Em 1º lugar a derrota do PS é positiva porque o país estava (está) a definhar. Os políticos mais influentes do país, ao ponto de António Costa querer que um deles assumisse o cargo de primeiro-ministro em sua substituição (Centeno, que foi a correr gabar-se disso para o FT) defendem a virtude da pobreza dos portugueses. António Costa e Medina também a defenderam, não em palavras como o outro, mas em actos de desinteresse, desinvestimento e desleixo da situação dos portugueses: na educação, na saúde, na habitação, na justiça, na economia, etc. Portanto, estávamos entregues a um governo desinteressado da situação real da maioria dos portugueses. (que o GBP lidere esse movimento, é um grande obstáculo ao nosso desenvolvimento)
Em segundo lugar a derrota do PS é positiva porque temos o PS a governar, com um breve interregno de 3 anos (em que se foram embora por terem atirado o país para a bancarrota e não saberem o que fazer), desde o início deste milénio. Ora, não estamos na Rússia onde o líder e o seu partido não saem do poder nem a cacete. Nem queremos estar. Queremos estar num sistema que alterna o(s) partido no poder, de maneira que todos os portugueses e não apenas alguns se sintam representados, que haja ideias novas, pessoas novas, projectos novos. Onde não há alternância do poder não há processo democrático.
Em terceiro lugar a derrota do PS é positiva porque ganhando, fariam crescer ainda mais o partido de Ventura - duvido que o Chega tivesse o sucesso que tem sem Ventura, mas isso é outra história. Na realidade, provavelmente Ventura teria preferido que o PS ganhasse porque vai ser difícil manter os apoiantes se for para o Parlamento alinhar com a esquerda que tanto critica (o PS, o PCP e o BE) contra o OE e as políticas da AD ou a fazer chantagens políticas públicas, o que vai dar ao mesmo.