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November 01, 2024

Bill Clinton acerca de como os palestinianos rejeitaram todas as ofertas de paz de Israel.

 

October 04, 2024

Agora, está na moda falar em 'reacção proporcional'

 


Para negar à Ucrânia o direito de destruir bases militares russas e para pressionar Israel a tréguas com os terroristas.

Mas o que seria a 'reacção proporcional' da Ucrânia relativamente à Rússia? Fazer o mesmo mal, na mesma proporção em que a Rússia lhes fez: terraplanar as cidades russas, bombardear Moscovo, São Petersburgo e outras cidades escolhendo áreas residenciais longe da frente de guerra, lançar centenas de mísseis sobre as populações, violar bebés e crianças até à morte, de preferência em frente dos pais, violar mulheres, torturar presos e deixá-los a morrer à fome, executar prisioneiros de guerra, raptar crianças e reeducá-las para odiarem os seus pais e o seu país, etc.

Por acaso a Ucrânia está a exigir responder de maneira proporcional? Está a exigir responder com o mal ao mal? Não. Aliás, entrou em Kursk e não há notícia de atropelos, violações e outras barbaridades próprias do exército russo.

E o que seria a 'reacção proporcional' de Israel relativamente aos terroristas do Hamas? Violar bebés e crianças até à morte, de preferência em frente dos pais, violar mulheres, matar os pais em frente dos filhos pequenos, raptar crianças e bebés, deixá-los morrer sob tortura em túneis como reféns, violar publicamente mulheres e exibi-las na praça pública, decapitá-los, de preferência em frente dos filhos ou dos pais, pegar fogo aos filhos em frente dos pais, tentar arrancar a cabeça de civis à machadada, etc. 

Portanto, que é isso de 'reacção proporcional' e quando se calam com isso que não passa de um slogan para se olharem ao espelho e não vomitarem pela sua própria cobardia e anti-semitismo, respectivamente?


September 27, 2024

Ouvir a outra parte e não apenas a dos terroristas e seus facilitadores

 


... nas redes sociais, nos telejornais, na ONU e até na UE. Não consigo perceber pelas imagens se os representantes de Portugal fazem parte dos facilitadores de terroristas que saíram da sala enquanto os judeus falam.


June 22, 2024

Em que sítio do mundo um governo tem reféns que brutaliza nos intervalos de ser recebido com honras de Estado pela comunidade das nações?

 

Como elevar a interlocutores válidos os chefes da organização terrorista do Hamas? Dar-lhes legitimidade. Não é nenhum segredo bem guardado que a Palestina é governada por terroristas. Reconhecer o Estado 'desta' Palestina é legitimar assassinos e raptores. O governo do Hamas tem crianças como reféns. Em que sítio normal do mundo um chefe de Estado tem reféns que brutaliza nos intervalos de ser recebido com honras de Estado pela comunidade das nações? 
Portanto, a questão é: Porque é que o PS tem pressa em elevar a interlocutores válidos os chefes da organização terrorista do Hamas? São ordens de Guterres? 

Para quem quiser tiver interesse em ver a situação pelos olhos de Herta Müller, uma laureada com o prémio Nobel, alemã de origem romena, resistente do regime comunista de Ceauşescu, deixo aqui um link que me enviaram para uma "Carta Aberta ao Ocidente de Herta Müller" e uns excertos:



Eles transformaram-se em monstros

Na maioria dos relatos da guerra em Gaza, a guerra nom começa onde começou. A guerra nom começou em Gaza. A guerra começou em 7 de outubro, exatamente 50 anos depois que o Egito e a Síria invadiram Israel. Os terroristas palestinianos do HAMAS cometeram um massacre inimaginável em Israel. Eles filmaram-se como heróis e celebraram o seu banho de sangue. As celebrações da sua vitória continuaram em Gaza, onde os terroristas arrastaram reféns gravemente espancados e os apresentaram como espólios de guerra à exultante populaçom palestiniana. Esta alegria macabra estendeu-se a Berlim. No distrito de Neukölln houve danças de rua e a organizaçom palestiniana Samidoun distribuiu doces. A Internet fervilhava de comentários felizes.

Mais de 1.200 pessoas morreram no massacre. Após torturas, mutilações e violações, 239 pessoas foram raptadas. Este massacre do HAMAS é um descarrilamento total da civilizaçom. Há um horror arcaico nesta sede de sangue que nom pensei mais ser possível nestes tempos. Este massacre tem o padrom de aniquilaçom através de pogroms, um padrom que é conhecido polos Judeus há séculos. É por isso que todo o país ficou traumatizado, porque a fundaçom do Estado de Israel pretendia proteger contra estes pogroms.

A obsessom dos mulás e do HAMAS pola guerra é tão generalizada que -quando se trata do extermínio dos Judeus- transcende até mesmo a divisom religiosa entre xiitas e sunitas.

A populaçom nom tem quase nada além do martírio. Militares mais religiom como vigilância total. Em Gaza nom há literalmente lugar para opiniões divergentes na política palestiniana. O HAMAS expulsou todas as outras correntes políticas da Faixa de Gaza com umha brutalidade incrível. Após a retirada de Israel da Faixa de Gaza em 2005, membros da Fatah foram atirados dum edifício de quinze andares como medida de dissuasom.

Em vez dumha rede social para a populaçom, o HAMAS construiu umha rede de túneis sob os pés dos palestinianos. Mesmo em hospitais, escolas e creches financiados pola comunidade internacional. Gaza é um quartel militar único, um estado profundo de antissemitismo subterrâneo.

No Irão há um ditado: Israel precisa das suas armas para proteger o seu povo. E o HAMAS precisa que o seu povo proteja as suas armas.

"Ganz normale Männer"

Desde 7 de outubro, penso continuamente num livro sobre a era nazista, o livro "Ganz normale Männer", de Christopher R. Browning. Descreve a aniquilaçom de aldeias judaicas na Polónia polo 110º Batalhom da Polícia de Reserva, quando as grandes câmaras de gás e crematórios de Auschwitz ainda nom existiam. Foi como a sede de sangue dos terroristas do HAMAS no festival de música e nos kibutzim. Num único dia de julho de 1942, os 1.500 habitantes Judeus da cidade de Józefów foram massacrados. Crianças e bebés foram baleados na rua em frente às suas casas, idosos e doentes nas suas camas. Todos os outros foram levados para a floresta, onde tiveram que se despir e rastejar no chão. Eles foram ridicularizados e torturados, depois baleados e deixados na floresta sangrenta. O assassinato tornou-se maligno.

O livro é intitulado "Ganz normale Männer" (Homens bastante normais) porque este batalhom policial de reserva nom era composto por homens da SS ou soldados da Wehrmacht, mas por civis que nom eram mais considerados aptos para o serviço militar por serem muito velhos.

E há outra cousa que me vem à mente e que me lembra os nazistas: o triângulo vermelho na bandeira palestiniana. Nos campos de concentraçom era o símbolo dos prisioneiros comunistas. E hoje? Hoje pode ser visto novamente em vídeos do HAMAS e nas fachadas de edifícios em Berlim. Nos vídeos é usado como um chamado para matar. Nas fachadas marca objetivos que devem ser atacados. Um grande triângulo vermelho paira sobre a entrada do clube de techno "About Blank". Durante anos, refugiados sírios e gays israelitas dançaram aqui normalmente. Mas agora nada é mais normal. Agora o triângulo vermelho grita na entrada.

Também me pergunto se os estudantes de muitas universidades americanas sabem o que estão a fazer quando gritam nas manifestações: "Nós somos o HAMAS" ou mesmo "Querido Hamas, bombardeie Telavive!" ou "Vamos voltar a 1948."

Estou horrorizada que os mesmos manifestantes demonstrem hoje solidariedade para com o HAMAS. Parece-me que já nom compreendem a contradiçom abismal do conteúdo. E pergunto-me porque é que eles nom se importam com o facto de o HAMAS nom permitir a menor manifestaçom polos direitos das mulheres. E que no dia 7 de outubro as mulheres violadas foram expostas como espólios de guerra.

No campus da Universidade de Washington, os manifestantes jogam o jogo coletivo "Tribunal Popular" para se divertir. Os representantes das universidades são julgados por diversom. Entom chegam os vereditos e todos gritam em coro: “Para a forca” ou “para a guilhotina”. Há aplausos e risadas, e eles chamam o seu acampamento de “Lugar dos Mártires”. Na forma de acontecimentos, celebram a sua própria estupidez coletiva com a consciência tranquila. É de se perguntar o que é ensinado nas universidades hoje.

Lars Henrik Gass afirma, com razom, que estamos atualmente a viver umha regressom no debate político. Em vez do pensamento 
político, prevalece umha compreensom esotérica da política. Por trás disso está o desejo de consistência e a pressom para se conformar. Também no cenário artístico tornou-se impossível diferenciar entre defender o direito de existência de Israel e, ao mesmo tempo, criticar o seu governo.

É por isso que nem sequer se considera se a indignaçom global face às numerosas mortes e sofrimento em Gaza nom faz parte da estratégia do HAMAS. Ele está surdo e cego ao sofrimento do seu povo. Porque outro motivo ele atiraria na fronteira de Kerem Shalom, onde chega a maior parte dos suprimentos de ajuda? Ou porque dispararia contra os estaleiros de construçom dum porto temporário, onde a ajuda chegará em breve? Nom ouvimos umha única palavra de simpatia polo povo de Gaza por parte do Sr. Sinwar e do Sr. Haniye. E em vez dum desejo de paz, apenas exigências máximas que eles sabem que Israel nom pode cumprir. O HAMAS aposta numha guerra permanente com Israel. Seria a melhor garantia da sua continuidade. O HAMAS também espera isolar Israel internacionalmente, custe o que custar.

No romance "Doktor Faustus", de Thomas Mann, diz-se que o nacional-socialismo "tornou tudo o que era alemão insuportável para o mundo". Tenho a impressom de que a estratégia do HAMAS e dos seus apoiantes é tornar tudo o que é israelita e, portanto, tudo o que é judeu, insuportável para o mundo. O HAMAS quer manter o antissemitismo como um clima global permanente. É por isso que ele também quer reinterpretar a Shoah. Ele também quer questionar a perseguiçom nazista e a fugida de resgate para a Palestina. E, em última análise, o direito de Israel existir. Esta manipulaçom chega ao ponto de afirmar que a memória alemã do Holocausto serve apenas como umha arma cultural para legitimar o “projeto de colonizaçom” branco-ocidental de Israel. Estas inversões a-históricas e cínicas da relaçom autor-vítima pretendem impedir qualquer diferenciaçom entre a Shoah e o colonialismo. Com todas estas construções acumuladas, Israel já nom é visto como a única democracia no Próximo Oriente, mas como um Estado modelo colonialista. E como um eterno agressor, contra quem se justifica o ódio cego. E até o desejo de sua destruiçom.

A autora leu este texto no Fórum de 7 de outubro sobre “Cultura Judaica na Suécia”, realizado em Estocolmo em 25 de maio.

April 09, 2024

O governo dos palestinianos neste momento são os terroristas do Hamas



Sanchez quer fazer acordos com terroristas porque vende-se a qualquer um pelo poder mas espero que quem nos representa não seja igual. A "preocupação pela situação de Gaza" não passa por reconhecer legitimidade a terroristas violadores, raptores de bebés. Já basta o mal que a ONU tem feito a dar força ao Hamas, aos mullahs iranianos e até aos talibãs.


Sánchez vai abordar com Montenegro reconhecimento da Palestina

Chefe do Governo espanhol vai "partilhar a sua preocupação pela situação de Gaza e a necessidade de impulsionar o reconhecimento da Palestina como Estado" com líderes europeus, entre os quais Montenegro, com quem vai reunir na próxima segunda-feira.




'You don't give a d*mn about the Israeli hostages, or #Israeli lives at all.'

A Nicarágua infiltrada por gente do Hamas


A Nicarágua quer obrigar a Alemanha a dar dinheiro à UNRWA com o argumento que é por causa da falta desse dinheiro da Alemanha que os palestinianos estão em perigo de genocídio em Gaza... ridículo... e querem também que o tribunal obrigue a Alemanha a não apoiar Israel, nomeadamente proibindo a venda de armas. A Nicarágua infiltrada por gente do Hamas.

A  Aljazeera está a transmitir em directo a defesa da Alemanha no Tribunal de Haia.


Nicaragua seeks to halt German arms exports to Israel at World Court

A Nicarágua pediu ao Tribunal Internacional de Justiça, na segunda-feira, que ordenasse à Alemanha que suspendesse as exportações de armas militares para Israel e retomasse o financiamento da agência de refugiados palestinianos da ONU, UNRWA, dizendo que existe um sério risco de genocídio em Gaza.
O embaixador da Nicarágua, Carlos José Arguello Gomez, disse ao tribunal que Berlim violou a Convenção sobre o Genocídio de 1948 ao continuar a fornecer armas a Israel, depois de os juízes do TIJ terem considerado plausível que Israel tenha violado alguns direitos garantidos pela Convenção sobre o Genocídio durante o seu ataque a Gaza
"Não há dúvida de que a Alemanha (...) estava bem ciente, e está bem ciente, de pelo menos o sério risco de genocídio ser cometido" na faixa de Gaza, disse Arguello Gomez.
Arguello Gomez disse aos juízes que Berlim está a ignorar as suas obrigações ao abrigo do direito internacional ao continuar a prestar assistência militar a Israel.
"Isto tem de acabar", disse Arguello Gomez.
Israel negou as alegações de genocídio e disse que tem o direito de se defender.
O governo alemão rejeitou as alegações da Nicarágua.
"A Alemanha não viola, nem nunca violou, direta ou indiretamente, a Convenção sobre o Genocídio nem o direito humanitário internacional", declarou Tania von Uslar-Gleichen, conselheira jurídica do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, aos jornalistas presentes no TIJ.
A Alemanha tem sido um dos mais firmes aliados de Israel desde os ataques de 7 de outubro, perpetrados por militantes do Hamas, que mataram 1200 pessoas, de acordo com os dados israelitas
É também um dos principais exportadores de armas para Israel, enviando 326,5 milhões de euros (353,70 milhões de dólares) em equipamento militar e armas em 2023, de acordo com dados do Ministério da Economia.
O caso da Nicarágua no TIJ, também conhecido como Tribunal Mundial, baseia-se num processo de genocídio que a África do Sul moveu contra Israel.
Em janeiro, o TIJ considerou plausíveis as alegações da África do Sul de que Israel violou alguns direitos garantidos pela Convenção sobre o Genocídio durante o seu ataque a Gaza e ordenou medidas de emergência, incluindo um apelo a Israel para que ponha termo a quaisquer potenciais actos de genocídio.
A Alemanha e os Estados Unidos estão entre os principais doadores que suspenderam o financiamento da UNRWA após alegações de que cerca de 12 das suas dezenas de milhares de funcionários palestinianos eram suspeitos de envolvimento nos ataques de 7 de outubro. A agência fornece ajuda vital a Gaza, onde muitas pessoas estão atualmente à beira da fome.
Desde então, Berlim retomou o financiamento do trabalho regional da UNRWA na Jordânia, Líbano, Síria e Cisjordânia, mas não da sua secção de Gaza, disse um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros à Reuters.

March 17, 2024

5 meses depois e continuam a fazer chantagem com reféns

 

Bebés a quem mataram os pais, raparigas que usam para violar, mães com filhos. Nem consigo olhar para este vídeo. Estou do lado de Israel na luta contra o Hamas e todos os cúmplices desta depravação de criminosos terroristas. Ainda ontem vi uma entrevista com uma mulher de meia-idade, refém, entretanto trocada por assassinos do Hamas. Ela conta que quando os levaram para o hospital para estarem escudados cobardemente pelos doentes, as enfermeiras todas aplaudiram o Hamas por ter reféns. Começaram a fazer aquele barulho que fazem com a mão na língua. Pelos vistos não querem libertar as raparigas reféns para elas não contarem as atrocidades que lhe fizeram. Dois Estados, sim, mas sem Hamas e sem apoiantes activos do Hamas, com os reféns todos entregues sem chantagens. E prisão desses terroristas depravados.


January 11, 2024

Acusar Israel de genocídio é perverso e raia o obsceno

 


Os muçulmanos, os palestinianos e os árabes vivem em segurança em Israel.
Os judeus não podem viver em segurança na Palestina ou nos países árabes.
Se não compreendem este desequilíbrio, não compreendem esta guerra e este conflito.

Luai Ahmed


🚨 AQUI está a lista dos 134 países que NÃO apoiam as acusações da África do Sul 🇿🇦 de genocídio contra Israel 🇮🇱:

🇦🇩 Andorra 
🇦🇴 Angola 
🇦🇬 Antigua and Barbuda 
🇦🇷 Argentina 
🇦🇲 Armenia 
🇦🇺 Australia 
🇦🇹 Austria 
🇧🇸 Bahamas 
🇧🇧 Barbados 
🇧🇾 Belarus 
🇧🇿 Belize 
🇧🇹 Bhutan 
🇧🇦 Bosnia and Herzegovina 
🇧🇼 Botswana 
🇧🇬 Bulgaria 
🇧🇮 Burundi 
🇨🇻 Cabo Verde 
🇰🇭 Cambodia 
🇨🇦 Canada 
🇨🇫 Central African Republic 
🇨🇱 Chile 
🇨🇳 China 
🇰🇲 Comoros 
🇨🇬 Congo 
🇨🇷 Costa Rica 
🇭🇷 Croatia 
🇨🇺 Cuba 
🇨🇾 Cyprus 
🇨🇿 Czech Republic 
🇨🇩 Democratic Republic of the Congo 
🇩🇰 Denmark 
🇩🇲 Dominica 
🇩🇴 Dominican Republic 
🇹🇱 East Timor (Timor-Leste) 
🇪🇨 Ecuador 
🇸🇻 El Salvador 
🇬🇶 Equatorial Guinea 
🇪🇷 Eritrea 
🇪🇪 Estonia 
🇸🇿 Eswatini 
🇪🇹 Ethiopia 🇫🇯 Fiji 
🇫🇮 Finland 
🇫🇷 France 
🇬🇪 Georgia 
🇩🇪 Germany 
🇬🇭 Ghana 
🇬🇷 Greece 
🇬🇩 Grenada 
🇬🇹 Guatemala 
🇭🇹 Haiti 
🇭🇳 Honduras 
🇭🇺 Hungary 
🇮🇸 Iceland 
🇮🇳 India 
🇮🇪 Ireland 
🇮🇹 Italy 
🇯🇲 Jamaica 
🇯🇵 Japan 
🇰🇪 Kenya 
🇰🇮 Kiribati 
🇰🇵 Korea, North (North Korea) 
🇰🇷 Korea, South (South Korea) 
🇽🇰 Kosovo 
🇱🇦 Laos 
🇱🇻 Latvia 
🇱🇸 Lesotho 
🇱🇷 Liberia 
🇱🇮 Liechtenstein 
🇱🇹 Lithuania 
🇱🇺 Luxembourg 
🇲🇬 Madagascar 
🇲🇼 Malawi
🇲🇹 Malta 
🇲🇭 Marshall Islands 
🇲🇺 Mauritius 
🇲🇽 Mexico 
🇫🇲 Micronesia 
🇲🇩 Moldova 
🇲🇨 Monaco 
🇲🇳 Mongolia 
🇲🇪 Montenegro 
🇲🇲 Myanmar (Burma) 
🇳🇷 Nauru 
🇳🇵 Nepal 
🇳🇱 Netherlands 
🇳🇿 New Zealand 
🇳🇮 Nicaragua 
🇲🇰 North Macedonia (Macedonia) 
🇳🇴 Norway 
🇵🇼 Palau 
🇵🇦 Panama 
🇵🇬 Papua New Guinea 
🇵🇾 Paraguay 
🇵🇪 Peru 
🇵🇭 Philippines 
🇵🇱 Poland 
🇵🇹 Portugal 
🇷🇴 Romania 
🇷🇺 Russia 
🇷🇼 Rwanda 
🇰🇳 Saint Kitts and Nevis 
🇱🇨 Saint Lucia 
🇻🇨 Saint Vincent and the Grenadines 
🇼🇸 Samoa 
🇸🇲 San Marino 
🇸🇹 Sao Tome and Principe 
🇷🇸 Serbia 
🇸🇨 Seychelles 
🇸🇱 Sierra Leone 
🇸🇬 Singapore 
🇸🇰 Slovakia 
🇸🇮 Slovenia 
🇸🇧 Solomon Islands 
🇪🇸 Spain 
🇱🇰 Sri Lanka 
🇸🇪 Sweden
🇨🇭 Switzerland 
🇹🇼 Taiwan 
🇹🇿 Tanzania 
🇹🇭 Thailand 
🇹🇴 Tonga 
🇹🇹 Trinidad and Tobago 
🇹🇳 Tunisia 
🇹🇲 Turkmenistan 
🇹🇻 Tuvalu 
🇺🇦 Ukraine 
🇬🇧 United Kingdom (UK) 
🇺🇸 United States of America (USA) 
🇺🇾 Uruguay 
🇻🇺 Vanuatu 
🇻🇦 Vatican City 
🇻🇳 Vietnam 
🇿🇲 Zambia 
🇿🇼 Zimbabwe

November 01, 2023

Uma breve e condensada história de Israel-Palestina

 


October 29, 2023

Testemunho esclarecido

 


October 14, 2023

Se a Palestina não se reconhece nas acções terroristas do Hamas, porque não o diz, explicitamente?

 

Porque é que os líderes do Hamas que são quem tem o poder dentro da faixa de Gaza, não evacuam os seus civis? O Hamas desencadeou uma guerra de bárbaros depravados contra os israelitas e agora dizem aos israelitas, 'vocês não podem ripostar porque temos aqui civis no meio de nós e não os evacuamos'. E é suposto os israelitas fazerem o quê? Deixarem-se matar? Imagina-se a Alemanha de Hitler ter dito aos aliados, 'não podem vir cá bombardear-nos porque temos aqui civis' e os aliados terem dito, 'ah, ok, pronto, então matem lá os judeus todos e ganhem lá a guerra'. Seria de loucos. 

Isso é o que tem acontecido na Ucrânia. Passaram meses antes que entregassem armas aos ucranianos para se defenderem. Os russos matam e cometem crimes de guerra na Ucrânia, que está toda destruída e os ucranianos estão proibidos de destruir as fontes militares dos russos. Têm que ficar quietos na sua terra à espera de ser bombardeados e atacados. E os russos ainda gozam com os ucranianos na ONU. Desde quando isto é uma posição moral?

Os ucranianos destruíram o seu arsenal nuclear e entregaram armas à Rússia em troca de um acordo de paz que foi violado sistematicamente e agora os ucranianos é que têm de cuidar em não ofender os russos?

E agora em Israel, quem começou esta guerra (duma maneira que vai contra todos os princípios de decência humana) exige que os outros não se defendam? Para se defenderem, os israelitas têm que destruir-lhes as fontes militares e os cabecilhas do massacre. Ficarem parados à espera de serem destruídos é de loucos. Quem tem de parar a guerra é quem a começou.


October 10, 2023

Testemunhos - sair vivo de um kibbutz atacado pelo Hamas

 


Vamos morrer aqui

Um relato em primeira mão da tragédia e do heroísmo do massacre que deixou mais de 900 israelitas mortos

Por Yair Rosenberg


Quando ouvi pela primeira vez que civis israelitas estavam a ser massacrados na fronteira do país com Gaza, pensei no meu amigo Amir Tibon. 
Amir é um jornalista excecionalmente talentoso, fluente em hebraico, árabe e inglês, que dedicou a sua vida e as suas capacidades a uma cobertura humanista de uma região, frequentemente desumanizante. A sua obra inclui reportagens premiadas sobre os esforços para alcançar uma solução de dois Estados e uma biografia do Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.

No domingo, não sabia se ele estava vivo ou morto. Isto porque Tibon vive em Nahal Oz, uma pequena comunidade que faz fronteira com Gaza e que não dispõe de defesa antimíssil Iron Dome para a proteger. No sábado, foi alvo de fogo de morteiro e foi invadida por terroristas do Hamas. 
Durante a sua incursão em Israel, assassinaram mais de 900 israelitas e brutalizaram e raptaram muitos outros, na sua maioria civis. O número de mortos continua a aumentar.

Tibon e a sua família sobreviveram ao massacre indiscriminado, mas só depois de terem passado por uma provação horrível. Pouco antes de deitar as suas duas filhas, falámos sobre o que aconteceu, como se salvou, porque pensa que Israel chegou a este ponto e o que gostaria de ver da parte da comunidade internacional nos próximos dias. A nossa conversa foi editada e condensada para maior clareza.

Yair Rosenberg: Como é que é a tua vida neste momento?

Amir Tibon: Estou feliz por estar vivo. Estou feliz por a minha família estar viva. Estou a viver com a minha família alargada. Estou muito preocupado com os amigos e vizinhos que foram feridos ou raptados em Gaza. E estou preocupado com o meu país.

Rosenberg: Como judeu religiosamente observante, não uso aparelhos electrónicos nem acedo à Internet nos feriados judaicos ou no Sabbath, por isso, quando me liguei à Internet, depois de dois dias offline, já tinhas publicado que estavas em segurança e partilhado a história angustiante que passaste com a família. Podes falar sobre isso?

Tibon: Fico contente por não teres visto os acontecimentos à medida que iam ocorrendo, porque foi um dia negro, realmente o pior dia da história do Estado de Israel. 
É sábado, 7 de outubro. Estamos na cama, a dormir. Vivo com a minha mulher e duas filhas pequenas no Kibutz Nahal Oz. É uma pequena comunidade, com 500 pessoas, situada diretamente na fronteira de Israel com Gaza. É um sítio lindo, com pessoas muito resistentes e corajosas, com um forte sentido de comunidade e união. Mas é sábado, seis da manhã, e ouvimos um som muito familiar: o som de um morteiro prestes a explodir. É como um apito.
A minha mulher, Miri, empurra-me imediatamente. Corremos do nosso quarto para aquilo a que chamamos o quarto seguro. 
Em todas as casas da nossa comunidade e de outras comunidades ao longo da fronteira com Gaza, há uma divisão construída em betão muito forte, capaz de resistir a um impacto direto de um morteiro ou de um foguete. E na maior parte das famílias, é aí que se põe as crianças a dormir todas as noites. Por isso, corremos para o quarto seguro onde estão as nossas duas filhas: Galia de três anos e meio e Carmel de um ano e meio.
Elas não sabem que está a acontecer alguma coisa. Fechamos a porta e ficamos à espera. Quero dizer, isto é algo a que estamos habituados. Quando se vive na fronteira com Gaza, ataques como este acontecem de vez em quando. Esperamos por vezes uma hora, fazemos as malas e quando há uma pausa de alguns minutos, metemos os miúdos no carro e saímos da fronteira em direção a um local mais seguro. Mas desta vez, quando estávamos a fazer as malas, ouvi o barulho mais arrepiante que já ouvi na minha vida. Tiros automáticos ao longe. 
Primeiro, ouço o tiroteio nos campos. Depois ouço-o na estrada, depois no bairro e depois do lado de fora da minha janela. Ouço os tiros diretamente do lado de fora da minha janela, bem como gritos. Percebo árabe. Percebi exatamente o que se estava a passar: que o Hamas se tinha infiltrado no nosso kibutz, que havia terroristas do lado de fora da minha janela, e que eu estava fechado em casa e dentro do meu quarto seguro com duas raparigas, e não sabia se alguém viria salvar-nos. 
Foi assim que tudo começou.

Rosenberg: Uma coisa para as pessoas entenderem: Nahal Oz fica muito, muito perto da fronteira de Gaza. E é por isso que vocês não têm algo como o Iron Dome e é por isso que estão na sala de segurança.

Tibon: Sim, estamos tão perto que o Iron Dome, uma invenção espantosa que protege grandes partes de Israel dos foguetes, não é relevante na nossa área.
Mas digo-vos uma coisa. De certa forma, o facto de terem disparado os morteiros contra a nossa comunidade antes de atravessarem a fronteira salvou a vida de muita gente, porque fez com que as pessoas corressem para a sala de segurança. 
E esta sala de segurança, se a trancarmos corretamente, é muito difícil de abrir a partir do exterior. Muitas pessoas ficaram barricadas nessas salas seguras durante horas e, por vezes, durante um dia inteiro. Em muitos casos, os terroristas tentaram entrar e não conseguiram.
O que aconteceu no nosso caso foi que ficámos ali sentados às escuras. Poucos minutos depois de termos entrado e termos ouvido os tiros, a eletricidade parou. Não tínhamos comida. Tínhamos alguma água. E dissemos às nossas filhas: Têm de estar caladas agora. Têm de estar absolutamente caladas. Nem uma palavra. Não podes chorar. Não podes falar. É perigoso. E as minhas filhas foram umas heroínas. Esperaram em silêncio, no escuro, durante 10 horas, e não choraram. Entenderam. Talvez não seja a palavra certa, mas sentiram que estávamos a falar muito a sério. Então estamos com elas no escuro e elas estão completamente silenciosas.
No início, ainda tínhamos rede de telemóvel. Pouco tempo depois, também não havia rede no telemóvel. Mandei uma mensagem aos meus pais: "Há terroristas lá fora". Na verdade, pensámos que estavam dentro de casa, porque estavam a disparar munições reais contra a nossa casa, e ouvimo-las como se estivessem lá dentro. E os nossos vizinhos mandavam mensagens e toda a gente dizia que havia terroristas à porta da minha casa ou dentro da minha casa.
Telefonei a um colega e amigo, Amos Harel, o veterano correspondente do Haaretz para assuntos militares. Disse-lhe: Amos, há terroristas fora da minha casa, talvez até dentro. E o que Amos me disse em resposta foi a coisa mais assustadora que ouvi. Ele disse: Sim, eu sei, mas não é só no teu kibutz; não é só em Nahal Oz. É em todo o sul de Israel. Está por todo o lado. Está nas cidades, nas vilas, nos kibutzim e nas aldeias. Milhares de combatentes armados do Hamas infiltraram-se no país. Tomaram as bases militares. Foi assustador, porque me apercebi que, se era essa a situação, iria demorar muito tempo até que os militares viessem fazer frente a estes terroristas e nos salvem.

Rosenberg: Podes falar sobre como chegámos a este ponto?

Tibon: Sim, quero dizer algo sobre este fracasso dos militares e do governo. Miri e eu mudámo-nos para esta comunidade em 2014, imediatamente após a guerra que teve lugar nesse verão entre Israel e o Hamas, a guerra Israel-Gaza de 2014. 
Vivíamos na altura em Telavive, éramos um jovem casal sem filhos. As comunidades na fronteira de Gaza durante essa guerra sofreram com a utilização de túneis de ataque do Hamas para Israel. Basicamente, escavaram túneis sob a fronteira. Os combatentes saíam do subsolo do outro lado e matavam e raptavam soldados. Na altura, o mais assustador eram os túneis. Viemos inicialmente para apoiar a comunidade, apaixonámo-nos pelo local e decidimos ficar.
Mas os sucessivos governos israelitas, todos eles liderados por Benjamin Netanyahu, investiram milhares de milhões de dólares - penso que alguns deles provenientes do apoio dos EUA - na construção de um muro subterrâneo para impedir que o Hamas voltasse a utilizar esses túneis. Tratou-se de um grande projeto de infra-estruturas para o Estado de Israel. 
Esse projeto permitiu-nos dormir à noite, porque podemos lidar com os foguetes que caem sobre a nossa cabeça se tivermos uma sala segura em casa, mas se os terroristas se infiltrarem no subsolo e puderem entrar na nossa comunidade, isso muda tudo. 
A razão pela qual podíamos viver ali, e isso é verdade para toda a gente, é devido a este muro subterrâneo que Israel construiu. E nas primeiras horas da manhã de sábado, 7 de outubro, quando ouvimos os tiros do lado de fora da nossa janela, percebemos que este projeto é um fracasso total e completo.
Israel investiu tanto nisso, e o que é que o pessoal do Hamas fez? Pegaram em alguns tractores e SUVs e atravessaram a vedação da fronteira. 
Preparámos tudo para impossibilitar que viessem do subsolo, e eles simplesmente atravessaram a fronteira. Isso é um grande, grande fracasso. Por isso, voltando à conversa com Amos Harel, quando me apercebi de que a situação era mesmo esta, foi aí que pensei: Pronto, vamos morrer aqui. Ninguém vai conseguir chegar a tempo. E se eles conseguirem entrar na casa, vão tentar entrar na sala de segurança. E se conseguirem fazer isso, seremos mortos ou raptados.

Rosenberg: Como é que acabaram por sair?

Tibon: Telefonei ao Amos, mas também ao meu pai. O meu pai é um general reformado. Tem 62 anos de idade. Vive em Tel Aviv. E os meus pais disseram-me: Vamos já para aí. É uma hora e 20 minutos de carro. Ora, isto vai contra toda a lógica. Mas eu disse a mim próprio: Muito bem, neste momento estou a pedir às minhas duas filhas pequenas que confiem totalmente em mim e na minha mulher, nos pais delas, que façam o que lhes estamos a dizer para salvar as suas vidas, que é estarem muito, muito caladas e compreenderem que não podemos sair do quarto, não podemos ir buscar comida, não podemos ir à casa de banho, não podemos sair para brincar, e estou a pedir-lhes que confiem totalmente em mim.
Tenho de fazer a mesma coisa agora. Tenho de confiar no meu pai, que é um homem de confiança, que se ele disse que vinha aqui salvar-nos, ele fá-lo-ia. 

Só muitas horas mais tarde, quando o meu pai chegou, é que fiquei a saber o que tinha acontecido nesse dia aos meus pais, o que é uma história incrível por si só.
Os meus pais saem de Telavive e chegam à cidade de Sderot, que é a maior cidade da zona fronteiriça. Quando lá chegam, vêem pessoas a andar descalças na estrada. São sobreviventes de um festival de música ali perto, onde o pessoal do Hamas chegou de manhã cedo e massacrou logo mais de 200 pessoas, pessoas que tinham ido a um festival de música. 
Os meus pais meteram os sobreviventes no carro e levaram-nos para mais longe da fronteira. Já tinham chegado à zona fronteiriça, mas viram pessoas que precisavam de ajuda e levaram-nas. Depois deram meia-volta e continuaram a conduzir em direção à nossa zona.

Param numa comunidade próxima que fica perto da fronteira, mas não tão perto como nós. E o meu pai convence um soldado que está ali à procura de uma forma de ajudar, a vir com ele para Nahal Oz, para o meu kibutz, para matar terroristas e salvar famílias. 
Dirigem em direção ao kibutz, mas pelo caminho vêem uma força militar a ser emboscada por combatentes do Hamas. Saem do carro. O meu pai está reformado, não tem armas militares. Em Israel, ao contrário do que acontece na América, os cidadãos não podem comprar AR-15s, (e eu fico contente por isso). 
Contudo, o meu pai tem uma pistola e juntamente com este outro soldado juntam-se aos soldados que estão a combater a célula do Hamas, ajudam a matá-los, e agora estão muito perto do meu kibutz. Estão a cinco minutos da entrada do meu kibutz, mas dois dos soldados estão feridos. E, mais uma vez, o meu pai teve de voltar para trás. Põe os soldados feridos no carro, com a ajuda do outro soldado que se juntou a ele, e voltam para onde está a minha mãe.
A minha mãe leva os soldados feridos no seu carro para um hospital. O meu pai vê outro antigo general reformado, Israel Ziv, que está mais perto dos 70 do que dos 60. Israel vestiu a farda e veio como um soldado normal para o sul, para tentar ajudar. 
O meu pai diz-lhe: "Israel, não tenho carro. A minha mulher está a levar os soldados feridos para o hospital para os salvar. Preciso de ir a Nahal Oz, onde a minha família está barricada. As minhas netas estão lá. Levem-me a Nahal Oz".
Estes dois homens com mais de 60 anos estão a conduzir um carro normal. Nem sequer é um jipe ou algo do género. Não é um veículo blindado. É apenas um carro, como os que circulam na New Jersey Turnpike a caminho do trabalho de manhã. Conduzem agora na estrada onde meia hora antes houve uma emboscada mortal de soldados. Ambos têm armas. O meu pai tirou armas aos soldados feridos, que lhas deram porque ele lhes disse: "Vou voltar a entrar".
Chegaram à entrada do kibutz. E quando lá chegam, encontram um grupo de soldados das forças especiais que estão prestes a iniciar o processo muito perigoso de ir de casa em casa na nossa comunidade para tentar enfrentar os terroristas e libertar as pessoas que estão barricadas. 
Nessa altura, não faço ideia de que tudo isto está a acontecer. Estamos na sala de segurança. Os terroristas ainda estão lá fora. Não temos rede de telemóvel. Não temos bateria no telemóvel. Estamos apenas à espera no escuro.
Começamos a ouvir tiros de novo - e desta vez, são dois tipos de armas. Apercebemo-nos de que há uma batalha. Apercebemo-nos de que está a haver uma troca de tiros. Eu digo à minha mulher: Ele está a chegar. O meu pai está a chegar. Eles estão a lutar. Ele está com estes soldados. Eles não vieram imediatamente para a nossa casa. Foram de casa em casa, de bairro em bairro, dentro da nossa comunidade. Não me lembro de quanto tempo demorou.
Ouvíamos os tiros cada vez mais perto. As raparigas tinham adormecido, mas agora acordaram. Acho que são duas da tarde. Não comeram nada desde ontem à noite. Não há luz, e já não temos telemóveis, por isso nem sequer podemos mostrar-lhes a cara, mas há uma frase que as impede de se desmoronarem e começarem a chorar: O avô está a chegar.
Digo-lhes: Se ficarmos calados, o vosso avô vem tirar-nos daqui. Às 4 da tarde, depois de 10 horas assim, ouvimos uma grande pancada na janela e ouvimos a voz do meu pai. Galia, a minha filha mais velha, diz: Saba higea - o avô está aqui. Foi nessa altura que começámos todos a chorar e que soubemos que estávamos a salvo.

Rosenberg: Quero passar um pouco do pessoal para o político. Trabalhas para um jornal liberal de Telavive mas vives
 Nahal Oz onde encontraste lá pessoas que eram patriotas israelitas ainda empenhados no local e na paz e que queriam encontrar algo melhor, embora talvez tivessem mais razões do que ninguém para desconfiar do futuro. Sei que partilhas essa fé, mas pergunto-me como te sentes neste momento. Essa fé é alguma vez abalada?

Tibon: A política da nossa zona, da zona fronteiriça de Gaza, é muito interessante e é um microcosmo da política em Israel. 
As comunidades dos kibutz, como a minha, são muito esquerdistas. E a grande cidade da zona, Sderot, que também passou por uma terrível, terrível catástrofe, é de facto muito mais de direita, religiosa e apoiante de Netanyahu. Portanto, há esta divisão, mas estamos juntos nisto, estamos ambos a sofrer das mesmas condições neste momento e acho que muitas pessoas vão reexaminar tudo quando isto acabar.
Eu adoro a minha comunidade. Adoro os meus vizinhos. Orgulho-me da sua capacidade de resistência neste dia horrível. Aquilo por que passámos não é uma história única. É a história de toda uma região de Israel.
Sinto-me envergonhado pelo meu governo. Tínhamos um contrato com o Estado para que comunidades como a nossa protegessem a fronteira. É por isso que as pessoas vivem lá. 
Protegemos a fronteira com a nossa presença lá. Esta é uma estratégia fundamental do Estado de Israel desde os primórdios do país: uma fronteira que não tenha comunidades civis e vida civil ao longo dela não será devidamente protegida.
Cumprimos a nossa parte do contrato. Vivíamos na fronteira. Por vezes, passámos por situações difíceis, com morteiros e com a utilização de dispositivos incendiários para atear fogos nos campos. Quando se vive num lugar como Nahal Oz, acorda-se todas as manhãs e sabe-se que há pessoas do outro lado da fronteira que nos querem matar a nós e aos nossos filhos. Então o contrato foi: Nós protegemos a fronteira, e o Estado protege-nos a nós.
E este governo, que é o pior governo da história do Estado de Israel, liderado por um homem corrupto, disfuncional e egoísta que só se vê a si próprio - Benjamin Netanyahu - falhou-nos. 
Havia sinais de aviso de que isto iria acontecer. Os militares e as agências de informação avisaram que os vizinhos de Israel estavam a ver a divisão interna no país devido ao plano desastroso do governo para eliminar o poder judicial. 
Há notícias, neste preciso momento, de que os serviços secretos egípcios avisaram Netanyahu, há alguns dias, de que o Hamas estava a planear algo maciço na fronteira.
A forma como os acontecimentos do dia se desenrolaram foi o pior fracasso da história do Estado de Israel. Quer dizer, pessoas como o meu pai, como Israel Ziv e outros oficiais reformados, tiveram de descer para salvar cidadãos, para tentar salvar as suas próprias famílias e outras pessoas. 
Entretanto, as forças armadas estão a desmoronar-se e todas as infra-estruturas civis que deveriam apoiar as forças armadas e a sociedade numa situação destas também não estão a funcionar.
Oiçam, neste momento temos de ganhar esta guerra. Temos de destruir o Hamas. Temos de tornar impossível que possam, alguma vez, voltar a efetuar algo que se aproxime do que aconteceu no sábado. Nenhum país do mundo pode permitir que uma coisa destas aconteça aos seus cidadãos e voltar à atividade normal. Sinto-me muito mal pelo povo de Gaza. Estou destroçado. Mas este foi o nosso 11 de Setembro.
Depois de ganharmos a guerra e erradicarmos o Hamas, haverá tempo também para atirar para o caixote do lixo da história qualquer político, a começar pelo primeiro-ministro, que tenha tido alguma coisa a ver com este fracasso. Mas essa é uma conversa para amanhã. Hoje, o que está em causa é salvar os nossos cidadãos e destruir a capacidade do inimigo para voltar a fazer uma coisa destas.

Rosenberg: Amanhã, o que acontece com Netanyahu?

Tibon: Antes de mais, temos de ganhar a guerra. Isso é o mais importante. Depois da guerra, acredito que as pessoas que foram lutar e salvar as suas famílias, e as pessoas que têm os seus entes queridos raptados em Gaza, e as pessoas que perderam as suas casas - essas pessoas não permitirão que este governo fique nem mais um dia. Os protestos a que Israel assistiu no ano passado vão ser um jogo de crianças comparado com a raiva do público depois disto. Mas, neste momento, o que importa é ganhar a guerra.

Rosenberg: Isto não acabou. Está a decorrer. Há pessoas feitas reféns. O que é que espera agora dos Estados Unidos e do mundo?

Tibon: Em primeiro lugar, fiquei aliviado ao ver o compromisso muito forte do Presidente Biden, verbalmente mas também em ação, ao enviar forças militares americanas para a região e ao deixar claro que, se qualquer outro actor na região estiver confuso, os Estados Unidos apoiarão Israel se alguém estiver a tentar utilizar este momento de crise da forma errada.
Há a questão dos israelitas que são raptados, alguns dos quais têm dupla nacionalidade de outros países. E neste caso, como alguém que cobre diplomacia, penso que a linguagem é realmente importante. Podemos dizer: O Hamas é responsável pelo seu destino. Essa é a linguagem habitual dos diplomatas. Mas a frase que espero ouvir dos países, incluindo os Estados Unidos, mas também outros, é: Esperamos a sua libertação imediata.
Estes são simples cidadãos A maioria deles não são soldados. Há lá muitas mulheres. Há crianças, há pessoas idosas. E penso que a posição internacional deveria ser a de que eles devem ser imediatamente libertados. É isto que espero ouvir.
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Yair Rosenberg é colaborador do The Atlantic e autor do boletim Deep Shtetl, sobre a intersecção entre política, cultura e religião.

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