April 06, 2020

Blogs por aí - estou aqui a rir há uma data de tempo



Há algum tempo que não ia espreitar o blog do 31 da Armada porque a certa altura eles deixaram de escrever e é como diz o ditado, quem não se vê deixa de ser lembrado ou algo do género. Agora que devem estar fechados em casa reanimaram o blog que estava em coma. Hoje passei por lá e tenho estado a rir. Não é que concorde com as ideias deles mas o Rodrigo Moita de Deus, quando está inspirado tem muita piada e acerta na mouche com um tiro certeiro e, pelos visto, tem andado inspirado porque está imparável, um fartote de rir. É verdade que as alimárias que orientam as festas prestam-se ao gozo, mas mesmo assim, aquilo está mesmo com graça.

Livros de 1975/76 visto à distância


Esta aqui a dar uma olhadela no catálogo da Livraria Alfarrabista, Liliana Queiroz que acabou de me cair no email, quando fui dar com este livro. Curso Básico do Comunismo Científico. Isto hoje em dia faz-nos sorrir mas lembro-me muito bem que à época os comunistas e satélites insistiam à força que a eficácia do comunismo estava provada cientificamente e não aceitavam nenhum argumento contrário. À distância, este título lembra a publicidade com recurso à autoridade da ciência por parte dos fabricantes de detergentes.


...
(Ref. 19786)
Ano: 1975/76
Lisboa; Edições Avante; In-8º de 4 volumes; Brochado

Obra sob a direcção de V. G. Afanassiev.
Exemplares em bom estado de conservação.


Quem pensa que esta crise vai fazer mudar alguma coisa na cabeça dos líderes europeus desengane-se



O ministro das finanças alemão já veio dizer claramente que a única coisa que podemos fazer é endividar-nos mais, cada um por si e que ele vai impor condições que têm a ver com o que ele chama, 'condições com sentido', seja lá o que isso for, mas sabendo nós o que essa gente pensa e faz sabemos que será mais do mesmo que já tivemos, só que agora sem palavras ofensivas e sem mandarem cá os três cobradores do fraque. É tudo feito à distância de um clique.
Pior que isso é sabermos que o Centeno é cara chapada destas ideias de austeridade (à qual ele se furta) e há-se assinar de cruz a nossa próxima desgraça, com o apoio de Costa.

Ministro alemão. Países que precisem de ajuda, "desta vez, não vão ter uma troika a dizer como devem governar" 


Ministro alemão das Finanças tranquiliza países que possam precisar da ajuda financeira dos fundos europeus. Não serão impostas "condições sem sentido, como por vezes aconteceu no passado", garante.

Parecendo certo, nesta fase, que a reunião dos ministros das Finanças do Eurogrupo irá, na terça-feira, concluir que o principal instrumento a que os países poderão recorrer é o (já existente) Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) – e não a emissão de dívida conjunta, as eurobonds ou, aqui, coronabonds .


A Macrónia



De que vão falar e, com que cara, os líderes dos países que dentro da UE têm andado a roubar-se e a negar ajuda aos outros?


França devolve os 4 milhões de máscaras de empresa sueca que tinha confiscado (e que iam para Espanha)

O governo francês viu-se obrigado a devolver os 4 milhões de máscaras que tinham sido confiscadas numa empresa sueca que trabalha em Lyon. O stock de máscaras ia para Espanha (e algum para Itália).

O governo francês viu-se obrigado a devolver os quatro milhões de máscaras de proteção que tinham sido confiscadas a uma empresa sueca que trabalha em Lyon, a Molnlycke. O stock de máscaras que tinha sido confiscado seria enviado para Espanha e, também, uma parte para Itália – os dois países europeus mais afetados pela pandemia de Covid-19 – mas o material foi confiscado a 5 de março com base num decreto do Presidente Emmanuel Macron que autorizava a requisição pública de todos os materiais necessários para conter a pandemia no país.

Diário da quarentena 23º dia - jantar



Omelete de cogumelos, com ceboletas, cebolinho, coentros, um bocadinho de queijo ralado, sal e muita pimenta. Acompanhada de umas alcachofras.



Ficou assim. Estava boa. Bebeu-se com um belíssimo vinho branco que encomendei a uma garrafeira que vem trazer a casa. Se soubesse tinha encomendado mais garrafas... não se deve estar tanto tempo enfiada em isolamento sem algum prazer que compense.


Entardece





Shnail Khanl

Isto é só rir... o Observador organizou, a pedido de um banco, uma 'conversa' acerca do que é a educação do futuro, chamada, 'A Melhor Escola do Mundo'



E quem são os convidados? Gente de fazer dinheiro, naturalmente, ou não fosse o pagante um banco: é o Director da Nova ESB (a secção que só fala no dinheiro), é o director da Porto Editora, uma empresa que existe para fazer dinheiro e tem uma grande lobby para o efeito e uma tal, Carolina Almeida Cruz, de quem nunca tinha ouvido falar . Fui pesquisar e fiquei a saber que se formou em Psicologia mas tirou uma formação em finanças, fundou uma empresa, e de repente estava na ONU e em todo o lado e agora trabalha numa consultora, a Mercer, uma empresa de fazer dinheiro.

E é esta gente que é convidada para falar do futuro da educação e que decide, duma maneira ou de outra, porque são os que se dedicam a fazer dinheiro aqueles de quem o poder gosta e ouve, o futuro da educação.

Quem pensa que alguma coisa vai mudar por causa desta crise, desengane-se.


A "Escola do Futuro" abre amanhã ciclo
de conversas sobre Educação

"Hoje Conversas. Amanhã és Pro". Foi com este mote que o Santander desafiou o Observador, e, assim, inauguram o ciclo de conversas 2020. Vamos falar da Educação do Futuro, amanhã, 7 de Abril

No âmbito da iniciativa “Hoje Conversas. Amanhã és Pro”, tendo o tema da Educação como enquadramento a este novo desafio, o Observador, numa parceira com o Santander, vai reunir convidados de destaque, de várias áreas do mundo da Educação, para conversar sobre diversos temas que nos assolam nesta nova era que vivemos.

A primeira conversa será virtual e realiza-se já amanhã, dia 7 de Abril, às 18h30, e será transmitida em direto no site do Observador, bem como nas redes sociais do site e do Santander.

A jornalista Laurinda Alves vai conversar sobre o tema A melhor Escola do Mundo

– É a que se abre ao Futuro, com três convidados de excelência, que a partir das suas casas, vão partilhar as suas experiências e opiniões sobre o tema.

Inaugurando este recente modelo de conversa, vão estar connosco Daniel Traça, Dean da Nova SBE; Paulo Gonçalves, Diretor de Comunicação do Grupo Porto Editora; Carolina Almeida Cruz, Fundadora da ONG Sapana, e que actualmente desempenha funções na Mercer.

Diário da quarentena 23º dia - optimismo para desanuviar



Tanta vida num espacinho tão pequenino. A vida persiste.




Diário da quarentena 23º dia - momentos de parvoíce para desanuviar




A crise do Coronavirus Li Wenliang vista por uma colega de Filosofia. Se não fosse grave era cómico, tal o absurdo disto tudo


"Há o Estado da Nação e o Estado da Negação. Todos já estivemos lá e fomos despertando do nosso sono dogmático, uns mais depressa e outros mais devagar. O mesmo se pode dizer dos nossos 'líderes' regionais e internacionais. O discurso de Trump resume um pouco o que se passa, qualquer coisa como isto: Usem máscaras se quiserem... os dirigentes democráticos, ditadores, etc, ... a rainha de Inglaterra (!) eu (!) não usamos máscaras por ... uma questão de imagem (?) de... 'liderança' (?). Qual é a diferença entre isto e o actual discurso da DGS ou da ministra da saúde?. Palavras para quê, vivemos numa realidade virtual em que o Jornal Expresso acha útil perguntar a essa ministra: se já fez a lida da casa... e os telejornais terminam com homilias dos jornalistas ao som de Verdi...de algum modo, está também de regresso a teoria messiânica do oásis: enquanto a generalidade dos países europeus suspende exames e notas do 3º período, aqui opta-se por considerar a hipótese da retoma das aulas presenciais em Maio, para 'salvar' (!) o ano lectivo e a época de exames. Vivemos no melhor dos mundos possíveis."

~Luisa Borges

Coronavirus Li Wenliang - o que se passa na 'situation room' da Casa Branca? As reuniões ao mais alto nível sofrem de falta de nível



O conselheiro de economia de Trump, Peter Navarro e o especialista em doenças infecciosas, Anthony Fauci, não se entendem e Trump segue quem? O economista, naturalmente.
No sábado pegaram-se na reunião. Quem decidiu a opinião a seguir foi o genro de Trump, Kushner, essa grande sumidade. E podemos ler em pormenor como são decididas as medidas a tomar nas reuniões do líder do 'mundo livre.' 

Scoop: Inside the epic White House fight over hydroxychloroquine

The White House coronavirus task force had its biggest fight yet on Saturday, pitting economic adviser Peter Navarro against infectious disease expert Anthony Fauci. At issue: How enthusiastically should the White House tout the prospects of an antimalarial drug to fight COVID-19?

Behind the scenes: This drama erupted into an epic Situation Room showdown. Trump's coronavirus task force gathered in the White House Situation Room on Saturday at about 1:30pm, according to four sources familiar with the conversation. Vice President Mike Pence sat at the head of the table.
Numerous government officials were at the table, including Fauci, coronavirus response coordinator Deborah Birx, Jared Kushner, acting Homeland Security Secretary Chad Wolf, and Commissioner of Food and Drugs Stephen Hahn.

Behind them sat staff, including Peter Navarro, tapped by Trump to compel private companies to meet the government's coronavirus needs under the Defense Production Act.

Toward the end of the meeting, Hahn began a discussion of the malaria drug hydroxychloroquine, which Trump believes could be a "game-changer" against the coronavirus.

Hahn gave an update about the drug and what he was seeing in different trials and real-world results.
Then Navarro got up. He brought over a stack of folders and dropped them on the table. People started passing them around. 

"And the first words out of his mouth are that the studies that he's seen, I believe they're mostly overseas, show 'clear therapeutic efficacy,'" said a source familiar with the conversation. "Those are the exact words out of his mouth."

Navarro's comments set off a heated exchange about how the Trump administration and the president ought to talk about the malaria drug, which Fauci and other public health officials stress is unproven to combat COVID-19.

Fauci pushed back against Navarro, saying that there was only anecdotal evidence that hydroxychloroquine works against the coronavirus.

Researchers have said studies out of France and China are inadequate because they did not include control groups.

Fauci and others have said much more data is needed to prove that hydroxychloroquine is effective against the coronavirus.

As part of his role, Navarro has been trying to source hydroxychloroquine from around the world. He's also been trying to ensure that there are enough domestic production capabilities inside the U.S.

Fauci's mention of anecdotal evidence "just set Peter off," said one of the sources. Navarro pointed to the pile of folders on the desk, which included printouts of studies on hydroxychloroquine from around the world.

Navarro said to Fauci, "That's science, not anecdote," said another of the sources.

Navarro started raising his voice, and at one point accused Fauci of objecting to Trump's travel restrictions, saying, "You were the one who early on objected to the travel restrictions with China," saying that travel restrictions don't work. (Navarro was one of the earliest to push the China travel ban.)

Fauci looked confused, according to a source in the room. After Trump imposed the travel restrictions, Fauci has publicly praised the president's restriction on travel from China.

Pence was trying to moderate the heated discussion. "It was pretty clear that everyone was just trying to get Peter to sit down and stop being so confrontational," said one of the sources.

Eventually, Kushner turned to Navarro and said, "Peter, take yes for an answer," because most everyone agreed, by that time, it was important to surge the supply of the drug to hot zones.

The principals agreed that the administration's public stance should be that the decision to use the drug is between doctors and patients.

Trump ended up announcing at his press conference that he had 29 million doses of hydroxychloroquine in the Strategic National Stockpile.

Between the lines: "There has never been a confrontation in the task force meetings like the one yesterday," said a source familiar with the argument. "People speak up and there's robust debate, but there's never been a confrontation. Yesterday was the first confrontation."

In response to a request for comment on Axios' reporting, Katie Miller, a spokesperson for the vice president, said: "We don't comment on meetings in the Situation Room."

The bottom line: The way to discuss the drug's potential has become a fraught issue within the Trump administration. 

Most members of the task force support a cautious approach to discussing the drug until it's proven.
Navarro, on the other hand, is convinced based on his reading that the drug works against the coronavirus and speaks about it enthusiastically. 

Some of Trump's favorite TV hosts, including Fox's Sean Hannity, and friends including Rudy Giuliani, have also been touting the malaria drug for the coronavirus. Trump has made no secret who he sides with.

"What do you have to lose? Take it," the president said in a White House briefing on Saturday. "I really think they should take it. But it's their choice. And it's their doctor's choice or the doctors in the hospital. But hydroxychloroquine. Try it, if you'd like.

Well, well, well



Para onde foi o discurso desses grandes empresários acerca dos 'que vivem à custa dos dinheiros públicos', como eles dizem? É isso: quando facturam os lucros são todos deles, quando não facturam distribuem os prejuízos. A banca ainda há-de vir pedir dinheiro para isto.

Governments are once again splurging to keep big companies afloat

The Economist
Managers are encouraged to set enough aside for a rainy day. The covid-19 cloudburst means even the most prudent companies are rapidly exhausting their cash. Many will need a bigger umbrella that only the state can proffer.

Coronavirus LI Wenliang - Putin, outro autoritário mas em versão raposa



Enquanto os russos são incentivados a ficar em casa ao ponto de poderem ser multados e presos ele faz-se filmar em reuniões de trabalho sem máscara e a apertar as mãos aos outros, sem nenhum cuidado com o distanciamento social obrigatório. A DGS da Escócia demitiu-se hoje por muito menos que isto. Enfim, Putin, nisso é como Trump, 'eu, eu, eu sou o melhor e não preciso de máscaras porque sou invencível e isso de mascaras é para maricas'. Certas características são partilhadas por todos os autoritários que ocupam cargos de poder: vaidade em excesso, ausência de escrúpulos e desinteresse pelos outros. A diferença entre eles é que a ostentação de força e de controlo, em Putin é calculada e para efeitos propagandísticos e, em Trump, é endógena, para efeitos egotistas. O problema é que o vírus, como Boris Johnson, já percebeu, não se prende e não há serviço secreto que o cale com veneno. Talvez os venenosos acabem por morder a própria cauda.

Coronavirus Li Wenliang - ao menos que esta crise tenha um efeito colateral positivo para o, 'mundo livre'



É que é difícil, até ao mais dogmático apoiante de Trump, não ver como o homem é ignorante e estúpido. Fala pelos especialistas, até na cara deles, não tem respeito por ninguém, até pelos seus apoiantes que manda despedir a torto e a direito e começa e acaba todas as frases com, 'eu, eu, eu sou o melhor'. Por conseguinte, talvez, pelo menos, esta crise tenha um feito colateral positivo de não o reeleger para mais um mandato.O homem é uma catástrofe com pernas.



Well... explain yourself, if you please 😉



Israel’s Health Minister Yaakov Lizman, head of Agudat Yisrael party, who weeks ago declared that coronavirus is a "divine punishment for homosexuality", has been infected.  (Alfons Tena)

Diário da quarentena 23º dia



Fechados na quarentena escura do Inverno
sonhamos os quentes e luminosos luares do Verão.
A cabeça diz pára¡ ao coração sem razão.

Alessandro Tofanelli

Quietly




The Panther by Rainer Maria Rilke
His vision, from the constantly passing bars,
has grown so weary that it cannot hold
anything else. It seems to him there are 
a thousand bars; and behind the bars, no world. 
As he paces in cramped circles, over and over,
the movement of his powerful soft strides
is like a ritual dance around a center
in which a mighty will stands paralyzed. 
Only at times, the curtain of the pupils
lifts, quietly-. An image enters in,
rushes down through the tensed, arrested muscles,
plunges into the heart and is gone.



Palavras





Graffipoemas











Heduardo Kiesse

A kind of graffiti