May 08, 2021

Podia escrever-se um romance a partir desta imagem

 






The Wallace Monument in Stirling.-on a clear day you can see the tops of the Forth Bridges and down below is the River Forth winding its way down to Edinburgh.(Quote from the Scottish Banner)

Outra perspectiva

 


The sewer pipe at Pierrefonds castle This terrifying but beautiful drain belongs to the castle's dungeon.
Castle from the XII century.
In France.






World Beauties and Wonders

Faces

 



GK Radio

Looking ahead

 


what should I see?

what should I say?

what should I do?




Kay Sage

Para se perder peso tem que se comer porcarias

 


.... porque o auto-controlo relativamente às coisas boas é: zero. Zerinho, mesmo... Nos dias em que estive fora levei iogurtes de porcaria, daqueles que dizem que são de morango, por exemplo, apenas porque têm uma cor levemente rosada, mas sabem a nada... .... se tivesse levado iogurtes bons, punha-me a comê-los... ... é o mesmo com batatas. Se compramos batatas desinteressantes no supermercado, só com uma já se fica farto porque aquilo sabe a nada, mas se vamos ao mercado comprar batatinhas novinhas que parecem berlindes e as pomos no forno com alho, tomilho e azeite... ... epá, depois comem-se como amendoins... ... e todos sabemos que o Marlon Brando engordou aquilo tudo com amendoins...




Isto é só rir... que interessa que o primeiro-ministro não soubesse se todos os outros sabiam?

 


Quando ele reune com outros, não sabem os outros todos que ele é o melhor amigo do homem? Estão a gozar connosco ou quê? Vão-se encher de pulgas...





15 minutos de Tolstói - Guerra e Paz II

 


Infográfico de hoje - o que os telemóveis revelam de nós

 


Investigadores descobriram que os dados do acelerómetro dos smartphones podem revelar a localização da pessoa, passwords, morfologia, idade, género, nível de intoxicação, estilo de condução e até palavras que sejam faladas na sua proximidade.




u/bayashad

Estudos interessantes mas que não oferecem muito para se trabalhar




Há muitas variáveis na questão do sucesso educativo e da vida para que se aponte uma causa como principal ou mais forte que as outras. Por exemplo, neste assunto da idade relacionada com a aceitação dos pares, é verdade que chega a haver um ano de diferença entre os alunos que depende da idade com que entraram na escola, isto é, se nunca chumbarem, pois se chumbam chega a haver 4 anos de diferença. No ano passado tinha uma turma do 10º ano onde dois alunos tinham 18 anos e vários com 17 anos e depois uns 4 ou 5 tinham 14 anos. É uma diferença abissal nestas idades e se por um lado há benefícios nesta interacção de idades tão díspares em termos de desenvolvimento bio-psíquico, por outro há prejuízo, porque acontece os mais novos sentirem-se um bocadinho insignificantes e bloquearem um bocadinho o desenvolvimento positivo da auto-estima, mas as variáveis são muitas. Há o apoio da turma, se são inclusivos com os colegas mais novos, por exemplo, há o apoio, ou não, das famílias. Os professores do CT. O clima de escola, que é muito importante. Um aspecto muito importante é o temperamento dos alunos porque se são pessoas introvertidas, mesmo mais novas, não dependem tanto da aceitação dos colegas, são mais focados, enquanto se são extrovertidos, o distanciamento social da turma é um sofrimento. Há demasiadas variáveis.

Não vejo, na minha experiência, que sejam os alunos mais velhos a ir mais para a universidade e o desenvolvimento não é uniforme. Alunos mais velhos isolados em turmas mais novas infantilizam-se por adaptação.

Os pais e as pessoas em geral gostavam que houvesse uma causa principal condicionante que pudéssemos controlar, influenciar, no sentido de pôr os alunos no caminho do sucesso, mas não há e muito depende do investimento das famílias no apoio aos filhos e dos professores que lidam com as turmas. 

Nestes assuntos a experiência em perceber as dinâmicas das turmas faz muita diferença. Há muito de intuição formada pela experiência: por exemplo, uma pessoa vê o desconforto de um aluno na turma e em primeiro lugar tem de perceber de onde vem e se é grave, porque se é grave e a pessoa está num grande desequilíbrio psíquico, é preciso falar com a pessoa e encaminhá-la para alguém especializado, mas se não é grave mais vale não escavar questões emocionais e tentar focar a pessoa na aprendizagem porque desenterrar emoções e assuntos emocionais é um terramoto que os vira para dentro e os desconcentra completamente, às vezes durante um ano inteiro e compromete o sucesso das aprendizagens e a longo prazo é mais importante que tenham armas para progredir e tornar-se autónomos em termos académicos para que possam ter mais, e não menos, possibilidades de escolha numa vida mais satisfatória. 
No entanto, perceber se os assuntos são graves ou não, e o que é melhor para aquele aluno em particular, não é nada fácil. Não é como se chamássemos um aluno e perguntássemos, 'o que se passa consigo?' e a pessoa desatasse a falar connosco como se fossemos o seu melhor amigo... ... muitas vezes nem eles sabem...
Há quem queira fazer da educação uma ciência de rigor, mas não é.


Pesquisas em Inglaterra, Suécia e Países Baixos mostram como as diferenças de idade podem moldar vidas

A idade relativa relacionada com o corte da escola primária foi fortemente associada à popularidade em Inglaterra, onde os estudantes progridem para a classe seguinte todos os anos, independentemente do desempenho escolar. Entretanto, a idade relativa actual tinha uma ligação mais acentuada à popularidade nos Países Baixos, onde os estudantes repetem um ano se o seu desempenho não passar na escola. A Suécia - que oficialmente tem um sistema de promoção das crianças independentemente dos seus resultados, mas em casos raros retém os alunos - situou-se entre estas duas conclusões, disse o autor principal Danelien van Aalst da Universidade de Groningen.

"Vejo este estudo ... mostrando o efeito surpreendente da idade relativa, e de uma forma mais geral, na forma como forças sociais inesperadas moldam as nossas vidas", acrescentou ele.

Muitos países ocidentais impõem uma idade mínima e uma data limite para a matrícula escolar, o que significa que pode haver uma diferença de até 12 meses entre os alunos de uma turma. As diferenças cognitivas, sociais e físicas entre os colegas mais novos e os mais velhos manifestam-se de múltiplas formas, sugere a investigação.

Por exemplo, estas diferenças podem afectar fortemente os resultados educacionais: as crianças relativamente jovens quando entram na escola não tendem a ir tanto para a universidade como os seus pares mais velhos. Outros estudos têm também associado crianças relativamente mais novas a taxas mais baixas de auto-estima e taxas de mortalidade mais elevadas por suicídio.

Em geral, disse Van Aalst, sentir-se seguro e aceite foi um pré-requisito para se concentrar nas tarefas escolares e ter um bom desempenho na escola.

Em algumas turmas, a hierarquia da popularidade não está necessariamente relacionada com ser apreciado ou ser visto como um amigo. Por vezes, as crianças mais populares podem ser valentões e ter apenas muito poder e são olhadas por essa razão, não porque os seus pares gostem deles. Por isso, é difícil dizer se a popularidade contribui para o desempenho académico ou resultados educacionais".


Happy birthday Mr. Earth defender ninja!







Sir David Attenborough mural in London

photographed by Bird Books & Stuff

Pequeno-almoço

 


Encores.




by  

Sunshine and books

 




By Bron Payne

May 07, 2021

As pessoas continuam a preferir os livros de papel aos e-books

 


Porque ler é ler e a experiência de ler: a cor do papel, o cheiro, a textura, a capa, a lombada, os dedos no grão do papel, o contraste das letras, as gravuras...



15 minutos de Tolstói - Guerra e Paz I

 


Aqui há uns dias a conversa com um amigo foi dar aos livros e ele disse-me que nunca tinha lido, nem o Proust (Em Busca do Tempo Perdido) nem o Tolstói (Guerra e Paz e Ana Karenina) e que queria ler mas que são obras muito grandes e achava que agora já não era capaz de se abalançar a livros desses. É preciso uma rotina de dedicar um tempo todos os dias ou uns dias por semana para ler com continuidade e isso é difícil de fazer com o trabalho e o cansaço. Bem, como gosto de ler, lembrei-me de perguntar-lhe, 'Então e se eu lesse para ti?' -como assim? 'Então, todos os dias leio um bocado da obra em voz alta e gravo e ouves a caminho do emprego, ou enquanto tomas o pequeno-almoço ou antes de dormir, se a minha voz não enjoa...' - e tens paciência para isso? 'Tenho, pois. Gosto de ler. Desde que não seja muito tempo, porque se for não sei se consigo manter essa disciplina diária'. 

Bem, ficou combinado, ficando apenas por saber qual dos dois autores ler, o que ficou à minha escolha. Tendo em conta que o Proust são sete volumes, na edição que tenho... mais de 2500 páginas e que é uma obra que de vez em quando leio -não na totalidade que isso só o fiz uma vez, na adolescência, mas de vez em quando pego num volume e leio um capítulo, porque aprende-se sempre a ler o Proust e porque gosto demais da linguagem de Mário Quintana, o tradutor da edição que tenho e dá-me prazer ler- resolvi escolher Tolstói, que li também na mesma época mas nunca mais voltei a ler. E dos dois livros de Tolstói em questão, escolhi, Guerra e Paz. Há pouco tempo vi num email de uma editora que há uma tradução nova da obra que dizem ser muito boa e ganhou um prémio e tudo. Já na altura que vi a notícia desta edição fiquei com vontade de comprar para reler. Então, olha, foi agora. E chegou hoje. 

São 1600 páginas de Guerra e Paz, de Tolstói. Tendo em conta que, quando leio em voz alta leio cerca de 5 páginas em cada dez minutos, resolvi ler 15 minutos por dia, o que dá cerca de 7 a 8 páginas. Vamos ser prudentes e dizer 7. Significa que para ler as 1600 páginas preciso de 230 dias. Mais de sete meses. Posso sempre, um dia ou outro, ler um bocadinho mais, mas não quero cansar-me ou fartar-me, porque não quero desistir, agora que prometi que lia. Ler em voz alta é muito diferente de ler para mim: obriga a falar de modo pausado, com entoação, pronunciar bem as palavras, etc. Não posso ler se estiver muito cansada, por exemplo, que tenho tendência a comer palavras... ... enfim, já que vou ler vou fazer um serviço público e pôr aqui as gravações para quem nunca leu a obra, gostava de ter lido e tem pachorra de me ouvir, tipo folhetim de rádio à antiga 🙂

Hesitei apenas pelo receio de o achar agora muito datado... ... paternalista, machista, sei lá, mas por outro lado é uma maneira de ver se o livro resiste ao juízo do tempo e mantém intacto o seu valor. 

Estive aqui a hesitar entre numerar as leituras com números romanos ou algarismos arábicos, porque pensei que talvez alguém descubra esta leitura e queira ouvir e não conheça nem saiba ordenar a numeração arábica, mas depois pensei, 'Epá, se não sabem vão saber. Façam um esforço'. Já me incomoda que os miúdos hoje em dia não saibam a numeração romana. Estamos cheios de locais com inscrições latinas e numeração romana e as pessoas, por não saberem ler, são excluídas do conhecimento da sua história.

Se falhar um dia ou outro será por motivo de força maior. E não sei se estou a pronunciar bem os nomes dos personagens russos. Alguns são do género de embrulhar a língua.

Este é o livro de onde vou ler. Como se vê tem feito sucesso. Já vai na 11ª edição.


Tolstói como era costume na Rússia da época, de vez em quando fala em francês. Um francês onde mistura palavras russas. Os tradutores optaram por deixar o francês no diálogo e pôr a tradução portuguesa em rodapé, mas como estou a ler em voz alta, não faz sentido ler em francês e depois ir à nota de rodapé ler em português, de modo que optei por ler logo a tradução portuguesa.

Então aqui vai a primeira leitura. 



Não se pode, ao mesmo tempo, ter o sol na eira e a chuva no nabal

 


As pessoas queixam-se dos serviços públicos terem maus funcionários, mas depois clamam que querem maus funcionários, ou pensam que pagar mal e oferecer uma não-carreira é um chamariz para ter bons funcionários? Não estou a defender que se paguem fortunas aos funcionários públicos, mas se não têm um salário decente e condições de trabalho decentes, quem quer ser funcionário público? Não percebemos, agora ainda mais neste contexto de pandemia, a importância dos serviços públicos? A saúde, a educação, ter políticos competentes, pessoas na administração pública de qualidade que não dependam de favores do governo de ocasião? Não vimos isso nos incêndios, no SEF, no caos dos hospitais por incompetência da ministra da saúde? Não estamos a ver a necessidade de bons funcionários públicos na justiça? Como é que se tem bons serviços públicos com funcionários mal pagos? Isso é querer ter o lucro sem o custo e esse é o problema dos trabalhados no privado: têm patrões que pagam mal para poderem comprar o segundo iate, a quinta em Sintra e etc. Aliás quando os salários da função pública sobem os dos privado também sobem, não é ao contrário. A função pública, ademais têm funcionários muito qualificados, ao contrário da maioria dos trabalhadores do privado. Porque é que, em vez de atacar os funcionários públicos, não se clama por melhores serviços e melhores salários no privado? Quantas falências fraudulentas com despedimentos de centenas de pessoas aconteceram no tempo da troika por os patrões não quererem baixar os lucros das empresas e receber menos e depois ter que vender o Ferrari? Os nosso empresários privados são maus, na maioria: pouca formação e pouca visão. Não querem pagar para ter bons funcionários. A função pública é grande parte da classe média do país. Temos pessoas a fugir ao fisco aos milhões, o fosso das desigualdades está cada vez mais largo e em vez de se atacar as causas desses problemas atacam-se os trabalhadores da função pública? Não percebo. Ou percebo. É ir ao mais fácil.


Parece-me um bom dia para ouvir Mozart

 




Isto não é verdade

 


Já foi, mas há muito tempo que a ADSE vive apenas dos descontos dos beneficiários (3% do salário) e até serve para tapar buracos do Orçamento Geral do Estado. 

Não percebo porque é que os funcionário públicos não podem ter um serviço de 'seguro' de saúde, pago pelos próprios, do seu salário, quando muitas empresas têm e oferecem aos seus funcionários planos e seguros de saúde. Porque querem destruí-lo? 





-quanto a esta questão da diferença de salário entre o trabalhador público e o privado, a minha pergunta é dupla: 1º para a contabilização deste salário médio da FP entraram os administradores e gestores públicos, altos funcionários da AP, autarcas, ministros e corte de parasitas que são uma minoria mas comem metade do bolo? 2º aqui só se contabiliza o salário mas não as alcavalas, quando todos sabemos que no privado, o salário declarado é uma parte, às vezes pequena, da remuneração do trabalhador, sendo que na FP, tirando aquela minoria já referida, a esmagadora maioria dos trabalhadores recebe o salário e mais nada. Ponto final. Nem horas extra, nem carro, nem telemóvel, nem planos disto e daquilo, cartão de gasolina, cartão de crédito, etc.

A resposta a estas questões faz muita diferença.