April 19, 2024

🇺🇦💪💙🇺🇦 Bom dia

 

Eles estão de chinelos de praia 🩴 🙂


Um poema visual - Visions of Svalbard

 


Soluções ambientais

 


Uma empresa de sumos despejou cascas de laranja num parque nacional.

12.000 toneladas de resíduos alimentares e 21 anos depois, esta floresta tem um aspeto totalmente diferente.

Upworthy

Em 1995, os ecologistas Daniel Janzen e Winnie Hallwachs abordaram uma empresa de sumos de laranja na Costa Rica com uma ideia fora do comum.

Em troca da doação de uma porção de terra intocada e florestada à Área de Conservação Guanacaste - uma reserva natural no noroeste do país - o parque permitiria que a empresa despejasse gratuitamente as suas cascas e polpa de laranja descartadas numa área vizinha, fortemente pastoreada e em grande parte desflorestada.

Um ano mais tarde, mil camiões entraram no parque nacional, descarregando mais de 12.000 toneladas de composto pegajoso, farináceo e cor de laranja no terreno desgastado.

O local foi deixado intocado e, em grande parte, não foi examinado durante mais de uma década. Foi colocado um sinal para garantir que futuros investigadores o pudessem localizar e estudar.

16 anos mais tarde, Janzen enviou o estudante Timothy Treuer para procurar o local onde os resíduos alimentares tinham sido despejados.

Treuer começou por tentar localizar o grande cartaz que assinalava o local - e não conseguiu.

The first deposit of orange peels in 1996. Photo by Dan Janzen.

"É um sinal enorme, com letras amarelas brilhantes. Devíamos ter conseguido vê-la", diz Treuer. Depois de vaguear durante meia hora sem sorte, consultou Janzen, que lhe deu instruções mais pormenorizadas sobre como encontrar o terreno.
Quando voltou uma semana mais tarde e confirmou que estava no sítio certo, Treuer ficou impressionado. Comparado com a antiga pastagem estéril adjacente, o local do depósito de resíduos alimentares era "como a noite e o dia".
Era difícil de acreditar que a única diferença entre as duas áreas era um monte de cascas de laranja. Parecem ecossistemas completamente diferentes", explica.
A área era tão densa de vegetação que ele ainda não conseguiu encontrar o sinal.
Treuer e uma equipa de investigadores da Universidade de Princeton estudaram o local durante os três anos seguintes.
Os resultados, publicados na revista "Restoration Ecology", sublinham até que ponto as partes de fruta deitadas fora contribuíram para a recuperação da área.
Os ecologistas mediram várias qualidades do local em comparação com uma área de antigas pastagens imediatamente do outro lado da estrada, utilizada para despejar as cascas de laranja duas décadas antes. Em comparação com a parcela adjacente, que era dominada por uma única espécie de árvore, o local do depósito de cascas de laranja apresentava duas dúzias de espécies de vegetação, a maioria das quais florescente.
Para além de uma maior biodiversidade, de um solo mais rico e de uma copa das árvores mais desenvolvida, os investigadores descobriram uma tayra (uma doninha do tamanho de um cão) e uma figueira gigante com um metro de diâmetro, na parcela.
"Podiam estar 20 pessoas a trepar naquela árvore ao mesmo tempo e ela teria suportado o peso sem problemas", diz Jon Choi, co-autor do artigo, que efectuou grande parte da análise do solo. "Aquela coisa era enorme".
Dados recentes sugerem que as florestas tropicais secundárias - as que crescem depois de os habitantes originais terem sido destruídos - são essenciais para ajudar a abrandar as alterações climáticas.
Num estudo de 2016 publicado na revista Nature, os investigadores descobriram que essas florestas absorvem e armazenam carbono atmosférico a uma taxa cerca de 11 vezes superior à das florestas antigas.
Treuer acredita que uma melhor gestão dos produtos descartados - como as cascas de laranja - pode ser fundamental para ajudar estas florestas a regenerarem-se.
Em muitas partes do mundo, as taxas de desflorestação estão a aumentar drasticamente, minando os solos locais dos nutrientes tão necessários e, com eles, a capacidade dos ecossistemas para se restaurarem.
Entretanto, grande parte do mundo está inundada de resíduos alimentares ricos em nutrientes. Nos Estados Unidos, cerca de metade de todos os produtos agrícolas são deitados fora. A maior parte acaba atualmente em aterros sanitários.
"Não queremos que as empresas andem por aí a despejar os seus resíduos à vontade por todo o lado, mas se for orientado cientificamente e se, para além das empresas, estiverem envolvidos restauradores, penso que é algo que tem um potencial muito elevado", afirma Treuer.
O próximo passo, segundo ele, é examinar se outros ecossistemas - florestas secas, florestas nubladas, savanas tropicais - reagem da mesma forma a depósitos semelhantes.
Dois anos depois da sua pesquisa inicial, Treuer regressou para tentar localizar novamente o sinal que assinala o local.
Desde a sua primeira missão de reconhecimento em 2013, Treuer tinha visitado o terreno mais de 15 vezes. Choi tinha visitado mais de 50. Nenhum deles tinha visto o sinal original.
Em 2015, quando Treuer, com a ajuda do autor sénior do artigo, David Wilcove, e do professor de Princeton Rob Pringle, finalmente a encontrou debaixo de uma moita de videiras.



Photo by Tim Treuer

April 18, 2024

Não, por acaso não sabia

 


A Primavera não tem a beleza do Inverno mas faz tudo ficar melhor

 


O primeiro Sorraia do ano.

Rewilding Portugal

Karma is a bitch 😂

 


Geórgia, hoje - afirmação

 



- Gigi Pipia

Precisa-se de um eclipse total

 


O apoio à Ucrânia que dá a vida e o país por todo o 'mundo livre' tem sido tirada a ferros - é incompreensível

 


Hã...?

 

Que é que se passou aqui?


2 minutos de Bach por dia nem sabe o bem que lhe fazia

 


April 17, 2024

Os alunos às vezes surpreendem-nos

 


Hoje, ainda a propósito de valores e porque queria que percebessem que há uma diferença entre fazer juízos de facto -descrever objetivamente as situações- e juízos de valor mostrei, numa turma, esta pintura de Francis Bacon, que é um auto-retrato e perguntei-lhes o que seriam capazes dizer sobre a obra.

"É estranha", diz logo um. "Está tudo fora do sítio" diz outro. Volta-se um miúdo e diz, "ele não estava a fazer o retrato da sua cara, mas do seu lado emocional. Se calhar é como ele se sentia por dentro. Todo fora do sítio". Confesso que não estava à espera desta observação. O miúdo tem 15 ou 16 anos. Os alunos às vezes surpreendem-nos

Black mood



Hiver (Le Loup dans la neige) por, Félix Bracquemond, em 1864



Kaja Kallas to EU leaders

 


Coisas boas

 


@KyivPost

🇩🇪 O Governo alemão lançou uma iniciativa para procurar meios adicionais de defesa aérea que possam ser fornecidos à Ucrânia, noticiou o Pravda europeu.

Something funny

 

Porque gostamos do ensino

 

Na segunda-feira passada, numa das turmas do 10º ano, dei à turma uma ficha de auto-determinação de valores fundamentais. Estamos a trabalhar essa questão dos valores e estamos na parte dos valores serem guias de acção na vida. Desafiei os miúdos a dizerem, por ordem, quais as 5 'coisas' que mais valorizam na vida. Alguns ofereceram-se para dizer e escrevi no quadro essas listas. Diziam mais ou menos a mesma coisa, embora em ordem diferente: a família, os amigos, o amor, a saúde, o dinheiro, a justiça ou a independência. Depois de as escrever inventei cenários para cada uma das listas em que tinham de tomar decisões difíceis entre a família e o amor, por exemplo, ou o dinheiro e a saúde, de maneira a levá-los a alterar constantemente a ordem dos seus valores ou até a ter que substituir valores por outros diferentes. O meu objectivo era que tomassem consciência da facilidade com que atraiçoamos valores que pensamos fundamentais, ao sabor das circunstâncias. Dei-lhes uma ficha (falei dela num posto anterior) para saberem auto-determinar os seus 5 valores fundamentais e como transformá-los em guias de acção para a vida. A ficha ajuda a responder à questão de saber, 'quem sou eu, como me vejo, no trabalho e na vida e com que valores me oriento'. A ficha ficou interessante e os miúdos compenetraram-se muito e em completo silêncio, naquela tarefa de descobrir quais são os seus valores fundamentais. No fim da ficha perguntei se alguém queria partilhar os seus 5 valores e duas alunas partilharam. Uma delas tinha como 2º valor, o 'poder', o que foi inesperado, do meu ponto de vista, mas interessante. A outra tinha em primeiro lugar, 'fazer a diferença'. Enfim, lembrei-me que podia fazer outra actividade que respondesse à questão, 'como é que os outros me vêem', o que se desvia um bocado do tema filosófico em discussão, mas pareceu-me que era interessante e de algum modo completava bem a ficha, porque os miúdos estão numa idade da adolescência em que precisam de referências para o auto-conhecimento - e vinha a propósito. Então propus-lhes uma actividade que faço às vezes nas aulas de psicologia, que consiste em cada um escrever o seu nome numa folha em branco e a folha passar por todos para que escrevam um valor positivo referente a cada um dos colegas. Meu Deus! A excitação que isto causou... Isto é numa aula às três da tarde em que eles geralmente já vêm muito cansados e estão meio moles, mas aquilo foi uma espécie de injecção de adrenalina. O alarido que a actividade causou... Quando saí da escola vi grupos deles com as folhas na mão a mostrarem uns aos outros o que estava escrito nas suas folhas, ainda em grande excitação sobre o assunto (espero que tenham ficado a pensar na questão dos valores). E é por isto que gostamos do ensino. 


Falta de professores: a hemorragia é tão grande que agora não há pensos rápidos que funcionem

 

Ninguém espera um plano que consiga resolver bem a situação porque deixaram que ela regredisse aos anos 80 do século passado, quando não havia professores para tantos alunos e qualquer um, ainda a acabar o secundário, ia ensinar para ganhar uns trocos. É assim que estamos. Há professores que desde o início do ano já vão no 3º horário. Tinham um em Setembro que a certa altura foi aumentado com horas extra e passado um tempo foi de novo alterado com mais horas extra. Isto acontece porque à medida que vão chegando as autorizações de reforma que foram pedidas, os professores desaparecem das escolas de um dia para o outro. E a tendência é para piorar porque os professores que estão perto da reforma são dezenas de milhar. Não se renovou o pessoal, para poupar dinheiro. A educação tem servido para poupar dinheiro.


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O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, anunciou esta terça-feira que o Governo vai apresentar "em breve" um plano de emergência para resolver o problema da falta de professores, uma situação que classificou de "gravíssima".

Em declarações aos jornalistas em Barcelos, distrito de Braga, à margem da tomada de posse de Maria José Fernandes como presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Fernando Alexandre sublinhou que em meados de março ainda havia 1.172 alunos que tinham pelo menos uma disciplina sem professor desde o início do ano letivo.

Portugal: a Justiça doente de más influências

 


Ainda havemos de ter de pagar a este indivíduo uma indemnização.

Caso Sócrates: prescrição da falsificação associada à casa de Paris é quase certa


Crime imputado ao antigo primeiro-ministro extingue-se em Agosto. Esta parte do processo voltou à instrução. Evitar prescrição implicava nova instrução e julgamento com condenação em quatro meses.

Há mais outros dois crimes de falsificação em risco de prescrição. Um é relativo aos contratos – simulados, na versão do Ministério Público – assinados entre o professor universitário Domingos Farinho e a mulher deste com uma empresa de Santos Silva para o docente ajudar na redacção e revisão da tese de mestrado de Sócrates. Este ilícito prescreve em Abril do próximo ano.

O outro crime de falsificação dirá respeito a dois contratos fictícios assinados com a mesma firma, a RMF Consulting, um com o autor do blogue Câmara Corporativa que prestaria serviços ao ex-primeiro-ministro e outro com o filho deste, um ilícito que prescreve em Julho do próximo ano.


Se a Rússia está cheia de dinheiro para corromper políticos é porque as sanções ainda são poucas



A Rússia está a comprar políticos na Europa. Será que também está a acontecer aqui?


Um antigo oficial da CIA explica como uma vasta rede de corrupção pró-Putin descoberta na Europa é um sinal de alerta para os EUA.