Ukrainska Pravda em inglês
@pravda_eng
Zelenskyy após conversa com Scholz: a Ucrânia também vai receber mísseis para sistemas de defesa aérea.
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Zelenskyy após conversa com Scholz: a Ucrânia também vai receber mísseis para sistemas de defesa aérea.
O drama satírico grego antigo incluia sátiros em cena. Era mais curto e mais leve do que a tragédia. O desfecho era geralmente alegre e os principais personagens, Sileno e os sátiros, compunham o Coro. [Demétrio], um erudito do século -II, chamou o drama satírico de τραγῳδία παίζουσα, ‘tragédia divertida’ (portal Grécia antiga)
Anda por aí muita gente numa verdadeira caça ao erro em jornais, blogues e redes sociais. De cada vez que encontram um erro exultam quais KGBs que apanharam um espião mal camuflado. Vai logo para o Gulag do KGB do pequeno erro. Se o zek em questão é um professor, então, cantam o Exsultate, jubilate.
Uma pessoa que escreve muito, quer dizer, milhares de palavras por dia, comete erros. Alguns erros serão mesmo de não saber como se escreve a palavra, outros terão uma fonte mais obscura. Por exemplo, há uns anos, em que andava torturada pela ideia de que devia agir numa determinada situação, escrevi num texto de blog, aja, em vez de haja. Um internauta chamou-me a atenção e percebi logo a natureza freudiana desse lapso. Porém, nem sempre percebo a causa dos erros. Há tempos, aqui no blog, escrevi mais que uma vez, concelho em vez de conselho. Quantas vezes escrevo por ano o termo conselho em conselho de turma, conselho de encarregados de educação, etc.? Milhares. Começo logo no início do ano a fazer actas desses conselhos e a enviar emails aos EE a falar dos conselhos de turma. Porque é que naquele dia escrevi daquela maneira? Não sei, não faço ideia.
Um dia, há uns anos, fui para as aulas -ainda conhecia mal os alunos- e certas palavras saíam-me com um 'l' no meio: 'atraslo', 'caslo', 'factlo' e outras do género. Quando disse a primeira, os miúdos riram, mas à medida que dizia outra e mais outra, olhavam para mim com um ar de espanto e eu estava a fazer um esforço consciente de não cometer esse erro e as palavras saiam-me assim. Porquê? Não sei...
Mas voltando aos KGBs da ortografia. A questão é que muitos desses caçadores de erros ortográficos cometem erros de pensamento e nem se dão conta (e alguns bem grosseiros e evidentes), mas uma pessoa no seu convívio com eles, não vai a correr apontá-los todos como se estivesse numa aula onde é preciso não deixar passar nenhum ou fosse um KGB do pensamento - enfim, a não ser que usem o seu mau pensar para nos atacar, pois aí temos que mostrar o erro ou que estejamos a discutir ideias.
A esses caçadores de erros ortográficos que em vez de chamar a atenção dos outros quando cometem um erro ortográfico, atiram logo a pessoa para o grau zero da humanidade, desejo-lhes uma vida menos mesquinha e estreitinha.
(do dicionário Hitita)
Senhora partem tam tristes
As células, apesar de serem recintos fechados, mantêm trocas com o exterior, são permeáveis. Os países, em certo sentido, são como células: recintos com fronteira definida, organização e integridade próprias, mas permeáveis ao contexto maior que as envolve, com outros, em universos comuns. Quando as células|países se tornam impermeáveis, por medo da mudança, o seu interior decai, como uma ilha completamente isolada do resto do mundo, parada, a envelhecer em círculos repetitivos sem evolução. Como a célula deste vídeo, a certa altura rasga-se por dentro e, embora durante um certo tempo continue a haver actividade aparente e vida dentro do recinto que é a célula, é já só um simulacro à espera da desintegração final. Isso é o que se vê nesta conversa entre dois russos: círculos repetitivos de inflamação insana, sem evolução.
It is hard to believe the horrific and murderous language of these Russians. It is rare in history to hear this kind of public criminal and cruel language. Soft, safe pundits urging genocide from a brutal and undisciplined Russia Army. This cannot pass. https://t.co/FTPzXPasRr
— Barry R McCaffrey (@mccaffreyr3) October 23, 2022
Por extensão de sentido: compreensão súbita e intuitiva do significado essencial de algo.
Termo do latim tardio epiphanīa, por sua vez do grego ἐπιϕάνεια (epipháneia), de ἐπιϕανής, «visível», derivado de ἐπιϕαίνομαι, «aparecer»
Do grego έπι (epi-) «após, no, próximo de - no espaço ou no tempo» + φωνήεν (phainein) «trazer à luz, fazer aparecer», φανταζείν (phantazein) «tornar visível, exibir, branco, luz, raio de luz».
É um sentimento que expressa uma súbita sensação de entendimento ou compreensão e intuitiva do significado essencial de algo. Também pode ser um termo usado para a realização de um sonho com difícil realização.
As palavras escuro/a e claro são anteriores aos racismos, ainda que possam ser usadas nesse sentido por racistas, mas quase tudo pode ser usado, sendo-se racista, para esse fim. Até um lençol.
Escuro significa o que não irradia luz, não é claro, não permite ou dificulta a visibilidade ou inteligibilidade.
obscuridade (n.)
final de 15c.., obscuro, "ausência de luz, falta de brilho ou brilho"; 1610s com o significado de "condição de ser desconhecida ou discreta"; do obscuro (adj.) + -ity; ou ainda do obscuro francês antigo, uma variante do oscureté "escuridão, escuridão; vagueza, confusão; insignificância" (14c.) e directamente do obscuritatem (obscuritas nominativas) "escuridão, indistinção, incerteza", do obscurus. O significado de "qualidade ou condição de não ser claramente compreendido" é do final do 15c. (Caxton).
"Quando me pediram para falar sobre a obscuridade do poeta moderno, fiquei encantado, pois sofri desta obscuridade toda a minha vida. Mas depois percebi que me pediam para falar não sobre o facto de as pessoas não lerem poesia, mas sobre o facto de que a maioria delas não o compreenderia se o fizessem ..." [Randall Jarrell, "The Obscurity of Poetry," 1953]
*(s)keu-
Proto-Indo-raiz europeia que significa "cobrir, esconder".
Forma todo ou parte de: chiaroscuro; cunnilingus; custódia; cutânea; cutícula; -cyte; cyto-; esconder (v.1) "para ocultar;" esconder (n.1) "pele de um animal grande;" acumular; mangueira; amontoar; cabana; kishke; lederhosen; meerschaum; obscuro; escumalha; skewbald; skim; céu.
É a fonte hipotética de/evidência da sua existência é fornecida por: kostha em sânscrito "parede envolvente", skunati "coberturas"; kytos gregos "um oco, recipiente", keutho "para cobrir, para esconder", skynia "sobrancelhas"; cutis latino "pele", ob-scurus "escuro"; kiautas lituanos "casca", kūtis "barraca"; ciw arménio "telhado"; "tripa" kishka russa," literalmente "bainha";" hid hidan inglês antigo "a hide, a skin," hidan "to hide, hide, ocultar; "nuvem" céu nórdico antigo; "nuvem" sceo inglês antigo; "escroto" hode alemão médio-alto;" scura alemão antigo-alto, "celeiro" Scheuer alemão;" cuddio galês "para esconder. "
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Da mesma maneira que claro é o que irradia luz, é brilhante e permite ou facilita a visibilidade ou inteligibilidade.
Do Portuguese antigo, craro (séc. XIII Cantigas de Santa Maria), do Latin clārus.
claro (adj.)
c. 1300, "dando luz, brilhante, luminosa;" também "não turva; transparente, permitindo a passagem da luz; livre de impurezas; moralmente pura, sem culpa, inocente;" de cores, "brilhante, pura;" do tempo ou do céu ou do mar, "não tempestuosa; suave, justa, não nublada, totalmente luminosa, livre das trevas ou das nuvens;" dos olhos ou da visão, "clara, aguçada; "da voz ou do som, "claramente audível, distinto, ressonante;" da mente, "perspicaz, perspicaz;" das palavras ou da fala, "prontamente compreendido, manifesto à mente, lúcido" (uma palavra inglesa antiga para isto era sweotol "distinct, clear, evident"); da terra, "clear, levelled;" do velho cler francês "clear" (da visão e da audição), "light, bright, shining; sparse" (12c. , Clara francesa moderna), do latim clarus "claro, alto", de sons; figurativamente "manifesto, simples, evidente", em uso transferido, de vistas, "brilhante, distinto"; também "ilustre, famoso, glorioso" (fonte de chiaro italiano, claro espanhol), de PIE *kle-ro-, de raiz *kele- (2) "a gritar".
A evolução do sentido pré-histórico para a luz e a cor envolve uma identificação da propagação do som e da luz (comparar inglês alto, usado de cores; inferno alemão "claro, brilhante, brilhante," de tom, "distinto, zumbido, alto").
Também em inglês médio "beautiful, magnificent, excellent" (c. 1300); de posse ou título, "unrestricted, unconditional, absolute", início 15c. De compleição, a partir de c. 1300. Sentido de "livre de ónus", mais tarde largamente náutico, desenvolvido em c. 1500. O significado de "óbvio para os sentidos" é de 1835. Clarividente é de 1580s (clarividente é de 1520s); clarividente é de 1709. Para a costa é clara, ver clear (v.).
límpido (v.)
meados de 14c., "tornar claro (um assunto obscuro) na mente, explicar, elucidar;" final de 14c., "tornar limpo, limpar, purificar; clarificar (um líquido), remover as nuvens ou diminuir o brilho ou transparência;" também "provar inocente, vindicar;" do tempo, mar, céu, nuvens, etc., "limpar, tornar justo ou calmo;" do claro (adj.). Relacionado: Limpo; limpos.
O sentido intrínseco de "tornar-se livre da obscuridade" é de 1580s. O significado de "ficar livre de obstruções" é de 1520s; o de "ficar livre de enredamento" é de 1590s; o de "passar (um obstáculo) sem enredamento ou colisão" é de 1630s. O sentido de "remover (algo) do caminho" é de 1670s; o de "limpar terra de árvores e vegetação rasteira" é de 1690s. O significado de "saltar para cima" é primeiro atestado 1791. O significado de "ganhar (uma soma de dinheiro) em lucro claro" é de 1719. Significa "obter aprovação para (uma proposta, etc.) da autoridade" é de 1944; significa "estabelecer como adequado para o trabalho de segurança nacional" é de 1948.
Limpar (a própria) garganta" é de 1881; anteriormente, limpar (a própria) voz (1701). Para desobstruir "partir, partir" (1825), talvez seja da noção de navios que satisfazem as alfândegas, regulamentos portuários, etc., e depois zarpar. Para desanuviar é a partir de 1590. Para desobstruir é de 1620s de tempo, 1690s como "deixar claro à mente". Limpar o convés (1802) é a partir de navios à vela. Limpar o ar no sentido figurativo é de finais de 14c. Limpar a costa (1520s) era torná-la adequada para o desembarque.
desimpedir (adv.)
c. 1300, "completamente, completamente, completamente,", c. 1300, a partir do uso claro (adj.) ou adverbial do adjectivo em francês antigo. Desde o início do 14c. como "claro, lúcido"; meados do 14c. como "alto, com distinção de som"; finais do 14c. como "brilhante, brilhantemente".
claro (n.)
início 13c., no lugar nomes, "uma clareira, uma clareira florestal", do substantivo francês antigo uso do adjectivo (ver claro (adj.)). Em inglês médio também "uma bela pessoa" (meados de 14c.). A partir de c. 1500 como "brilho". A noção no claro (1715) é "um espaço claro".
clearing (n.)
final de 14c., "acção de tornar claro", substantivo verbal de clear (v.). O significado de "terra limpa de madeira" é de 1818, inglês americano.
Etimologicamente, «fronteira» quer dizer, mais ou menos, «estou perto de ti». Tão perto que consigo distinguir a cor da tua roupa estendida a secar ao sol e chega-me, pela janela, o delicioso aroma do guisado que estás a refogar na cozinha.
Aos meus ouvidos chegam as tuas palavras, os teus risos, as tuas discussões, inclusive a rádio que tens ligada num volume excessivo à noite quando só queria dormir.
A palavra italiana confine, usada habitualmente para designar a «fronteira» deriva do vocábulo latino homófono, a forma neutra substantivada do adjectivo confinis, «confinante». Ou seja, o vizinho ou o que vive no piso de cima.
O espanhol confín, diz-se em francês, confins, para indicar o espaço que nos restaurantes nos separa da mesa ao lado ou do espaço que nos separa do colega com quem compartilhamos o escritório.
Vê-se com clareza a raíz do latim, finis, que tanto significa «porta», como «limite», limiar» ou «meta» - o objectivo «final».
E aqui estão as palavras em italiano para dizer, «concluir», finire, finalizar, indicar que «finalmente» levámos até ao fim algo que queríamos.
«A fim de que», dá um sentido não apenas sintáctico, ao esforço necessário para alcançar os nossos objectivos; e o, «por fim», com que se termina para sempre um discurso ou uma esperança.
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discreto (adj.)
"separado, distinto dos outros", do final do séc. XIV, do francês antigo «discret», «discre» e directamente do latim discretus "separado" - particípio passado do verbo discernere (discernir) que significa, «discriminar», «separar», «distinguir», «ver claro». Discernere vem de cernere, que significa, «passar pelo crivo», «joeirar», «decidir». Da mesma fonte derivam as palavras, «segredo», «secreto», «discrição.» Desse sentido de ser separado, distinto, vem o uso de discreto, de quem sabe guardar um segredo, é prudente, modesto, não se faz sentir com intensidade, é pequeno.
contínuo (adj.)
Já contínuo vem de con-tenere (ter junto, manter unido, segurar). Contínuo é o que está imediatamente unido a outra coisa. Da mesma origem vêm: conter, conteúdo, continente, contente (o que cabe em si e não cobiça alargar-se). Contínuo é também o funcionário que presta assistência contínua ao chefe.
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(António Carlos Brolezzi - A Tensão entre o Discreto e o Contínuo na História da Matemática... [tese de doutoramento])
Adlocutio, adlocutionis f. = o acto de dirigir uma alocução ao público.
(Digital Maps of the Ancient World)
Elenco da Coluna de Trajano (Roma) Cena X: a adlocutio de Trajano aos auxiliares romanos, tropas e cidadãos.
Para quem quiser ver toda a coluna em pormenor como se fossem tirinhas de um livro, pode ver no site da National Geographic dedicado ao tema, aqui.
Termo proveniente do grego antigo, ἐμπάθεια empatheia grega "paixão, estado de emoção", de forma assimilada de ἐν (em) e πάθος (pathos) "sentir", da raíz proto-indo-europeia, "sofrer"). Hermann Lotze e Robert Vischer adaptaram o termo para cunhar, Einfühlung (de ein "em" + Fühlung "sentir") em 1858.
(Em grego moderno, εμπάθεια pode significar, dependendo do contexto, «preconceito», «malevolência», «malícia» ou «ódio».)O termo foi incluído na teoria de apreciação da arte que mantém que a apreciação da arte depende da capacidade do espectador projectar a sua personalidade no objecto visto.
"Não só vejo gravidade e modéstia, orgulho, cortesia e aptidão, mas sinto-os nos músculos da minha mente. Este é, suponho, um simples caso de empatia, se pudermos cunhar esse termo como uma interpretação de Einfühlung. [Edward Bradford Titchener, "Lectures on the Experimental Psychology of the Thought Processes," 1909]
"... não há dúvida que os factos são novos e que justificam o seu nome: a obra de arte é uma questão de empatia (Titchener, Ward), de "sentimento de companheirismo" (Mitchell), de "simpatia interior" (Groos), de "projecção simpática" (Urban), de "semblante de personalidade" (Baldwin), todos os termos sugeridos por diferentes escritores como sendo versões do alemão Einfühlung. ["The American Yearbook", 1911].
Fui procurar o termo, «empatia» nos meus dicionários, a começar pelos mais antigos. Não consta do de Roquete, de 1848, nem do de Brunswick, de 1899, nem no de Candido de Figueiredo de 1926 (en passant - outro dia um alfarrabista, em Lx, tirou-me 30€ no preço de um livro porque a meio da conversa eu referi este dicionário e ele olhou para mim como uma espécie de animal em vias de extinção e comoveu-se hihihi).
Enfim, já o encontro no Dicionário da Porto Editora de 1977. O termo é descrito como uma "espécie de comunhão afectiva que nos permite identificar com outrem".
Porém, a «empatia» não é uma comunhão apenas afectiva. Para além da empatia afectiva existe a cognitiva. A empatia é um conceito amplo que se refere às reacções cognitivas e emocionais de um indivíduo às experiências observadas de outro. Ter empatia aumenta a probabilidade de ajudar os outros e de mostrar compaixão... ajuda a compreender as perspectivas, necessidades, e intenções dos outros.(Greater Good Science Center)
A «compaixão» é um "sentimento de tristeza ou ternura profunda por alguém que está a sofrer ou a experimentar uma desgraça". É um termo de meados do século XIV, compassioun, literalmente "sofrimento com o outro", do francês antigo, compassion, "simpatia, piedade" (séc. XII), do latim tardio, compassionem (nominativo compassio) "simpatia", substantivo de estado do particípio passado de compati "sentir piedade", derivado de com "com, juntos" + pati "sofrer".