalista Tjirske Lingsma.

Os timorenses citados no artigo referem alegados abusos cometidos na década de 1990. Hoje com 42 anos, Paulo, identificado como uma das vítimas, alega que quando ainda era menor foi alvo de abusos sexuais na casa de Ximenes Belo, a troco de dinheiro.

Em declarações à Lusa, Marco Sprizzi, representante máximo do Papa e do Vaticano em Timor-Leste, referiu que o caso está com os órgãos competentes da Santa Sé, não indicando se o prelado foi ou não investigado.

September 26, 2022

A Igreja ortodoxa russa islamizou-se - juntou-se ao terrorismo de Putin

 

August 30, 2022

Um artigo a desvalorizar a responsabilidade da estrutura eclesiástica na pedofilia

 


Será-do-celibato
Julie Machado  - Mestre em Teologia

O termo “padre pedófilo” é usado não só para incitar um certo pânico moral contra o clero católico, mas para indicar que este grupo tem um risco acrescido deste tipo de crime. Na verdade, não existe nenhuma evidência de que padres cometam mais este crime do que outros homens.
(...)
Não está demonstrado que o celibato crie perturbações mentais das mais graves onde não existiam antes. Um mau padre, ou um que cometa estes crimes horripilantes, realmente é do pior que pode existir na Terra, pois tinha mais responsabilidade. Mas os restantes 98% bons, com este estilo de vida celibatário, fazem com que cada um se questione, e pense na sua vida ética e sexual. Mais do que perigoso e a evitar, o celibato pode na verdade ser uma das melhores armas contra a pedofilia.

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A autora deste artigo apresenta-se como especialista em teologia mas fala como se fosse especialista em sexualidade. 
Alega que o celibato não tem nada que ver com a pedofilia, mas conclui que o celibato é a melhor arma contra a pedofilia: afinal tem alguma coisa que ver com pedofilia ou não?

Alega que "não existe nenhuma evidência de que padres cometam mais este crime do que outros homens", passando por cima do facto de que a igreja escondeu e esconde os casos e não dá informações sobre o assunto, a não ser em algumas partes de alguns países e muito recentemente e esquecendo que sabemos que neste casos as vítimas que falam são uma pequena minoria, de maneira que não há dados para se poder tirar conclusões num sentido ou noutro.

Conclui dizendo:
Não está demonstrado que o celibato crie perturbações mentais das mais graves onde não existiam antes - ora, a pedofilia não é uma perturbação das mais graves, embora as suas consequência o sejam. A gravidade da doença mental é aferida em relação ao próprio doente (segundo o grau em que incapacita a sua vida) e refere-se a doenças como esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão grave, autismo profundo, psicoses. 
Sabemos duas coisas: a primeira é que as pessoas com tendências pedófilas procuram trabalhos que lhes dêem acesso a crianças; a segunda é que, pessoas com propensão para a doença mental pioram, quer dizer, reforçam as suas tendências quando vivem em ambientes pouco saudáveis e desequilibrados como é o ambiente clerical. 
As descrições que existem da psicologia dizem-nos que uma grande maioria destes padres  entram nos seminários numa idade precoce  antes de atingirem a maturidade psicossexual. Tomam a decisão do celibato, que será uma disciplina adequada para alguns, mas não para o comum das pessoas, sem uma noção realista da vida devido à sua imaturidade emocional.
Estão num meio onde experimentam "a impotência de viverem dentro de uma cultura estruturada, rígida e autocrática de homens, na qual que não têm poder e não são tratados como adultos plenamente desenvolvidos. "Geralmente", observa a Dra. Leslie Lothstein, Directora de Psicologia do Instituto de Vida, "a ecologia social da formação dos seminaristas católicos isola-os das mulheres, pelo que têm uma sociedade só de homens, com uma estrutura hierárquica muito profunda, na qual as pessoas no topo partilham traços de invencibilidade, invulnerabilidade, omnipotência, omnisciência".
A comparação que a autora do artigo faz da decisão de uma vida de celibato à decisão de uma dieta rigorosa não tem sentido nenhum pois uma dieta, por muito rigorosa que seja, não nega uma pulsão vital como faz o celibato. Na realidade, se a pessoa deixasse inteiramente de comer e beber, morria.

Um mau padre, ou um que cometa estes crimes horripilantes, realmente é do pior que pode existir na Terra, pois tinha mais responsabilidade. A autora do artigo não percebe ou finge não perceber que, mesmo que o número de padres pedófilos seja idêntico ao de outros homens, o que a história tem mostrado é que na igreja há uma política concertada ao nível de todas as cúpulas eclesiásticas para mentir, ocultar, desresponsabilizar os criminosos e desvalorizar o crime, ao ponto de mudarem os padres pedófilos de paróquia sabendo que vão alimentar-se de novos seres humanos indefesos. Isto passa-se no mundo inteiro, o que mostra ser uma cultura da instituição e não um defeito de meia dúzia de padres. O anterior Papa foi cúmplice de encobrimentos. Portanto, é a própria instituição e não apenas alguns dos seus homens que está envolvida na pedofilia, senão como praticamente, como facilitadora.

Mas os restantes 98% bons, com este estilo de vida celibatário, fazem com que cada um se questione, e pense na sua vida ética e sexual. A conclusão segundo a qual um padre celibatário pensa mais que as outras pessoas na sua vida ética e sexual é uma afirmação gratuita, desprovida de fundamento. Não conheço ninguém que não pense na sua vida ética e sexual. Se isso fosse verdade, o caso da culpa da igreja ainda seria pior, pois com tanto pensamento ético superior, como explicariam a sistematização da mentira, encobrimento e facilitação da pedofilia no seu interior? Teriam de admitir uma falha muito grave na própria estrutura.

A igreja católica tem muito poder neste país. Não há jornal nenhum que não tenha, pelo menos um padre cronista. Todos a desvalorizarem a responsabilidade da igreja na pedofilia. E outros defensores, com esta teóloga. Vítimas de pedofilia e outros abusos é que nunca vejo nos jornais. A voz é dada ao abusador e nunca ao abusado.

August 21, 2022

Instituições com milénios de excesso de poder




Porventura abrem mão desse poder? Instituições constituídas só por homens profundamente arrogantes, poderosos, machistas, misóginos, habituados a mandar em países e em reis, que até há poucos séculos eram familiares deles e tinham exércitos e faziam a guerra a quem queriam. Destituíam reis, faziam e desfaziam impérios. Gente com excesso de dinheiro habituada a honras dignas de deuses, a que lhes beijem as mãos e os pés, que conhecem os segredos mais obscuros dos outros, gente que se carrega de ouro e púrpura... gente sem nenhum controlo exterior que lhes trave os abusos... uma instituição com uma história de séculos de deboche e depravação ao nível das cúpulas... quer dizer... o que se espera? Que um indivíduo sozinho mude uma cultura de excesso de poder e de abuso profundamente enraizadas?

As concordatas de Francisco: olha para o que eu digo, não para o que eu faço


Malgrado discurso do papa sobre o imperativo de expor a verdade e compensar as vítimas, concordatas assinadas no seu reino impõem que justiça "avise" hierarquia de investigações contra membros do clero, "barricam" arquivos e - caso de Angola -, restringem as responsabilidades civil e criminal "à pessoa física" dos eclesiásticos condenados, para evitar pagar indemnizações.

July 30, 2022

"... não está em causa nem a honradez nem a seriedade de nenhum dos patriarcas"

 


Pois, eu penso que está. Não há muito tempo, a igreja portuguesa na pessoa do bispo do Porto, mentia desta maneira que me parece ser uma falha grave de carácter muito longe da honradez que P. I. Carvalho lhes atribui: 

Os abusos de menores foram “um fenómeno fundamentalmente anglo-saxónico”

D. Manuel Linda atribui maior parte dos casos de abuso sexual de menores a padres que já tinham deixado de o ser e garante que, em Portugal, os casos conhecidos não tiveram a “dimensão de gravidade” de que se ouviu falar no estrangeiro.


pedro-ivo-carvalho/a-inocencia-dos-cardeais-jn

May 04, 2022

A Igreja Católica igual a si mesma...

 


A Igreja devia ter uma posição moral sobre o assunto e não uma posição de estratégia política. O Papa vir dizer que Putin tem razão em atacar um país porque o país tem um comportamento que lhe desagrada? Pois, percebe-se no contexto da história da Igreja Católica que sempre valorizou a obediência servil, acima de tudo: acima da consciência, dos direitos fundamentais das pessoas; sempre valorizou a obediência a líderes não democráticos, apesar da Igreja ser a comunidade de todos os cristãos sem diferença e não a comunidade de uma cúpula. Essa Igreja que sempre teve alergia a processos democráticos e às pessoas terem direito à liberdade de escolher o seu próprio destino, 'compreendemos' que 'compreenda' a urgência de Putin em fazer guerra aqueles que lhe recusam essa obediência servil.


Papa sugere que NATO pode ter tido responsabilidade na invasão da Ucrânia

O sumo pontífice disse ainda que se ofereceu para ir a Moscovo falar com Putin, mas o Kremlin não respondeu. E diz estar pessimista, afirmando que "não há vontade de paz suficiente"

April 16, 2022

A Igreja católica nunca foi forte em diferenciar vítimas e agressores...

 


Como sabemos pela tolerância à pedófilia e pela maneira como glorificam os maridos machos e culpam as suas vítimas.



Muita indignação na Ucrânia por causa da ideia do Papa Francisco de ter mulheres ucranianas e russas a seguraram ao mesmo tempo a cruz na Via Crucis ontem. Ter a Irina ucraniana e a Albina russa a fazê-lo foi entendido como estando a pôr em pé de igualdade a vítima e o agressor.

Olga Tokariuk

October 19, 2021

O cúmulo da perversão





Este assunto dos abusos sexuais de crianças por padres e da tentativa da igreja portuguesa de varrer tudo para debaixo do tapete é tão escabroso que tenho tido dificuldade em lidar com ele mentalmente. Vêem-me imagens à cabeça de milhões de crianças entregues cegamente nas mãos de homens perversos e estúpidos, em países como o nosso, onde a igreja católica está presente na vida das pessoas desde a mais tenra infância. Desde o baptizado e depois nas escolas, nas catequeses, nos corpos de escuteiros, nos colégios católicos. Tudo cheio de secretismos de machos, muitos dos quais abraçam as vestes já a pensar que é um universo onde podem aproximar-se de crianças sem escrutínio, pois a igreja na sua arrogância de se proclamar detentora do poder e da verdade não ouve ninguém. Ostracizou metade dos crentes, que são as mulheres, para poderem manter estes vícios escondidos atrás da aparência de virtudes. E não digam que não são todos os padres, mas uma minoria, porque a questão é que, ao mais alto nível, não estão dispostos a lidar com essa minoria como criminosos e acham defensável usar o sigilo da confissão como pretexto para acobertar destruidores de crianças. Portanto, os criminosos são uma pequena porção mas os cúmplices encobridores são uma legião. E cada pedófilo não destrói apenas uma criança. Sabe-se lá quantas crianças se perdem e ficam com as vidas estragadas, mais as dos seus filhos, às mãos de um só desses criminosos.



Jean-Marc Sauvé. "Quando o mal se veste com as vestes e aparência de salvação, é o cúmulo da perversão"


June 23, 2021

Se a Igreja se mete nos assuntos políticos que passe a pagar impostos




...'crenças fundamentais da igreja'? Crenças fundamentais dos velhos machos da Cúria Romana que são meia dúzia de energúmenos, porque a igreja são os milhões de crentes, incluindo as mulheres que esses velhos descriminam e maltratam e os gays, que dentro do clero são legião, mas as igrejas são todas de uma hipocrisia do camandro.


O Vaticano rejeita a lei dos direitos dos homossexuais

O Vaticano expressou profundas reservas ao governo italiano sobre uma proposta de lei de direitos dos homossexuais, suscitando gritos de interferência da Igreja por parte de políticos liberais e gestos de gratidão por parte dos conservadores.

Aqueles que apoiam a legislação dizem que ela oferece aos italianos da L.G.B.T.Q. protecções contra a violência e a discriminação, que tardavam, mas o Vaticano acredita que o projecto de lei viola liberdades religiosas garantidas e que pode expor crenças fundamentais da igreja, tais como ordenar apenas homens e não reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a acusações de discriminação criminal.

February 04, 2021

June 22, 2020

22 de Junho de 1633



Galileu é obrigado a abjurar a teoria de Copérnico que põe o Sol no centro do sistema e a Terra a orbitar em torno dele. Em 1892 a igreja admitiu que afinal ele é que estava certo. Para uma instituição que tem linha directa ao Criador deixa um bocadinho a desejar. Just saying...




February 09, 2020

Espero que isto não seja verdade...



Refiro-me à pergunta. Isto não é uma pergunta sobre a eutanásia, que é ajudar uma pessoa em sofrimento não tolerável. É uma pergunta sobre matar pessoas. Uma pergunta tão enviesada nem vale a pena fazer. Isto é não levar o assunto a sério. Porque é que a Igreja não trata da salvação da alma, que é para isso que existe e está sempre a querer impôr a todos os seus padrões de comportamento, que deixam muito a desejar...?

Referendo sobre a eutanásia ganha velocidade com o apoio da Igreja
“Concorda que matar outra pessoa a seu pedido ou ajudá-la a suicidar-se deve continuar a ser punível pela lei penal em quaisquer circunstâncias?”.