Porventura abrem mão desse poder? Instituições constituídas só por homens profundamente arrogantes, poderosos, machistas, misóginos, habituados a mandar em países e em reis, que até há poucos séculos eram familiares deles e tinham exércitos e faziam a guerra a quem queriam. Destituíam reis, faziam e desfaziam impérios. Gente com excesso de dinheiro habituada a honras dignas de deuses, a que lhes beijem as mãos e os pés, que conhecem os segredos mais obscuros dos outros, gente que se carrega de ouro e púrpura... gente sem nenhum controlo exterior que lhes trave os abusos... uma instituição com uma história de séculos de deboche e depravação ao nível das cúpulas... quer dizer... o que se espera? Que um indivíduo sozinho mude uma cultura de excesso de poder e de abuso profundamente enraizadas?
As concordatas de Francisco: olha para o que eu digo, não para o que eu façoMalgrado discurso do papa sobre o imperativo de expor a verdade e compensar as vítimas, concordatas assinadas no seu reino impõem que justiça "avise" hierarquia de investigações contra membros do clero, "barricam" arquivos e - caso de Angola -, restringem as responsabilidades civil e criminal "à pessoa física" dos eclesiásticos condenados, para evitar pagar indemnizações.
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