August 17, 2024

EUA: quo vadis?




Kyle Rittenhouse, o rapaz de17 anos que em 2020 viajou de um Estado para outro com uma arma de assalto para se meter no meio dos protestos por causa do assassinato de Blake pela polícia, que acabou a matar pessoas que tentavam desarmá-lo -youtu.be- e que foi inocentado por um juiz e um júri de pares mentais, é agora uma estrela do partido Republicano e uma presença regular na propriedade de Trump. Acabo de ver que os republicanos do Congresso querem atribuir-lhe uma medalha de valor em combate. 

August 16, 2024

Aspectos positivos da globalização e do modo como a Ucrânia lidou com a invasão russa

 


É agora normal os países contarem com a ajuda efectiva de outros e de mecanismos internacionais para resolverem problemas com ditadores e tiranos. No passado recente, o mais que acontecia eram declarações de intenção ou condenações formais, mais ou menos vagas, como se fez à Ucrânia em 2014, à Geórgia em 2008, etc.
Agora vai-se mais longe e os países interferem na política de outros países para afastar tiranos ou para exigir justiça com uma real pressão do todo sobre a parte em causa, mesmo quando essa parte é de grande peso como a Rússia. Isto também se deve ao modo como a Ucrânia lidou com a invasão russa. Como chamou o mundo inteiro e não deixou que se assobiasse para o lado - como começaram por fazer a Alemanha e outros.
É por isso que é tão importante a Ucrânia vencer esta guerra: para que este MO se torne o novo normal e nunca mais os países imperialistas possam contar com a anuência tácita dos outros.
E já podíamos ter ido mais longe se o Secretário Geral da ONU fosse uma pessoa à altura da situação. Nunca mais sai do cargo para dar lugar a alguém que perceba o que está em causa


Palestina islamita, esse paraíso mítico para mulheres e gays

 


Países islâmicos, esses paraísos míticos onde as mulheres são escravas dos homens

 


Que raio de proposta é esta de repetir eleições na Venezuela?


O Maduro não gosta dos resultados e repete-se até o povo votar como ele quer? Isso é a legitimação do abuso de poder...

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María Corina sobre la propuesta de Biden, Lula y Petro de repetir elecciones: 
“Hubo gente que arriesgó su vida para probar el fraude. Gente que asesinaron. Desconocer eso es una falta de respeto. La soberanía popular se respeta”.

 

Acerca da 'educação especial', uma questão importante

 

Se calhar tem de ajuízar-se caso a caso e não estabelecer regras uniformes para casos que são dissemelhantes. 

Porque é que os organismos do Estado só funcionam com o Google?

 


Não se consegue sequer entrar nos sites com outro browser. Têm algum contrato exclusivo que nos obrigue a usar exclusivamente o google?


[mais] Uma péssima decisão de Trump que Biden devia ter revertido

 


Era um caso em que a ocupação americana americana estava a ajudar a criar uma vivência democrática e a diminuir a número e a influência dos talibãs. Veio Trump e fez um acordo para retirar o chefe islamita talibã da cadeia onde estava no Paquistão e praticamente entregou-lhe o país. 

Quando Trump chegou ao poder disse logo que só queria sair do Afeganistão. Não tinha uma noção real do que estava em jogo na guerra ou do porquê de ficar. Fez nove rondas de conversações ao longo de 18 meses e a certa altura convidou secretamente os talibãs para Camp David. No acordo, os Estados Unidos deveriam sair do Afeganistão em 14 meses e, em troca, os Talibãs concordavam em não deixar que o Afeganistão se tornasse um refúgio para os terroristas e em deixar de atacar os militares americanos. Este acordo exigia que as promessas dos Talibãs fossem aceites puramente por fé. O acordo de paz não previa qualquer mecanismo de controlo para que os Taliban mantivessem a sua palavra. A única coisa que tinham de fazer era assinar um papel com vagas declarações de intenções.

Os talibãs estiveram uns dias sem atacar mas poucos meses depois da assinatura do acordo, já havia muitas provas de que os Taliban não iam cumprir o acordo. Depois Biden foi eleito e optou por seguir o acordo de Trump: 
"Quando me tornei presidente, tive de fazer uma escolha - cumprir o acordo, com uma breve prorrogação para retirar as nossas forças e as forças dos nossos aliados em segurança, ou aumentar a nossa presença e enviar mais tropas americanas para combater mais uma vez num conflito civil noutro país".  www.washingtonpost.com

Uma má opção. Trump é um fascista ignorante... os talibãs nem sequer esperaram que os americanos saíssem completamente do país para o dominarem numa questão de dias. Agora é o que se vê. 

Os talibãs não são pessoas com quem se possa negociar ou falar ou fazer acordos porque só entendem a linguagem do poder, da violação, da tortura e da morte. Aliás, quem tem feito acordos com ele é Putin, outro fascista que só entende a linguagem do poder, da tortura e da morte.

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Três anos após a tomada de Cabul pelos talibãs, muitos afegãos encontram-se em situação difícil e os trabalhadores humanitários têm dificuldade em ajudá-los.
"O povo é cada vez menos instruído, a economia é um desastre, a elite fugiu para o Irão e o Paquistão, e até para o Ocidente. 
Jahed Hamrah, antigo estudante de medicina e depois consultor do governo afegão durante a ocupação americana, que vive nos Estados Unidos depois de ter passado vários anos na Suíça, perdeu em grande parte a esperança no seu país. O Afeganistão, que já era muito pobre, entrou na quinta-feira no quarto ano de regime talibã e está a sofrer as consequências das fortes restrições impostas às mulheres, dos investimentos limitados e da redução da ajuda internacional.
Após a retirada das forças norte-americanas de Cabul e o congelamento de 7 mil milhões de dólares de fundos do banco central no estrangeiro, a economia do país entrou em colapso. Calcula-se que a pobreza extrema afecte 85% da população, em especial as mulheres e as raparigas. 

August 15, 2024

Do it now!




Politico: Biden 'open' to sending long-range cruise missiles to Ukraine.

A Ucrânia tem falta de pilotos de F-16

 

Que o Líbano seja uma lição

 


💪 As mulheres iranianas são indomáveis

 

Do it!



@QuantumDom

Many residents of Kaliningrad are pushing to break away from Moscow, restore the name Königsberg, and establish a new Baltic republic. "The Kremlin's current policies are severing our connections with Europe. We cannot remain hostages to its imperial agenda."

Zelenskyy's update

 


Resposta a muitas perguntas que me fazem sobre as doenças incapacitantes

 


As doenças incapacitantes estão previstas e reguladas na Legislação Laboral aplicável. As coisas passam-se do seguinte modo: a Junta Médica da ADSE declara por escrito, num relatório, que a pessoa tem uma tal doença e que, por isso, só pode ter tarefas leves. Este relatório só por si é válido para a entidade empregadora mas, em geral, a Junta Médica encaminha o trabalhador para o especialista da Medicina do Trabalho para que este defina em que consistem as tais 'tarefas leves', que serão diferentes consoante o trabalho em questão, a doença em causa e a sua gravidade e podem ser permanentes ou temporárias, também de acordo com a doença em causa e a sua gravidade. Paralelamente a legislação laboral aplicável determina que o empregador é obrigado a ter em conta a incapacidade da pessoa trabalhadora e a garantir que ela tenha condições de trabalho adequadas à sua condição de saúde. Infringir esta lei pode dar origem a uma contra-ordenação grave ou muito grave se tiver causado prejuízo à saúde do trabalhador. Portanto, embora o empregador não esteja obrigado a obedecer às instruções dos médicos (da ADSE e da Medicina do Trabalho) e possa dar ordens contrárias, se o fizer e a pessoa agravar o seu estado de saúde, é criminalizado de um modo que pode ser considerado ser grave ou muito grave, consoante o prejuízo que causou ao trabalhador com doença incapacitante. 


Os políticos portugueses são cidadãos com direitos especiais - trumpificam-se todos os dias um bocadinho mais

 


Depois admiram-se que desconfiemos dos políticos e das suas intenções ao quererem pôr a pata em cima do MP e da justiça. Falam em lutar contra a corrupção mas as suas acções mostram o oposto: uma trumpificação crescente dos políticos.


Aceder às declarações de património dos políticos tornou-se mais difícil

O acesso às declarações de património dos políticos tornou-se mais difícil, sendo necessária fundamentação que justifique a consulta dos rendimentos.

As declarações dos políticos em exercício já estão listadas há menos de um mês, explica o semanário, mas para que possam ser analisadas não basta uma justificação genérica, critério que abrange qualquer particular, seja ele jornalista ou não.

Entre as vozes ouvidas pelo "Expresso", o advogado Francisco Teixeira da Mota defende que esta interpretação da lei pode ser "profundamente cerceadora da liberdade de expressão e de informação".

August 14, 2024

Leituras pela manhã - 'Ser mauzinho - Em defesa da verdade'

 


Uma das ideias mais importantes de Montaigne, comemorada e analisada sem pretensões pela teórica política Judith Shklar em Ordinary Vices, é a sua rejeição da crueldade. Para Shklar, tal como para Montaigne, a crueldade, apesar da sua ubiquidade casual, é simplesmente o pior vício que podemos exibir. O "horror à crueldade", escreveu Montaigne em On Conversation, "impele-me mais à clemência do que qualquer modelo de clemência me poderia atrair". Não se trata de um argumento, mas talvez Montaigne esteja a indicar que a crueldade não está sujeita sequer a debate.

A crueldade é algo feito por um ser humano a outra criatura - Deus ou os deuses podem ser cruéis, mas a crueldade gratuita, argumenta Shklar, é um pecado não contra Deus mas contra a humanidade. 
Como boa teórica, Shklar, define a crueldade como "infligir intencionalmente dor física a um ser numa posição mais fraca com o objetivo de causar angústia e medo" - embora eu acrescentasse dor emocional à sua definição. 
É difícil pensar na crueldade porque ela é supérflua e superabundante, e determo-nos demasiado nela é sermos tentados pela misantropia. 

Quando confrontados com a crueldade, normalmente só nos resta recuar e desviar o olhar. A verdadeira crueldade pode ser, de facto, 'não pensar', distanciar-se de si próprio [enquanto humano] para fazer algo indefensável; desta forma, a sua misantropia estende-se até à sua própria humanidade.

Embora pense que ser simpático é a melhor política, na maioria das situações, também penso que existem casos limitados em que é defensável ser mauzinho. Ser mau não é o mesmo que ser cruel, mas, se não for controlada, a maldade pode tornar-se crueldade. 

De facto, um dos problemas da Internet é o de ser o meio ideal para encorajar a maldade em pequena escala a transformar-se em crueldade ultrajante. A diferença entre ser mau e ser cruel tem a ver com a intenção, a escala e a intensidade e enquanto a crueldade se pode manifestar de forma mais dramática na inflição de dor física, a maldade tem a ver com o tipo emocional. 

Ser mau é sempre dirigido a outra pessoa. Ser mau, num sentido saudável, é uma forma de dizer a verdade que, por descuido ou maldade menor, causa dor a outra pessoa.

Um exemplo: ma vez sentei-me ao lado de um reitor numa importante e muito longa reunião universitária. Durante uma arengada dilatória e cansativa de um dos meus colegas, ele espreguiçou-se exageradamente e, ao fazê-lo, as suas calças subiram, revelando meias coloridas que, em letras maiúsculas inconfundíveis, diziam "ESTA REUNIÃO É UMA SECA". Alguns de nós viram-no e começaram a rir-se. Ele tinha razão: Aquela reunião era mesmo uma porcaria, e toda a gente sabia disso. Terá sido a forma mais simpática ou corajosa de lidar com a situação? Será que o tédio do meu colega não merecia uma repreensão gentil? Quase de certeza. E a forma como o reitor o fez foi certamente verdadeira. No entanto, ser mau é ser ligeiramente ignóbil; por definição, as virtudes são a própria nobreza. Diminui-se a si próprio ao serviço de tal franqueza.


Outro exemplo de maldade salutar é o Sr. Bennet em Orgulho e Preconceito. A sagacidade epigramática do Sr. Bennet corta toda a gente à medida. Até mesmo o seu alvo mais frequente, a risível Sra. Bennet, a certa altura deseja que o marido tivesse estado no Baile de Netherfield para que ele pudesse derrubar o Sr. Darcy com "uma das suas tiradas mordazes". 

Mr. Bennet é interessante porque falha precisamente onde Jane Austen floresce. Enquanto ela é capaz de uma certa ironia gentil, sendo capaz de gozar suavemente enquanto mantém a distância e o afeto, o Sr. Bennet, um homem inteligente fustigado pelo absurdo, não consegue evitar ser directo. E se, por fim, a sua filha Elizabeth compreende que há algo que falta no seu carácter, não deixamos de o apreciar quando o pomposo Sr. Collins os vem visitar.

Talvez a coisa mais notável em ser mau seja a dramatização de uma dinâmica recíproca em que o menosprezo dos outros menospreza aquele que o faz. No entanto, é precisamente por isso que a maldade pode fomentar a intimidade em situações sociais. Chamar um novo conhecido à parte para comentar a estupidez ou a maldade de outra pessoa não só mostra que partilhamos uma percepção do que realmente se está a passar, como também expõe as nossas próprias falhas e mesquinhez. 

Se a hipocrisia é o elogio que o vício faz à virtude, a pequena maldade é o elogio que a virtude faz ao vício. Ao felicitarem-se por não terem sido vítimas do vício ou da ignorância de outrem, estão ao mesmo tempo a deixar claro ao vosso confidente que não são santos. A sociedade adora as pequenas maldades.

Há uma espécie de falsa e hipócrita simpatia profissional que é intolerável e que, de facto, é diferente de ser realmente simpático. Ser simpático significa tentar dar prazer social. É muito diferente da polidez da obrigação profissional como uma virtude genuína é diferente do convencionalismo irreflectido. 

De facto, é essa a diferença. Ser mau não é um ressentimento fervilhante, cínico ou irónico. Não é ódio ou crueldade. É honestidade para com pessoas imperfeitas num mundo imperfeito. Se não pudermos dizer o que pensamos, podemos começar a detestar falar. 

Podemos admitir que, quando sucumbirmos à misologia e perdermos o gosto de nos opormos ao que consideramos falso ou repugnante, a misantropia não tardará a chegar? Se vamos ser amantes virtuosos da humanidade num mundo humano imperfeito, então, por vezes, devemos ser capazes de chamar as coisas como as vemos. Desta forma limitada, ser mau não só pode fomentar a intimidade, como também nos protege de desprezar a humanidade por fidelidade a verdades que não podemos dizer.

Matt Dinan in https://hedgehogreview.com

August 13, 2024

Falar por falar

 



A exigência é a base do sucesso, não apenas no desporto, mas em praticamente todas as atividades desenvolvidas pelos seres humanos. Sem exigência e em particular sem a vontade de fazer amanhã melhor do que se fez hoje nunca se sairá da mediocridade ou da mediania. É uma pena que não tenha tido este princípio orientador quando foi ME, antes pelo contrário. A sua SE só falava em que os alunos tinham de andar felizes e cheios de prazer e que tudo devia ser um jogo e um divertimento.

Os curricula estão cheios de matérias, mas o desporto é o parente pobre a que poucos prestam a devida atenção, sendo que a prática desportiva é em si mesmo uma forma de desenvolver capacidades indispensáveis para uma boa formação de base. Não há nenhuma incompatibilidade entre estudar e praticar desporto mesmo de alta competição. A Irina Rodrigues, atleta lançadora de disco, é a prova de que se pode estudar e ser médica e ao mesmo tempo praticar desporto de alta competição.
Isto não é bem assim. O desporto escolar funciona, não tem é apoio por parte do Estado. Faltam condições físicas e não só. A legislação não ajuda. É tudo à custa dos miúdos, dos pais e dos professores. O caso de Irina Rodrigues não é exemplo porque são pouquíssimos os alunos que conseguem ter sucesso académico ao mesmo tempo que praticam desporto. A quase totalidade dos alunos que tenho que pratica desporto escolar dorme muito poucas horas, anda sempre esgotada e no fim, ou sacrifica os estudos ou sacrifica o desporto. 
Não podem ao mesmo tempo dizer que não há dinheiro para apoiar e que querem medalhas olímpicas. Em outros países as universidades têm vagas para alunos dotados no desporto. Aliás, é uma maneira de diminuir diferenças sociais e dar oportunidades aos deserdados da vida. Como se vê em muitos países, a maioria dos desportistas são pessoas que vêm de camadas sociais baixas e que singram na vida através do desporto. Os clubes vão buscá-los às escolas. Cá isso só acontece no futebol, o desporto que canaliza dezenas de milhões dos cofres públicos.
Depois, também acontece em outros países aproveitar-se os momentos em que há grandes campeões para apoiar todos os inspirados que querem seguir as passadas desses pioneiros. Isso foi muito evidente no ténis espanhol que há 30 anos não era nada e hoje é uma potência internacional. Ainda agora ouvimos nas notícias que no Brasil, à conta de Rebeca Andrade, em duas horas esgotaram as 400 vagas que tinham para treinar ginastas. 
No nosso país não se aproveitam estes momentos que têm de ser seguidos de investimentos e apoios consistentes. Por conseguinte, o que temos são, desportos de pobres como o atletismo e desportos de ricos como a equitação ou a vela onde os próprios se suportam a si mesmos. De vez em quando surge um indivíduo extraordinário mas depois perde-se o ímpeto com a falta de interesse do país.

Eduardo Marçalo Grilo in publico.pt

Quando é que nos tornámos um país onde ter uma urgência de hospital aberta é notícia na TV?

 


Ontem, aqui no Algarve, fui a uma farmácia porque esqueci de trazer uma cena. Estavam meia dúzia de pais na fila a aviar-se de Ben-u-rons e Brufens para criança, cremes para escaldões, protectores solares para crianças, termómetros... à hora que saio da praia, de manhã, aí pelas onze e picos, que devia ser a hora das crianças pequenas saírem da praia, estão a ir com a família para a praia. Algumas com poucos meses de idade. Depois os pais vão para a farmácia fazer fila. Isto deve-se à falta de pediatras ou à falta de bom senso? 


Uma russa vidente