April 04, 2025

Mais um ataque a uma zona residencial da Ucrânia




Imagens trágicas e desumanas chegam de Kryvyi Rih. Outro ataque russo atingiu uma área residencial lotada, matando pelo menos 14 pessoas, incluindo 6 crianças. A Rússia continua a destruir a Ucrânia, sem interesse na paz.

🇺🇦 Zelensky sobre o ataque russo a Kryvyi Rih:
“Não são seres humanos, são apenas escumalha. Não há palavras adequadas para estes bastardos russos. Estes ataques não são um acidente - a Rússia sabe exatamente qual é o seu alvo. Prometeram aos EUA proteger esses locais, mas as suas palavras terminam sempre com mísseis, drones, bombas ou artilharia. Para eles, a diplomacia não tem significado. É por isso que a Rússia tem de enfrentar consequências reais por cada mentira, cada ataque, cada vida tirada e cada dia que Putin prolonga esta guerra.”

 
Uma tarde de sol no parque infantil. A Rússia matou 6 crianças e 8 adultos.
O poder aéreo ocidental pode e deve ajudar a defender o espaço aéreo de 🇺🇦, aliviando as defesas aéreas da Ucrânia, salvando vidas e mostrando força contra o terror sem sentido sem fim do Kremlin. 

Há muito que devia ter sido feito. #SkyShieldNow


Ouvem-se os gritos das crianças.

Independentemente do gosto do artigo em questão, o que interessa é saber se é verdade



Isso é que gostava de saber porque os achaques desde senhor acerca do modo como Christiana Martins fala sobre Saramago são completamente irrelevantes se for verdade o que ela diz. 

 

Retrato do escritor enquanto energúmeno

Uma intolerável condenação moral pública: um artigo do Expresso sobre o casal “Isabel da Nóbrega & José Saramago”.

António Guerreiro

Na sua edição da semana passada, o Expresso publicou um longo artigo/reportagem, assinado por Christiana Martins, sobre a escritora Isabel da Nóbrega (1925-2021), evocando o centenário do seu nascimento e anunciando um grande colóquio sobre a sua obra, na Gulbenkian, a assinalar a efeméride. Em boa verdade, o artigo é muito menos sobre a escritora do que sobre o casal “Isabel da Nóbrega & José Saramago” (assim unidos por um “e” comercial) e promete, também no título, “a história desconhecida do amor que deu um Nobel”: uma história de amor que, como quase todas (com a diferença de que esta ficou consagrada nas dedicatórias de alguns livros), teve um início, uma duração e um fim.

Ao longo do texto, desenvolve-se um argumento que ganha a dimensão de “tese” central: foi Isabel que “preparou” o José para a “eternidade do Nobel”. “Nobelizar o José”, lê-se no artigo, foi “o seu mais ambicioso projecto”.

"O medo é contagioso mas a coragem também"

 

Até que enfim que alguém relevante da oposição voltou à vida política. Pode ser que contagie outros.


Por acaso tenho andado à procura disto

 


Uma alternativa ao Visa, ao Mastercard e ao PayPal mas pensava que era só eu. Afinal a presidente do BCE também anda preocupada com isso.

Imagine

 


Imagine que as redes sociais e plataformas digitais de jogos funcionavam como uma loja de serviço público: das 9h às 16h. Depois fechavam as portas e só no dia a seguir podia lá voltar. Imagine-se o tempo livre para perseguir interesses próprios não inculcados por hordas de criminosos, para sair e conversar com os amigos, para estudar. 

Imagine-se que a isso se acrescentava a obrigação dos utilizadores menores dos telemóveis registarem-se (os pais fazerem-no) numa base de dados onde estão identificados sites e plataformas perigosas, com o nome, idade e nº de telemóvel ou de contrato e soar um alarme sonoro de grande intensidade e impossível de desligar, sempre que o menor entrasse nesses sites de publicações suspeitas de crimes e de instigação ao crime ou cujos proprietários já tivessem sido condenadas por uso de violência e crime. Uma espécie de carimbo digital sonoro, identificador de perigo, que apareceria no ecrã assim que tentasse entrar a partir de um telemóvel registado como sendo de um menor.

Há muita coisa que pode ser feita.


Saíram os rankings das escolas

 

E há muito para dizer mas não me apetece dizer isso tudo que há para dizer. Abri o jornal e leio logo um título estúpido acerca de uma escola ter os alunos a fazer matemática com uma perna às costas porque tem uma professora apaixonada pelo ensino...  depois fui ler o artigo e os professores da dita escola que falam ao jornal não dizem estas bacoradas que este articulista diz e nas quais é especialista encartado.

Para além desta insistência dos jornais em serem capitaneados por gente ignorante e sem bom senso, há muita coisa que as pessoas dessa escola dizem e que seria muito interessante comentar, como o tamanho da escola (quantos alunos tem a escola), o respeito pelos professores (por parte de todos) e não apenas por uma clique, a proibição dos telemóveis na escola, os alunos serem bons alunos (essa professora diz que fica sempre com as turmas boas e consegue acompanhá-los desde o 7º ao 12º ano); o número de funcionários ser suficiente para a escola estar limpa e o jardim cuidado, todos os alunos terem acesso a uma psicóloga que ajuda, etc. mas teria que dizer coisas que hoje não me apetece dizer e que já estou farta de dizer sozinha. 

Deixo só aqui uma pequena história, relativa ao título estúpido do artigo que insinua que a educação é uma espécie de espectáculo televisivo:

Há cerca de oito anos ou por aí, apareceu-me uma mãe na escola na hora de atendimento ao pais, com um artigo de jornal na mão, com um título muito idêntico a este de hoje em que se insinuava que a culpa dos alunos não terem todos boas notas se devia aos professores não serem bons por não serem apaixonados (só ensina quem não sabe fazer mais nada e outras bacoradas que a nossa pseudo-inteligência diz muito por aí).
A senhora vinha fazer queixa da professora de História da filha, aluna no 10º ano, e a sua queixa devia-se a que a professora punha os alunos a trabalhar em grupo, a analisar documentos e a ter que fazer tarefas autonomamente a partir dessa análise e a filha da senhora queixava-se que assim não gostava da disciplina. A mãe mostrou-me o artigo do jornal e perguntou, "não se pode substituir a professora por uma pessoa como o Hermano José Saraiva, alguém que dê as aulas como os programas dele? Nós lá em casa nunca perdemos um programa e ela queria que as aulas fossem assim".

https://www.publico.pt/ranking-escolas/lugar-sua-escola#-1500



Quando as leis significam nada porque não são consequentes

 


Em Portugal, a idade mínima de acesso às redes sociais mantém-se nos 13 anos.


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Ai é? Se alguém com menos de 13 anos quer aceder a uma rede social a única coisa que tem de fazer é responder 'sim' à pergunta, Tens mais de 13 anos? Ontem fui à aplicação de IA Leonardo para criar uma imagem para uma aula e estava a explorar as possibilidades quando, a certa altura, vejo no menu que é possível pedir para criar imagens de sexo explícito e até com upload de fotografias de pessoas para depois manipular e a única restrição de acesso ao site é responder 'sim, tenho mais de 18 anos...'
E não estamos apenas a falar de redes sociais. Falamos também de sites e plataformas como o Discord que estão cheios de grupos criminosos que se dedicam a extorquir dinheiro e até levam pessoas à auto-mutilação e suicídio e de sites e plataformas de pornografia que difundem uma imagem da relação entre homens e mulheres na base do domínio e violência dos homens sobre as mulheres. 
Os jovens hoje-em-dia são educados, maioritariamente, pela internet. Nenhum pai/mãe sozinhos conseguem competir com os estratagemas desses sites e redes sociais que captam a atenção dos miúdos horas e horas por dia. E nenhuma estratégia educativa escolar consegue sobrepôr-se a essa educação negativa quando ela já leva muitos anos de influência. São doses massivas de horas por dia a serem endoculturados por criminosos e nenhuma conversa com pais ou professores altera isso. 
É preciso criminalizar as redes sociais que não têm filtros apropriados, sobretudo no caso das redes sociais que se dirigem a crianças e adolescentes; é preciso fazer uma campanha massiva na TV e meios de comunicação social dirigida aos pais para que percebam que pôr um telemóvel nas mãos dos filhos com acesso à internet, muito cedo, é como atirá-los para um bairro de criminosos, sozinhos, e deixá-los lá à deriva a serem educados por mafiosos, pedófilos, violadores, etc; é preciso responsabilizar os pais pela interdição dos filhos acederem a esse tipo de sites até aos 16 ou 18 anos; é preciso responsabilizar os pais que vão às escolas defender os crimes dos filhos e fazer assédio a professores que tentam educá-los, nomeadamente nestas questões (os pais têm hoje-em-dia uma grande facilidade [com a cumplicidade explícita do ME], em interferir nas aulas dos filhos, nos currículos, na autonomia pedagógica dos professores e em assediar os professores que tentam fazer o seu trabalho - assédio e agressividade, física ou verbal, deviam ser factores imediatos de proibição de entrar na escola); e é preciso que a justiça não dê exemplo de menosprezo pela violência sexual dos rapazes e homens sobre as mulheres porque isso manda à sociedade uma mensagem de os direitos das raparigas e mulheres serem coisas de menor importância.


Ontem li esta notícia:
Vídeos de alunas da FEUP captados e partilhados sem consentimento em grupo de WhatsApp
Na rede social Instagram, Inês Marinho, presidente da associação "Não Partilhes", que pretende prevenir a partilha de conteúdos sem consentimento, falou sobre o caso e referiu que "várias raparigas foram fotografadas debaixo das mesas e, sucessivamente, por debaixo das saias". Sobre o grupo de WhatsApp, Inês Marinho detalha que o mesmo já existe "há alguns anos" e consiste na partilha de conteúdos de teor íntimo de estudantes do sexo feminino. JN
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Rapazes universitários têm um grupo para partilhar fotografias das colegas tiradas às escondidas, por debaixo das mesas. Isto é um comportamento de porcos. Há neste país uma cultura de minimização do assédio e do abuso sexual das raparigas e das mulheres, muito acobertado pela justiça, que é preciso que acabe.

Não compro a interpretação de Mikhail Khodorkovsky

 

Mikhail Khodorkovsky numa entrevista recente a Oleksiy Sorokin, chefe de redacção do Kyiv Independent:

“Na minha opinião, a liderança ucraniana no início da guerra (em grande escala) tomou algumas decisões estratégicas que levaram ao facto de o apoio à liderança da Ucrânia entre a sociedade russa ser muito pequeno. A liderança ucraniana enquadrou a guerra em curso como uma guerra entre “ucranianos e russos”. Teria sido melhor para a Ucrânia chamar à guerra em curso uma luta entre “uma antiga república soviética mais democrática contra uma república autoritária”.

De acordo com as sondagens russas (sim, eu sei), a geração soviética apoia mais a guerra do que os mais jovens. Os mais jovens também apoiam a guerra, mas em número ligeiramente inferior, de acordo com essas sondagens (sim, eu sei que não podemos confiar nelas na totalidade).

Para a geração mais velha, a narrativa de que os ucranianos que procuram uma política externa independente e apoiam a cultura e a língua ucranianas são fascistas está de acordo com as suas crenças. Quando estavam a crescer na União Soviética, a narrativa era semelhante. A União Soviética explorava o facto de a Segunda Guerra Mundial ainda estar fresca na memória das pessoas, chamando “fascistas” a todos os que não lhes agradavam.

A nova geração russa nasceu com Vladimir Putin como presidente e os ucranianos como inimigos. Essa é a única realidade que conhecem.

Para esta nova geração de russos, a criação de um Estado ucraniano é um erro, não porque se lembrem dos tempos em que a Ucrânia era um só país com a Rússia, mas porque isso lhes foi dito na televisão, durante toda a sua vida.

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Não compro esta interpretação da situação. Acredito que os mais velhos, os soviéticos, engolissem a propaganda soviética estatal mas não os mais novos. Os mais novos conhecem muito mais do que a realidade que lhes foi dita na TV porque são filhos da internet. Viveram toda a vida com acesso ao que se passa no mundo e a outras realidades fora da Rússia. Viajaram para outros países, nomeadamente os vizinhos que foram colonos da Rússia e que expõem por todo o lado o horror desses anos e os esforços da resistência. Talvez Khodorkovsky tenha dificuldade em aceitar a realidade de que as pessoas do seu país sejam maioritária e genuinamente, fascistas colonialistas. Nos anos em que morei em Bruxelas fiz lá uma amiga russa. Isto foi mesmo no final dos anos 90, mesmo em cima do virar do século. Ela não tinha saudades da União Soviética mas tinha saudades de algumas coisas do tempo soviético. Era de uma família com alguma influência que nunca passou dificuldades e estava habituada a ir passar férias ao Adriático de borla e agora já não podia fazê-lo. Quando lhe dizia que essas suas férias e facilidades em geral eram passadas à custa da opressão de países inteiros ela não tinha resposta. Há pouco tempo encontrei este vídeo.


Uma pintura proibida na América de Trump

 


Faz lembrar Marc Chagal
Está à venda por 8000£


J. Carino
When Mountains Meet

April 03, 2025

🇱🇹 Gabrielius Landsbergis: ver as oportunidades e não os obstáculos



Concordo com kaja kallas quando diz que a UE deve tornar-se um farol de liberdade. Mas quando é que começamos?

Apresento aqui seis maneiras de acender efetivamente o farol e assumir o papel que a história escolheu para nós. A nossa resposta à atual incerteza pode ser firme e a longo prazo. Um fio condutor.

Alguns europeus ainda têm esperança de que a retórica de Washington seja apenas ruído, talvez Trump e a sua equipa queiram genuinamente pressionar os aliados a fazer mais e, assim que a Europa provar o seu valor, as coisas “voltarão ao normal”.

Mas não devemos apostar nisso, e não temos tempo para esperar.

Primeiro: Ser duro com os desordeiros internos.
A Europa não pode atuar de forma decisiva se a Hungria continuar a manter todo o continente refém. É altura de invocar o artigo 7º contra a Hungria, suspender o seu veto e deixar de recompensar a chantagem. Se exercermos agora uma pressão séria sobre a Hungria, quaisquer outros potenciais perturbadores verão que as tentativas de desmantelar e enfraquecer a Europa não compensam e, consequentemente, reconsiderarão os seus planos e modificarão a sua retórica.

Segundo: Ajudar a Ucrânia a vencer.
A pressão económica, por si só, não vai alterar o cálculo de Moscovo. A única alavanca real seria ameaçar a Rússia de forma credível com a derrota no campo de batalha. Isso está ao nosso alcance. É só isso que preocuparia Putin.
Mesmo que os nossos stocks de armas estejam a acabar, podemos usar o nosso poder económico para ajudar a Ucrânia a fabricar o que precisa. Aceitemos o facto de que uma verdadeira solução diplomática só virá depois do sucesso no campo de batalha.
O Presidente Zelensky tem razão em solicitar o parecer jurídico da Comissão Europeia sobre o acordo relativo aos minerais. Este é o momento de utilizar o poder institucional da Europa em apoio de um país candidato e parceiro. Lembrem-se, se não usarmos o nosso poder, perdê-lo-emos.


Terceiro: ocupar o lugar deixado pelos EUA

Um passo imediato poderia ser a aquisição da Radio Free Europe. Temos de demonstrar que nos preocupamos com a liberdade de expressão e que não cederemos o espaço deixado pelos EUA à Rússia ou à China.
As cicatrizes deixadas pela retirada da USAID são dolorosamente visíveis em locais como a Geórgia. A Europa não pode dar-se ao luxo de deixar os nossos amigos e colegas democracias vulneráveis à anexação lenta, inexorável e de facto por Moscovo.
Entretanto, a Europa está a gastar milhares de milhões em soft power sem um objetivo estratégico claro. É altura de repensar, reagrupar e utilizar os nossos enormes recursos para apoiar a liberdade onde ela está mais ameaçada.

Quarto: Iniciar preparativos sérios para o alargamento.
Tal como em 2004, o alargamento é agora uma necessidade geopolítica. Acolher a Ucrânia e a Moldávia reforçaria a dissuasão e proporcionaria estabilidade. Se tentássemos, poderíamos salvar a Geórgia. Fixemos a data de 2030 e ponhamos mãos à obra.

Quinto: Não deixem a Dinamarca enfrentar sozinha a coerção dos EUA.

A Dinamarca tem feito um trabalho notável ao resistir a exigências bizarras, mas pode não ser suficiente. Talvez seja o momento de oferecer aos gronelandeses um caminho de regresso à adesão à UE, à dissuasão colectiva e ao investimento a longo prazo.

Sexto: Tornar-se numa verdadeira união de política externa e de defesa.
O egoísmo enfraquece-nos. A UE deve adquirir coletivamente equipamento e pré-posicioná-lo nos Estados-Membros com maior probabilidade de enfrentar a agressão russa. O planeamento para tal deve começar e terminar o mais rapidamente possível.

Discordei dos recentes comentários do Primeiro-Ministro de Espanha sobre o facto de as responsabilidades de defesa de Espanha terminarem efetivamente nos Pirenéus. Os desafios que se colocam ao nosso continente vêm de muitos ângulos e todos nós concordámos em enfrentar todos eles em conjunto, mesmo que estejamos longe.

Se uma pandemia infecta a Itália, todos nós ajudamos a Itália. Comparar o imperialismo russo a uma doença não é muito exagerado. Se Putin for autorizado a pilhar a Europa Oriental, os Pirenéus não impedirão uma invasão russa em Espanha, tal como os Alpes não impediram a propagação da COVID-19.

Neste momento, deveríamos estar de muito bom humor e não em pânico. A Europa está preparada para colher enormes recompensas se a intensificação passar dos discursos às medidas efectivas. Proteger o flanco oriental não é um fardo, é uma oportunidade, e todos podemos partilhar os benefícios.

Se optarmos por perder esta oportunidade histórica de reforçar as nossas defesas em conjunto, nenhum membro da UE poderá escapar às consequências mortais. Ninguém ficará “seco depois de saltar para uma poça”, como dizemos na Lituânia.


Gabrielius Landsbergis🇱🇹 Antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia

Em Malaca ainda se fala português

 


April 02, 2025

Djesus...

 

Trump aplicou tarifas a toda a gente, excepto à Rússia, porque “estão a perder estas pessoas fantásticas a um ritmo de 2500 euros por dia”.

Os evangelistas são os talibãs dos EUA

 


Hoje - Enquanto Trump andava a levantar sanções a oligarcas russos a Rússia bombardeou Kharkiv 14 vezes

 


As forças de Putin atingiram Kharkiv 14 vezes em apenas 40 minutos. Ouviram-se grandes explosões por toda a cidade.

As consequências e as informações sobre as vítimas ainda estão a ser apuradas.

A guerra da Rússia está agora quase totalmente centrada no assassínio em massa da população civil da Ucrânia. Kharkiv está novamente a ser alvo de ataques maciços pela terceira vez em 24 horas, ataques a edifícios de apartamentos, zonas comerciais, bairros suburbanos, simplesmente genocídio.

Kyiv Post


Quando é que fecham os céus da Ucrânia? Estou à espera do dia em que comecem a cair bombas em Moscovo e São Petersburgo.

Uma medida sensata de prudência

 



O Reino Unido exige que a partir do dia 1 de julho  todas as pessoas que trabalham para a Rússia registem as suas actividades.

Nos últimos anos, foram descobertas na Europa várias suspeitas de redes de espionagem geridas por Minsk e Moscovo, à medida que os países europeus apoiavam a Ucrânia, resistindo à guerra total da Rússia desde 2022.

Em resposta às preocupações com a espionagem, o Reino Unido está a adicionar a Rússia ao Sistema de Registo de Influência Estrangeira (FIRS), uma ferramenta introduzida em 2023 para proteger o país contra actividades secretas prejudiciais. Em caso de infração, é possível intentar uma ação penal.

A Rússia é o segundo país a ser incluído nesta categoria, depois de o Irão ter sido incluído em março.


kyivindependent.com/uk

Love it!

 

" Uma aliança Trump-Putin à vista de todos"

 



Uma aliança Trump-Putin à vista de todos


Vladimir Kara-Murza


Esta é a primeira administração dos EUA nos tempos modernos a colocar-se abertamente do lado da ditadura em detrimento da democracia.

Vladimir Putin admitiu uma vez que a parte preferida do seu trabalho no KGB era recrutar agentes secretos e informadores. “Para mim foi uma experiência colossal”, disse aos jornalistas numa cimeira, na Alemanha, em 2017.

Desde que chegou ao Kremlin, há um quarto de século, Putin tem usado esta experiência em seu proveito - incluindo em relação aos presidentes americanos. Um recrutador de sucesso deve ser capaz de conquistar a confiança e o afeto dos seus interlocutores - por mais diferentes que sejam. 

A George W. Bush, um cristão devoto, Putin contou a história de uma cruz que a sua mãe lhe tinha dado e que sobreviveu a um grande incêndio na sua dacha - um acto de Deus, disse ele. Depois desse encontro, Bush declarou que “olhou o homem nos olhos” e “conseguiu sentir a sua alma”. 

A Barack Obama, que ganhou a presidência com uma promessa de mudança, Putin ofereceu uma contraparte agradável sob a forma do “Presidente” fantoche Dmitry Medvedev - que não tinha poder real mas fazia discursos agradáveis sobre liberdade e modernização e uma vez tirou uma selfie para o iPhone com Steve Jobs. Durante o seu primeiro mandato, Obama tentou um malfadado “reset” com o Kremlin.

A abordagem a Donald Trump, na opinião de Putin, foi a lisonja pessoal e o afago ao seu ego. Assim, disse ao enviado da Casa Branca Steve Witkoff que tinha rezado por Trump - “o seu amigo” - depois do atentado contra a sua vida, e encomendou um quadro de Trump que Witkoff entregou devidamente na Sala Oval, deixando o presidente dos EUA “claramente comovido”.

Não que esses gestos fossem muito necessários. Já no seu primeiro mandato, Trump demonstrou uma deferência e admiração por Putin que intrigou não só os líderes europeus, mas também membros da sua própria administração. O seu encontro com Putin em Helsínquia, em julho de 2018, levou o Senador John McCain (R-Arizona) - a voz com mais princípios na política americana quando se trata de confrontar ditadores - à dura conclusão de que “nenhum presidente anterior se rebaixou tão abjectamente perante um tirano”.

Mas tudo o que Trump fez durante o seu primeiro mandato é insignificante em comparação com o que tem acontecido nos últimos dois meses. Desde que regressou à Casa Branca, culpou a Ucrânia pela invasão total do país por Putin, em Fevereiro de 2022; denunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como um “ditador sem eleições” (uma descrição que se adequaria perfeitamente a Putin) e levou-o a um confronto público, em Fevereiro, na Sala Oval; convidou Putin a voltar a fazer parte do Grupo dos Oito, do qual a Rússia foi expulsa após a anexação da Crimeia em 2014; e orientou os Estados Unidos para se alinharem com a Rússia, a Bielorrússia, a Coreia do Norte, a Guiné Equatorial e outras ditaduras na oposição a uma resolução das Nações Unidas que condenava o ataque de Putin à Ucrânia.

E não foram só palavras. Após o seu confronto com Zelensky, Trump suspendeu a assistência militar dos EUA à Ucrânia, incluindo a partilha de informações - deixando o país vulnerável à intensificação dos ataques aéreos e de mísseis russos e causando centenas de baixas ucranianas, incluindo entre os civis.

Finalmente, na semana passada, nas conversações entre os EUA e a Rússia na Arábia Saudita, a administração Trump prometeu “ajudar a restaurar o acesso da Rússia ao mercado mundial de exportações agrícolas e de fertilizantes, reduzir os custos dos seguros marítimos e melhorar o acesso aos portos e aos sistemas de pagamento”, depois de o Kremlin, numa declaração vaga e sem sentido, ter “concordado em desenvolver medidas para implementar” o cessar-fogo parcial proposto por Trump envolvendo infra-estruturas energéticas.

As aberturas de Trump a Putin vão muito para além da guerra na Ucrânia. Dias após sua posse, o presidente encerrou a maioria dos programas liderados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional - incluindo todos os projetos destinados a apoiar a sociedade civil e promover a democracia em países autoritários como a Rússia. 

Como declarou Pete Marocco, o funcionário encarregado de desmantelar a USAID, esses programas foram “encerrados por interesse nacional”. Não me lembro de um momento na história moderna em que uma administração americana tenha considerado - e dito publicamente - que apoiar movimentos democráticos contra ditaduras é contrário aos interesses nacionais dos EUA.

No mês passado, Trump decidiu desmantelar a Agência dos EUA para os Media Globais, que supervisiona a radiodifusão internacional em 63 línguas e chega a cerca de 420 milhões de pessoas em mais de 100 países. Para os cidadãos de Estados autoritários como a Rússia, onde os meios de comunicação independentes foram silenciados durante muito tempo, os meios de comunicação financiados pelos EUA eram uma fonte vital de informações verdadeiras sobre os seus próprios países e o mundo. 

Embora este seja um presente não só para Putin, mas para ditadores de todo o mundo, desde os comunistas cubanos aos mulás iranianos, foi Moscovo, em particular, que não conseguiu esconder a sua alegria:
“Esta é uma decisão fantástica de Trump”, disse Margarita Simonyan, directora da rede de propaganda estatal russa RT. “Infelizmente, não podíamos fechá-los, mas os Estados Unidos fizeram-no por si próprios”.
Os apologistas soviéticos, como Putin, afirmam frequentemente que a URSS foi destruída por esquemas secretos concebidos no Ocidente. Isto é obviamente falso; a mudança política em qualquer país só pode vir de dentro. O que é verdade é que a solidariedade ocidental com os que lutavam pela democracia por detrás da Cortina de Ferro - seja através de emissões de rádio que contrariavam a propaganda do Estado ou de gestos como o encontro do Presidente Ronald Reagan com dissidentes durante a sua visita a Moscovo em 1988 - desempenhou um papel crucial no apoio e reforço do desejo público de mudança.

Com Trump, os dissidentes que lutam contra a autocracia na Rússia e noutros países têm de se adaptar a uma nova realidade em que os Estados Unidos não só não os ajudam na sua luta, como estão do lado dos seus opressores. Isto torna a nossa luta mais difícil - mas não vai alterar o resultado. 

A liderança vaga do mundo livre será preenchida por outros. Mas o mais importante é que o ímpeto para a mudança virá mais uma vez de dentro - porque, apesar de todos os contratempos actuais, o futuro pertence à democracia, não à ditadura. Mesmo que Vladimir Putin - e Donald Trump - gostem de pensar o contrário.


* Vladimir Kara-Murza é um colunista colaborador do Washington Post. Político, escritor e historiador russo, esteve preso na Rússia de abril de 2022 a agosto de 2024 por se ter manifestado contra a guerra na Ucrânia. Ganhou o Prémio Pulitzer de comentário em 2024. Seguir Vladimir Kara-Murza no X @vkaramurza

A lei considera mais grave roubar um carro que violar uma mulher e os juízes são cúmplices - que justiça é esta?

 


Juízes que deixam violadores voltarem em paz para casa e para as redes sociais onde brutalizam a vítima  vezes infinitas com um vídeo e gozo do crime chamando mentirosa à vítima. Nem pulseira electrónica, nem proibição de sair de casa, nem de aceder a redes sociais. Nada. Boys will be boys  - e não estou a falar dos rapazes apenas mas dos juízes cúmplices.


Uma violação grupal em Loures e a cumplicidade de juízes e legisladores


Confesso: estou bastante saturada de ser tratada pelos legisladores como valendo menos que um carro roubado.

Maria João Marques


April 01, 2025

Este russo diz tudo

 


Depois de Putin cair continuam lá todos os que suportaram o regime com crimes e o povo que não se importou de voltar à época soviética. São legião. Que se pode fazer com um país com essas pessoas que não têm gosto nenhum pela liberdade? A Rússia tem de ser derrotada e depois desmantelada a um tamanho normal, gerível e se não for assim nada de bom há-de sair daquilo. O Império Otomano que durou mais de 600 anos foi derrubado. O Russo durou 200 anos e picos e o que resta dele, esta Rússia corrupta e colonialista, está moribundo. Não fora Biden ser cobarde e Trump ser o cão leal de Putin e já tinha acabado.


😁