Em primeiro lugar não vejo racismo nos cartazes, o que vejo é ordinarice. São ordinários. Porém, como sabemos, Bordalo Pinheiro que foi um vulto da nossa cultura chama porca à políticas e fazia caricaturas dos políticos com cara e barriga de porcos. Eça dizia que era preciso mudar os políticos pela mesma razão porque se mudam as fraldas, o que significa que lhes chamava uma merda. Não consta que Eça seja racista ou ordinário.
Em segundo lugar, os problemas da escola pública e o desprezo e desinteresse com que Costa trata a educação e, em particular os professores não desaparecem por causa de dois cartazes ordinários. As vezes e o modo como políticos, altos representantes do país e entre eles o primeiro-ministro foram ordinários a referir-se a professores, médicos, enfermeiros, juízes, segredo de justiça, etc. fazem estes cartazes parecer uma brincadeira.
Os problemas da educação e da falta de professores são demasiado graves e não vão desaparecer por causa de dois cartazes vulgares e falar como se a luta dos professores estivesse acabada por causa disto é uma infantilidade do género, pensamento mágico.
Percebemos que esta advogada que escreve crónicas a favor do governo, sai aos tiros para ver se o povo se distrai da vergonha que está a ser esta governação, nomeadamente com a educação e os professores, mas não distrai porque os problemas continuam.
Agora, ela é como os cartazes: péssima. Escreve com ódio de tudo o que não seja o PS: odeia a igreja, odeia todos os partidos à direita do PS, odeia os professores porque os professores criticam Costa, distorce os factos para caberem nos seus preconceitos e, pior que tudo isto, tem zero sentido de humor... Enfim, é intelectualmente desinteressante.
Desculpem insistir, mas os cartazes são racistas
Aqueles cartazes eram, de facto, péssimos. Tão maus que fizeram duas vítimas: António Costa e a própria luta dos professores.