May 13, 2020

Uma espécie de paz








André Cordeiro no grupo Natureza e Arte no Distrito de Setúbal.

Azinheiras de grande porte derrubadas para plantarem olival de agricultura intensiva



Alentejo. Quem é que faz um crime destes? Isto é uma tristeza.


Livros e livreiros



Chegou hoje, este livro que comprei, com uma mensagem simpática. Estas coisas acontecem nos pequenos livreiros.
É uma pena que às vezes só por intermédio da Amazon ou do eBay uma pessoa vá dar com estes pequenos livreiros. Não sei como é que até hoje nenhuma pessoa se chegou à frente e fez uma plataforma onde estejam organizados os livreiros, editoras e alfarrabistas de maneira a podermos comprar-lhes directamente sem passar pelos predadores dos pequenos negócios.







Vida



A vida não é uma narrativa mas um caminho sinuoso com avanços e recuos e incursões arrepiadas e embrenhamentos, espirais e paragens, com uma face no sol e outra nas ténebras.








"Japanese Style Landscape". Paul-Elie Ranson. c.1900

Post to myself



Uma coisa que me vai custar é chegar ao fim do ano e não poder dizer adeus aos alunos do 12º ano que trago desde o 10º e de quem gosto muito. Vai ser uma espécie de história sem o capítulo final. A eles há-de estar a custar-lhes a ideia de não terem o baile de finalistas e aquela festa toda que costumam fazer. É claro que vamos dizer adeus na internet, não vamos desaparecer de repente e esfumar no ar, mas não é a mesma coisa.

Perspectivas



Teatro.do.Epidauro.- Grécia Antiga. Finais do séc IV aC ao séc II aC.

fotografia da net

Isto é uma pena



Lembro-me de quando esta lei foi promulgada e de a pensar como um exemplo positivo de como um país pode, destro do possível, mitigar grandes injustiças e erros históricos. Pelos vistos, foi lei de pouca dura e já a reverteram, em termos práticos, encapotadamente. Uma pena. Não damos um passo positivo sem dar cabo dele logo a seguir.

Auto de fé para uma lei justa
~CARLOS ABREU AMORIM

Diário da quarentena 59º dia - Há meia hora que chove sem parar



Dia triste, mês triste, ano triste.



Nós somos os palhaços que pagamos este circo IV



Isto é vergonhoso e raia o criminoso. Que administrações de instituições completamente particulares dêem bónus a si próprios (é evidente que para o fazerem têm que prejudicar trabalhadores) de milhões é uma coisa, agora que instituições que dependem de pedinchar dinheiro ao Estado, que somos nós, recebam bónus, raia o criminoso: quem são os trabalhadores do Estado -a não ser os queridinhos do ministério do Centeno que levam 50 milhões de bónus, ou lá o que é-, que recebem bónus por fazer o seu trabalho? Mas estes tipos não têm já um salário, bem alto, por sinal? Mas nunca mais mudamos esta normalidade anormal que é estes fulanos abotoarem-se com dinheiros públicos?
E têm o descaramento de dizer que estavam a trabalhar bem mas a culpa foi do COVID? Então e os outros -os médicos, os enfermeiros, os professores, o pessoal dos supermercados- que dobraram o trabalho com o mesmíssimo salário? Alguns até perderam o direito a férias. Mas o que é isto? E, quer dizer, os comportamentos são tão vergonhosos que até o BCE, essa instituição obscena nas excepções e privilégios milionários que permite a bancos e banqueiros, vem dizer que é demais e ameaça até intervir se não houver moderação! Então mas temos que pagar esta pouca-vergonha do BES que nunca mais acaba?


O Novo Banco propôs em 2019, a título diferido e condicionado, o pagamento de uma remuneração variável aos membros da administração executiva no valor de 1,997 milhões euros, “em função da avaliação individual e coletiva da sua performance”, segundo o relatório e contas.

A possibilidade da administração executiva liderada por António Ramalho ter bónus no fim do período “aumentou muito devido à boa performance do banco”, segundo fonte próxima do processo, e por isso criou-se a provisão (antes da crise do Covid) que afectou o capital. A decisão de pagar bónus no futuro foi tomada pela Comissão de Remunerações do Novo Banco.

Porque é que a Comissão de Remunerações propôs um bónus? Porque o banco contava já ter o turnaround do banco já no final deste ano. Isto antes da pandemia do Covid-19 que chegou em março. Recorde-se que em fevereiro a prioridade da administração do banco era limpar o balanço em 2020. Isto é o desaparecimento do legacy.

“Quando se tem 11,8% de NPL, [mal parado] depois do enorme trabalho, que não tem paralelo na Europa da redução de 36,6% para 11,8%, ainda não estamos lá. Só estaremos lá quando esse valor for inferior a 5%, porque é esse o valor estimado pelo Banco Central Europeu para os bancos de alta qualidade”, disse em fevereiro o presidente do Novo Banco (antes da crise Covid-19).

Mas com a crise do Covid o BCE recomendou o não pagamento de bónus, em linha com a recomendação que fez sobre a não distribuição de dividendos aos acionistas até, pelo menos, 1 de outubro de 2020. O Banco Central Europeu (BCE) recomendou mesmo travar os bónus que os bancos pagam às respectivas administrações, devido aos impactos económicos da Covid-19, e admitiu intervir se os bancos não demonstrarem “moderação extrema” no pagamento de bónus.


jornaleconomico.sapo.pt/noticias/reducao-de-dois-milhoes-relativo-ao-bonus-da-administracao-do-novo-banco-nao-abateu-ao-emprestimo-do-estado

Nós somos os palhaços que pagamos este circo III



A 2 de novembro de 2018, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se à Madeira. Durante a visita, num encontro com estudantes, disse que o novo hospital da Madeira devia ser "uma realidade rápida" e "uma prioridade". Assegurou acompanhar "atentamente" o que se passa na região e estar a par da "problemática" do hospital. No dia 15, ou seja, 13 dias depois, foi celebrado um contrato (por ajuste direto com consulta prévia, embora os outros consultados não sejam identificados no portal dos contratos públicos) com a Sociedade Rebelo de Sousa e Associados (SRS Legal), o escritório de advocacia liderado pelo irmão de Marcelo, Pedro Rebelo de Sousa. O contrato é para "consultoria jurídica no âmbito do procedimento de contratação pública para a construção do Hospital Central da Madeira (HCM)". E lê-se no mesmo que a decisão de adjudicação do secretário regional dos Equipamentos é de 2 de novembro – o dia da visita de Marcelo.

O Presidente vai ao Porto e elogia um projeto urbanístico da autarquia e deixa indiretas às reservas do Tribunal de Contas. Meses depois, o escritório do irmão é contratado pela câmara, pela primeira vez, e por ajuste direto, para tratar de questões que podem envolver o Tribunal de Contas. 

O escritório do irmão do Presidente teve 14 contratos com entidades públicas numa altura em que a lei ainda limitava esse tipo de situação. O caso tem contornos idênticos aos polémicos contratos públicos de empresas de familiares de membros do anterior governo. E isso permite também as coincidências, como estas, com a extensa intervenção pública do Presidente. Marcelo enviou respostas detalhadas à SÁBADO, que publicamos na íntegra na edição impressa.


Nós somos os palhaços que pagamos este circo III





Segundo Patrícia Silva, o facto de não existir "um perfil definido" nem uma entidade que fiscalize as nomeações (o Tribunal de Contas por vezes faz auditorias, mas sempre a posteriori) contribui para que esta seja "uma arena privilegiada" para os ""jobs for the boys"" [empregos para o aparelho partidário].

"Os gabinetes são, muitas vezes, utilizados como trampolins para outras arenas. São uma forma de preparar elites políticas para o futuro. Muitas vezes, é por aqui que é feita a entrada de jovens para a arena política", afirma a investigadora. No entanto, Patrícia Silva considera que a questão que merece maior escrutínio no que toca aos gabinetes é a das funções "contratadas para curtos períodos de tempo, como os pareceres técnicos".

A académica revela que o Tribunal de Contas chegou a detetar pessoas "nomeadas para curtos períodos de tempo mas que, depois, acabavam por prolongar a sua permanência e, portanto, o montante que ganhavam". Tendo isto em conta, defende que, mais do que nos salários, o principal problema está nas pessoas contratadas "para prestar apoios muito específicos" mas que, por vezes, acabam por arrastar esses serviços.
Finanças é o que pesa mais

O Governo tem pelo menos 1054 funcionários nos gabinetes (no Ministério das Infraestruturas ainda há dados por divulgar). A maioria está nos ministérios das Finanças (94), Ambiente (85) e Economia (79); os do Planeamento (22), Mar (27) e Coesão Territorial (32) são os que têm menos.

Quanto ao peso dos salários, a maior despesa é dos ministérios das Finanças (268 mil euros/mês).

Nós somos os palhaços que pagamos este circo II




"Nos órgãos sociais da Mota Engil, encontramos os socialistas Jorge Coelho e Seixas da Costa, o ex-ministro do PSD Valente de Oliveira, os centristas Paulo Portas e Lobo Xavier. Este último integra também os órgãos sociais da NOS, conjuntamente com Paulo Mota Pinto, figura cimeira do PSD". "Políticos que aceitam subordinar-se aos mais perversos interesses económicos abastardam a nossa democracia". Os exemplos são intermináveis e alguns estão neste meu artigo do Público de hoje (uma pequena amostra da promiscuidade dominante). Comentários e críticas são bem-vindos.

PUBLICO.PT
Políticos que aceitam subordinar-se aos mais perversos interesses económicos abastardam a nossa democracia.

Nós somos os palhaços que pagamos este circo



ANA PAZ FERREIRA da Câmara Perestrelo de Oliveira integra a Comissão Directiva do FUNDO DE RESOLUÇÃO BANCÁRIO, "designada por acordo entre o Banco de Portugal e o Senhor Ministro das Finanças", logo da confiança do Governo. Simultaneamente, é Presidente da Assembleia Geral da Galp Energia, porque é de confiança do Grupo Amorim. Quando há conflito de interesses entre o Grupo Amorim e o Estado, de que lado está Ana Paz Ferreira? A resposta nem é difícil de adivinhar! Esta senhora é ainda sócia da Eduardo Paz Ferreira & Associados, a sociedade de advogados de Eduardo Paz Ferreira (marido da ministra Van Dunnem), uma das sociedades que mais factura em pareceres e assessorias ao Estado português. É por estas e por outras que o regime está a cair de podre.
Paulo de Morais

A Rothko silence






























Jorunn Sjofn

May 12, 2020

Os pais dos nossos pais dos nossos pais dos nossos pais...



Isto explica muita coisa.


The story opens with Gaia and Uranus. Zeus is not yet on the scene; in fact he is the grandson of Uranus/ Heaven, and his father Cronos of the crooked counsels was supreme between them. Hesiod tells the story, known to Homer, of the succession of sky gods. First Uranus was supreme, but he suppressed his children, and Gaia encouraged his son Cronos to castrate him. Cronos in turn devoured his own children, until his wife Rhea gave him a stone to eat in place of Zeus; the child Zeus was brought up in Crete, compelled his father to disgorge his siblings, and with them and other aid defeated Cronos and his Titans and cast them down into Tartarus.

Hesíodo, citado por Blagoja Varoshanec in The Oxford History of the Classical World


Zeus Blitzes A Giant Or Titan. From the corner of the pediment of the Temple of Artemis on Corcyra (Corfu), early sixth century B.C. Apotropaic monsters such as the Gorgon (which figures at the centre of this pediment) or violent scenes of Olympian power such as this, are favourite themes for the decoration of early temples. Later the scenes are more closely related to local cult or history. The giant is here wholly human, Zeus naked as is common with gods and heroes, displaying their power and reflecting Greek acceptance of and pride in nudity.



We see the attempt, quite in Hesiod's manner, to preserve the omniscience of Zeus, although the story clearly assumes that the god was really taken in.
Hesiod develops his story to deal with two other great features of the world: fire and women. 
In anger at his deception Zeus deprived men of fire, but Prometheus brought it back in a hollow tube. Angered still more, Zeus devised the first woman, the mother of the disastrous race of women, who live with men like drones with bees, parasitic and profligate; yet necessary, if a man is not to be without children to care for his old age. 
We see the contrast between this peasant misogyny and the tragic clear-sightedness of the Iliad, when we compare Achilles' description to Priam of the two jars of good and evil from which Zeus gives to mankind either a mixture of both or unmixed evil: 'So did the gods deal with my father Peleus ... and you too, old man, we hear were happy once, before the Achaeans came ...' (Iliad 24. 534 ff.), with Hesiod saying that if a man gets a good wife, then he has something to offset the bad; but with a bad one life is unbearable (Theog. 607ff.).

Blagoja Varoshanec, The Oxford History of the Classical World

Coronavirus Li Wenliang



O Coronavirus também anda a fazer estragos na vida selvagem africana. Sem guardas e patrulhas anti-caçadores furtivos, tem sido um fartar vilanagem.


#FromPortugalWithLove 4



Palácio da Pena, Sintra - fotografia encontrada na net

#From Portugal with love 3















Azulejo num claustro do Convento de Cristo em Tomar - tirada daqui: beyondlisbon

Intervalo - coisas boas 🙂



Hoje acordei sem dores. Até agora e, já lá vão umas horas sentada no posto, zero dores 💪🏻 e já faço coisas com o braço que não era capaz de fazer. E ainda nem comecei a fisioterapia!
Eu bem tinha um feeling que aquilo ontem ia ser da ordem do miraculoso 😀 bem, estou com uma estamina à conta de não ter dores que já massacrei uma turma com o imperativo categórico de Kant e os coitados ainda nem tinham almoçado. Libertei-os para irem cumprir o imperativo hipotético de não cair para o lado de fome... mas ainda vou massacrar outra daqui a bocado😀


Costacenteno em modo farsa parvinha



Para quê isto se os 800 milhões e mais ainda foram todos aprovados pelos geringonços no OE e, por conseguinte, para quê o BE fingir surpresa? Para fingirem que estão do lado dos contribuintes? Aliás, é aos portugueses que Costacenteno devia pedir desculpa porque somos nós que pagamos este saque descarado.
Ainda há bocado ouvia o primeiro-ministro na TV a dizer que é muito responsável com a maneira como gasta o dinheiro dos contribuintes... é preciso descaramento, mas enfim, é verdade que já leva muitos anos de treino...

Centeno admite "falha de comunicação" com Costa, mas dinheiro para o Novo Banco cumpre OE