May 12, 2021

Uma flor



Uma flor tem cor, luz, forma, textura, perfume, geometria, profundidade, elegância, estilo, presença, vida.



 

Bessi

Lembram-se quando havia flashmobs?

 


Creepy...

 


Esta pandemia e os confinamentos puseram-me a falar sozinha mais do que o costume. Talvez por isso, ganhei o hábito de falar com o computador em vez de teclar. Só fala inglês. Mando-o fazer coisas e ele obedece em tudo. É o meu sicofanta particular :) E tem bom gosto. Agora mandei-o tocar música de jazz blues e ele só me põe boa música. Perguntei-lhe, 'como sabes o tipo de música que gosto?' Abriu uma caixa de texto:


"A Apple recolhe informação acerca de como usa Apple Music (as músicas que ouve e durante quanto tempo, por exemplo) para personalizar o serviço de assinaturas, enviar notificações e compensar os nossos parceiros.

A biblioteca na nuvem envia à Apple informação acerca da sua biblioteca de música (nomes de músicas e de intérpretes, por exemplo) para identificar e desbloquear cópias das mesma que estejam igualmente disponíveis em Apple Music.

A informação da sua biblioteca na nuvem é associada a si durante o período da sua assinatura e mais algum tempo. Os registos das músicas reproduzidas são retidos durante o tempo necessário de acordo com as leis financeiras aplicáveis.

Para ajudar a identificar e a prevenir fraudes, será utilizada informação sobre a forma como usa o dispositivo, incluindo o número aproximado de chamadas telefónicas e e‑mails que envia ou faz e recebe, para calcular uma classificação de fidedignidade para o seu dispositivo quando tenta efetuar uma compra. Os envios foram concebidos de forma a que a Apple não consiga obter os valores reais no dispositivo. As classificações são armazenadas por um período fixo nos nossos servidores.

A proteção da confidencialidade e segurança da sua informação é uma prioridade para todos os colaboradores da Apple. Trabalhamos no sentido de recolher apenas os dados de que necessitamos para melhorar a experiência de utilização e, quando o fazemos, acreditamos que seja importante informar os utilizadores em relação ao que estamos a recolher e porque precisamos de o fazer, para que possam tomar decisões informadas. Apple Music, como qualquer produto e serviço Apple, foi concebido com base nestes princípios.

Usamos a sua informação pessoal para disponibilizar os serviços e as funcionalidades de Apple Music. Esta informação inclui a conta e a informação de pagamento, que pode ser alterada nas Definições ou nas Preferências do Sistema. 

Quando assina o serviço, a Apple recolhe informações sobre a forma como utiliza Apple Music para poder personalizar funcionalidades de acordo com os seus gostos musicais. Estas funcionalidades incluem Ouvir agora, onde pode ver álbuns e listas de reprodução escolhidas para si, e Rádio, que reproduz seleções dos seus intérpretes e géneros favoritos. Utilizamos também estas informações para podermos entrar em contacto consigo por e‑mail e enviar‑lhe notificações por push acerca de novos lançamentos, novos intérpretes e outros acontecimentos em Apple Music de que possa gostar.

Se pretender estabelecer ligação ou partilhar com outras pessoas através de Apple Music, pode criar um perfil pessoal, indicando o seu domínio de utilizador (por exemplo, @johnappleseed), o nome de apresentação e, se desejar, uma fotografia de perfil, uma biografia e outras informações. A Apple armazena estas informações com a sua conta para que possa aceder à mesma a partir de qualquer um dos seus dispositivos. O seu domínio de utilizador, o nome de apresentação e a fotografia de perfil podem aparecer juntamente com qualquer conteúdo por si publicado e a atividade que partilha em Apple Music. A partilha e publicação de conteúdos não estão, por agora, disponíveis aos ID Apple para menores.

Outras pessoas poderão também encontrar o seu perfil em Apple Music através da informação por si fornecida.

Pode tornar o conteúdo do seu perfil, como as músicas e listas de reprodução que ouve, disponível só a determinadas pessoas. Contudo, a informação do seu perfil, como o seu nome de domínio e de apresentação, fotografia, seguidores e quem segue, é sempre visível por todos.

Quando cria um perfil em Apple Music, receberá recomendações acerca de outros assinantes de Apple Music com quem poderá ter interesse em estabelecer ligação como amigos. A Apple não obtém nem armazena informação sobre os seus contactos ao verificar se existem amigos a recomendar. Apenas hashes abreviados e cifrados dos números de telefone e endereços de e‑mail dos seus contactos são enviados à Apple. Os assinantes de Apple Music a recomendar são determinados localmente no dispositivo do utilizador. Apple Music pode verificar periodicamente os contactos para recomendar novos amigos. Para controlar esta opção, desative “Contactos em Apple Music” nas definições da conta. Se preferir que a sua informação de contacto do ID Apple detida por terceiros nos respetivos contactos não seja usada para encontrar o seu perfil, pode alterar esta opção nas definições de conta desativando “Permitir localização por ID Apple”.

As informações que fornece no seu perfil poderão ser atualizadas ou removidas por si a qualquer altura. Sempre que partilha conteúdos online, deve pensar cuidadosamente sobre o que está a tornar público. Quando partilha conteúdos de Apple Music para outros sites ou redes sociais, tudo o que partilha encontra-se ao abrigo das políticas de privacidade desses outros serviços.

Se a sua operadora móvel oferecer assinaturas de Apple Music, a Apple poderá verificar o seu número de telefone para determinar se acedeu através de uma operadora parceira. Se assinou através da sua operadora, o seu número de telefone é utilizado para identificar a sua conta e informar a operadora de que ativou a sua adesão. Utilizaremos o número de telefone associado à sua assinatura apenas para verificar a sua conta no início de sessão e para ligar as suas atividades em Apple Music à sua conta. Também usamos o número de telefone para solicitar o cancelamento da assinatura junto da operadora móvel, a seu pedido.

A biblioteca na nuvem, uma vantagem da sua assinatura de Apple Music, permite-lhe aceder às músicas e listas de reprodução na sua biblioteca a partir de qualquer um dos seus dispositivos. Esta funcionalidade envia informações da sua biblioteca de música para a Apple, tais como músicas e nomes de intérpretes, para identificar e desbloquear cópias das músicas que também estejam disponíveis em Apple Music. Quaisquer músicas que não sejam encontradas em Apple Music são enviadas para a sua biblioteca na nuvem, para que possa aceder à sua coleção completa a partir de qualquer um dos seus dispositivos. Para parar a sincronização da biblioteca na nuvem, no iOS e iPadOS, vá a Definições > Música e desative “Sincronizar biblioteca”. No Mac, abra a aplicação Música, selecione Preferências > Geral e desassinale “Sincronizar biblioteca”.

Quando utiliza a assinatura de Apple Music, recolhemos informações sobre as músicas e os vídeos que reproduz ou adiciona à sua biblioteca de música ou às listas de reprodução, assim como sobre o conteúdo de que gosta, comenta ou partilha. A informação, como a conta, o endereço IP e o dispositivo, aplicação ou interface automóvel que utiliza para reproduzir, a localização em que estava em Apple Music quando a reproduziu, a hora a que a reproduziu e durante quanto tempo, é anotada e enviada à Apple. Utilizamos estas informações para personalizar a sua experiência em Apple Music, para lhe enviarmos e‑mails e notificações e para nos ajudar a entender como Apple Music é utilizado para que possamos melhorar este serviço. Por exemplo, estas informações podem ajudar-nos a escolher as publicações de música, vídeos e intérpretes que lhe apresentamos nas secções Ouvir agora e Rádio. Também nos permite fazer outras recomendações que refletem os seus gostos, pagar direitos de autor e impedir ou tomar medidas relativas a atividades que estão, ou poderão estar, em violação dos Termos e condições dos Serviços Media da Apple ou da legislação aplicável.

A Apple poderá utilizar informações sobre a sua conta (como os produtos Apple que possui e as assinaturas de serviços Apple) para lhe enviar comunicações sobre Apple Music e outros produtos, serviços e ofertas da Apple que poderão ser do seu interesse, incluindo Apple One. O número de série do dispositivo e outros identificadores de hardware podem ser usados para verificação da elegibilidade para ofertas de serviços. Se adquirir uma assinatura Apple One, podemos enviar‑lhe e‑mails e notificações por Push sobre as funcionalidades de cada um dos serviços que assinou. A Apple também poderá utilizar informações sobre a sua atividade dentro da aplicação Apple Music para lhe enviar e-mails e notificações por push sobre novas funcionalidades, conteúdos e ofertas disponíveis em Apple Music. Pode alterar as suas preferências de e-mail e desativar a receção destes e-mails acedendo a appleid.apple.com. Para atualizar as suas preferências de notificação no iOS e iPadOS, vá a Definições > Notificações > Música. No Mac, abra a aplicação Música e selecione Preferências > Geral > Notificações.

Algumas funcionalidades de Apple Music, como determinadas estações de rádio de internet, podem não estar disponíveis na sua região. A Apple pode usar o endereço IP da sua ligação à internet para calcular a localização aproximada e determinar a disponibilidade. 
 
Também calculamos uma classificação de fidedignidade para o seu dispositivo quando tenta efetuar uma compra. Para o efeito, utilizamos informação sobre a forma como usa o dispositivo, incluindo o número aproximado de chamadas telefónicas e e‑mails que envia ou faz e recebe. O envio foi concebido de forma a que a Apple não consiga obter os valores reais no dispositivo. A classificação é armazenada por um período fixo nos nossos servidores.

Podemos recolher, utilizar, transferir e revelar as informações não pessoais para qualquer finalidade. Por exemplo, poderemos agregar as suas informações não pessoais às de outros utilizadores de Apple Music para melhorar o serviço.

Toda e qualquer informação recolhida pela Apple será tratada de acordo com a Política de Privacidade da Apple, cujo texto pode ser consultado em www.apple.com/pt/privacy

Divulgação a terceiros

Quando utiliza Apple Music para ouvir rádio de internet, o dispositivo liga-se diretamente à estação de rádio de internet para lhe fornecer o conteúdo solicitado. Quando estabelece ligação, o endereço IP do seu dispositivo ficará visível para a estação de rádio de internet. A utilização do seu endereço IP pela estação de rádio de internet é regulamentada pelas políticas de privacidade da estação ou do respetivo fornecedor.

Somos obrigados a disponibilizar algumas informações sem teor pessoal, em formato agregado, acerca da utilização de Apple Music, assim como informação demográfica agregada (por exemplo, faixa etária e género), a editoras discográficas, editores e intérpretes, para que possam avaliar o desempenho do respetivo trabalho criativo e cumprir os requisitos de direitos de autor e de contabilidade. Partilhamos igualmente em formato agregado atividade sobre os conteúdos reproduzidos com compiladores de tops de música a nível mundial e com plataformas de marketing que ajudam as editoras discográficas e os intérpretes a conhecer os interesses dos ouvintes. Para determinar a sua elegibilidade para uma assinatura, caso tenha acesso à mesma através de um parceiro associado como uma operadora móvel, ou para finalizar uma compra, partilhamos algumas informações de teor pessoal com esse parceiro. 

As aplicações do iOS e iPadOS podem pedir acesso a Apple Music e à sua biblioteca na nuvem. Se lhes conceder acesso, as aplicações poderão aceder a informação acerca do conteúdo da sua biblioteca na nuvem, saber se é ou não assinante de Apple Music, ver a sua atividade de reprodução de música e de vídeos e as suas recomendações em Ouvir agora. Com a sua autorização, estas aplicações podem igualmente modificar dados associados à sua conta, como as músicas que se encontram na sua biblioteca e listas de reprodução. O acesso de uma aplicação pode ser desativado no dispositivo iOS ou iPadOS em Definições > Privacidade > Multimédia e Apple Music. No Mac, vá a Preferências do Sistema > Privacidade > Multimédia e Apple Music. Se removeu uma aplicação ou lhe concedeu acesso com uma versão do iOS anterior ao iOS 11 ou com o iPadOS, o acesso pode ser revogado nas definições da sua conta de Apple Music.

Saiba mais acerca de Apple Music

Encontrará informação adicional, incluindo informação acerca das funcionalidades e dos preços, em www.apple.com/pt/apple-music.

Encontrará informação acerca do leitor web de Apple Music e da Privacidade, em support.apple.com/pt-pt/HT208364."

 

É por estas e por outras que não sou assinante do serviço.

Este senhor deve andar cansado e a precisar de férias

 


Todo o artigo é sobre situações comuns que ele dramatiza e classifica de paradoxos, nomeadamente o facto de as pessoas terem posições relativas face aos objectos num contexto e isso implicar visões desajustadas umas das outras. Ele fala da direita e da esquerda se classificarem mutuamente de modos diversos (os muito à esquerda olham os do centro como sendo da direita e os muito à direita olham os do centro como sendo de esquerda), mas podia estar a falar de outra realidade. Um objecto no centro parece uma coisa a um dos extremos e a outro, outra. Não é nenhum paradoxo, é como ser dia em Portugal e noite na Austrália, apesar de estarem no mesmo planeta,  porque a posição relativamente ao sol é muito distante entre ambas e é uma relação mútua. Depois conclui que se somos a favor de uma saúde publica tendencialmente gratuita num sistema de economia mista, somos comunistas sem saber, porque a defesa de uma saúde publica gratuita em tempos foi defendida por socialistas. ??? É como dizer que somos todos cristãos porque a ideia da assistência social e da re-distribuição é de origem cristã. Já agora, somos todos répteis porque algures na nossa ascendência houve répteis e temos uma parte do cérebro, 'o reptiliano' que partilhamos com esses ascendentes arcaicos. 




Estas pessoas existem

 




Perguntas ao governo na AR

 


Novo Banco

- fiquei a saber que o dinheiro enfiado no NB corresponde a 80% de todo o rendimento que os portugueses, particulares e empresas dão ao Estado, ou seja, o país trabalha para dar dinheiro aos incompetentes do NB. O retorno, a haver, será no dia em que as galinhas tiverem dentes.

- o primeiro-ministro não respondeu porque não há resposta razoável para este crime que foi o contrato com o NB. 

- agora o primeiro-ministro está em Busca do Tempo Perdido, a contabilizar os pecadilhos do passado a falar em desastres e outras manobras de diversão porque não há resposta decente para esta pouca-vergonha de incompetentes irresponsáveis que trataram e tratam desde assunto.

Agora vem o assunto da EDP não pagar impostos pelas barragens que vendeu.

- um funcionário que redigiu um documento de um movimento de uma associação física que reclama o pagamento de impostos da EDP foi objecto de um processo de inquérito do ministério das finanças, por esse acto.

- o primeiro-ministro não conhece o assunto.


Agora é o BE que intervém acerca do NB

- o contrato foi mal pensado e criou conflitos de interesses. Catarina Martins também diz 'tochícos'... ... que feio! ... Onde é que foram desencantar este fonética...? Já nem consigo ouvir o que ela está a dizer.

- o primeiro-ministro responde que o Estado apenas fez empréstimos e espera que o retorno, a certa altura, seja superior à despesa. Foi buscar um documento do BE a confirmar isso.

- o BE fala nos prémios no NB e na não-necessidade, segundo o regulamento europeu, de capitalizar o NB com dinheiros públicos.

- o primeiro-ministro diz que está à espera de relatórios de estudo do assunto. Ao menos o primeiro-ministro diz, 'tóksicos' e não 'tochícos'. Já subiu na minha consideração.

- BE volta a dizer que o NB não precisa de injeções este ano e não se percebe a passividade do governo neste assunto. Tem razão.

- o primeiro-ministro está, vagarosamente, a tentar convencer que o encargo dos milhões no NB é do banco e não dos contribuintes. Isso era se o NB pagasse a dívida nos próximos 5 anos e não em 2045 quando eu já estiver a fazer tijolo, porque, se eu for a um banco pedir um empréstimo não me dão 30 anos para pagá-lo. Aliás, se tivesse o historial de vigarice que o banco tem nem sequer me emprestavam dinheiro.

- o BE diz, e tem razão, que a não-injecção de capital no NB foi decidida na AR.

- Costa está a emprestar o meu dinheiro sem minha autorização a bandos de vigaristas. Já foram enterrados na banca 25 mil milhões de euros. Onde está o retorno? Desde quando vigaristas cumprem compromissos? O o primeiro-ministro não tem resposta válida porque não tem razão.

Fui à cozinha e quando voltei Telmo Correia estava a falar de Odemira. Está a falar de uma lei de 2017 relativamente aos requisitos para imigrantes entrarem no país terem mudado, e mal. Os pedidos, logo a seguir à mudança da lei, passaram de uma média de 4000 anuais para 50000. Não sabia disto.

- o primeiro-ministro fala de futebol... ... não critica ninguém. Sabe-la toda... quem quer perder os votos dos adeptos dos clubes que são aos milhões? Quanto a Odemira, como a exportação cresceu aumentou a mão-de-obra. Do palerma do Cabrita nem uma palavra... diz que consequências políticas são a resolução dos problemas. Então e responsabilidade política? É uma história de fadas...

- o PAN e o PEV também falam de Odemira.

- André Ventura goza com o primeiro-ministro (já culpou Cavaco e PPC, se ainda vai culpar Sá Carneiro) e pergunta-lhe se vai por dinheiro no NB mesmo contra a desaprovação da AR. Pergunta-lhe se vai manter Cabrita que é tão mau que até já socialistas pedem a sua cabeça.

- o primeiro-ministro primeiro diz que Cabrita é um excelente ministro e depois desatou a fazer demagogia com o NB. Não há dúvida que Ventura faz os outros perderem a cabeça e ficarem desorientados e dizer disparates.

A IL faz uma pergunta sobre o NB: o acordo e a venda foram em 2017. Se até ao fim do governo de Costa o contrato não for cumprido e houver prejuízos para o Estado, de quem será a responsabilidade? Diz que já ouviu o PS dizer que a responsabilidade do contrato foi do governo anterior e que o futuro é da responsabilidade dos consultores. Governos nada.

- o primeiro-ministro fala dos cuidados do contrato. Isso não responde à pergunta.

- IL - se o o primeiro-ministro só segura Cabrita por ter andado com ele à escola? :))) é como quem diz, 'ninguém vislumbra uma única qualidade no homem para ser ministro'

- o primeiro-ministro brinca com o assunto mas continua a negar-se à responsabilidade política. Isto é pior de tudo deste governo - a total indiferença e negação pelas responsabilidades políticas.

- o Correira do PS está agora a fazer queixinhas em nome da sicofância ao primeiro-ministro. A Ana Mendes, ao lado dele, olha com ar de devota e estou sempre à espera que se benza. O rapaz devia desabotoar o botão do casaco que aquilo fica mal. Tem uma daquela barbas que põem os homens com ar de estarem arreados, sem ofensa, mas é o que parece.

- o primeiro-ministro fala dos dois primeiros anos de governação - o outro governo. Pois, o problema foi que a partir daí foi sempre a descambar com o grande masturbador a travar qualquer veleidade de melhorar a vida dos portugueses. 
O primeiro-ministro arranja muitas razões para explicar o desastre do NB mas evita a principal: não souberam evitar o descalabro do contrato que nos rouba 80% dos impostos que pagamos enquanto país. Fala de risco sistémico mas isso a mim não me convence porque ainda ninguém explicou como é que uma coisa levava à outra, de modo que isso para mim são histórias de carochinha para safar incompetentes. Agora está na propaganda demagoga.

- agora está uma devota sicofanta do PS (a Telmo) cantar loas ao primeiro-ministro: que ele é muito empático e o governo é o melhor:

♫ ♫
Hosanna, Hosanna
Hosanna nas alturas
Hosanna, Hosanna
Hosanna nas alturas
♫ ♫

Benzem-se todos.

- o primeiro-ministro está embevecido com estes nível de devoção. A deputada Telmo vai aquiescendo devotamente.

Palmas dos devotos. Amén.

Fim da 1ª ronda. 

(quando entra o grupo parlamentar do PS, isto é uma novela)

- João Oliveira do PCP pergunta sobre a posição portuguesa relativamente ao levantamento de patentes. Boa pergunta. Também quero saber.

- o primeiro-ministro reduz o problema à de capacidade de produção e foge à questão.

- João Oliveira do PCP faz perguntas pertinentes sobre os enfermeiros contratados à pressa e os médicos temporários. E diz que o facto da posição americana sobre o levantamento de patentes não ser altruísta não deve evitar que a UE faça o que deve fazer. Estou de acordo.

- responde a Temido. Não sabe dar uma resposta. Só demagogia. É insuportável. Fala, fala e não diz nada. Vai ver, tudo o que fará no futuro há-de ser óptimo. Tudo é fantástico no futuro sonhado. Horrível. E tem sempre o mesmo discurso, seja que lhe perguntem as horas, o número de camas ou o casaco da primavera. Mais valia que respondesse uma vez e depois levantava um cartaz onde se visse escrito, 'ibidem'. Poupava-se um tempão... e alguma irritação.

- Carneiro do PS é mais um clone de Socas - queixa-se que o primeiro-ministro é uma vítima da maldade das direitas (assim no plural). Em vez de combate, diz 'cumbate'. Tem um tom de voz de homilia pascal. Enfim, é mais um 'hosanna'. Ana Mendes está feérica com os devotos. Acabou o discurso. Olé!

- isto é como os bocejos que se pegam e é assim que o primeiro-ministro também adoptou um tom de homilia pascal e está a fazer o auto-elogio. Agora está a queixar-se que tem muito trabalho eé tudo complicado. Jura? Diz que a nossa recuperação será verde... ... só se despedir o ministro do ambiente...

- o sicofanta nº3 do PS faz o elogio de Costa no plano europeu. O primeiro-ministro já está em campanha para Presidente da Comissão Europeia? Está a recitar as bem-aventuranças de Costa. É como se ele fosse a 'Second coming'. Ridíííículoooo.

- o primeiro-ministro está agora no seu momento Pinóquio (li isto numa crónica e gostei): acabámos com a austeridade. Ganda mentira!!! Senhor Costa, então?? Ahahahah - o argumento dele agora é: isto é um merde, mas se fosse a direita era uma merde ainda pior. Ahahaha
Agora fala do papel das escolas: olhe, estou há um ano (faz este mês) para que me actualizem a subida de escalão... dispenso os agradecimentos. Quero é o que é meu por lei.

- ainda há um sicofanta nº 4. Um Pinto Leite. Está a chorar com a voz para fazer pena. Como é que um homem desta idade tem aquele penteado à Cavaco Silva? Isto diz muito dele. Bem, agora fez uma observação crítica muito pertinente. Costa está quase a dormir.

- ibidem a falar. Fui lá dentro e voltei e a mulher continua a despejar a mesma cassete de demagogia balofa. Mute na TV que já não aguentava. É por isto que não vejo noticiários.

- BE faz perguntas sobre as estufas e a exploração de imigrantes e a lei que legalizou a vida em contentores. Cita Helena Roseta. Muito bem. Já há em Odemira 6000 trabalhadores e a tendência é para crescer porque as estufas estão a crescer em área de ocupação e de água roubada às barragens. é também um problema ambiental.

- Ana Godinho (ministra do trabalho, solidariedade e segurança do trabalho) - diz que fazem muitas inspecções e revistas. Pois, mas isso não impediu, nem resolve agora o problema... O discurso dela não bate certo com os factos. Diz que somos um país que acolhe. Acolhemos mal, o problema é esse.

- Catarina Martins - os migrantes são abusados e explorados. E onde está o ministro da agricultura? Era o que eu estava a pensar!

- a ministra não tem respostas e está a vaguear.

- Catarina Martins - questiona o primeiro-ministro sobre a questão da Palestina, melhor a condenação de SS aos palestinianos enquanto tem estado calado quanto ao apartheid violento que os israelitas têm feito aos palestinianos.

- CDS Cecília Meireles - sobre a auditoria do Tribunal de Contas - o primeiro-ministro citou mal o documento. Quer explicar-lhe ponto por ponto o documento para ele perceber. (porque ele não deve ter percebido)  lol E se tudo funcionar mal o Estado compromete-se a injectar no NB mais 1600 milhões de euros e quem negociou isto foi o Costacenteno. A pergunta dela é: porque escondeu isto aos portugueses.
Quanto à venda e a só haver um comprador, o TC recomendou que abrisse uma cena que não ouvi para perceber se havia melhores compradores. Muito bem!

- responde o Leão - nível de resposta 0 -que o que fizeram o melhor para a estabilidade. Isto não diz nada. Está a repetir a resposta do primeiro-ministro acerca de ser um empréstimo fantástico para nós que pagamos o circo. Quantos aos 1600 milhões de euros a injectar seria de modo diferente... mas não diz em quê, nem como... agora questiona-a se comprometeu o país numa atitude blasé a caminho da praia.

- CDS Cecília Meireles - ela responde-lhe bem: há uma contradição entre as palavras dele e a do primeiro-ministro. Está a explicar o contrato ruinoso que o governo Coastacenteno fez com o NB.

- Leão reponde e está a dizer que foram feitas transferências a fundo perdido e agora pagam-nos juros em 2091... ou por aí.

- o primeiro-ministro quer falar. Que em 2046 se verá o impacto. Então senhor Costa, está a imitar a ibidem?... Daqui até 2046, muitos cairão na pobreza ou morrerão mais cedo e muito desenvolvimento não se fará, porque o dinheiro para as políticas comuns foi enfiado nesse bando de vigaristas. Esta é que é a questão.

- agora fala o ministro do ambiente a dizer que fizeram tudo bem. O que acho fantástico é fazerem todos tudo muito bem e tudo estar muito mal... ... chama-se a isso incompetência. Pelos vistos só há meia dúzia de meses é que têm um acordo de impacto ambiental... incrível.

- a deputada do PAN fala do problema do ambiente e da quinta dos Ingleses. Boa pergunta. Esta deputada traz uma máscara verde, não sei se por referência ao ambiente ou à vitória do Sporting. Pergunta ao primeiro-ministro sobre a questão do assédio sexual em contexto laboral.

(este post começou há três horas...)

- fala a filha do pai...

- Mariana Silva do PEV - o governo da madeira quer asfaltar as estradas da floresta laurissível?? What?? Que gente estúpida!

- o ministro do ambiente diz que o assunto é do governo regional da madeira.

- Ventura sobre a prevenção da corrupção. Boa pergunta.

- o primeiro-ministro não respondeu sobre a prevenção da corrupção. Diz que já têm um regimento interno.

-  o primeiro-ministro agora teve piada a responder à IL

- agora vem o discurso de campanha. 

- A Isabel Meireles disse verdades com V grande.

- o Irão vai ser integrado na comissão da defesa das mulheres na ONU? E nós como votámos? Essa é a pergunta da IL.

- o SS é igual à Temido na cassete. Um ibidem... quero ver se responde à pergunta da IL.
Temos um método na UE que é o método da coordenação... what? Desde quando isso é uma método? Está a despejar a cassete...  a predicar... ... que massacre. Tem os gestos de mãos do Sócrates. Este tipo... quem não o conhece do tempo de Sócrates que o compre. E não respondeu à pergunta da IL. Cobarde.


Delinquentes violentos nas escolas

 


Ontem foi o caso de Ponte de Sor, hoje é este e há muitos outros de delinquentes violentos que andam nas escolas a espancar, a esfaquear, a violar. Para quando uma lei a expulsar das escolas delinquentes violentos? Para quando uma lei a proibir a entrada na escola de encarregados de educação agressivos? Para quando uma lei que responsabilize os pais destes alunos pelo comportamento dos filhos? A escola não é um centro de reabilitação terapêutico de transtornos de comportamento e a inclusão não pode significar a opressão dos alunos que estão na sua vida normal de estudantes. Faz algum sentido submeter alunos a uma pressão quotidiana intolerável, apenas para cumprir o absurdo da obrigação das escolas abrigarem delinquentes graves, para agradar a pedagogos de secretária e políticos de papo-seco? 


Jovens agridem e arrancam unhas a colega na sala de aula em escola da Amadora


Rapariga de 18 anos, aluna de curso profissional, espancada por três outras. Uma delas já foi suspensa.


Ainda outro caso de um rapaz que está a ser julgado por ter esfaqueado um colega:



Desde a ARTV

 


Estou a ouvir a Audição ao Presidente do Tribunal de Contas no âmbito do inquérito parlamentar às perdas registadas pelo NB. O deputado que está a falar, que não sei quem é, porque a TV não identifica nem a pessoa nem o partido a que pertence, acaba de dizer tóxicos, desta maneira, 'tochícos' em vez de 'tóksicos'. Que feio.


Porque é que a democracia não funciona neste país?

 


É ler. É tudo transparente.

 Primeiro os representantes da democracia precisam de um palácio. Deus nos livre de trabalharem num edifício como os outros seres humanos sem trono! Que horror! Seria como os nossos representantes políticos, em vez de andarem em Mercedes de 100 mil euros andassem num carro dos que se produzem na Autoeuropa ou se em vez de comerem lagosta por 3 euros no restaurante do Parlamento, pagassem o almoço de lagosta, do seu bolso. Um destronamento! Depois o palácio tem que ter muitas obras à medida de suas excelências. Depois as obras não se fazem porque... ... não interessa, há muitas maneiras de se atrasarem obras... 




Não vale a pena uma pessoa irritar-se com o CTT Expresso porque o serviço é nível quinto mundo

 


Agora ligaram-me de uma editora. Este ano os manuais do 10º ano mudam (o que é bom porque o secretário de Estado homologou um programa todo incoerente, tipo manta de retalhos mal cosida e não havia manuais que correspondessem ao programa) e as editoras estão a enviar manuais modelo. Desta editora, que tem várias chancelas, já me tinham chegado dois, só que, pelos vistos, já enviaram quatro. Os outros dois os CTT expresso devolveram. É o costume. São um serviço de entregas mas se entregam ou não é um mistério de arbitrariedades - depende da disposição do funcionário que tem que vir entregar. Se o clube de futebol dele perdeu o jogo ou se é segunda-feira, está mal disposto e não entrega. A coisas deve ser mais ou menos assim.

Os CTT... ... 500 anos a funcionar como deve ser e no espaço de poucos anos é isto. Mas não páram de receber prémios daquelas entidades que se des-abrangeram do regime de corrupção.


♫ ♫

Que mais queres tu

Que mais queres tu

No país do sol

Vive tudo nu.

♫ ♫

Afinal quem é que está abrangido pelo regime de corrupção? A senhora da limpeza? O porteiro?

 


Fora do regime de prevenção da corrupção, para além dos gabinetes ministeriais, do Banco de Portugal, Presidência da República e Assembleia da República, também estão as autarquias e seus [de todos] gabinetes de apoio.

Já não vivemos em democracia plena e os discursos acerca da democracia só servem para enganar papalvos nos festejos de Abril.







Escrever acórdãos como quem escreve o romance Guerra e Paz não ajuda à causa da Justiça



Uma peça judicial não é uma obra de literatura.


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José Ribeiro e Castro

Desde os anos "70, quando primeiro lidei com articulados e peças judiciais, não foi só a vida que mudou. Vou ser provocador. Duas mudanças tiveram forte impacto na Justiça: a abolição do papel selado e os computadores.

A arte de articular esvaiu-se. Imperava a exigência de escrever por parágrafos curtos, cada um narrando apenas um facto ou enunciando um só argumento ou conclusão. A arte era dizer muito escrevendo pouco, A arte era fazê-lo de modo directo, sem rodeios: sucinto, claro, inteligível, impressivo.

O papel selado e a velha máquina de escrever (sem corrector e com papel químico), ajudavam à frugalidade. Escrever era caro. Bom advogado era o que apresentava de modo enxuto as suas posições; e o mesmo estilo seguiam juízes e procuradores. Escrevia-se o imprescindível: o necessário e suficiente.

O fim do papel selado eliminou a penalização tributária da escrita excessiva. E os computadores concluíram a revolução que começara, tímida, com as máquinas eléctricas de escrever. Passou a ser muito fácil escrever muito: fosse escrever e corrigir textos longos, fosse a simplicidade do "copy/paste", podendo aproveitar pedaços inteiros de um texto para o inserir noutro. No final dos anos "90, recebi, numa acção de despejo, uma contestação de mais de 300 páginas, de que 90% eram o que chamamos "palha". Mas havia que ler tudo. Nunca se sabe se há agulha no meio do palheiro.

Hoje, nos processos não pesa só a volumosa prova coligida ou a complexidade da tramitação; pesa o volume dos actos das partes e respectivas decisões. Com a agravante de o volume dos actos contaminar a tramitação, ocupando cada vez mais tempo do tempo dos juízes e procuradores e das outras partes. Gostaria de ver um estudo sobre a evolução média do tamanho das peças processuais nas diferentes jurisdições e o impacto no tempo de tramitação e julgamento.

Há casos célebres de acórdãos que levaram horas a ser lidos, ou peças processuais gigantes. O mais recente foram as 6.728 páginas da decisão instrutória do juiz Ivo Rosa. É um enorme pedregulho processual. Não foi proferida no fim do debate instrutório. Também não nos 10 dias que o Código admite para casos complexos. Dispôs de meses para ser escrito. O resumo demorou três horas a ser lido, em 9 de Abril passado.

Fiz um cálculo ao tempo necessário para as 6.728 páginas. Quem tenha de as ler demora 11 dias, não fazendo mais nada senão ler Ivo Rosa. O cálculo é arbitrário: o tempo pode ser mais curto para quem ler mais do que 10 horas por dia ou mais de uma página por minuto; mas bastante mais lento se quiser conferir o que diz o n.º 2 do art.º 357.º ou como se articula este com a alínea b) do n.º 3 do art.º 312.º ... Não surpreendeu, por isso, que o Ministério Público pedisse 120 dias para o recurso. Não surpreenderá que os arguidos peçam outro tanto para responder. Não surpreenderá se a decisão do recurso tiver dimensão quilométrica. E, assim sucessivamente, até tudo prescrever em absoluto.

Estava eu nestes cálculos, quando alguém ao meu lado perguntou: "E não é isso que se quer?" Só os factos poderão responder. Uma coisa é certa: a justiça portuguesa jaz morta, debaixo de toneladas de papel.

Em 2010, era aguardada com ansiedade a decisão do Tribunal de Justiça sobre a "golden share" do Estado Português na PT, um caso que fez correr muitíssima tinta. O Acórdão saiu a 8 de Julho, sobre o processo C-171/08. O Estado perdeu. Curioso, deixei a leitura para o fim-de-semana - acreditei que tivesse umas 300 páginas. Enganei-me: a decisão do tribunal europeu tem cerca de 20 páginas. Vinte.

Se não é limitado o tamanho das peças processuais e suas decisões na operação da justiça portuguesa, incluindo alegações, a justiça portuguesa jaz morta em sarcófagos de papel.

O encadeirado

 


O SS, mais conhecido por, 'o dog', quer dizer, o melhor amigo [do outro] homem, tem como profissão ocupar cadeiras de ministro. Habituado há tanto tempo à sicofância dos que o rodeiam já nem se apercebe do nível de baboseiras que expele. 

Desta vez expeliu: só se deverá "mexer na proteção" da propriedade intelectual das vacinas "se for estritamente indispensável e útil". Portanto, vamos a meio do segundo ano de pandemia com milhões de mortos e infectados, os países pobres sem vacinas, as economias de rastos, mas ele ainda não viu 'claramente visto', nem urgência, nem utilidade em resolver o problema da falta de vacinas para esses países e da falta de dinheiro que têm para as comprarem. 

E ainda: 

"A UE pode ter muitos pecados, mas por cada 'X' conjunto de pecados que terá, outros parceiros (...) terão levantado ao triplo ou quádruplo" de pecados, defendeu o governante. Portanto, a contabilização dos pecados é mais importante, urgente e útil do que fazer o que é correcto e necessário. Vamos é aproveitar o facto de um país da UE ser o maior exportador de vacinas para deixá-lo fazer dinheiro. É isso... o que este mundo precisa mesmo para melhorar são políticos como o SS...


"Há outras coisas que estão nas nossas mãos e que são mais úteis", diz Santos Silva sobre suspensão das patentes das vacinas


O ministro dos Negócios Estrangeiros avisou, contudo, que só se deverá "mexer na proteção" da propriedade intelectual das vacinas "se for estritamente indispensável e útil".

Prevenção da corrupção... dos outros



Belo serviço. Os que mais deviam dar o exemplo, excluem-se. 


Gabinetes dos políticos e dos órgãos de soberania fora do regime de prevenção da corrupção


Leonete Botelho e  Ana Henriques

Proposta do Governo extingue Conselho de Prevenção da Corrupção e cria Mecanismo Nacional Anticorrupção, com mais poderes, mas também algumas zonas cinzentas.

O Governo vai excluir do novo regime geral de prevenção da corrupção os gabinetes dos principais órgãos políticos e de todos os órgãos de soberania, assim como o Banco de Portugal, pelo menos parcialmente. Desta forma, os gabinetes ficam desobrigados de apresentar planos de prevenção de riscos de corrupção, que passam a ser obrigatórios para todos os organismos públicos

Bom dia 🙂

 


Great review!

 


Student review of an epistemology course: "Terrible. I actually feel like I know less as a result of taking this course." (Phil Gasper)




15 minutos de Tolstói - Guerra e Paz VI

 



Uma árvore

 




via Irena Buccilli

May 11, 2021

Para todos os benfiquistas com amor ❤️

 




Estas malas agora fizeram-me lembrar uma história do Verão de 1974

 


É que na semana passada eu e a minha irmã estivemos a lembrar dela e a rir. Tenho tantas histórias destes anos do 25 de Abril e do PREC que devia escrevê-las todas. Esta foi no Verão de 74 quando Spínola e Vasco Gonçalves (o PC em geral) faziam um braço de ferro para ver quem mandava mais e que culminou na intentona ou inventona, como lhe chamavam, do 28 de Setembro, que não vou aqui explicar o que foi, mas que fez fugir daqui, sobretudo para o Brasil, toda a gente que tinha 3 tostões, porque já aí se adivinhava o PREC que havia de vir.

Enfim, nesse Agosto, fomos passar uma semana de férias ao sul de Espanha. Íamos lá encontrar-nos com uma espécie de primos que não são primos que já estavam a viver quase todos fora de Portugal, no Norte da Europa. E já lá estavam todos os que eram para estar (o meu pai ficou a trabalhar) e faltavam, eu (ainda estou para saber porque é que nestas histórias ficava sempre para trás...), a minha irmã mais nova a seguir a mim e a mãe. A tia que já lá estava em Espanha pediu-nos se aproveitávamos para levar coisas pessoais que tinha deixado cá em Portugal antes que fosse tudo nacionalizado pelos amigos do Otelo e do camarada Vasco. Jóias e outras coisas mais volumosas. 

É evidente que não podíamos ir de avião que era tudo revistado, de modo que tínhamos que ir de carro. O problema era que a mãe não guiava. Tinha motorista. Então pedimos à C. uma amiga comum, bastante mais nova que a mãe que fosse connosco. O carro dela era um mini. Ela tinha tirado a carta há 3 dias (já me estou a rir). Era final de Julho ou Agosto, já não lembro ao certo mas penso que era Agosto (a minha irmã lembra-se), um calor de morte, as estradas não eram auto-estradas como agora. Até ao Caia a estrada era apertada e um solavanco constante. O carro, muito pequeno, ia atafulhado de malas como se fossemos dar a volta ao mundo - as malas escondiam muita coisa lá dentro entre roupas. Entre mim e a minha irmã, que íamos atrás, havia malas a ocupar todo o espaço e havia coisas debaixo dos bancos que não queríamos que descobrissem. A bagageira ia aberta porque era pequenina e as malas não cabiam todas lá dentro. 

Íamos lá dentro as 4 a estrafegar com o calor e a combinar o que fazer na alfândega com os guardas. A C. não acertava nas mudanças e estivemos várias vezes paradas com o carro a não querer andar. Nessa altura havia piquetes nas estradas e na fronteira, então, aquilo era tudo esquadrinhado... não me lembro ao certo do que se passou na fronteira. Lembro-me de se ter que abrir malas, de tirar tudo da bagageira e de estar ali uma confusão, haver muitos discussão e aquilo ter durado muito tempo, mas nós éramos todas muito descaradas e não tínhamos medo nenhum. Sei que passámos. Na Andaluzia o calor era uma bigorna, o carro deitava fumo e a gente estava há horas enfiadas num espacinho atafulhado -na altura as viagens pelas estradinhas mal-amanhadas eram como fazer um safari em África. De vez em quando parávamos para pôr gasolina e despejar garrafas de água pela cabeça abaixo. Comíamos qualquer coisa e seguíamos. Íamos em grande risadas, tudo a falar alto ao mesmo tempo, acho que da adrenalina de termos passado com as coisas todas debaixo do nariz dos indivíduos e a C. largou-se com o carro à desabrida. De repente passa um carro por nós a fazer sinais frenéticos. Eram dois espanhóis a avisar que lá mais atrás as malas da bagageira tinham caído para a estrada.      ahahah

Tivemos que voltar para trás à procura das malas. Demos com elas espalhadas no meio da estrada. Lá as fomos apanhar. Só ríamos, porque, quer dizer, tanta coisa para passar as malas e depois perdíamos as malas pelo caminho sem dar por isso. Essa viagem foi um filme tipo italiano. Chegámos ao hotel de noite, esbaforidas, tudo preocupado connosco - na altura não havia telemóveis e não tinham maneira de nos contactar e saber onde estávamos e se estávamos bem, podíamos ter sido presas- e a gente só ria.






imagem da net