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March 08, 2022

Dia das mulheres

 



via  Librairie Meura


A luta entre as trevas da ditadura e a liberdade

 


É o que está em causa. E os das trevas são os amigos de Putin e mais uma série de filhos de putin.


November 27, 2021

Num país que tem baixa natalidade e onde as pessoas em idade fértil fogem para outros países é importante perceber o que aí vem






Este artigo explica o status quo com base em dados e também o que aí vem, se não houver alteração na organização do trabalho. E o que aí vem não melhora a nossa situação. Muito antes pelo contrário.


A produtividade das mulheres

Ricardo Reis

Há décadas que as mulheres suportam um grande custo na carreira por ter filhos. Hoje, elas começam a ganhar mais do que os maridos. A organização do trabalho vai ter de mudar


Apandemia acelerou mudanças estruturais na economia mundial e trouxe novos fenómenos que se estão agora a espalhar. Sobretudo no mercado de trabalho, cresce o teletrabalho, mais pessoas vivem bem longe do local onde trabalham e alguns sectores sobem enquanto outros definham. Ao mesmo tempo, o enviesamento natural que temos para prestar atenção ao que está a mudar rapidamente leva-nos frequentemente a esquecer as mudanças lentas mas persistentes que, ao fim de umas décadas, acabam por ser os mais fortes determinantes das características do trabalho. Provavelmente não há mudança mais importante no mercado de trabalho nos últimos 70 anos do que a entrada das mulheres nas profissões pagas. Nos próximos 20 anos, suspeito que continue a ser assim.

Os economistas Scott Kim e Petra Moser divulgaram recentemente novos dados de 82.094 cientistas americanos identificados num almanaque de 1956. Para cada um, eles recolheram dados sobre a biografia (emprego, educação, casamento, crianças) e sobre a produtividade, medida através das patentes no nome e publicações em revistas científicas. Por um lado, a profissão de cientista é especial, mas por outro lado (e relevante para os propósitos deste estudo) muitas outras profissões altamente qualificadas (médicos, advogados, bancários...) partilham com os cientistas o perfil de carreira: um grande investimento de horas nos primeiros dez a 15 anos para provar o seu valor, uma promoção muito significativa (ou não) por volta dos 40 anos, e depois uma boa recompensa para os que são promovidos. No caso dos cientistas, porque temos estas medidas imperfeitas e cruas da produtividade, podemos tentar perceber a forma como mulheres e homens se distinguem nestes ambientes competitivos e altamente especializados.

O primeiro resultado marcante é a diferença entre o percurso da produtividade por género. Até ao casamento, homens e mulheres são semelhantes. Mas, depois, entre os 28 e os 40 anos, a produtividade das mulheres não aumenta, enquanto que a dos homens sim. Depois, a partir dos 40, a produtividade das mulheres começa a aumentar enquanto que a dos homens estagna. Os economistas mostram que a diferença está concentrada nas cientistas que se casam e têm filhos. A sua produtividade retoma o crescimento aproximadamente 15 anos depois do casamento, quando para muitas, as crianças precisam de menos atenção. Isto implica que, quando olhamos para cientistas com mais de 50 anos, as mulheres são tão ou mais produtivas do que os homens. Mas, quando olhamos para os cientistas entre os 35 e 40 anos, os homens estão acima das mulheres e a diferença entre eles está no seu máximo. Ou seja, é na idade em que os cientistas são julgados e promovidos a professores (as posições seniores) que a diferença entre eles e elas é maior. Isto provavelmente explica porque é que na geração coberta pelo estudo, 62% dos pais foram promovidos mas isso só aconteceu com 38% das mães (e, já agora, num outro grupo de estudo 54% das mulheres sem filhos foram promovidas). Explica também porque é que as mulheres cientistas escolhem ter filhos com uma probabilidade que é só 2/3 daquela que verificamos para os homens cientistas, e só metade se casa com uma frequência que é metade da dos homens.
Estes resultados refletem o panorama dos anos 50 e 60, que é a amostra do estudo. Com amostras mais pequenas e maior dificuldade em separar o efeito causal dos filhos, outros estudos usando amostras mais recentes descobrem resultados qualitativamente consistentes (se bem que não no tamanho). Durante 2020, quando fechámos as escolas, a produtividade das mães cientistas caiu muito mais do que a dos homens. Alguns inquéritos mostram que as mães com filhos com menos de seis anos perderam 17% mais tempo do aquelas com filhos mais velhos. Por sua vez, como já escrevi neste espaço, os dados dos países nórdicos mostram que mesmo com licenças de maternidade generosas e creches públicas, ainda há um efeito grande e permanente da natalidade no salário das mães em relação aos pais ou às mulheres sem filhos.

Para pôr estes resultados no seu contexto, hoje, na população entre os 25 e os 34 anos, em todos os países da OCDE sem uma única exceção, há mais mulheres com um curso superior do que homens. As mulheres são a maioria dos estudantes de direito ou medicina ou dos programas de doutoramento. É já praticamente certo que a maioria das mulheres no futuro próximo se vai provavelmente casar com um homem que ganha menos do que ela. Não me parece que elas vão aceitar que ter filhos implique que os papéis se invertam, e passem eles a ganhar mais. Ou a natalidade vai cair (ainda mais?), ou o papel de pais, mães e Estado na educação das crianças vai-se alterar muito. É difícil imaginar que isto não implique mudanças na organização do trabalho, incluindo no trabalho à distância e no teletrabalho, com uma influência mais profunda e prolongada do que a da pandemia. Uma tendência que se vê já é mulheres que se casam mais tarde e têm filhos depois dos 40 (quando já ascenderam aos cargos seniores) usando os avanços na inseminação artificial. A pandemia pode ser o ponto de viragem em que estas mudanças se tornam mais visíveis. Mas, mais cedo ou mais tarde, elas iam acontecer.

October 03, 2021

A guerra mais antiga a decorrer no planeta é contra as mulheres





"Corpos com vaginas" é uma forma estranha de se referir a metade da raça humana. No entanto, foi a citação que a Lancet, uma revista médica, escolheu incluir na capa do seu último número, dizendo aos leitores que "historicamente, a anatomia e fisiologia" de tais corpos tinha sido negligenciada. Após queixas sobre a linguagem desumanizante, a Lancet pediu desculpa. Mas não é o único. Um número cada vez maior de funcionários e de organizações vê-se aflito quando se trata de utilizar a palavra "mulher".

Um hospital britânico deu instruções ao pessoal das suas maternidades para usarem a expressão "pessoas que fazem nascer", em vez de mulheres grávidas. Alexandra Ocasio-Cortez, membro do Congresso dos EUA, fala de "pessoas menstruadas". 

E na Grã-Bretanha, o Partido Trabalhista está a meter-se em imbróglios públicos por questões como a de saber se apenas as mulheres possuem um colo de útero.

Esta mudança linguística está a ser impulsionada tanto pela vontade de agradar como pelo medo. Médicos, chefes e políticos devem pensar cuidadosamente antes de deitarem fora palavras amplamente compreendidas. Uma das razões é que muitos dos novos termos se apresentam como desumanizantes. 

É notável que não exista uma campanha comparativamente zelosa para abandonar a palavra "homens" a favor de "corpos com próstatas", "ejaculadores" ou "corpos com testículos".

A pressa em aparecer muito modernos corre o risco de alienar as mulheres.
 

theeconomist

September 21, 2021

1970

 


Saundra Brown, a primeira mulher negra da policia de Oakland a receber formação em tiroteio com armas. Serviu como agente da polícia durante sete anos, de 1970 a 1977. 

Não houve paragens para esta mulher que se tornou, mais tarde, Procuradora Distrital Adjunta do Condado de Alameda, depois de ter recebido um J.D. (grau de Juris Doctor) da Faculdade de Direito da Universidade de São Francisco. Rapidamente subiu ao cargo de Juiz Sénior do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito do Norte da Califórnia.



illumeably.com

September 18, 2021

Ode às mulheres erradas

 


As que não são jovens, magras, bonitas, submissas, burras, mansas, fracas, dependentes o suficiente para o macho e que um dia desconfiam que afinal o homem é que é errado e vão ser a mulher certa noutro lado. Força nisso!




Massimo Rongaroli

August 21, 2021

"On aurait dû obliger les hommes réfractaires à porter des talons, jupes et porte jarretelle"

 


André Corrèges e Pierre Cardin discutem se as mulheres podem/devem usar calças. Como se vê pela discussão, o tempo/espaço e o contexto podem legitimar certos discursos machistas só até certo ponto. André Corrèges fala das mulheres como seres humanos e Pierre Cardin como bonecas. São ambos do mesmo tempo.


July 29, 2021

Políticas machistas

 


Este artigo cita a política 'de um filho' chinesa como a causa de tantos milhões de pais chineses terem abortado, abandonado e morto as filhas raparigas, mas não foi a política a causa desses actos. Foi o machismo interiorizado na sociedade. Na China, os rapazes têm preferência e são escolhidos à frente das raparigas nas escolas, nas faculdades, nos trabalhos. Como aliás, um pouco por todo o mundo. Só podendo ter um filho, os casais chineses optavam por um rapaz porque tinha mais hipóteses de poder suceder na vida e ajudá-los na velhice. 

Portanto, mesmo agora que discutem a causa desta nadadora ter sido, eventualmente, abandonada pelos pais -e por isso adoptada por estrangeiros- não percebem ou não assumem que a causa desses comportamentos de discriminação é a descriminação social a que as mulheres estão sujeitas.


Uma nadadora canadiana que ganhou a medalha de ouro fez correr tinta na China pela sua herança chinesa, desencadeando discussões acaloradas acerca da política de 'um filho' e da discriminação de género [feticídio de género, abandono de bebés raparigas] que essa política desencadeou. 

Margaret MacNeil atingiu a fama na segunda-feira depois de ter ganho os 100 metros mariposa nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Na China, no entanto, a jovem de 21 anos de idade chamou a atenção por outra razão, à medida que se espalhava a notícia da sua vitória sobre a nadadora chinesa, Zhang Yufei, por 0,05 segundos: 
Margaret MacNeils nasceu na China e foi adoptada em bebé por um casal canadiano.

O tema do MacNeil rapidamente encheu as redes sociais chinesas. Um hashtag sobre a sua vitória tornou-se o principal tópico de tendências no site chinês de microblogging Weibo, na segunda-feira de manhã, e desde então atraiu quase 400 milhões de visualizações.

Grande parte da atenção centrou-se na sua herança chinesa - e nas reflexões sobre as circunstâncias sociais e políticas mais amplas que levaram à sua adopção por uma família estrangeira.

MacNeil nasceu em 2000 em Jiujiang, uma cidade na margem sul do rio Yangtze, na província chinesa de Jiangxi, de acordo com o seu perfil no website oficial da Team Canada.

Nos meios de comunicação social chineses, muitos suspeitam que ela tenha sido abandonada pelos seus pais biológicos, uma prática outrora comum ao abrigo da política de 'um filho'.

A política que vigorou até 2016, levou a que as crianças do sexo feminino fossem abortadas, abandonadas e até mortas devido a uma preferência tradicional por filhos masculinos entre muitas famílias chinesas. Isso deixou o país com uma proporção de sexo profundamente enviesada à nascença e um excedente de mais de 30 milhões de homens.

Para muitos internautas chineses, especialmente mulheres, a vitória de MacNeil serviu como um lembrete vivo do legado pernicioso da política de décadas e da ainda generalizada desigualdade de género.

Segundo o governo dos EUA, mais de 84% das mais de 82.000 crianças americanas adoptadas da China entre 1999 e 2019 são raparigas.

Embora alguns artigos online tenham retratado a linhagem chinesa de MacNeil como um caso de orgulho nacional para a China, muitos foram rápidos em apontar que o país deveria, em vez disso, fazer reflexão. "Perdemos tal talento devido à preferência de rapazes, como é que ainda se tem coragem de mencionar (as suas origens chinesas)", disse um comentário.

Outros lamentaram a discriminação contra as raparigas na sua educação, especialmente na China rural. "Ela poderia não ser um talento se tivesse sido criada na China. Em vez disso, teria abandonado a escola cedo para trabalhar nas fábricas", disse outro comentário.

Um post viral de Weibo, que dizia: "O Canadá tropeçou numa jóia preciosa" e apelava para que as pessoas ajudassem MacNeil a procurar os seus pais biológicos, foi recebido com fortes críticas. "Foram os canadianos que a transformaram numa jóia preciosa", dizia-se num comentário.

Após a corrida de segunda-feira, Zhang, a nadadora chinesa que levou prata, disse que se sentia bastante próxima de MacNeil. "Sinto que ela é um membro da família".

MacNeil, entretanto, sublinhou que é canadiana e que "sempre cresceu canadiana". "Nasci na China e fui adoptada quando era realmente muito pequena, a minha herança chinesa apenas vai até essa altura", disse MacNeil numa conferência de imprensa. "É apenas uma parte muito pequena da minha viagem até hoje e é um pouco irrelevante quando se trata de nadar, ou de quão longe a minha natação chegou".

Hong Kong (CNN)

June 27, 2021

Grandes mulheres desconhecidas - Ameniras, Candácia da Núbia




No tempo de Júlio César, a Núbia derrotou os romanos e nunca pagou tributo a Roma. Ameniras, uns séculos antes, marchou contra Alexandre. Liderou exércitos muitas vezes. Herdeira de uma civilização matriarcal com um sistema político democrático, à época chamada Meroê, a Núbia foi evitada por Alexandre, o Grande.
Ao ouvir Alexandre, a grande imperatriz Candace, ou Amanirenas, reuniu suas tropas negras, alinhou-as ao longo da primeira catarata junto com ela e ficou em cima de dois elefantes africanos em um trono e esperou que Alexandre aparecesse. Alexandre, o “ ótimo ”, não queria arriscar uma derrota e desistir de sua seqüência invicta de vitórias. Ele definitivamente não queria perdê-la para uma mulher, então uma vez viu a Rainha negra em seus elefantes e seus exércitos negros junto com ela, Alexandre , o "Grande" parou seus exércitos na primeira catarata e voltou para o Egito. Assim que viu a mortal estrategista militar em toda a sua glória e seu exército negro com as mais recentes armas de ferro, ele decidiu contra uma invasão e deu meia-volta.  — Chanceler Williams. " The Destruction of Black Civilization

Para ler mais: o-reino-de-kush-a-historia-dos-nubios




Os guerreiros e guardas núbios eram famosos pela sua altivez e poder.



[guerreiro núbio] Guardando O Palácio, 1888 -  Ludwig Deutsch, 1855–1935)
wiki

pormenor

May 17, 2021

Biden excomungado por defender as mulheres? A relação da igreja com as mulheres sempre foi de negação de ser



Os bispos norte-americanos, pelo menos alguns, queriam excomungar o presidente Joe Biden.

Pois é disso que se trata quando se pretende vedar o acesso à comunhão aos políticos que não se opõem a leis que defendem o aborto e a eutanásia. Pretendiam discutir essa questão e aprová-la na próxima reunião da Conferência Episcopal norte-americana, em junho. Puseram a questão à Congregação da Doutrina da Fé (CDF), a qual impôs ponderação e algumas exigências para essa tomada de decisão.

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Vale a pena ler esta muito breve incursão na história da igreja no que se refere ao tratamento das mulheres, realizada por Michael Hamar num artigo de opinião no New York Times.



Inventário de citações atribuídas a padres da igreja:


* Clemente de Alexandria: “Todas as mulheres deviam estar cheias de vergonha só de pensarem que são mulheres."  

* Tertuliano: "A mulher é um templo construído sobre um esgoto, a porta de entrada para o diabo". Mulher, tu és a porta do diabo". Desviou alguém que o diabo não se atreveria a atacar directamente. Foi por tua culpa que o Filho de Deus teve de morrer; deves ir sempre de luto e de trapos".

* Ambrósio": "Adão foi enganado por Eva, não Eva por Adão... é justo que aquele a quem aquela mulher induziu ao pecado assuma o papel de guia para que ele não volte a cair na instabilidade feminina".

* Agostinho: "A mulher era apenas a ajudante do homem, uma função que só a ela pertence". Ela não é a imagem de Deus mas, no que diz respeito ao homem, ele é, por si só, a imagem de Deus".

* Papa Gregório I: "A mulher é lenta na compreensão e a sua mente instável e ingénua torna-a, através de uma fraqueza natural, à necessidade de uma mão forte no seu marido. O seu 'uso' é duas dobras; sexo [carnal] e maternidade".

* Tomás de Aquino: "[Mulher] foi feita apenas para ajudar na procriação".

*John Wesley: "[Mulher]: contentar-se em ser insignificante. Que perda seria para Deus ou para o homem se nunca tivésseis nascido".

Não acredito que mesmo um idiota surdo como Al Mohler dissesse estas coisas em voz alta - mas essa atitude está implícita, embutida, em todo o pensamento e ensino cristão. É o que informa o horror baptista das pastoras, por exemplo e, a rápida dispensa de "comunhão" de qualquer igreja que não cumpra as regras.

Michael acrescenta, com pertinência:

Não posso deixar de me interrogar sobre o estado mental das mulheres dispostas a assumir um papel tão detestado. Têm de ser tão prejudicadas psicologicamente e cheias de auto-aversão, como os homossexuais retorcidos que habitam as fileiras do clero católico.

Esta observação vai directamente ao que considero ser o insuperável fracasso dos ensinamentos éticos cristãos: Eles contam com a degradação do crente.

Que homem ou mulher saudável acredita que viver é ser intrinsecamente culpado e inapto para viver? Mas sem esse ensinamento a salvação não é necessária e o cristianismo não tem nada a oferecer. Não admira que haja uma tal concentração de seres humanos doentes e deformados a liderar as igrejas.

E isso nunca poderá mudar. Todo o pensamento (ocidental) cristão se baseia no Pecado Original e, se o tirarmos, toda a coisa é raquítica e desmorona. Não vou viver o suficiente para o ver, mas daqui a 100 anos, ou 200 ou 500 anos, os homens vão olhar para trás e maravilhar-se com o facto de um ensinamento tão doente e perverso ter prevalecido durante tanto tempo.

April 14, 2021

Num mundo governado por homens...

 


apenas-metade-mulheres-sao-donas-proprio-corpo-onu


Apenas metade das mulheres são donas do seu próprio corpo, segundo o novo relatório das Nações Unidas publicado esta quarta-feira, que recolheu dados de 57 países situados, na sua grande maioria, na África Subsariana.

O relatório My body is my own do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) revela que apenas 55% das mulheres são plenamente autónomas no que diz respeito ao seu próprio corpo, sem serem alvo de “violência ou coerção”. Os três parâmetros tomados em conta para chegar a essa conclusão é se são livres de decidir sobre as suas relações sexuais (se querem ter ou com quem), se usam métodos contraceptivos e se têm acesso a cuidados de saúde sexual e reprodutiva.

January 23, 2021

Desfazendo preconceitos - para que servem as mamas das mulheres?

 


... para várias coisas, sendo a principal, embora não a única, alimentar os filhos. Porque é que amamentar um filho em público causa tanta perturbação em tanta gente? Porque os exploradores do negócio do sexo, aliados aos machistas da religião sexualizaram o corpo das mulheres de uma maneira obsessiva e ridícula, ao ponto de, em alguns países, as mulheres terem que esconder todo o corpo, mas mesmo nos outros que se reclamam mais esclarecidos, o corpo das mulheres e as suas escolhas estão sempre sujeitas às sanções da sociedade patriarcal.


September 16, 2020

Atletas

 


What a journey, from drowning, public discrediting, spinal fusion, sponsors dropping her, to establishing the women’s world record and then beating it while competing in the men’s division. Bravo @maya and bravo to the team. (Sebastian Steudtner)
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Maya Gabeira venceu o troféu XXL de maior onda do ano. Como ficou à frente de todos os homens, levaram 3 semanas a declararem-na vencedora e publicaram um artigo de 16 páginas com dados científicos de medição. Os homens não passam por este processo. Fazem umas medições mais ou menos aproximadas, mas nada de muito científico. Levaram tanto tempo a declará-la vencedora que quando o fizeram até passou despercebido.

Esta é uma atleta que teve uma lesão gravíssima na coluna numa onda da Nazaré há dois anos ou três no que aliás lhe disseram, na altura, que não devia ter ido surfar ali porque é muito perigoso - para uma mulher, era o que queriam dizer. Perdeu os patrocinadores, mas não desistiu e este ano voltou e competiu com os homens e ficou à frente deles. Como também bateu o record da maior onda surfada por uma mulher é só isso que referem...

December 12, 2019

Mesmo planeta, outro mundo




Ser condenado a anos de cadeia por tirar um lenço da cabeça e distribuir flores... há países onde sair à rua sendo-se mulher é um acto de coragem.


Silencio de Europa ante la condena a 55 años de cárcel de tres activistas iraníes por negarse a llevar velo

“Os haré sufrir a todas”, dijo el magistrado que las condenó. Al menos doce mujeres han sido condenadas por realizar actos de protesta contra la obligatoriedad de llevar 'hijab'.

En abril, Yasaman Aryani, su madre Monireh Arabshahi, Mojgan Keshavarz fueron detenidas por haberse quitado el velo y repartido flores en el metro de Teherán, en concreto en el vagón reservado sólo a las mujeres, con motivo de la celebración del 8 de marzo, día internacional de la mujer. El vídeo en el que aparece repartiendo flores se hizo viral en las redes sociales.


Amnesty International condemns the arrest of brave women's rights defender Mojgan Keshavarz. Here she is peacefully protesting Iran's degrading forced veiling laws by handing out flowers to women on 8 March, International Women's Day.