May 17, 2023

As narrativas do ME sobre os professores são sempre gratuitas e ofensivas




Dizer que as escolas são lugares de discriminação é dizer que os professores trabalham para discriminar, o que é mentira, calunioso e extremamente ofensivo. 

Dizer que tem de se formar o corpo docente para não discriminar alunos é profundamente ofensivo porque é dizer que nós professores, somos pessoas que temos uma prática de discriminação o que é mentira. 

Dizer que a discriminação é palpável nas escolas é uma ofensa e uma calúnia gratuita. É tão gratuita que esta senhora Sandra Ribeiro atira estas frases para o ar sem nunca concretizar nem exemplificar.

Garantir que os alunos transgénero passam a ir à casa-de-banho e balneários das raparigas em vez de terem uma casa-de-banho própria e tempo próprio, sozinhos, de balneário é uma violação dos direitos das raparigas que, por muito que custe a esta senhora, também são pessoas com direitos.

... dotando-o [ao corpo docente] de conhecimentos e competências profissionais para encontrar respostas adequadas a problemas que afetem o bem-estar dos alunos? Nós temos conhecimentos e estratégias e agimos para garantir a segurança dos alunos, ao contrário do que diz esta senhora, que deve ser seguidora do ME, pelo modo como ofende professores. O que nós não temos são funcionários suficientes, turmas mais pequenas e apoio do ME. 

Quanto ao senhor José Carlos Sousa, diretor de serviços de Projetos Educativos da Direção-Geral da Educação, dizer que os alunos "nunca tiveram tanta informação e desinformação ao mesmo tempo, pelo que é fundamental dotá-los de espírito crítico e analítico", gostava de saber como é que vão dotar os alunos de espírito crítico com políticas de amestrar professores e castigar todos os que pensam por si sem seguir a religião do ME, até que todos sejam subservientes como tem sido feito por este ministro.

Pelo discurso destas duas pessoas vejo já que isto é um projecto de pessoas sem cabeça nem respeito por ninguém e que não vai ajudar ninguém, nem sequer os alunos transgénero e, mais uma vez, vai depender do profissionalismo dos professores, porque o apoio do ME e destas pessoas que falam para melhorarem a aparência do seu currículo é igual a zero.


Escolas vão ter guia com orientações para combater discriminação de género


Escolas em todo o país vão receber um guia para combater a discriminação, com orientações como o respeito pelo nome auto atribuído de estudantes transgénero e a formação do corpo docente.

O guia "Orientações para a prevenção e combate à discriminação e violência em razão da orientação sexual, identidade de género, expressão de género e características sexuais, em contexto escolar" foi hoje apresentado num fórum intitulado 'Direito a Ser nas Escolas' para assinalar o Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia e a Transfobia e sugere medidas que pretendem garantir a segurança e o bem-estar de estudantes transgénero, nomeadamente assegurar o respeito pelo seu nome auto atribuído em todas as atividades escolares e extraescolares.

As orientações do guia visam ainda garantir que estudantes transgénero tenham acesso seguro às casas de banho e balneários e garantir a privacidade e dignidade da sua identidade na comunicação com as famílias.

Na apresentação do guia, a presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), Sandra Ribeiro, disse que "as escolas não são o que eram há 20 ou 30 anos atrás", mas continuam a ser "lugares de discriminação" e reconheceu que é necessário "combater preconceitos" e tornar os estabelecimentos de ensino espaços seguros para todas as crianças e jovens.

Sandra Ribeiro considerou que "a discriminação é palpável" e que, por isso, é fundamental que quem trabalha nas escolas tenha a capacidade de reconhecer comportamentos de violência e dar-lhes resposta.

O guia sublinha também a necessidade da aposta na formação do pessoal docente e não docente, fornecendo um conjunto de orientações que, segundo a presidente da CIG, "devem ser vistas como um instrumento base para dar apoio ao pessoal docente", dotando-o de conhecimentos e competências profissionais para encontrar respostas adequadas a problemas que afetem o bem-estar dos alunos.

A presidente da CIG reconhece a importância deste documento reside na urgência de educar as crianças e jovens para a igualdade e para a diversidade, acreditando que "é através da educação que podemos fazer a verdadeira diferença".

Para Sandra Ribeiro, para haver mudança é preciso "reconhecer erros do sistema e problemas e enfrentá-los de frente", afirmando que isso é o que o conjunto de orientações visa realizar.

O diretor de serviços de Projetos Educativos da Direção-Geral da Educação, José Carlos Sousa, adiantou que "a educação tem feito um caminho na linha da inclusão" e sublinhou a necessidade de reconhecer que os alunos "nunca tiveram tanta informação e desinformação" ao mesmo tempo, pelo que é fundamental dotá-los de espírito crítico e analítico.


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