Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P.
March 25, 2024
Árvores
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P.
October 02, 2023
August 07, 2023
August 05, 2023
Li que o governo autorizou o abate de mais de 40 mil sobreiros
Para construir um parque eólico. Não sei o contexto, mas nós temos tanto terreno deserto e ventoso neste país de ventos... é preciso abater 40 e tal mil sobreiros? Não há outro sítio? E não é só pela questão do ambiente. O sobreiro é uma árvore tão reconfortante e o montado uma paisagem tão bela... A tecnologia e o funcionalismo utilitário não pode ser pretexto para destruir tudo de qualquer maneira em qualquer sítio. Temos tanto mar cheio de vento... .. quem é que quer viver num país sem beleza natural, com tudo destruído? Somos um país pequeno. A Espanha aqui ao lado, como é muito grande pode sacrificar 100 mil árvores que equivale a um cantinho, mas nós somos pequeninos.
Não sei se ainda há florestas intocadas
Onde se possa encontrar árvores deste porte magnífico.
Eucalyptus obliqua- Stringy Bark
Tasmania, Australia
July 12, 2023
Morrem uns no dia em que outros nasceram
Para Henry David Thoreau (12 de julho de 1817 - 6 de maio de 1862), as árvores eram companheiras criativas e espirituais, essenciais e geradoras de sã consciência. O seu amor por elas ganha vida em Thoreau and the Language of Trees - uma seleção das meditações do grande poeta sobre as árvores, extraídas do seu diário pelo escritor e fotógrafo Richard Higgins, cujas belas fotografias a preto e branco complementam os escritos arbóreos de Thoreau.
Na rua e na sociedade sou quase sempre reles e dissipado, a minha vida é indescritivelmente mesquinha. Nenhuma quantidade de ouro ou respeitabilidade a redimiria minimamente - jantar com o Governador ou um membro do Congresso!! Mas, sozinho nos bosques ou campos, em terras de rebentos despretensiosos ou em pastos trilhados por coelhos, mesmo num dia negro e, para a maioria, sem alegria, como este, em que um aldeão estaria a pensar na sua morada, volto a mim, sinto-me de novo grandiosamente ligado e o frio e a solidão são meus amigos. Suponho que este valor, no meu caso, é equivalente ao que os outros obtêm indo à igreja e rezando. Venho para o meu passeio solitário nos bosques como os saudosistas vão para casa... É como se encontrasse sempre nesses lugares um companheiro grandioso, sereno, imortal, infinitamente encorajador, embora invisível e caminhasse com ele.BY MARIA POPOVA
July 01, 2023
Uma árvore
A faia é a melhor árvore para inscrever mensagens (passatempo aceitável se praticado com moderação): coração que nela se grave não se apaga, antes se expande sem distorções e dura uma vida inteira - porventura até às bodas de ouro, garantidamente até ao divórcio. (dias-com-arvores)
June 12, 2023
March 03, 2023
Uma árvore
(...)
Não há inverno rigoroso que te impeça
de rematar esse trabalho que começa
na primeira folha que nos braços te desponta
(...)
Ruy Belo
February 16, 2023
February 01, 2023
Uma árvore
December 22, 2022
December 18, 2022
O meu limoeiro está todo florido
Tirei-o da rua porque ele não gosta de vento e de clima dramático. Passada uma semana começaram a nascer botões. Está com 8 flores abertas e 12 botões a despontar. Dois limões a crescer e se é verdade o que nos ensinaram na escola quando éramos miúdos, que primeiro vem a flor e depois o fruto, espero uma dúzia de limões a crescer daqui a um mês ou dois 🙂
December 06, 2022
Outra árvore: olmo
Quando Joana Carda riscou o chão com a vara de negrilho, todos os cães de Cerbère começaram a ladrar… (José Saramago, 1994). Assim começa a “Jangada de Pedra” do nosso Nobel da literatura, dando relevo a uma árvore outrora muito comum e que hoje vai rareando.
Conhecida entre nós como “Avelaneira-brava”, “Lamegueiro”, “Mosqueiro”, “Negrilho”, “Olmeiro”, “Olmo”, “Ulmeiro-das-folhas-lisas”, “Ulmeiro” e “Ulmo” falamos de uma espécie cuja origem gera alguma controvérsia. Para uns trata-se de uma espécie autóctone, que em tempos se estendeu a todo o país (sobretudo no Norte), para outros de um arqueófito (espécie que terá sido introduzida numa época anterior aos Descobrimentos, possivelmente ainda na proto-história, no milénio I a.C.).
Trata-se de uma árvore de folha caduca, de copa ovóide, arredondada ou algo irregular, podendo atingir facilmente os 20 m de altura e, não raramente, os 30 m. Rebentando facilmente de touça, apresenta uma casca cinzenta, fissurada. As suas folhas, simples, ovadas, alternas, podendo medir entre os 8,5 e os 12 cm de comprimento por 6 cm de largura, são pontiagudas de margem dentada ou serrada, apresentando uma base assimétrica que é característica do género. As inflorescências são cimos (tipo de inflorescência que lembra um glomérulo e que termina numa flor) densos compostas por flores rosa-purpúreas que produzem frutos (sâmaras) orbiculares a ovados com 20×17 mm e que apresentam a semente no seu terço superior.
Comum em quase toda a Europa, Norte de África e Ásia ocidental, é uma espécie que gosta de luz, preferindo os solos profundos, férteis, ocorrendo junto a linhas de água, fundos de vales e em bosques mistos, podendo chegar até aos 1700 m de altitude. Tolerando a exposição marítima e resistente à poluição atrai numerosos insectos (especialmente lepidópteros) que dele se alimentam. Floresce usualmente entre Fevereiro e Março e os seus frutos amadurecem entre Abril e Maio.
A espécie (como todas as demais do género) tem estado em declínio constante, um pouco por todo o mundo, devido a uma doença designada grafiose (DED – Dutch Elm Disease, em inglês) que matou milhões destas árvores um pouco por todo o mundo (para se ter uma ideia, só no Reino Unido e desde os anos 70 a doença já matou cerca de 26 milhões de ulmeiros). Trata-se de uma doença provocada por fungos que são transportados por escaravelhos que se alimentam da madeira.
Na mitologia os ulmeiros encontram-se relacionados, na maioria das vezes, com a morte ou com a administração da justiça ou ambos e, como quase sempre, são os clássicos gregos que nos dão conta dos primeiros registos escritos sobre a espécie.
Na Grécia antiga os ulmeiros estavam relacionados com o cultivo das vinhas, as quais cresciam sobre estas árvores, que lhes serviam de tutores. Ao longo do tempo foram adquirindo outros valores simbólicos, considerando-se que eram plantados por ninfas, filhas de Zeus, o que conferia ao ulmeiro o valor de uma espécie sagrada. Este estatuto figura na Ilíada de Homero (Livro 6): os ulmeiros bordam o túmulo de Eécion, rei de Tebas na Mísia, morto por Aquiles.
Na mitologia grega , o herói Orfeu , depois de ter resgatado sua amada esposa Eurídice do submundo por encantador todos lá com sua música de harpa , parou para tocar-lhe uma canção de amor , em que ponto o primeiro bosque de Olmo foi dito ter surgido . Na mitologia celta , também, olmos foram associados com o submundo . Eles tinham uma afinidade especial com os elfos que foram ditos para proteger os túmulos , os seus mortos e a passagem associada ao submundo .
Apesar de ser uma árvore do medo dos Celtas, o Elm tem sido tradicionalmenteconsiderada como hostil à humanidade, e embora tenham sido autorizados a "vaguear livre 'em espaços abertos, geralmente não cresceu muito perto dehabitações. Considerada uma árvore de sombras, o Elm às vezes era plantadaem determinadas áreas, como um aviso para as pessoas a não se aventurarmuito perto. (alquimiadasarvores.blogspot.com)
Devido à sua resistência à humidade foi usado para construir partes de barcos (ainda hoje é uma das madeiras preferidas para estes fins) e, sendo extremamente resistente, era usado em todos os componentes de utensílios e objectos que necessitassem resistir à pressão e ao movimento, incluindo rodas de carroças e carruagens, suportes de tracção, etc.
Por outro lado era costume que, chegado o final do Verão, se colhessem ramos e folhas. As folhas eram usadas para alimentar o gado (especialmente ruminantes e suínos) e os ramos para servirem de estacas nas culturas. Em momentos de necessidade também os humanos consumiam as folhas (tanto na forma de sopas como em saladas) ou farinhas, obtidas a partir da casca.
Podendo crescer e atingir proporções majestosas, o ulmeiro era uma das árvores mais imponentes da nossa paisagem (antes da grafiose) e daí ser dito, nas nossas lendas, que local onde existissem ulmeiros podiam existir bandidos, os quais se ocultariam nessa magnífica árvore. Mas não acredite em tudo o que se diz. Do ulmeiro espere uma linda e fresca sombra e uma beleza, hoje escassa, que merece fazer parte da nossa paisagem natural e da sua implementação em parques e jardins.
Uma árvore: o freixo
História
Existem em Portugal várias lendas sobre terras cujos nomes estão relacionados com freixos “Freixo-de-espada-à-cinta” Freixial, Freixofeira, etc, algumas delas, relacionadas com D.Dinis que terá adormecido à sombra de um majestoso freixo. Durante o sono o espírito desta árvore ter-lhe-á revelado quais as diretrizes a traçar para o futuro reino de Portugal.
Ainda hoje existe em Freixo de Espada à Cinta, junto à igreja matriz, um velho freixo venerado pela população que acredita ser a mesma árvore de que reza a lenda.
Era uma das árvores principais nos cultos das antigas religiões pagãs. Sagradas do povo Celta mas também dos escandinavos e dos gregos.
Os gregos acreditavam que era a grande árvore universal pois as suas extensas e profundas raízes uniam a humanidade ligando o mundo dos vivos com o mundo dos mortos. Poseidon, deus dos mares, fazia também o culto desta árvore e as sacerdotisas dos templos gregos tomavam muitas decisões importantes na sua sombra.
Nas lendas vikings o deus Odin ter-se-á enforcado num freixo acreditando que assim atingiria a iluminação. As runas que são o oráculo das árvores utilizado pelos nórdicos eram gravadas em madeira de freixo.
Para os antigos irlandeses existiam 5 árvores mágicas e protetoras da terra, três delas eram freixos e as outras duas eram o carvalho e o teixo.
Já os irlandeses atuais dizem que o bastão com que são Patrício, padroeiro da Irlanda, terá expulsado as serpentes deste país era feito de madeira de freixo - as serpentes simbolizavam a deusa-mãe que como é sabido é rejeitada pela igreja católica.
A cruz celta usada tanto pelos irlandeses como pelos gauleses para proteger as embarcações, era esculpida em madeira de freixo, considerada uma das mais resistentes e ao mesmo tempo flexível, quase elástica.
Nas velhas crenças inglesas faziam-se passar as crianças doentes através de buracos ou fissuras de velhos freixos acreditando que isso as curaria. Era prática comum colocar um ramo de folhas de freixo para estimular a atividade onírica.
Não restam dúvidas de que o freixo sempre foi, e ainda é considerado uma árvore protetora.
Descrição botânica e habitat
O freixo (Fraxinus sp) pertence à família da Oleáceas, onde se inclui também a oliveira.
Existem muitas espécies de freixos, sendo as mais comuns e mais conhecidas o F. excelcior ou freixo europeu, o F. ornus (freixo-de-flor) e o F.angustifólia ou freixo-comum. O Fraxinus angustifólia é o mais comum em Portugal, cresce um pouco por todo o continente em zonas húmidas, bosques, vales, solos férteis e de preferência calcários, sobretudo perto de linhas de água. É também cultivado em zonas urbanas devido à sua bonita copa e fantástica sombra apenas no Verão, já que é uma árvore de folha caduca. É de crescimento rápido e muito resistente à poluição. É oriunda da Europa não mediterrânica.
Tronco ereto e nu, casca cinzenta e lisa que com o passar dos anos se vai tornando mais escura e gretando em linhas verticais. Ramos ascendentes de onde brotam flores nuas (sem cálice, corola, pétalas ou sépalas), em panículas de cor escura, arroxeada. As folhas são compostas e, sempre, com um número impar de folíolos sésseis (que se inserem diretamente no caule), verde escuras na margem superior e ligeiramente mais claras na margem inferior, surgem muito depois das flores, os frutos crescem em feixes pendentes, constituído por sâmaras de semente única de cor amarelo-acastanhado que ficam na árvore durante o Inverno dando-lhe um aspeto seco. Há freixos dioicos, apenas com flores femininas ou apenas masculinas e freixos monoicos (com flores masculinas e femininas na mesma árvore).
As raízes são muito profundas aprumadas e robustas.
Usam-se as folhas, seiva, flores e a casca dos ramos.
Constituintes e propriedades
Contém heterósidos, taninos, iridóides, cumarinas, flavonóides, mucilagens.
Em infusão, as suas folhas verdes ou secas são ainda muito utilizadas, sobretudo em Portugal para tratar problemas reumáticos, dores artríticas, retenção de líquidos, infeções geniturinárias, gota, edemas.
Por ser muito anti-inflamatória e adstringente, diurética e desintoxicante do organismo, é comum ser recomendada para tratar a obesidade, é ainda vasoprotetora e venotónica.
Com a sua casca pode fazer-se uma decocção cicatrizante e para tratar a febre tendo mesmo sido usada pelos antigos herbalistas ingleses para tratar a malária em substituição do quinino.
Como planta comestível, as suas folhas e sâmaras tenras são muito apreciadas sobretudo pelo gado caprino mas também pelos humanos, podendo ser consumida em saladas ou em picles.
Usos da madeira
Na idade média era muito apreciada na construção de arcos e flechas. Ainda hoje é apreciada na construção de instrumentos musicais, raquetes de ténis, esquis e outros objetos que impliquem flexibilidade e resistência. É ainda apreciada como combustível nas lareiras pois a sua combustão é bastante limpa.
No jardim e na horta
Não é muito recomendado a não ser que tenha muito espaço pois como já vimos é uma árvore de grande porte sobretudo o F. excelsior.
Em Portugal existem vinte e um freixos classificados de interesse público.
November 09, 2022
October 21, 2022
October 09, 2022
Soluções e responsabilidades
WATCH: The environmental fund of Amazon founder Jeff Bezos plans to reverse deforestation and land degradation on around 250 million acres of land in Africa #ReutersIMPACT https://t.co/3LroHihQh5 pic.twitter.com/CYPb2xny6e
— Reuters (@Reuters) October 9, 2022
August 05, 2022
Seres extraordinários
Rana Irsheid
Carvalho do Tratado. Centro da cidade de Jacksonville FL. Um dos mais antigos e maiores carvalhos vivos do sul do estado da Florida. Estima-se que tenha 1.500 anos de idade.
Jack Vines
July 22, 2022
Uma árvore
Saber ver não é para todos, infelizmente.