January 17, 2025

A situação da Rússia e o que pode correr mal

 


A Rússia está à beira do desastre e é pena que tenham levado quase 3 anos a impor-lhe sanções eficazes. Se o tivessem feito há dois anos e meio como todos pediam, mas os do costume não queriam fazer, isto já tinha acabado. O que pode correr mal é o par de predadores que vai entrar na Casa Branca, em vez de darem o empurram final na Rússia, resolverem atirar-lhe uma bóia de salvação, seja porque têm uma atração por Putin, seja porque querem validar as suas próprias alucinações imperialistas. Na semana passada os EUA impuseram sanções aos cargueiros russos e isso teve imediatamente um enorme impacto na degradação da economia russa: a China e a Índia recusam logo dar passagem aos seus navios. Portanto, quando os EUA endurecem a posição, outros países alinham-se com eles, mas quando deixam andar os outros movem-se pelo lucro. A Indonésia, grande parceiro dos EUA, quer alinhar-se agora com os BRICs. E porquê? Porque a nova equipa da Casa Branca diz a quem queira ouvir que não liga um boi às organizações internacionais e que só pensam no seu interesse. É o legado daquele 'pragmático' defensor de bandidos do Kissinger.

Aconteça o que acontecer é preciso que a Europa se una atrás da Ucrânia e diga 'não' a uma farsa 'pax Rússia'. Os alemães têm de fazer a sua parte que é dar um chuto em Scholz, esse saloio, e pôr lá alguém que perceba a realidade. 



Muito antes de Trump dizer "America First" já a Alemanha tinha esse lema para si

 

Ministra alemã critica o seu governo pela hesitação na ajuda à Ucrânia. A Alemanha não é actualmente vista como uma “força motriz da política de paz na Europa”, disse a Ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, ao Politico.

The Kyiv Independent

Porquê gastar dinheiro com a educação se podemos criar centenas de tachos para os boys?

 


Parlamento aprovou a desagregação de 135 uniões, criando 302 novas freguesias


Propostas de alteração do PCP, que queria que fossem aprovados todos os processos de separação, mesmo não cumprindo todos os critérios, foram retiradas por vontade da maioria dos partidos.

Porque é que a Rússia cada vez comete mais crimes mas consegue safar-se com praticamente tudo?

 


Atentados à bomba em aviões.


Oleksiy Sorokin - Chefe de redação adjunto
kyivindependent

A Casa Branca teve de pedir ao Presidente russo Vladimir Putin que deixasse de colocar explosivos em aviões de carga internacionais. Acham que ele ouviu.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, acusou a Rússia de planear uma campanha terrorista contra aviões civis, a 14 de janeiro. “Só posso confirmar que a Rússia planeou actos de terror aéreo, não apenas contra a Polónia, mas contra companhias aéreas de todo o mundo”, disse Tusk durante uma reunião com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Um dia antes, o New York Times publicou um relato pormenorizado de como a administração do Presidente Joe Biden soube que a Rússia estava por detrás de incêndios em aeroportos e armazéns na Alemanha, Polónia e Reino Unido e de como tentou fazer com que a Rússia parasse com esses ataques.

De acordo com o New York Times, que falou com pessoas envolvidas na administração cessante, durante o verão, os EUA obtiveram informações credíveis de que os serviços secretos militares russos (GRU) estavam a testar uma nova forma de terror - o envio de encomendas que se incendiam.

De acordo com o relatório, os pacotes explodiriam depois de o avião aterrar, com o resultado pretendido de incêndios em armazéns e instalações de armazenamento, e não em aviões de carga. No entanto, após um incêndio deste género em Leipzig, os serviços secretos alemães afirmaram que uma explosão em pleno ar foi evitada por acaso.

Em breve, os EUA obtiveram comunicações de oficiais dos serviços secretos russos que indicavam que tais explosões iriam em breve atingir solo americano.

O artigo descreve em pormenor a forma como os EUA tentaram evitar esse desfecho e os canais de retorno utilizados para transmitir a Putin a mensagem de que esses ataques iriam degradar ainda mais as já manchadas relações entre os EUA e a Rússia.

De acordo com o relatório, os ataques cessaram pouco tempo depois. O New York Times escreve que os funcionários americanos não sabem se Putin foi informado dos ataques e se estes pararam porque a Rússia estava sob algum tipo de pressão ou porque o Kremlin percebeu que tinha sido apanhado e foi forçado a mudar de táctica.

O artigo termina com uma citação perfeita, com Richard Haass, antigo presidente do Conselho de Relações Externas, a dizer que “a Rússia transformou-se num país que procura minar a ordem internacional”.

A principal conclusão deste artigo não é, no entanto, o facto de a Casa Branca ter conseguido travar a atividade maliciosa russa, mas sim o contrário - a Rússia consegue safar-se com praticamente tudo.

É por isso que vai continuar a tentar causar mais danos.

Na nossa newsletter da semana passada, mencionámos a investigação do The Insider e do Der Spiegel, em que os jornalistas descobriram a unidade específica dos serviços secretos russos que estava a pagar recompensas aos Talibãs por soldados americanos mortos.

O que é que a Rússia recebeu depois de ser apanhada? Um pedido para não o voltar a fazer.

A razão pela qual estas actividades maliciosas continuam é porque os dirigentes russos sabem que não haverá repercussões graves.

A psique russa está centrada no facto de que as regras foram feitas para serem quebradas e que a intimidação funciona.

Em qualquer cenário, descobrir que uma potência estrangeira paga a organizações terroristas para matarem os seus soldados, mata pessoas no seu solo e envia explosivos para perturbar a sua logística e infligir medo, deveria ser suficiente para a designar como “Estado patrocinador do terrorismo” e impor todas as sanções possíveis para sufocar esse regime.

No entanto, Putin tem sorte. À medida que o seu regime se torna mais ousado, o Ocidente vacila.


January 16, 2025

The House of The Rising sun

 



Mykhailo Zhuk (1883-1964) - artista ucraniano


Livros - A Origem da Ciência

 

O livro é interessante para quem não está por dentro da filosofia medieval com o seu excesso de racionalismo teológico e com a tímida evolução das ideias à medida que se foram alargando os horizontes, a partir do século XII, com o contacto com os povos do Oriente próximo, devido às cruzadas e com a expulsão dos mouros e descobrindo as obras de Aristóteles. Agora, quem espera que o livro seja, como dizem na contracapa, um resgate de uma época injustamente declarada de Idade das Trevas, pois desengane-se. A expressão Idade das Trevas não se refere a não haver pessoas inteligentes e pensantes, que as houve em fartura, mas à decadência da literatura, das artes, da filosofia e das ciências em geral, desde o fim do Império Romano, até ao século XII, por conta da ascenção de uma sociedade teocrática, que subjugou a cultura e o pensamento livre e que só muito a custo, conseguiu libertar-se desse jugo, tal como vemos hoje acontecer nas sociedades teocráticas muçulmanas.




A Rússia está num desequilíbrio muito grande e com um bocado de pressão agora cai




A Ucrânia e a Polónia sabem o que Washington não sabe: A Polónia é a próxima.

Em 2013, a anexação da Crimeia parecia impensável; em 2022, uma invasão em grande escala era uma realidade.

Zelenskyy: A independência da Ucrânia é uma condição fundamental para a segurança da Polónia e da Europa.

Tymofiy Mylovanov

Fico é um idiota

 


MAKS 24 🇺🇦👀

@Maks_NAFO_FELLA

🇸🇰🇺🇦 Fico disse que devemos perdoar os russos. Disse a Fico que não podemos perdoar os assassinos e penso que esta deve ser uma posição comum. E perguntei-lhe: “Foste alvejado. Porque é que não perdoaste o atirador? Porque é que prendeste esta pessoa?” 

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Fico quer passar lixívia em cima dos crimes de Putin porque lhe dá jeito ter negócios com assassinos.

Há pessoas que não aprendem nada com a História

 


Imagino um Qualquer Rodrigo Tavares ucraniano, daqui a 350 anos, depois da Rússia ter sido travada na invasão actual, a sugerir que é tempo da Ucrânia unir-se numa federação com a Rússia... quer dizer, temos mais de 500 anos de guerras e tentativas de colonização de Espanha, mas agora que têm estado quietos, vamos tomar a iniciativa de ser colonizados. A sério? E reparam como o sujeito chama indirectamente, irracionais e insensatos, aos que não querem discutir o assunto? Será que vai para as aulas influenciar os alunos a deixarem-se colonizar pelos espanhóis?


Ainda é tabu falarmos sobre uma federação ibérica?


Rodrigo Tavares


Professor - Nova SBE

O tema desperta todo o tipo de desconforto agudo. Mas precisa de ser discutido com racionalidade e sensatez

Educação - Falsas soluções



A falácia da proximidade


Paulo Guinote
DN

No debate que se foi dramatizando sobre a falta de professores, tem sido apresentada e repetida uma pretensa “solução” para menorizar os seus efeitos que não passa de uma falácia de desmontagem fácil, por carecer de sustentação factual ou lógica. Refiro-me à sugestão de atribuir aos directores escolares ou autarquias a capacidade de proceder ao recrutamento de docentes, por ser essa, alegadamente, uma medida de “proximidade” que permitiria maior facilidade e celeridade no processo de suprimento das vagas existentes, temporárias ou mesmo definitivas.

Mesmo que façamos por ignorar que já existem procedimentos que permitem às escolas agilizar a contratação de docentes para necessidades temporárias ou que o que faltam mesmo são medidas corajosas, estruturais, que demoram alguns anos a implementar com resultados, ficam contradições na proposta que me parecem insanáveis.

Recordemos os pontos fulcrais do problema: há uma escassez grave de candidatos à docência, em algumas das zonas do país com maior pressão demográfica e custo de vida mais elevado (Grande Lisboa, Algarve); há uma oferta potencial de candidatos à docência, conforme os dados dos concursos externos, em zonas mais setentrionais do país, nomeadamente a norte do Mondego - o que significa que existe um desajustamento geográfico entre a oferta e a procura de candidatos, sendo que a principal contrariedade é a deslocação, com os seus encargos financeiros e a perturbação da vida pessoal e familiar.

Dito isto, não se percebe como será possível aos decisores locais satisfazer a procura onde a oferta escasseia, sem ser através de incentivos à deslocação, ou seja, de medidas que podem e devem ser implementadas a nível nacional (havendo algumas, bem tímidas, já em aplicação restrita), até por questões de equidade. A menos que a medida tenha implícita a possibilidade de criação de critérios locais de selecção que fujam às regras gerais em vigor para o recrutamento de docentes, abrindo um alçapão imenso de vias para o arbítrio.

A falta de professores deve ser encarada como uma questão nacional, estrutural, porque remendos localizados apenas contribuirão para agravar assimetrias e a própria coesão dos territórios educativos.

Nota final - Na sua “análise” de domingo, o comentador Marques Mendes declarou que “achava”, acrescentando que “toda a gente acha” [sic], que há “greves a mais” e “baixas por doenças a mais” nas escolas públicas. Como parece ser regra neste tipo de “análises”, o “comentador” não fundamentou qualquer destas afirmações com dados empíricos ou comparativos, a nível nacional ou internacional. Ele “acha” e pronto. No meu caso, “acho” que comentários destes, mesmo quando encobertos pelo manto da “opinião”, devem ter algum tipo de demonstração, porque, a não ser assim, “acho” que é apenas leviandade a mais.

Calendário do ano novo

 




Mini-filosofia

 




January 15, 2025

Pigs in space

 







Tudo que vem da Rússia tem um custo astronómico

 


@Daractenus

“O gás russo nunca foi barato. De facto, sempre foi o mais caro, porque custa mais do que dinheiro, custa a nossa liberdade, a nossa segurança e a nossa independência. A mesma independência que os idiotas úteis da Rússia dizem defender” - Ministro da Energia da Roménia (@Tianu)

Sr. Biden ainda tem quase 5 dias para declarar a Rússia um Estado terrorista

 


Isso e não palavras vãs é que iria ajudar a Ucrânia.


Como se chama a corrupção depois de passada pela lixívia? Lobbying

 


Esgoto de financiamentos de interesse especial

Com o Dia da Inauguração a menos de uma semana de distância, um grupo de monitorização publicou na terça-feira uma pesquisa que esclarece o nível sem precedentes de apoio financeiro que o fundo inaugural do presidente eleito Donald Trump recebeu de corporações e executivos que buscam cortejar o favor da nova administração.

A nova pesquisa da Public Citizen inclui um rastreador que lista doações corporativas conhecidas ou contribuições prometidas para o comité inaugural de Trump, que é isento de impostos e não está sujeito a limites de contribuição.

“Esses doadores de milhões de dólares vêm de uma pequena classe de indústrias muito ricas em Big Tech, criptomoeda, empreiteiros governamentais e outros com contratos lucrativos ou negócios pendentes perante o governo federal”, descobriu o Public Citizen.

Amazon, Apple, Chevron, Citigroup, Bank of America, Goldman Sachs, Google, Meta, Sam Altman, CEO da OpenAI, o lobby farmacêutico, Pfizer, Microsoft e Coinbase estão entre os que injetaram dinheiro no fundo inaugural de Trump, que arrecadou um recorde de US $ 150 milhões desde o dia da eleição - e pode trazer mais de US $ 200 milhões até 20 de janeiro.

Para “garantir que o tráfico de influências indevido através de donativos para a inauguração seja mitigado”, o Public Citizen apelou aos legisladores para que aprovem legislação que proíba os donativos de empresas e lobistas aos fundos para a inauguração, implementando limites de contribuição e reforçando os requisitos de divulgação, entre outras reformas.

“A possibilidade de corrupção existe sempre que um titular de cargo aceita grandes doações daqueles que têm negócios pendentes perante o funcionário”, disse o Public Citizen. “O Congresso deve acabar com a duplicidade de critérios na angariação de fundos para a tomada de posse presidencial. A celebração de uma vitória eleitoral deve ser vista como parte integrante do processo de seleção do nosso presidente.”

by JAKE JOHNSON

Acordar no planeta


 

Diphylleia grayi, uma flor do Japão que em contacto com a água fica assim, como que uma fantasia de cristal de um livro de contos de fadas.  


January 14, 2025

Dead men walking

 




Zelenskyy's update

 


"O aumento da utilização da IA está associado à erosão das capacidades de pensamento crítico"

 


O aumento da utilização da IA está associado à erosão das capacidades de pensamento crítico

por Justin Jackson 

Um estudo realizado por Michael Gerlich, da SBS Swiss Business School, concluiu que a crescente dependência de ferramentas de inteligência artificial (IA) está associada a uma diminuição das capacidades de pensamento crítico. O estudo aponta a transferência cognitiva como o principal factor de declínio.




A influência da IA cresce rapidamente. Uma rápida pesquisa de histórias científicas relacionadas com a IA revela como esta se tornou uma ferramenta fundamental. Milhares de análises e tomada de decisões assistidas e apoiadas por IA ajudam os cientistas a melhorar a sua investigação.

A IA também se tornou mais integrada nas actividades diárias, desde assistentes virtuais a informações complexas e apoio à decisão. O aumento da utilização está a começar a influenciar a forma como as pessoas pensam, com especial impacto entre os jovens, que são utilizadores ávidos da tecnologia na sua vida pessoal.

Um aspecto atractivo das ferramentas de IA é a transferência cognitiva, em que as pessoas confiam nas ferramentas para fazer tarefas e reduzir o seu esforço mental. Como a tecnologia é muito recente e está a ser rapidamente adoptada de formas imprevisíveis, surgem questões sobre os seus potenciais impactos a longo prazo nas funções cognitivas, como a memória, a atenção e a resolução de problemas, em períodos prolongados ou em volume de transferência cognitiva.

No estudo AI Tools in Society: Impacts on Cognitive Offloading and the Future of Critical Thinking, publicado na revista Societies, Gerlich investiga se a utilização de ferramentas de IA está correlacionada com os resultados do pensamento crítico e explora a forma como a transferência cognitiva medeia esta relação.

Foi utilizada uma combinação de inquéritos quantitativos e entrevistas qualitativas com 666 participantes no Reino Unido. Os participantes estavam distribuídos por três grupos etários (17-25, 26-45, 46 anos ou mais) e possuíam habilitações académicas variadas.
(...)
As análises estatísticas demonstraram uma correlação negativa significativa entre o uso de ferramentas de IA e as pontuações de pensamento crítico (r = -0,68, p <0,001). Os utilizadores frequentes de IA demonstraram uma capacidade reduzida de avaliar criticamente a informação e de se envolverem na resolução reflexiva de problemas.

A transferência cognitiva estava fortemente correlacionada com a utilização de ferramentas de IA (r = +0,72) e inversamente relacionada com o pensamento crítico (r = -0,75). A análise de mediação revelou que a transferência cognitiva explica parcialmente a relação negativa entre a confiança na IA e o desempenho do pensamento crítico.

Os participantes mais jovens (17-25) revelaram uma maior dependência das ferramentas de IA e pontuações mais baixas de pensamento crítico em comparação com os grupos etários mais velhos. O nível de escolaridade avançado correlacionou-se positivamente com as competências de pensamento crítico, sugerindo que a educação atenua alguns impactos cognitivos da dependência da IA.

Os mais jovens, mais dependentes das ferramentas da IA, são os mais afectados.

As conclusões do estudo, se forem reproduzidas, poderão ter implicações significativas para a política educativa e para a integração da IA em contextos profissionais. As escolas e universidades poderão querer dar ênfase a exercícios de pensamento crítico e ao desenvolvimento de competências metacognitivas para contrabalançar a dependência da IA e os efeitos cognitivos.
(...)
Se a sobrevivência num ambiente orientado para a tecnologia não exigir as competências clássicas do raciocínio humano, é provável que essas competências não sobrevivam, desaparecendo do uso como a letra cursiva manuscrita, a matemática sem calculadoras, as mensagens de texto sem autocorreção e os livros sem áudio.

À medida que a IA se torna cada vez mais parte integrante da vida quotidiana, encontrar um equilíbrio entre tirar partido dos seus benefícios e manter as competências de pensamento crítico só será crucial enquanto estas mantiverem o seu valor.
(...)
Num futuro ponto de viragem, a necessidade de pensamento crítico derivado do ser humano poderá diminuir mais rapidamente do que os efeitos de declínio cognitivo da utilização da IA como ferramenta. Poderá continuar a existir em algumas profissões que terão de o manter no início - talvez com canalizadores e electricistas e outros cenários de trabalho físico combinado com competências de resolução de problemas.
(...
Eventualmente, serão desenvolvidos sistemas que deixarão de exigir estas competências, e o tempo dos humanos como líderes do pensamento crítico no planeta terá terminado. Embora isto possa parecer assustador à primeira vista, com alucinações de IA e algoritmos controlados por mãos invisíveis, o mundo que emerge do outro lado da dependência do pensamento humano bem fundamentado pode parecer surpreendentemente muito parecido com aquele em que temos vivido durante séculos.

Para ler o artigo todo: phys.org/news/2025-ai-linked-eroding-critical-skills
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A conclusão deste indivíduo é que não faz mal que o ser humano deixe de saber pensar, se a IA gerar mais valor acrescentado... é tudo uma questão económica? O ser humano deixar de pensar tem um nome: decadência. Já tivemos isso durante mil anos de Idade Média: fé, sensações, emoções, impulsos, superstição, etc. Temos nos dias de hoje amostras dessa decadência: o islão, os cristãos evangelistas e outros. Um mundo em que deixássemos de pensar (fazer raciocínios especializados em áreas profissionais não é o mesmo que pensar) e entregássemos o pensamento à IA (quem é que introduz os parâmetros dos processos da IA?) seria um mundo de decadência humana. Há quem esteja em paz com o fim do ser humano ou a sua passagem para um outro estádio, mais passivo, mas não se chame a isso evolução.
Pessoalmente penso que a IA devia ser usada nas escolas em ambientes e situações pontuais, muito controladas, justamente para não bloquear as capacidades de pensamento crítico dos jovens. A IA é útil para ajudar o pensamento e não para o substituir, fomentando a regressão do desenvolvimento e aprendizagem dos processos mentais.