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September 22, 2023

Estratégias para atrair professores à profissão: ilegalidades de discriminação



ME obriga a período probatório para pagar menos e impõe mais horas de trabalho


Os responsáveis do Ministério da Educação (ME) não se cansam de lembrar os quase 8000 docentes que entraram nos quadros, mas não referem o que lhes pretendem, agora, fazer. E não o fazem porque o que pretendem é ilegal e discriminatório. Por tal motivo, a não ser resolvida a situação durante esta semana, a FENPROF avançará para os tribunais, com quatro ações, uma por Sindicato regional (SPN, SPRC, SPGL e SPZS), em representação coletiva e abstrata dos associados, denunciará o problema junto da Assembleia da República e da Provedoria de Justiça, solicitando que seja requerida a fiscalização da constitucionalidade da situação criada, e apresentará nova queixa junto da Comissão Europeia por violação da diretiva que determina a não discriminação salarial dos docentes por motivo relacionado com o vínculo laboral.

... e ninguém nos livra deste ministro

September 20, 2023

Não percebo. Não faz duas semanas que o ME dizia que estava tudo a correr às mil maravilhas



Falta de professores. “A minha filha esteve das 8h15 às 14h sem aulas”


Há alunos em escolas de Lisboa que ainda não têm professores a cinco, seis disciplinas. Os pais preocupam-se com “atraso” da pandemia. Directores dizem que é preciso “dignificar a carreira docente”.

Débora Pena “só teve aulas das 11h20 às 12h20”. Esta terça-feira, deveria ter tido aulas de Inglês, Português, História, Matemática e Educação Física, mas só teve estas duas últimas. “De momento, a minha filha só tem professores de Matemática, Educação Física, Físico-Química, Francês, Ciências e Geografia”, diz a mãe desta aluna do 7.º ano da Escola Básica Pedro de Santarém, que pertence ao Agrupamento de Escolas de Benfica.

No mesmo ano, mas na Escola Secundária Vergílio Ferreira, também em Lisboa, o cenário é semelhante. “Ontem [segunda-feira], a minha filha não teve Matemática porque não há professor. Não teve Educação Física porque também não há professor. Não teve Geografia porque também não há professor. Esteve das 8h15 até às 14h sem aulas”, diz Ana Guedes, mãe desta aluna do 7.º ano.


“A indicação que deram aos miúdos é que não irão ter, pelo menos, até ao final de Novembro", relata esta encarregada de Educação.

Por agora, a dificuldade tem sido conseguir professores para as disciplinas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), História, Português e outras línguas. E chega mais uma preocupação. “Até aqui temos estado a colocar professores que estão em Lisboa. Agora começamos a colocar professores que concorrem de outras zonas, que não a cidade de Lisboa. O que é que acontece? Acabam por ser professores mais jovens, que estão em início de família, com filhos pequenos. A grande preocupação é como é que vêm cumprir o horário às 8h, vindos não sei de onde, e têm de preparar os filhotes para os deixar na escola. Isto vai fazer com que alguns rescindam o contrato”, antecipa.

Esta encarregada de educação faz questão de frisar que “o problema está a montante” das escolas. “Os agrupamentos são o fim da linha, ficam com o problema nas mãos, mas não são eles que o criam. No meu ponto de vista, a falha principal é do Ministério da Educação, do Governo. No ano passado os professores passaram todo o ano a reivindicar melhores condições de trabalho, que não foram atendidas. Neste momento, o que está a acontecer em Lisboa, que é um caso particularmente grave, é que o vencimento da maioria dos professores não lhes permite arrendar um quarto”, nota Carla Galvão.

Entre saídas para aposentações e a dificuldade em captar jovens, a falta de professores, diz, é um fenómeno que tem de “ser atacado”. “É preciso dignificar a carreira docente. É preciso pensar em apoios à deslocação para os professores", aponta. E pensar na sua reivindicação central, a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de serviço congelado. Para isso, diz, é essencial que o Governo reabra o processo negocial. “Acho que se isso acontecesse, os sindicatos ficariam mais calmos, porque os professores perceberiam que estavam a tratar a sua vida com justiça. Neste momento, não se vê uma luz ao fundo do túnel. Isso não é bom para as escolas, porque não traz paz, nem traz estabilidade”, diz.


(Excertos)

September 18, 2023

S.TO.P. - "Este ministro, claramente, faz parte do problema e não da solução"






primeira-semana-integral-de-aulas-regressam-as-greves-as-escolas

"Infelizmente são muitos os motivos, por exemplo iniciarmos o ano letivo com mais de 100 000 alunos sem professor a uma ou mais disciplina, o excesso de trabalho/burocracia, a injustiça entre os docentes dos arquipélagos e os do continente (que se traduz nomeadamente numa diferença salarial entre 400 a 600 euros mensais) e também os salários de miséria, sobrecarga de trabalho e carreiras indignas (ou ausência de carreira) que afetam os Assistentes Operacionais (AO), Assistentes Técnicos (AT), Técnicos Superiores e Especializados. 
(...) São"quase 20 anos de intensos ataques, desconsiderações e roubos".

"Este ministro, claramente, faz parte do problema e não da solução"
O coordenador do S.T.O.P não acredita numa mudança de paradigma e acusa o ministro da Educação, João Costa, de fazer "simulacros de negociações" e de uma "recusa total de discutir assuntos como as condições dos Assistentes Operacionais, dos Assistentes Técnicos e da contagem integral do tempo de serviço docente".

"Teremos de continuar a manter a pressão nas formas de luta", afirma. A falta de "esperança" de André Pestana no final do braço-de-ferro prende-se com o teor das declarações proferidas pelo ministro da Educação nos últimos dias. "Ficou evidente que este ministro não tem nenhuma proposta credível para resolver os principais problemas da Escola Pública, por exemplo perante o número recorde de mais de 100 000 alunos no início de um ano letivo sem professor a uma ou mais disciplinas. Ou seja, este ministro, claramente, faz parte do problema e não da solução", acusa.

Em resposta às possíveis críticas dos pais afetados pela greve, o líder do S.T.O.P diz acreditar que "a maioria não quer que a Escola Pública se transforme num espaço onde os alunos passam rápida e superficialmente para depois, na sua vida adulta, além de serem cidadãos mais fáceis de enganar por políticos corruptos, terem trabalho precário com baixos salários ou serem obrigados a emigrar para ter uma vida digna".

Outras ações de luta já marcadas
Está já a decorrer, convocada pelas organizações sindicais ASPL, Fenprof, FNE, Pró-Ordem, Sepleu, Sinape, Sindep, SIPE e Spliu, a greve ao sobretrabalho, às horas extraordinárias e a todas as atividades integradas na componente não-letiva de estabelecimento. As mesmas plataformas sindicais agendaram também uma greve nacional, dia 6 de outubro, acrescidas de uma série de "iniciativas que depois serão reveladas" para assinalar o Dia do Professor, na primeira semana desse mês.

1 em cada 10 alunos não tem docentes a todas as disciplinas
Não é apenas a greve desta semana que ameaça deixar estudantes à porta das escolas. Segundo dados divulgados pela Fenprof, 125 mil alunos começam o ano sem professor a uma ou mais disciplinas. Ou seja, um em cada 10 alunos não tem os professores necessários. De acordo com a mesma plataforma sindical, há quase dois mil horários por preencher, principalmente a Sul do país (Lisboa e Algarve).

dnot@dn.pt

August 31, 2023

Mais um absurdo do ME: se queres ser professor vai dar a volta ao país em 24 horas



Centenas de professores obrigados a apresentar-se em escolas onde não vão ficar


Serão quase 600 os professores que vão percorrer centenas de quilómetros para se apresentarem em escolas onde não darão aulas. Ministério diz que é a forma de garantir o vencimento de Setembro.

July 28, 2023

Somos um país de 10 milhões de habitantes

 


Mas temos escolas com ratios de países de 100 milhões de habitantes. 


Nas escolas do interior, um outro modelo poderia atrair pessoas de volta ao território

Camilo Soldado geógrafa e académica

Há duas tendências pesadas que atravessam todas as áreas da sociedade portuguesa: o envelhecimento e a diminuição populacional. O país precisa de atacar esses problemas enquanto atravessa um “período de grandes alterações climáticas, tecnológicas e demográficas”, introduz a geógrafa Teresa Sá Marques, que foi a coordenadora científica e técnica do Programa Nacional das Políticas de Ordenamento do Território (PNPOT), em 2019.

Nas escolas do interior, um outro modelo poderia atrair pessoas de volta ao território
Mas pode haver um ângulo de ataque: “O principal investimento no futuro é em educação”, sublinha a também professora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em entrevista ao PÚBLICO, a propósito do Relatório do Ordenamento do Estado (REOT), que é o primeiro momento de avaliação do PNPOT e que, nesta sexta-feira, está pelo último dia em consulta pública.

Mesmo nos territórios de baixa densidade, onde o envelhecimento da população é ainda mais acentuado e as crianças são cada vez menos. “Temos de garantir acessibilidade às escolas na mesma”, defende. Nestas áreas do país que perdem pessoas, poderia apostar-se num modelo de “turmas com menos alunos, mas de grande qualidade” no projecto educativo.

Só investindo nesta área se consegue contrariar essas tendências pesadas, argumenta. Mesmo nos territórios de baixa densidade, onde o envelhecimento da população é ainda mais acentuado e as crianças são cada vez menos. “Temos de garantir acessibilidade às escolas na mesma”, defende. Nestas áreas do país que perdem pessoas, poderia apostar-se num modelo de “turmas com menos alunos, mas de grande qualidade” no projecto educativo.

A proposta implicaria mexer nos rácios de professores e técnicos, mas isso já acontece com territórios identificados como vulneráveis em matéria de educação, explica. Este modelo, considera, poderia até ser um factor de atracção de famílias que residem em territórios populacionalmente mais densos.

Por outro lado, também essas áreas mais densas do país, como as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, precisam das suas medidas específicas. “Em Lisboa, por exemplo, há escolas com 40 nacionalidades diferentes e problemas de integração”, nota. “Temos de ter recursos para essas diferenças”, diz.

“Estamos a envelhecer e isso vai continuar”, alerta. Embora alguns territórios tenham recuperado nos últimos dois anos, essencialmente por causa da chegada de imigrantes, o país não estava a levar a sério o problema, considera. O saldo natural permanece negativo e a chegada de pessoas é a forma de equilibrar a balança demográfica. Mas é preciso que os territórios sejam atractivos, aponta.

July 11, 2023

Outra coisa com piada

 



Não sei se os critérios de classificação de Matemática são como os de Filosofia onde se descarta tudo o que de errado o aluno fez e vai-se repescar apenas as coisinhas melhores, mas se for (e deve ser porque tudo agora marcha ao som do chicote de sua excelência alienada) estes resultados são uma desgraça muito maior do que se pensa. Muito maior. E, se alguém se desse ao trabalho de ver para que curso vão estes alunos que tiram negativa a matemática nestas condições feéricas, ia ver que vão quase todos para cursos onde a Matemática é a cadeira específica de maior importância. De maneira que já vejo vir aí uma reforma curricular com as aprendizagens essenciais das essenciais.

Ontem li duas notícias. A Irlanda está como nós nos preços das casas e na emigração de jovens qualificados. A Alemanha precisa de 1 milhão e meio de imigrantes por ano e quer produzir na UE os produtos que importava da China. Onde vão buscar os imigrantes, qual o papel que nós, tugas, vamos ter na UE e porque é que Costa e Costa querem que os portugueses que menos têm, passem pela escola pública só com o essencial do essencial do essencial?

Provas nacionais do 9.º ano. Quase 60% teve negativa a Matemática


Cerca de 78,2% dos alunos conseguiram ter positiva na prova de Português, mas a Matemática a maioria (58%) teve negativa.

July 07, 2023

Entretanto, no ministério da alienação

 


Nada funciona e as queixas de pais subiram 113% O portal de matriculas não funciona, os subsídios e bolsas de mérito não chegam (há muita minhoca...), não há vagas nas escola, não há professores, há bullying, etc. O ministro do ministério da negação e alienação absurdas disse há pouco que tudo corre bem na educação e está muito motivado para continuar a fazer porcaria asneiras tratar da sua vidinha coisas...


June 30, 2023

ME diz que os professores o atacam com violência... what??



Se a iniciativa de que fala a notícia era do governo e, pelos vistos, com Pedro Nuno Santos, se calhar não tem nada que ver com professores, não?

Onde foi ele buscar isto dos professores serem violentos contra ele e porque é que ninguém denuncia estas calúnias? Não basta os ataques que ele faz à nossa profissão e o constante denegrimento dos professores?

Manifestações violentas de professores? Mas alguém acredita nisto? Pelo contrário. Foram feitas muitas manifestações com mais de uma centena de milhar de professores sem um único incidente reportado. Nem um, sequer.

Estas afirmações parecem-me graves calúnias duma pessoa completamente desadequada para o cargo que ocupa, que evidência comportamentos abjectos (como perseguir grávidas e desviar 7000 médicos do SNS para perseguirem professores ou dizer que os professores doentes de baixa são os responsáveis por não haver professores) e penso que os sindicatos deviam fazer qualquer coisa.

Não se admite mais esta calúnia de dizer que os professores são um grupo de pessoas violentas ao ponto de ter seguranças armadas para se defender.

Um ministro deve resolver problemas em vez de estar sempre a incitar ao ódio aos professores. Que horror de pessoa! 

O jornal do irmão publica estas coisas como verdades... e depois ainda dizem que as redes sociais são perigosas e espalham falsidades.

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Os insultos têm aumentado e numa iniciativa do Governo em Faro chegou a haver um ataque “com alguma violência”, com murros e pontapés ao carro onde seguia, conta o ministro da Educação em entrevista ao Expresso. João Costa diz-se “descontraído” e aponta o dedo ao clima de incitação ao ódio. O ministro, que já teve ligações ao PCP, não hesita em dizer que é “da esquerda do PS” e acredita que Pedro Nuno Santos ainda “tem muito para dar ao país”

Confirma que houve um reforço da sua segurança?

Sim, decorreu da avaliação de risco que foi feita pela polícia na sequência de um ataque bastante violento, com murros e pontapés, ao carro em que ando e de algumas manifestações na rua também com uma certa violência por parte de professores. Mas são ações pontuais, porque os professores não são aquilo.

Expresso 

June 12, 2023

"... o que o Ministério está a fazer é dar umas migalhas a meia dúzia de professores (...) criar ainda mais injustiças. (...) Uma canalhice, na verdade."



Estas são palavras de Filinto Lima, um director que geralmente alinha pelo governo(!)... ora, vejamos: quem faz canalhices é o quê? E uma canalhice não é uma coisa porca de se fazer?


Este desenho é de Bordalo Pinheiro. 

BP não punha a porca da política com rosto reconhecível (nem os leitões que chafurdam na porcaria) porque ninguém é burro e todos percebiam o que ele estava a dizer de quem, de maneira que não é necessário ser ordinário. 

Quanto ao que se diz no artigo das famílias já terem visto o seu horário de trabalho sacrificado na pandemia e agora têm-no com as greves, quem escreve este artigo esquece-se que os professores também têm famílias, que durante a pandemia, enquanto o ministro Brandão andava a passear e só se lembrou que eram precisos computadores ao fim de um ano, os professores passaram a trabalhar todos os dias até à meia-noite, a pagar do seu bolso computadores, internet, etc. para os minimizar o mais possível os prejuízos nas aprendizagens. 

Ninguém nos bateu palmas, antes pelo contrário, assim que saímos da pandemia lá tínhamos o agora ME a dizer que os professores não fazem nada, que só querem chumbar alunos, que estão todos de baixa, que ele é que vai decidir o que é melhor para os professores, etc. , sempre com o apoio de Costa, primeiro-ministro. Então isto não é tudo uma canalhice, uma porcaria? Perseguir grávidas não é uma canalhice?

E isto passa-se ao mesmo tempo que assistimos a que dê sete anos de descongelamento aos outros funcionários públicos, que dê dezenas de milhões a um tipo qualquer da TAP, a que ministras falseiem o currículo de um do PS para que receba dezenas de milhares de indemnizações, a que o Parlamento faça passar leis para safar tipos do PS que prevaricaram, a que ministros se usem do SIS para perseguir oponentes... então isto não é tudo uma porcaria? Uma falta de respeito? 

Esta falta de respeito dura desde o tempo da Lurdes Rodrigues. Nessa época em que todos os dias saiam artigos nos jornais a denegrir professores, acho que o pior que li foi um artigo (já não sei em que jornal), a propósito daquelas aulas de substituição que não resolviam problema nenhum e criavam indisciplina, a gozar, aconselhando os professores que ficavam horas sem fazer nada à espera que alguém faltasse, a f..... uns com os outros, pois assim sempre faziam algo de útil ao país dado a falta de nascimentos. Que tipo de pessoas escrevem e mandam escrever estas coisas? Deixa ver...? Porcas...?

Gostava que alguém com acesso a jornais, fizesse esse trabalho de ir buscar todas as ofensas ordinárias e porcas (sim, porcas) que os amanuenses do governo PS escreveram para destruir os professores. Isto dura há quase vinte anos. E nem mesmo com o trabalho e o sacrifício que os professores fizeram durante a pandemia mudou o discurso de desprezo e as políticas de desinteresse do ME e do primeiro-ministro mudaram. 

Sim, estamos cansados e os pruridos de virgem ofendida da mulher do primeiro-ministro que vai a correr defender o maridinho que joga a cartada do racismo para se fazer de vítima, a mim não me impressionam. Quer dizer, o primeiro-ministro dizer que é vítima de injustiça é o cúmulo da falta de noção de si mesmo e das suas políticas.

Sim, as greves prejudicam os alunos, mas prejudica mais não terem professores e as políticas educativas deste ministro e deste primeiro-ministro que beneficiam privilegiados e fecham caminhos aos desfavorecidos.

Há umas semanas, uma colega nova na escola -nova em idade e na profissão- que vem de fora todos os dias, disse-me que se fizer duas greves já não tem dinheiro para comprar comida até ao fim do mês. Não tem horário completo e ganha menos do que os funcionários auxiliares no quadro da escola. 

Na sexta-feira, numa reunião, uma colega disse que para cumprir o programa, dadas as greves, deixou de fazer as aulas práticas e que vai fazê-las agora nestas duas semanas, porque é importante para os alunos. Quer dizer, vai trabalhar de borla. 

Outra colega que é coordenadora duma valência que abrange todas as turmas da escola e é um trabalho infernal de burocracia, usou as horas da coordenação para dar apoio aos alunos na sua disciplina para compensar os dias sem aulas por causa das greves. Como o trabalho da coordenação teve que ser feito na mesma, andou a fazer carradas de horas extra, de borla.

Estes são trabalhos que os professores fazem e nem dizem a ninguém. Disseram-me por acaso, porque veio à conversa. É com isto que o ME conta. Não é uma canalhice? 

Para dizer a verdade, os professores andam em greves e manifestações desde 9 de Dezembro. Mais de um centena de milhar de professores fizeram manifestações durante semanas a fio e nunca houve um único indicente, apesar do assédio da polícia, dos jornais e do governo. 

E estes são os factos.


O ano letivo marcado por greves escreve-se com instabilidade

Paula Sofia Luz

Professores acreditam que as greves - que marcaram este ano letivo - não prejudicaram os alunos. Não mais do que a falta de docentes em muitas escolas do país. Mas os Centros de Explicações crescem, registando inusitada procura em época de exames.

"Depois da pandemia tivemos a guerra, depois veio a inflação, e todas as pessoas notam o aumento do custo de vida, que afeta maioritariamente as famílias com filhos em idade escolar. Foram essas que tiveram que aumentar o horário de trabalho, para conseguirem ter dinheiro até ao fim do mês. Isso quer dizer que ausentaram-se ainda mais horas das suas casas", refere. "No meio disto temos o descontentamento profundo dos professores, que entendemos, mas o estilo de greve trouxe desagrado e instabilidade aos pais", sublinha Mariana Carvalho.
(...)

Que impacto poderão ter tido as greves neste ano letivo?
As greves terão tido algum impacto neste ano letivo, mas esse não é comparável - nem de perto, nem de longe - ao facto de termos centenas de turmas e milhares de alunos sem aulas por falta de professor, desde o princípio do ano letivo. Nalgumas escolas durante meses, noutras isso continuou a prolongar-se. Temos aqui um problema sério de falta de professores; uma carreira que realmente não é atrativa, para além de um conjunto de outras questões que se prendem com a burocracia e indisciplina. O próprio modelo de gestão autocrático que temos nas escolas, e um conjunto de fatores que a tornam uma profissão de desgaste e exaustão, além da precariedade, e do afastamento das famílias.

E há razões para isso?
Claro que não. Os pais têm de compreender que os professores estão completamente no seu limite, com anos e anos a dar o melhor de si, e todas as suas reivindicações têm sido completamente ignoradas. Há uma falta de respeito total pelos professores, e uma falta de justiça dentro das escolas.

Mesmo com a chamada "correção de assimetrias" e "acelerador de carreiras"?
No fundo, o que o Ministério está a fazer é dar umas migalhas a meia dúzia de professores, que depois retira aos outros e não dá rigorosamente nada. Portanto, vai criar ainda mais injustiças. Veja-se o caso das vagas para o 5º e 7º escalão. Para alguns professores foi criada a isenção de vaga. É o caso daqueles que durante todo o período do congelamento de carreiras - 9 anos, quatro meses e dois dias - estiveram sempre ao serviço e entraram no sistema antes de 2005, isto com horários completos e anuais. O que é que isto significa? Uma canalhice, na verdade. Porque se o professor tiver 9 anos, 4 meses e 1 dia, já fica afastado. E como imagina, a grande maioria dos contratados não teve sempre horários completos e anuais...

June 07, 2023

Serviços mínimos às avaliações

 


O ME vai pedir serviços mínimos, mesmo depois de já o ter feito em 2018 e terem sido declarados ilegais.  Da mesma maneira como os pediu às greves do S.TO.P. (o colégio coiso faz tudo o que ele manda) e depois, quando já não interessava (terão lá algum homem de mão do PS?), foram declaradas ilegais (mesmo assim ainda há colegas com processos disciplinares).

Evidentemente que os serviços mínimos tiram toda a eficácia às greves. Poder-se-á dizer que é essa a função do ME. Só que não é. A sua função é resolver os problemas da educação, coisa que ele não sabe fazer, de maneira que lhe resta a perseguição a professores.

Ele devia cuidar de que os currículos abrissem oportunidades de vida aos alunos e os empoderassem, como agora se diz. Fez o oposto.
Ele devia cuidar de que os alunos pudessem ter na escola as condições (materiais e culturais) que não têm em casa. Fez o oposto.
Ele devia cuidar de que a profissão atraísse pessoas de categoria pedagógica e intelectual. Fez o oposto. (aliás não atrai, nem os sem categoria)
Ele devia cuidar de que o ambiente nas escolas fosse positivo, colaborante e inclusivo. Fez o oposto.
Ele devia cuidar de que as escolas tivessem uma vivência democrática. Fez o oposto. 

As greves às avaliações são auto-destrutivas do corpo docente. Ninguém as quer fazer, mas muitos fazem-nas porque os ministros castigam os professores (e os alunos) pelos seus erros e deficiências de modos que ultrapassam todas as fronteiras do aceitável.
Porém, é uma situação tão radical que põe professores contra professores de uma maneira violenta em que colegas fazem coisas impensáveis contra outros colegas. Há pessoas que nunca mais se falam e o ambiente nas escolas fica envenenado, o que destrói o trabalho dos grupos disciplinares e atinge os alunos, muito mais que as greves. 

As pessoas em geral não têm noção destas coisas porque são muito ignorantes do que se passa nas escolas, o que é natural (não sendo natural falarem como se soubessem). Mas o ministro tinha obrigação de não ser ignorante porque o trabalho dele não é castigar e perseguir professores, mas resolver os problemas da educação. Acontece que o ministro trabalha para dividir os professores porque pensa que isso lhe traz dividendos. Pois traz... mas são tristes dividendos... tumores malignos que se espalham nas escolas.

As escolas são pequenas comunidades mais ou menos fechadas, neste sentido em que os professores ficam lá muitos anos a trabalhar uns com os outros. Essa estabilidade tem vantagens para os alunos e para que haja uma cultura de escola. Mas é uma pequena família e como todas as famílias, é preciso muito cuidado para preservar as relações entre as pessoas e não fomentar a discórdia ao ponto de se tornarem forças de bloqueio umas das outras e, sendo-o, esses tumores atinjam os alunos por tabela. O trabalho de educação escolar é um trabalho que necessita da colaboração positiva entre professores. 

Já antes deste ministro, a Lurdes Rodrigues tinha tido essa estratégia, nela explícita, de pôr professores contra professores, de dividir, dando poder a uns e incentivando a que perseguissem outros. A ideia dela era conseguir impedir que os professores se unissem quando começasse a desvalorização para a proletarização da profissão. O que aconteceu. A estratégia dela foi um sucesso... um sucesso cancerígeno... há professores que nessa altura aproveitaram para se enfiar nos cargos de qualquer maneira, atropelando outros (porque só quem tinha esses cargos chegava ao topo da carreira), com esquemas de toda a ordem. A maioria ainda lá está e tem passado todos estes anos a minar tudo para preservar o seu patético poder.

Isto passou-se na esmagadora maioria das escolas. Algumas coisas se passaram ao pé das quais o assédio das universidades de que se fala agora nos jornais é uma brincadeira.

O ambiente nas escolas, quando se escava um bocadinho o verniz, é muito mau. O ME devia estar a resolver estes problemas e não a agravá-los, como tem feito. De modo que não, o trabalho do ME não é impedir greves e fomentar a desunião. É o oposto. Mas ele parece não ter capacidade para o perceber.

Greves de professores: decretados serviços mínimos para reuniões de avaliação de alunos


Paralisações durante reuniões de avaliação vão estar de novo sujeitas a serviços mínimos. Já aconteceu em 2018, uma decisão que foi depois declarada “ilegal”.

June 03, 2023

Porque é que o diploma dos concursos que o Presidente assinou de cruz, não interessa, nem aos professores que o ministro garantiu que o queriam II

 

( o tal concurso que obriga os professores a concorrer ao país e a ficarem efectivos onde forem calhar (numa zona em vez de uma escola) durante anos a fio e sem nenhum tipo de ajuda, ainda por cima) - isto deve fazer parte das estratégias do ME para atrair novos professores...)

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 Cátia Oliveira, natural da aldeia de Bilhó, no concelho de Mondim de Basto, distrito de Vila Real, já deu aulas na Madeira, por amor à profissão, há 14 anos. Por motivos de saúde, regressou ao continente e tem conseguido, ainda que, muitas vezes, com horários incompletos, ficar próximo de casa. Andar com a casa às costas, de novo, não faz parte dos seus planos” e optou por recusar aquilo a que chama “um presente envenenado do ME”.

“Não é obrigando os professores a ficar longe de casa e das suas famílias, com custos demasiado acrescidos (aluguer de casa e deslocações) e sem qualquer tipo de apoio, que se vai atrair professores, como eu, mudando toda a sua vida para irem lecionar para Lisboa ou outras localidades ainda mais distantes. Não é assim que se vai combater a precariedade, muito pelo contrário. A Vinculação Dinâmica não vem ajudar na fixação de professores, mas sim contribuir para o aumento de professores a andar com a casa às costas e por tempo indeterminado. Não quero este presente envenenado. Não quero ser obrigada a concorrer para todo o país, contra a minha vontade”, salienta. Ficar longe, diz, significaria “voltar a pedir ajuda monetária aos pais, para poder continuar a exercer a profissão”. Cátia Oliveira acredita numa debandada de professores contratados, que “abandonarão a docência para procurar outras alternativas de vida mais estáveis” – e espera “não ser uma delas”

Arlindovsky, in  “Não é assim que vão atrair novos professores”

 

June 02, 2023

O ministério deste ministro prepotente

 


Acho que já falei aqui de um aluno que chegou da Holanda, onde o sistema de classificações é diferente do nosso. Trouxe todos os papéis em ordem e só falta o ministério deste ministro enviar para a escola a tabela das equivalências, que foi pedida em Setembro, sem a qual não há equivalência oficial do ano de escolaridade. Pois ainda não chegou e liga-se para a pessoa responsável do ME e ninguém atende. A senhora que tratava das equivalência reformou-se há um par de anos e agora aquilo está sem rei nem roque. Nem disse ao miúdo o que se passa porque estamos em semanas de avaliações e não vale a pena stressá-lo. 

Todos os dias nos bate na cara a incompetência deste ministro. Mas como ainda não atropelou ninguém... 


May 29, 2023

Mais uma inovação do ministro da educação para tornar a profissão de professor mais atractiva: obrigar os professores a trabalhar nos feriados




Que me lembre, nunca tal se viu na história da educação do país, mas este ministro diz que tem que ser, os professores têm que trabalhar nos feriados para obedecer aos seus regulamentos.

Professores e alunos chamados para exames em dias de feriado


Alunos e docentes terão de prestar provas nacionais em datas comemorativas nos seus municípios. A primeira sobreposição acontece no dia 7 de junho, em Oeiras, a data agendada para a Prova de Aferição de Matemática, do 8.º ano. Ministério justifica com regulamento.

May 19, 2023

ME e governo aprovam diploma para impor aos professores medidas que não têm o acordo de um único sindicato de professores



Quando o ministro diz que considera estarem reunidas condições para aprovar o diploma o que ele quer dizer é que os sindicatos para ele são organizações insignificantes que ele não valoriza. O primeiro-ministro também. Aliás, é por ele, ME, saber que o primeiro-ministro não valoriza os orgãos democráticos que vê como, ou instrumentáveis ou alvos a abater, que sabe que tem margem de manobra para (n)os ignorar e fazer o que lhe apetece. Sim, já sabemos, temos que nos habituar aos pequenos salazares da maioria absoluta do PS.
 
Depois do que temos vistos com estes casos todos de galambas, da justiça, etc., ficamos com a ideia de que o PS, por intermédio dos seus governantes, anda a preparar este estado de coisas de ter homens de mão instrumentáveis em todos os orgãos, há vinte anos, desde Sócrates.


"Consideramos estarem reunidas as condições para aprovar amanhã em Conselho de Ministros o decreto-lei", anunciou hoje João Costa, em conferência de imprensa realizada dois dias após a reunião negocial complementar entre Ministério e sindicatos de professores, que terminou sem acordo.


May 17, 2023

As narrativas do ME sobre os professores são sempre gratuitas e ofensivas




Dizer que as escolas são lugares de discriminação é dizer que os professores trabalham para discriminar, o que é mentira, calunioso e extremamente ofensivo. 

Dizer que tem de se formar o corpo docente para não discriminar alunos é profundamente ofensivo porque é dizer que nós professores, somos pessoas que temos uma prática de discriminação o que é mentira. 

Dizer que a discriminação é palpável nas escolas é uma ofensa e uma calúnia gratuita. É tão gratuita que esta senhora Sandra Ribeiro atira estas frases para o ar sem nunca concretizar nem exemplificar.

Garantir que os alunos transgénero passam a ir à casa-de-banho e balneários das raparigas em vez de terem uma casa-de-banho própria e tempo próprio, sozinhos, de balneário é uma violação dos direitos das raparigas que, por muito que custe a esta senhora, também são pessoas com direitos.

... dotando-o [ao corpo docente] de conhecimentos e competências profissionais para encontrar respostas adequadas a problemas que afetem o bem-estar dos alunos? Nós temos conhecimentos e estratégias e agimos para garantir a segurança dos alunos, ao contrário do que diz esta senhora, que deve ser seguidora do ME, pelo modo como ofende professores. O que nós não temos são funcionários suficientes, turmas mais pequenas e apoio do ME. 

Quanto ao senhor José Carlos Sousa, diretor de serviços de Projetos Educativos da Direção-Geral da Educação, dizer que os alunos "nunca tiveram tanta informação e desinformação ao mesmo tempo, pelo que é fundamental dotá-los de espírito crítico e analítico", gostava de saber como é que vão dotar os alunos de espírito crítico com políticas de amestrar professores e castigar todos os que pensam por si sem seguir a religião do ME, até que todos sejam subservientes como tem sido feito por este ministro.

Pelo discurso destas duas pessoas vejo já que isto é um projecto de pessoas sem cabeça nem respeito por ninguém e que não vai ajudar ninguém, nem sequer os alunos transgénero e, mais uma vez, vai depender do profissionalismo dos professores, porque o apoio do ME e destas pessoas que falam para melhorarem a aparência do seu currículo é igual a zero.


Escolas vão ter guia com orientações para combater discriminação de género


Escolas em todo o país vão receber um guia para combater a discriminação, com orientações como o respeito pelo nome auto atribuído de estudantes transgénero e a formação do corpo docente.

O guia "Orientações para a prevenção e combate à discriminação e violência em razão da orientação sexual, identidade de género, expressão de género e características sexuais, em contexto escolar" foi hoje apresentado num fórum intitulado 'Direito a Ser nas Escolas' para assinalar o Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia e a Transfobia e sugere medidas que pretendem garantir a segurança e o bem-estar de estudantes transgénero, nomeadamente assegurar o respeito pelo seu nome auto atribuído em todas as atividades escolares e extraescolares.

As orientações do guia visam ainda garantir que estudantes transgénero tenham acesso seguro às casas de banho e balneários e garantir a privacidade e dignidade da sua identidade na comunicação com as famílias.

Na apresentação do guia, a presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), Sandra Ribeiro, disse que "as escolas não são o que eram há 20 ou 30 anos atrás", mas continuam a ser "lugares de discriminação" e reconheceu que é necessário "combater preconceitos" e tornar os estabelecimentos de ensino espaços seguros para todas as crianças e jovens.

Sandra Ribeiro considerou que "a discriminação é palpável" e que, por isso, é fundamental que quem trabalha nas escolas tenha a capacidade de reconhecer comportamentos de violência e dar-lhes resposta.

O guia sublinha também a necessidade da aposta na formação do pessoal docente e não docente, fornecendo um conjunto de orientações que, segundo a presidente da CIG, "devem ser vistas como um instrumento base para dar apoio ao pessoal docente", dotando-o de conhecimentos e competências profissionais para encontrar respostas adequadas a problemas que afetem o bem-estar dos alunos.

A presidente da CIG reconhece a importância deste documento reside na urgência de educar as crianças e jovens para a igualdade e para a diversidade, acreditando que "é através da educação que podemos fazer a verdadeira diferença".

Para Sandra Ribeiro, para haver mudança é preciso "reconhecer erros do sistema e problemas e enfrentá-los de frente", afirmando que isso é o que o conjunto de orientações visa realizar.

O diretor de serviços de Projetos Educativos da Direção-Geral da Educação, José Carlos Sousa, adiantou que "a educação tem feito um caminho na linha da inclusão" e sublinhou a necessidade de reconhecer que os alunos "nunca tiveram tanta informação e desinformação" ao mesmo tempo, pelo que é fundamental dotá-los de espírito crítico e analítico.


May 16, 2023

Entretanto, dia 1 das provas de aferição

 

Temos notícia que:

  • A maior parte das escolas não consegue extrair a Senha dos alunos para a realização da prova de TIC;
  • Foi enviada uma senha pelo Presidente do JNE para abertura das provas de hoje que não funciona, porque está errada.

 arlindovsky


March 21, 2023

Eu não digo que este ME é uma coisa surreal




Órgão consultivo do Ministério da Educação dá razão aos sindicatos na luta contra… o Ministério da Educação

Outra pessoa que às vezes parece ter um problema qualquer de difícil tratamento


O ministro da educação passar o tempo a dizer que está tudo bem nas escolas, que as negociações com os professores foram boas, que fez muitas cedências, etc. e toda a gente ver que mente, que nem sequer põe na mesa os problemas dos professores e o que decide discutir, não discute: impõe e manda unilateralmente; semana sim, semana não estão 50 mil ou 150 mil professores nas ruas, a maioria dos directores também está contra as decisões unilaterais do ministro. Do que está ele a falar quando diz aquelas coisas?? Será que acredita mesmo naquilo que diz?? Quer dizer, sou só eu que acho isto completamente surreal... uma cena do Monty Phyton ou de um ninho de cucos ou algo do género?


Conselho das Escolas “chumba” novo modelo de colocação de professores


Diploma foi aprovado pelo Governo na semana passada. Órgão que representa os directores junto da tutela opõe-se às mudanças em que o ministério não cedeu.

March 04, 2023

Como é que este ministro da educação não tem vergonha e não se demite?

 


Isso também me espanta. Tem todos os professores contra ele e está contra todos os professores (excepto o senhor que ganhou o prémio de melhor professor e os autores do projecto Maia). Ninguém o suporta, ninguém o respeita, ele não respeita os professores. Ele é, evidentemente, uma pessoa com graves deficiências de liderança. Como é que se lidera um ministério contra todos os que se tutela?